Mostra virtual: Figurações papais em imagens das coleções do SIPA
|
segunda-feira, 31 de Julho de 2023
|
|
O SIPA assinala a Jornada Mundial da Juventude.
|
|
|
Por ocasião da visita a Portugal do Papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude e considerando a localização privilegiada do Forte de Sacavém, assinala-se o evento com uma mostra virtual relativa à presença papal na História e Património Cultural Portugueses através de documentação existente no acervo de arquivos e coleções arquivísticas que integram o SIPA.
|
Sala multimédia: encerrada ao público no dia 23 de novembro
|
quinta-feira, 23 de Novembro de 2023
|
|
Informamos os leitores da sala multimédia que no próximo dia 23 de Novembro, por motivos de realização de um encontro evocativo da obra de Eduardo Nery, que terá lugar no Forte de Sacavém, a sala estará encerrada ao público, pelo que apresentamos as nossas desculpas.
|
|
|
Biblioteca do Forte de Sacavém encerrada ao público
|
segunda-feira, 16 de Outubro de 2023
|
|
Informamos os leitores biblioteca do Forte de Sacavém que esta se encontra encerrada ao público até ao dia 23 de Outubro, após o que retomará o seu funcionamento normal.
|
|
|
Jornadas Europeias do Património 2023: património ferroviário
|
segunda-feira, 2 de Outubro de 2023
|
|
No âmbito das Jornadas Europeias do Património 2023, este ano sobre “Património Vivo”, o SIPA colabora na divulgação do património ferroviário, apresentando dois pequenos vídeos, elaborados pela IP Património, das Infraestruturas de Portugal:
O filme “Os Animais de Nery”, com base nos painéis de azulejos de Eduardo Nery (1938-2013), na Estação de Campolide, aborda a representação dos animais e a sua analogia com os diferentes meios de transporte.
https://youtu.be/c7iaSWgDgBM?si=DNF8X-SxZGu8XkCM
O filme “as Paisagens de Castro Mourinho”, aborda a representação dos trabalhadores e das paisagens nos azulejos das estações ferroviárias, a partir dos painéis da Estação de Azambuja, da autoria de António Castro Mourinho (1892-1963), pintor na Fábrica de Loiça de Sacavém.
https://www.youtube.com/watch?v=QzNT0pBuDck&t=64s
|
|
|
Forte de Sacavém: serviços encerrados ao público de 1 a 4 de Agosto
|
terça-feira, 1 de Agosto de 2023
|
|
Informamos todos os nossos leitores que, devido à Jornada Mundial da Juventude, de 1 a 4 de Agosto, o Forte de Sacavém, bem como todos os seus serviços se encontram encerrados. Na semana seguinte, todos os serviços serão retomados nos horários habituais.
|
|
|
Sala Multimédia: encerrada no dia 25 de Maio
|
quinta-feira, 25 de Maio de 2023
|
|
Informamos os leitores da sala multimédia do Forte de Sacavém que no próximo dia 25 de Maio, devido à palestra de Sandra Jurgens "Eduardo Nery na Coleção de Arte Contemporânea do Estado", que ocorrerá no mesmo dia, inserida no âmbito das iniciativas comemorativas da obra de Eduardo Nery - Evocação e Legado, a sala encontra-se encerrada ao público, pelo que apresentamos as nossas desculpas.
|
|
|
Forte de Sacavém: encerrado até ao dia 25 de Abril
|
segunda-feira, 17 de Abril de 2023
|
|
Informamos todos os nossos leitores que no próximo dia 25 de Abril, o Forte de Sacavém, bem como todos os seus serviços se encontram encerrados, pelo que apresentamos as nossas desculpas. No dia 26 de Abril, os serviços retomarão os seus horários habituais.
|
|
|
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios 2023: "Património e Mudança"
|
terça-feira, 18 de Abril de 2023
|
|
Vários locais do país
A DGPC, em colaboração com o ICOMOS Portugal, impulsiona a divulgação do tema escolhido para este ano, Património e Mudança, com a finalidade de dar seguimento à preocupação manifestada pelo ICOMOS e expressa na declaração de Emergência Climática em 2020, continuando, assim, a promover o potencial do património no caminho para uma ação climática inclusiva, transformadora e justa.
Este dia pretende refletir os desafios e as ameaças do tempo em que vivemos, e concretamente este ano, com Património e Mudança pretende-se traduz a oportunidade de reforçar as questões de salvaguarda, de inovação e de compromisso com a herança comum que nos une enquanto factores de identidade e de esperança.
Para ver o programa em actualização, clique aqui.
|
|
|
Sala Multimédia: encerrada no dia 4 de Abril
|
quarta-feira, 28 de Dezembro de 2022
|
|
Informamos os leitores da sala multimédia que no próximo dia 4 de Abril, por motivos de intervenção de obra no Forte de Sacavém, a sala estará encerrada ao público, pelo que apresentamos as nossas desculpas.
|
|
|
Site: algumas inoperacionalidades
|
quinta-feira, 10 de Março de 2022
|
|
Informamos os leitores que o site monumentos.gov.pt se encontra em vias de descontinuação e que, mais tarde, será substituído por outro mais atualizado e de contornos mais modernizados.
Até lá, pedimos desculpa aos utilizadores deste site pelo facto de algumas das suas ferramentas, nomeadamente o registo de leitores, já não permitirem o seu normal funcionamento.
Muito gratos pela compreensão.
|
|
|
Email: indisponibilidade
|
terça-feira, 17 de Maio de 2022
|
|
Sala multimédia: alteração de horário
|
quinta-feira, 27 de Janeiro de 2022
|
|
Informamos que, devido à grande procura de consulta de documentação, por parte dos leitores, alterámos os dias de consulta na sala multimédia. Assim, a partir de 1 de Fevereiro, o Forte de Sacavém disponibiliza o acesso ao público às terças-feiras e às quintas-feiras, das 9h30 às 17h00. Informamos ainda que se mantêm as restrições necessárias em contexto de pandemia, bem como a obrigatoriedade de contacto prévio para marcação de lugar, através dos seguintes meios:
Email: sipa@dgpc.pt
Telefone: 21 942 77 80
Tendo em vista a otimização das pesquisas e da recuperação e exploração de conteúdos, recomenda-se aos utilizadores o prévio recurso a Acesso e Utilização.
|
|
|
Gonçalo Ribeiro Telles (1922-2020)
|
quarta-feira, 11 de Novembro de 2020
|
|
No passado dia 11 de novembro, quarta-feira, faleceu, em Lisboa, Gonçalo Ribeiro Telles, aos 98 anos de idade.
Um arquiteto paisagista cuja obra e contribuições ao longo da vida foram de um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente, na promoção da sua profissão e no desenvolvimento de uma consciência ecológica.
Gonçalo Pereira Ribeiro Telles nasceu em Lisboa, a 25 de maio de 1922, filho de Joaquim Ribeiro Telles, médico veterinário e oficial do exército, e de Gertrudes Guilhermina Gonçalves Pereira Ribeiro Telles.
A sua juventude foi passada entre Lisboa e Coruche.
Licenciou-se em Engenharia Agrónoma e formou-se em Arquitetura Paisagista, no Instituto Superior de Agronomia, onde iniciou a vida profissional como assistente e discípulo de Francisco Caldeira Cabral, pioneiro da disciplina em Portugal, em meados do século XX.
Casou, em 1953, com Maria da Conceição Gonçalves e teve cinco filhos: Francisco, Gonçalo, Eugénia, Miguel e Rita.
Na Câmara Municipal de Lisboa integrou, desde 1951 até 1953, a Repartição de Arborização e Jardinagem, passando, em 1955, para o Gabinete de Estudos de Urbanização, dirigido pelo engenheiro Guimarães Lobato, como arquiteto paisagista, onde permaneceu até 1960.
|
|
|
Em 1957, na área da sua vida política, fundou, juntamente com Francisco Sousa Tavares, o Movimento dos Monárquicos Independentes, a que se seguiria o Movimento dos Monárquicos Populares. Em 1958, manifestou o seu apoio à candidatura presidencial de Humberto Delgado. Em 1959, encontra-se entre os signatários da carta coletiva contra a política repressiva de Salazar.
Em 1967, aquando das cheias de Lisboa, impôs-se publicamente contra as políticas de urbanização vigentes.
Após a Revolução de 25 de Abril de 1974, fundou o Partido Popular Monárquico, a cujo diretório presidiu. Foi subsecretário de Estado do Ambiente nos I, II e III governos provisórios, e secretário de Estado da mesma pasta, já no I governo constitucional, chefiado por Mário Soares. Em 1979, alia-se a Francisco Sá Carneiro na formação da Aliança Democrática, coligação através da qual foi eleito deputado à Assembleia da República, consecutivamente, nas legislativas de 1979, 1980 e 1983. Entre 1981 e 1983 integrou o VIII governo constitucional, chefiado por Francisco Pinto Balsemão, como ministro de Estado e da Qualidade de Vida, assumindo um papel preponderante no estabelecimento de um regime sobre o uso da terra e o ordenamento do território, ao criar as zonas protegidas da Reserva Agrícola Nacional, da Reserva Ecológica Nacional e as bases do Plano Diretor Municipal.
No plano da arquitetura paisagista, dirigiu, de 1971 a 1974, o sector de Planeamento Biofísico e de Espaços Verdes do Fundo de Fomento da Habitação.
O projeto mais reconhecido da sua carreira é o jardim da Fundação Calouste Gulbenkian, que assinou com António Viana Barreto e que lhe valeu, ex-aequo, o Prémio Valmor de 1975.
É pelo trabalho ímpar e pelos contributos para a disciplina, ao longo da sua vida, que em 2013 é distinguido com o prémio Sir Geoffrey Jellicoe, atribuído pela International Federation of Landscape Architects (IFLA).
Em 25 de janeiro de 2006, o arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles assinou um contrato de comodato com a Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, a partir do qual procedeu à entrega de um valioso espólio pessoal, que fica à guarda do Estado português, constituído dominantemente por desenhos e projetos na área da arquitetura paisagista e do espaço urbano, e por outros documentos textuais de caráter profissional e biográfico.
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) integra atualmente o acervo pessoal do arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, constituído por um núcleo de 584 unidades arquivísticas que reúnem documentação gráfica, fotográfica e textual produzida entre 1946 e 2005. A uma variedade de registos corresponde uma não menos diversa riqueza de obras de natureza programática diversa.
No final de 2019 e durante o corrente ano de 2020 foi desenvolvido um projeto de salvaguarda e valorização SIPA do arquivo pessoal e espólio do arquiteto Ribeiro Telles no âmbito do projeto Rossio. Neste momento encontra-se finalizado o tratamento técnico-arquivístico, inventário exaustivo de todo o arquivo GRT depositado no Forte de Sacavém. Os trabalhos de tratamento técnico encontram-se em curso, bem como a investigação de todos os seus conteúdos.
Seguir-se-á, nos primeiros meses de 2021, a fase da transferência de suporte/digitalização sistemática de todas as espécies que compõem este arquivo pessoal, que poderá ser consultado neste site, em “Pesquisar Arquivos e Coleções” [Autor: Gonçalo Ribeiro Telles]
Em suma, a integração do arquivo pessoal e espólio do arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles no contexto dos arquivos do SIPA/DGPC é do maior interesse, constituindo uma fonte privilegiada na leitura da evolução histórica, social e regional em que a obra do arquiteto se circunscreve, portadora de informação única e autêntica, bem como complementa as fontes documentais já presentes no Forte de Sacavém.
|
"Rossio": Infraestrutura de Investigação para as Ciências Sociais, Artes e Humanidades
|
quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2019
|
|
"Rossio" é uma infraestrutura portuguesa de investigação de referência para as Ciências Sociais, Artes e Humanidades, integrada no Roteiro Nacional de Infraestruturas de Investigação de Interesse Estratégico para 2014 – 2020, coordenada pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Tem como objetivo principal a criação e alimentação de uma plataforma de divulgação de conteúdos digitais de qualidade e de acesso aberto, que contribuirá para a excelência e a internacionalização da investigação.
A infraestrutura reúne, em consórcio, um número ímpar de prestigiadas entidades - a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a Cinemateca Portuguesa-Museu do Cinema, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, a Direção-Geral do Património Cultural, a Fundação Calouste Gulbenkian, o Município de Lisboa, e o Teatro Nacional D. Maria II – as quais irão disponibilizar um conjunto de documentação autêntica representativa da riqueza, património cultural, diversidade, história e sociedade portuguesa.
Com esta parceria, a DGPC irá contar com uma melhoria dos seus meios tecnológicos e de recursos humanos, visando a fusão e a otimização dos dois sistemas de inventário de património arquitetónico existentes na instituição, permitindo a difusão de parte dos seus arquivos e bases de dados a uma maior escala e segundo uma estrutura de metadados comum às instituições que integram o projeto, em linha com padrões internacionais e enriquecidos com informação inter-relacionada e contextualizada.
Ficha de projeto
|
|
|
Forte de Sacavém reabre parcialmente ao público
|
sexta-feira, 29 de Maio de 2020
|
|
O Forte de Sacavém reabre ao público, a partir de dia 1 de junho, as salas de documentação analógica e da biblioteca, mediante rigorosas restrições, que devem ser consultadas cuidadosamente aqui. Solicitamos a leitura integral deste documento antes de se deslocarem às instalações do Forte de Sacavém.
Informamos, ainda, que infelizmente, a sala de leitura/multimédia se mantém encerrada até data a anunciar.
|
|
|
Integração do arquivo dos arquitetos Pedro Viana Botelho e Rosário Beija no Forte de Sacavém SIPA
|
quinta-feira, 1 de Agosto de 2019
|
|
A integração do arquivo dos arquitetos Pedro Viana Botelho e Maria do Rosário Beija no acervo arquivístico do SIPA, Forte de Sacavém, sob a tutela da DGPC, insere-se numa política de salvaguarda e valorização de coleções e espólios documentais produzidos por entidades com atividade relevante nos domínios da arquitetura, engenharia, urbanismo, artes plásticas e design contemporâneos.
Esta integração ocorreu no dia 1 de agosto de 2019, vindo, assim, ampliar o conjunto de trinta e seis espólios já integrados no SIPA, Forte de Sacavém.
|
|
|
Este arquivo tem como âmbito cronológico 1980-2011. É constituído por diversas unidades arquivísticas, nas quais se integram fotografias, desenhos técnicos, esboços e esquissos. Esta variedade de registos encontra-se associada a uma riqueza e diversidade de conteúdos, representativos das várias vertentes da atividade artística, científica e técnica dos seus autores nos domínios da arquitetura.
A documentação é referente a diversos projetos e obras decorrentes de encomendas privadas e públicas, em vários pontos do país, incluindo a cidade de Lisboa.
Dos trabalhos efetuados, destacamos a EPUL Restelo, o empreendimento Laveiras/Caxias, o Metro do Cais do Sodré, a Escola Secundária de Pedro Nunes, a Escola Secundária de Diogo de Gouveia, em Beja, e o Complexo de Couros, em Guimarães.
A consulta desse arquivo será facultada ao público, designadamente através de meios eletrónicos, à medida que o seu tratamento arquivístico e a sua digitalização forem sendo concretizados.
|
Projeto "Rossio": Candidaturas para atribuição de bolsas de investigação
|
terça-feira, 12 de Fevereiro de 2019
|
|
Publicação: "Habitação: 100 anos de Políticas Públicas em Portugal, 1918-2018"
|
quinta-feira, 10 de Janeiro de 2019
|
|
No passado dia 17 de dezembro, no Auditório 2, da Fundação Calouste Gulbenkian, em cerimónia pública, foi apresentada a obra Habitação: 100 Anos de Políticas Públicas em Portugal, 1918-2018.
No dia 25 de abril de 2018 completaram-se 100 anos sobre a publicação do primeiro diploma legal que instituiu uma política pública de habitação em Portugal. Trata-se do Decreto n.º 4137, de 25 de abril de 1918.
Para assinalar esta data, o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU), IP lançou um projeto de investigação com o objetivo de divulgar o que foi produzido em matéria de políticas públicas de habitação durante estes 100 anos, nomeadamente empreendimentos de habitação social, económica ou de custos controlados, bem como legislação, planos, programas, estudos e publicações.
Tratou-se, assim, de um projeto ambicioso e de inestimável interesse público, na medida em que permitiu ter uma visão integrada dos diferentes momentos e contextos que marcaram a política pública da habitação durante um século em Portugal. Simultaneamente, assumiu-se como um projeto disseminador de conhecimento, numa ótica consolidada de um manancial de informação que hoje se encontra dispersa em bibliotecas, arquivos, artigos e outros documentos e cujo acervo importa manter vivo.
O tema da habitação apoiada mantém, hoje, toda a atualidade. Quando a intervenção dos Estados na mitigação de problemas dos cidadãos é questionada, e ciclicamente atacada, sobrevivendo a custo em Portugal, a habitação persiste como problema incontornável no equilíbrio social contemporâneo, refere Ricardo Agarez, consultor científico do projeto.
Na sequência da assinatura de um protocolo de colaboração institucional, datado de abril de 2017, a DGPC, particularmente o SIPA/Forte de Sacavém, participou ativamente no desenvolvimento deste projeto de investigação do IHRU, ao disponibilizar a consulta presencial e a reprodução documental dos arquivos e coleções das entidades que antecederam o IHRU, entre as quais se destaca o vasto acervo da DGEMN, depositados no Forte de Sacavém, a cerca de trinta investigadores, especialistas nacionais na história e cultura da habitação apoiada em Portugal, representantes de instituições de ensino e investigação de todo o país.
O consultor científico do projeto, arquiteto Ricardo Agarez, que colaborou, entre 2003 e 2008, como investigador no SIPA, é licenciado em Arquitetura (Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, 1996), Mestre em História da Arte (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, 2004) e doutorado em História e Teoria da Arquitetura (University College London, 2013).
Atualmente é professor auxiliar na Universidade de Évora (Departamento de Arquitetura da Escola das Artes) e membro integrado do CIDEHUS, Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades. É ainda membro do Conselho da EAHN, European Architectural History Network.
Grande parte dos documentos inéditos editados nesta publicação foram cedidos pelo SIPA/Forte de Sacavém.
Clique aqui, para consultar/descarregar a publicação Habitação: 100 Anos de Políticas Públicas em Portugal, 1918-2018.
|
|
|
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios: "Património Cultural. De Geração em Geração"
|
quarta-feira, 28 de Março de 2018
|
|
No dia 18 de abril celebra-se o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, e a Direção-Geral do Património Cultural /DGPC) convida todas as entidades para a apresentação de propostas de iniciativas a desenvolver nesse dia , ou em datas próximas, enquadradas no tema Património Cultural: de Geração em Geração.
A DGPC, em colaboração com o ICOMOS Portugal, promove a divulgação deste tema com a finalidade de impulsionar o diálogo intergeracional enquanto ferramenta de conhecimento, de desenvolvimento e de diversidade. Salvaguardar a herança cultural é reforçar laços identitários, fomentar o diálogo entre a tradição e o progresso, assumir os valores da memória como alavancas de futuro, estimular a transferência intergeracional de conhecimentos e reforçar a partilha de informação, sensibilizando os mais novos, aprendendo com os mais velhos, impulsionando a comunicação entre gerações, para conhecer mais, preservar melhor e cimentar a importância da cultura e do património enquanto elementos aglutinadores das comunidades.
Certos de podermos contar com a V. participação, informamos que deverão contactar a Divisão de Documentação, Comunicação e Informática da DGPC (lbonito@dgpc.pt ou telefones 213 614 336/213614324), a fim de receber os códigos de acesso para a plataforma do DIMS 2018, onde poderão inserir on-line as iniciativas a desenvolver, impreterivelmente até ao dia 2 de abril, e ainda ter acesso ao cartaz e às respectivas normas de utilização.
|
|
|
Enciclopédia do Românico em Portugal
|
sexta-feira, 2 de Março de 2018
|
|
O projeto da Enciclopédia do Românico em Portugal foi apresentado no passado dia 28 de fevereiro, ocasião em que foram também assinados os protocolos de cooperação entre as várias entidades que integram a iniciativa, como a Direção Geral do Património Cultural (DGPC), a Direção Regional da Cultura do Norte, o Secretariado dos Bens Culturais da Igreja e a Rota do Românico.
|
|
|
A Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) foi a instituição escolhida para liderar a elaboração da Enciclopédia do Românico em Portugal, iniciativa que se propõe a recuperar e inventariar todos os testemunhos do movimento artístico que reinou em Portugal e no resto da Europa entre os séculos XI e XIII. O desafio partiu da Fundação Santa María la Real (FSMLR), instituição espanhola que, desde há várias décadas, vem desenvolvendo a Enciclopédia del Românico, uma obra única para o conhecimento da Arte Românica na Península Ibérica e que conta já com um total de 52 volumes publicados.
É esse trabalho que vai ser agora alargado a Portugal, através de um projeto liderado pelo Departamento de Ciências e Técnicas do Património da FLUP e financiado pela Fundación Ramón Areces. A coordenação científica da obra estará a cargo dos professores da FLUP, Lúcia Maria Cardoso Rosas, Maria Leonor Botelho e Mário Jorge Barroca.
|
Jornadas Europeias do Património 2017: "Património e Natureza"
|
sexta-feira, 22 de Setembro de 2017
|
|
Património e Natureza é o tema das Jornadas Europeias do Património 2017, uma iniciativa conjunta do Conselho da Europa e da União Europeia.
Estima-se que, em mais de 50.000 locais espalhados por toda a Europa, cerca de 30 milhões de pessoas participam, todos os anos em atividades promovidas no âmbito das Jornadas Europeias do Património, contribuindo para realçar a importância do património cultural e a diversidade e riqueza do mosaico cultural europeu.
Na edição deste ano, celebramos em Portugal a relação entre "Património e Natureza" – um vínculo que se encontra na génese das formas de ocupação do território, dos assentamentos humanos, da configuração das paisagens, da diversidade de construções, da arquitetura, do urbanismo, dos modos de vida e das tradições.
Este tema pretende chamar a atenção para a importância da relação entre as pessoas, as comunidades, os lugares e a sua História, mostrando como o património e a natureza se cruzam nas suas diferentes expressões - mais urbanas ou mais rurais - e para a necessidade de preservar e valorizar esta relação, fundamental para a qualidade da vida, para a qualificação do território e para o reforço de identidades.
|
|
|
Normalmente composto por atividades culturais diversas – visitas guiadas e temáticas; espetáculos artísticos (música, dança, teatro); exposições; animações de rua; recriações e encenações históricas; palestras; conferências; debates e seminários; sessões de leitura; rotas e itinerários culturais/patrimoniais; peddy papers e rally papers; ateliers lúdicos e oficinas pedagógicas; jogos tradicionais, de época e jogos de descoberta; feiras e festivais; lançamento de publicações; projeção de documentários e filmes, entre outras – as Jornadas Europeias do Património são sempre uma oportunidade para redescobrir o nosso passado, fundamento das referências que nos podem ajudar a desenhar o futuro.
Programação brevemente disponível.
|
ADF: novas instalações no Forte de Sacavém
|
sexta-feira, 16 de Dezembro de 2016
|
|
O Arquivo de Documentação Fotográfica (ADF) encontra-se em funcionamento, desde dezembro, nas novas instalações no Forte de Sacavém.
O ADF desenvolve uma atividade fundamental no âmbito da salvaguarda, do inventário, da preservação e do tratamento das coleções de fotografia histórica dos museus, dos palácios e de outros imóveis afectos à DGPC, tendo ainda à sua guarda relevantes depósitos de outras entidades e particulares.
Este arquivo possui acervos fotográficos históricos de relevante importância para a história da arte e da fotografia em Portugal. Os seus espólios são constituídos por milhares de negativos e positivos originais, destacando-se obras de Frederick William Flower, San Payo, Silva Nogueira, João Martins, Augusto Bobone, entre outros fotógrafos.
O ADF tem também procurado desenvolver parcerias com instituições de ensino da conservação e autores de diferentes áreas de conhecimento no sentido de desenvolver o estudo e a divulgação dos seus espólios.
Todos os pedidos de utilização de imagens relativas aos museus e palácios devem ser formulados, com uma antecedência não inferior a 15 dias, ao ADF da DGPC.
Pedido de imagens através do Matrizpix ou do email adf@dgpc.pt
O MatrizPIX permite a pesquisa sobre os fundos e espécimes em suporte digital, a apresentação de exposições virtuais de fotografia, bem como a selecção e pedido de imagens em alta resolução a fornecer pelo Arquivo de Documentação Fotográfica da DGPC.
Regulamento de utilização de imagens
Contactos
Alexandra Encarnação (Coordenadora) Forte de Sacavém, Rua do Forte do Monte Cintra, 2685-141 Sacavém, Portugal
Tel: (00 351) 219427782 Email: adf@dgpc.pt
|
|
|
Novo catálogo bibliográfico do SIPA
|
sexta-feira, 5 de Agosto de 2016
|
|
A Biblioteca do SIPA – Forte de Sacavém foi integrada na Rede de Bibliotecas dos Museus e do Património da DGPC, composta por vinte bibliotecas.
Esta rede, cujos objetivos são a cooperação e a partilha, visa potenciar os recursos atualmente existentes, diponibilizando, para tal, ao público mais de 20.000 registos bibliográficos.
O novo catálogo bibliográfico do Forte de Sacavém poderá ser consultado em:
http://bibliotecas.patrimoniocultural.pt/Opac/Pages/Search/AdvancedSearch.aspx
|
|
|
Espólio Justino Morais no SIPA
|
sexta-feira, 20 de Maio de 2016
|
|
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) da DGPC integra, desde o dia 29 de abril de 2015, o espólio e o arquivo pessoal do arquiteto José Justino de Jesus Morais (Lisboa, 10/06/1928 - 23/01/2011), para os quais se prevê, a médio prazo, o tratamento documental integral e a digitalização parcial do acervo, bem como a divulgação desses conteúdos através do site monumentos.pt.
|
|
|
O arquiteto Justino Morais, natural de Lisboa, constitui uma figura singular no panorama arquitetónico português da segunda metade do século XX. A habitação dita “económica” ou “social” — hoje denominada Habitação a Custos Controlados (HCC) — é a área a que mais se dedica, tendo projetado, ao longo dos seus mais de cinquenta anos de trabalho, mais de 7000 fogos por todo o país, tendo a maioria sido construída. No entanto, a sua obra transcende a sua actividade nesta área, incluindo numerosos edifícios projetados como profissional liberal: emissores de rádio, postos clínicos, edifícios de escritórios, edifícios religiosos, habitações unifamiliares, edifícios de apartamentos, edifícios escolares, entre outros. Sempre atento à integração dos seus conjuntos na envolvente, Justino Morais deu sempre bastante importância aos estudos e aos arranjos urbanos nos espaços que planeava, tendo inclusive realizado alguns planos de urbanização para várias zonas de Portugal continental.
Nos anos de 1950, após a sua formação como arquiteto na Escola de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), estagia com Raul Rodrigues Lima (1909-1980) e executa alguns edifícios em colaboração com o arquiteto Jácome da Costa.. Mas é em 1960 que podemos situar dois projetos que marcam esta fase inicial da obra de Justino Morais: o edifício-sede da TAP na Rua Conde de Redondo, Lisboa — em colaboração com o arquiteto João Braula Reis (1927-1989) — e as (354) Casas de Renda Económica, nos Olivais Sul, Lisboa, promovidas pelo Gabinete Técnico de Habitação da Câmara Municipal de Lisboa (GTH) — em colaboração com os arquitetos Vasco Croft de Moura e Joaquim Cadima. Ambos os projetos serão publicados na revista Arquitectura, nos números 67 (abril de 1960) e 110 (julho/agosto de 1969), uma edição especialmente dedicada à habitação económica.
Ao longo dos anos de 1960, Justino Morais trabalha como arquiteto regional de Lisboa, na Federação de Caixas de Previdência (FCP) – Habitações Económicas (HE), intervindo nos distritos de Lisboa e de Setúbal. Para além de diversos conjuntos de habitação coletiva — em Lisboa, em Setúbal, em Sintra, no Barreiro, entre outros —, que totalizam mais de 1200 fogos, Justino Morais realiza ainda vários projetos de habitações individuais para beneficiários da FCP. Os planos urbanos são complementados por equipamento urbano, por vezes também executado pelo ateliê do arquiteto, como escolas primárias e pré-primárias, jardins infantis e creches. Neste período, projeta igualmente, diversos empreendimentos de habitação de férias e fins de semana — conjuntos de apartamentos e moradias unifamiliares isoladas e em pequenos conjuntos no Estoril e em Sintra. Estes últimos — na zona da Praia das Maçãs — são marcados por uma grande coerência e por subtis variações ao nível da tipologia mínima, mas extremamente eficiente, da casa de férias.
É também nesta década que Justino Morais conceptualiza um “sistema de unidades tipológicas e morfológicas coordenadas modularmente”, que abreviará por “sistema modular”. Trata-se de um método projetual que recorre à conjugação de elementos-tipo polivalentes, permitindo uma total adaptação das tipologias ao programa habitacional, assim como uma grande flexibilidade e variação em planta e alçado que pretendia contrariar a usual uniformidade dos conjuntos de habitação social. Este método será aplicado em diversos projetos de habitação económica — como na Baixa da Banheira, em Évora, em Beja e em Almada (Plano Integrado de Almada: Monte da Caparica, Zona do Raposo), tendo sido alvo de um aperfeiçoamento continuado por parte do seu autor — o que incluiu, em 1977, o estudo de Unidades de Habitação Tipo, analisadas pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).
Ao longo dos anos de 1970 e de 1980, Justino Morais continua ativo na área da habitação económica, através do Fundo de Fomento da Habitação (FFH), de algumas cooperativas e de contratos com diversas autarquias. Projeta para Lisboa (Alto dos Moinhos, 1979; Caselas, 1986), Azambuja (Vila Nova da Rainha, 1979), Cartaxo (1980), Setúbal (Terrôa, 1981), Oeiras (Laveiras, Caxias, 1987) e Almada (Costa da Caparica, 1989). Em 1981, por convite do Gabinete da Área de Sines, colabora com os arquitetos Alcino Soutinho (1930-2013), Adalberto Dias (n. 1953), Domingos Tavares (n. 1939) e Álvaro Siza (n. 1933) na realização do Plano de Pormenor/Urbanização do Centro Urbano de Santo André. Nos anos de 1990, a sua obra mais significativa será o edifício do Centro Português de Design (1993-1996, em colaboração com o arquiteto Pedro Nunes) — integrado no Polo Tecnológico de Lisboa, Lumiar —, Menção Honrosa do Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura de 2009.
Para além da sua ação enquanto projetista, participou ativamente em vários processos ligados à classe dos arquitetos, tendo sido, em 1981 e em 1984, vogal da Comissão de Revisão do Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU) como representante da Associação dos Arquitetos Portugueses (AAP) e, em 1982, presidente do Conselho Diretivo Nacional (CND) da AAP. Como especialista convidado, participou, em 1984, em cursos de pós-graduação em Estudos Urbanos e Habitação do Departamento de Arquitetura da ESBAL e, em 1985, foi orientador de Assistente de Investigação (Sector Edifícios) do LNEC. Para além da menção honrosa, em 2009, Justino Morais foi ainda premiado, em 1979, no concurso de “Concepção de Unidades de Habitação”e, em 1987, no “Concurso Público para Apresentação de Soluções de Habitação Evolutiva”, ambos promovidos pelo Instituto Nacional da Habitação (INH), e com o Prémio INH de qualidade de projecto e construção pelo Conjunto Habitacional de Caselas, Lisboa (1989). Encontram-se, ainda, no seu arquivo pessoal, dezenas de projetos para moradias particulares.
A obra arquitetónica de Justino Morais, devido à sua extensão, qualidade e carácter único, constitui o resultado de um longo e rigoroso processo de pesquisa, com especial enfoque nas questões da “habitação para o maior número”. Acreditamos estar perante um ator ímpar num importante capítulo da história da arquitetura portuguesa: o momento de transição e da estabilização da democracia. A obra de Justino Morais é um reflexo dos desafios com que os arquitetos se depararam neste período, nomeadamente no que se refere à escassez de oferta de habitação. A metodologia de trabalho deste arquiteto — cruzando a extrema atenção dada à organização funcional, a criação de um ambiente urbano qualificado e o controlo dos custos alcançado através da seriação dos componentes construtivos — permitia uma resposta rápida e eficaz às solicitações da habitação dita “social”. Para além disso, mesmo não comprometendo a qualidade arquitetónica que desejava alcançar, interessava ao arquiteto Justino Morais um diálogo efetivo quer com os futuros moradores, quer com os promotores e restantes projetistas envolvidos no processo. A formulação e aplicação prática do “sistema modular” — caso extremamente original no panorama arquitetónico português —, com resultados visíveis e analisáveis, é também uma das razões por que cremos ser indispensável a conservação e o estudo futuro da obra de Justino Morais.
O referido conjunto documental, que se encontra depositado nas instalações do Forte de Sacavém, constitui um acervo de relevante interesse público, quer enquanto fundamento da memória pessoal e da atividade criadora daquele arquiteto, quer como testemunho da intervenção em património arquitetónico, em espaços públicos e equipamentos coletivos do país.
Para aceder aos termos e condições de acesso e consulta da documentação do espólio de Justino Morais clique aqui.
|
Dia Internacional dos Monumentos e Sítios "Desporto, um património comum"
|
segunda-feira, 18 de Abril de 2016
|
|
O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios foi criado pelo Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) a 18 de abril de 1982, e aprovado pela UNESCO no ano seguinte, com o objetivo de sensibilizar os cidadãos para a diversidade e vulnerabilidade do património, bem como para o esforço envolvido na sua proteção e valorização. Celebrando o património nacional, comemora também a solidariedade internacional em torno do conhecimento, da salvaguarda e da valorização do património em todo o mundo.
|
|
|
Adotando o mote proposto para este ano pelo ICOMOS Internacional, "O património do desporto", a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), em colaboração com o ICOMOS Portugal promove o tema "Desporto, um património comum", com a finalidade de enaltecer a importância cultural e social do desporto, assinalar o papel insubstituível, ao longo da história, de inúmeras associações, clubes, autarquias, museus e outras organizações, públicas e privadas, na formação e consolidação da identidade de comunidades locais, regionais e nacionais, e também fazer ressaltar as diferentes formas de expressão do património associado ao desporto, seja em edifícios, em tradições ou em registos de diferente natureza.
A DGPC promove a divulgação do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios.
A programação geral das atividades poderá ser aqui consultada.
|
Centenário do Museu Nacional Grão Vasco
|
terça-feira, 8 de Março de 2016
|
|
O Museu Nacional Grão Vasco, em Viseu, celebra 100 anos de existência no dia 16 de março (dia da sua fundação, em 1916), tendo preparado um programa com várias iniciativas alusivas à efeméride, que envolvem toda a cidade sob o mote “A Festa do Museu, a Festa de Viseu”.
A efeméride, que será assinalada até março de 2017, com meia centena de eventos, junta-se a outras igualmente marcantes para a cidade e para a região – os 500 anos da Dedicação da Sé de Viseu, os 500 anos da Fundação da Santa Casa da Misericórdia de Viseu e os 100 anos da edificação dos Paços do Concelho de Viseu.
São mais de cinquenta iniciativas expositivas, artísticas, museológicas, educativas e editorias que fazem parte da agenda celebrativa. Destas, destacam-se a exposição "História do Museu Nacional Grão Vasco" desde os antecedentes da sua fundação até à atualidade, o "I Colóquio Internacional de Pintura Antiga", ou a publicação Cem Anos, Cem Obras de Referência do MNGV.
|
|
|
O programa comemorativo do centenário do Museu Nacional Grão Vasco é de âmbito nacional, reunindo peritos e convidados portugueses e estrangeiros, incluindo atividades tanto no museu, como noutros espaços da cidade e do país.
Inicialmente situado nas dependências da Sé de Viseu, o Museu Nacional Grão Vasco foi transferido, em 1938, para a sua morada atual. Em 2015, foi elevado a estatuto de museu nacional.
Do seu património móvel, distingue-se o notável núcleo de pintura primitiva renascentista que ocupa o piso superior e que está dedicado, com particular relevo, à obra de Vasco Fernandes, bem como dos seus colaboradores e contemporâneos. O museu conta com vinte e duas peças classificadas como "tesouro nacional", dezanove das quais com a assinatura de Vasco Fernandes.
O museu possui ainda no seu acervo, para além de importantes colecções artísticas no domínio da pintura, escultura, cerâmica, etc, um significativo espólio documental que constitui o Arquivo do Museu Grão Vasco. Reúnem-se neste arquivo cerca de 1300 documentos, dezassete livros manuscritos e quatro selos avulsos, abarcando uma cronologia que se estende dos séculos XIII ao XX, na sua maioria provenientes do cartório do cabido da Sé de Viseu, à excepção da documentação posterior à República, relativa ao período de instituição do museu e de criação das suas colecçõe
A comemoração dos 100 anos de existência será também uma aposta na internacionalização do Museu Nacional Grão Vasco.
Para mais informações, clique aqui.
|
Nuno Teotónio Pereira (1922-2016)
|
quinta-feira, 21 de Janeiro de 2016
|
|
Morreu o arquiteto Nuno Teotónio Pereira, no dia 20 de janeiro, aos 93 anos.
|
|
|
Nuno Teotónio Pereira foi uma das mais destacadas personalidades nos domínios da arquitetura, da habitação e do urbanismo, em Portugal.
Nasceu em Lisboa, a 30 de janeiro de 1922. Formou-se em Arquitetura na Escola de Belas-Artes, em Lisboa, em 1949.
Entre 1940 e 1943 trabalhou, como colaborador, com o arquiteto Carlos Ramos — um impulsionador da arquitetura moderna — manifestando, já nessa altura, interesse pela arquitetura como forma de intervenção social.
Em 1948 participou no I Congresso Nacional de Arquitetura, apresentando, juntamente com Costa Martins, a comunicação “Habitação Económica e Reajustamento Social”.
Entre 1948 e 1971 foi arquiteto consultor nas Habitações Económicas — Federação das Caixas de Previdência, tendo realizado ainda o primeiro concurso para habitações de renda controlada (período da história da habitação em Portugal que se encontra largamente documentado na edição Habitação para o Maior Número, publicada pelo SIPA, em 2013, dedicada a Nuno Teotónio Pereira).
Entre 1952 e 1971 foi presidente do Movimento para a Renovação da Arte Religiosa (MRAR), no âmbito do qual foram promovidos novos projetos arquitetónicos para espaços devocionais, como foi o caso da Igreja do Sagrado Coração de Jesus / Igreja Paroquial do Coração de Jesus, Lisboa, com Nuno Portas, em 1975 (prémio Valmor em 1975). Deste movimento artístico faziam parte José Escada, Jorge Vieira, Cargaleiro, Madalena Cabral, Eduardo Nery, Nuno Portas, Luís Cunha, Diogo Lino Pimentel ou Formosinho Sanches.
Entre 1955 e 1956 participou no Inquérito à Arquitetura Popular Portuguesa, no qual se reuniram os profissionais mais qualificados da época, para inventariar de forma objetiva a arquitetura vernacular portuguesa, por iniciativa do Sindicato Nacional dos Arquitetos.
Em 1966 foi presidente da secção portuguesa da União Internacional dos Arquitetos (UIA) e, ao nível internacional, foi o primeiro delegado português do Comité do Habitat da UIA, em Bucareste.
Entre 1984 e 1989 foi presidente do Conselho Diretivo Nacional da Associação dos Arquitetos Portugueses.
No seu ateliê, na Rua da Alegria, em Lisboa, trabalhou, ao longo de várias décadas com muitos arquitetos e artistas, principalmente, com Nuno Portas, com quem colaborou, sobretudo, no período de 1957-1971, mas também com Bartolomeu Costa Cabral, João Braula Reis, Pedro Botelho, Gonçalo Byrne. Aqui assinou muitas das obras mais emblemáticas da sua carreira, algumas das quais galardoadas, como é o caso dos três prémios Valmor: Torres dos Olivais Norte, Lisboa, com Nuno Portas e António Pinto de Freitas, em 1968; o Edifício Franjinhas / Edifício na Rua Braancamp, n.º 9, Lisboa, com João Braula Reis, em 1971; Igreja do Sagrado Coração de Jesus / Igreja Paroquial do Coração de Jesus, Lisboa, com Nuno Portas, em 1975.
Foram muitas as condecorações que Nuno Teotónio recebeu, destacando-se o Prémio Nacional de Arquitetura, da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1961; o Prémio da Associação Internacional dos Críticos de Arte, em 1985; a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, em 1995, e a Grã-Cruz da Ordem do Infante, em 2004, ambas por reconhecimento do Estado pela sua ação como arquiteto e como cidadão; a Medalha de Mérito Municipal, atribuída pela Câmara Municipal de Lisboa, em 2010.
Recebeu por duas vezes o grau de doutor honoris causa, pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, em 2003, e pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa, em 2005.
Em 2010, os 60 anos da sua carreira foram comemorados pela Ordem dos Arquitetos, celebrando e homenageando a vida e a obra do arquiteto que sempre primou por “contribuir para a beleza do espaço e o bem-estar das pessoas".
Em 2015 Nuno Teotónio Pereira foi distinguido com o Prémio Universidade de Lisboa, pela sua “brilhante” obra e pela sua “ética”.
O arquivo pessoal de Nuno Teotónio Pereira, depositado no SIPA/Forte de Sacavém, têm como âmbito cronológico os anos de 1944 a 2007 e são constituídos por 1479 unidades arquivísticas, que integram c. de 35,19 metros lineares de pastas de documentação, 19 892 espécies fotográficas e 35 351 desenhos técnicos, esboços e esquissos. Esta variedade de registos encontra-se associada a uma riqueza e diversidade de conteúdos, representativos das várias vertentes da atividade artística, científica e técnica do seu autor nos domínios da Arquitetura e do Urbanismo.
Da obra de Nuno Teotónio Pereira, referente a diversos projetos decorrentes de encomendas privadas e públicas em vários pontos do país, muito especialmente na cidade de Lisboa, e no estrangeiro, destacamos: Hotel Alentejo / Residência de Estudantes do Instituto Politécnico de Portalegre, Elvas, com Manuel Costa Martins; Forte de Nossa Senhora de Porto Salvo / Forte da Giribita, Oeiras; Igreja Paroquial de Águas / Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Penamacor; Edifício na Praça das Águas Livres n.º 8 e Rua Gorgel do Amaral n.º 1/ Bloco das Águas Livres, Lisboa, com Bartolomeu Costa Cabral; Conjunto Habitacional de Renda Económica da Federação das Caixas de Previdência de Vila do Conde, com Nuno Portas; Conjunto de Casas de Renda Económica de Barcelos; Igreja Paroquial de Almada / Igreja de Nossa Senhora da Assunção / Igreja Nova, Lisboa, com Nuno Portas e Luís de Almeida Moreira; Conjunto Habitacional na Rua Diogo Silves / Quarteirão Rosa no Bairro do Restelo, Lisboa, com Nuno Portas, João Paciência, Pedro Botelho e outros.
O SIPA integra informação relativa ao arquiteto Nuno Teotónio Pereira, a qual poderá ser consultada neste site, em “Pesquisar o Inventário do Património Arquitetónico” / “Pesquisa Avançada” [Arq./Const./Autor: Nuno Teotónio Pereira]".
Da mesma forma, para aceder a documentos (fotos e desenhos) de Nuno Teotónio Pereira nos Arquivos e Coleções do SIPA, clique aqui para aceder à grelha de pesquisa e aí, no campo "Autor", introduza a expressão Nuno Teotónio Pereira.
Para aceder aos termos e condições de acesso e consulta da documentação do espólio de Nuno Teotónio Pereira clique aqui.
|
O SIPA integra a DGPC desde julho
|
terça-feira, 18 de Agosto de 2015
|
|
Com a publicação em Diário da República, do Decreto-Lei n.º 102/2015, de 5 de junho, as atribuições e competências do Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) foram transferidas do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana para a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC).
|
|
|
O SIPA — sistema de informação e documentação sobre património arquitetónico, urbanístico e paisagístico português e de origem ou matriz portuguesa — encontra-se, assim, integrado, desde o passado dia 1 de julho, na esfera de atribuições da DGPC, serviço que gere as demais bases de dados relativas ao património.
Por esta razão, os conteúdos publicados no site monumentos.pt encontram-se, naturalmente, desatualizados e sofrerão, a médio prazo e de modo gradual, as atualizações necessárias.
|
Pancho Guedes (1925-2015)
|
quinta-feira, 12 de Novembro de 2015
|
|
Morreu, no dia 7 de novembro, Pancho Guedes, aos 90 anos, em África do Sul.
|
|
|
Amâncio de Alpoim Miranda Guedes, ou Pancho Guedes, nasceu em Lisboa, a 13 de maio de 1925. Três anos depois muda-se, juntamente com os seus pais, para São Tomé e Príncipe, depois para a Guiné e, mais tarde, para Lourenço Marques, Moçambique.
Formou-se em Arquitetura na School of Architecture & Planning, na Universidade de Witwatersrand (Wits), em Joanesburgo.
A partir da década de 1940, Pancho Guedes cruzou-se com inúmeras figuras do modernismo artístico, tanto africano, como europeu.
Nas décadas de 1950 e 1970, o seu período mais criativo, desenhou e concebeu mais de 500 projetos, muitos deles executados entre Moçambique, Angola, África do Sul e Portugal, deixando uma forte marca da personalidade irreverente de Pancho Guedes.
Ao longo de toda a sua vida viaja pelo mundo, conhecendo e recolhendo vários elementos e inspirações dos Movimento(s) Moderno(s), que se manifestam na sua heterodoxa arquitetura, desde igrejas a edifícios de habitação.
A sua obra reflete-se na plasticidade escultórica mais desconcertante e na expressão exuberante e livre da arquitetura enquanto arte.
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) integra informação relativa ao arquiteto Pancho Guedes, a qual poderá ser consultada neste site, em “Pesquisar o Inventário do Património Arquitetónico” / “Pesquisa Avançada” [Arq./Const./Autor: Pancho Guedes]".
|
Secretário de Estado da Cultura atribui a Medalha de Mérito Cultural a Gonçalo Ribeiro Telles
|
sexta-feira, 14 de Agosto de 2015
|
|
O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, atribuiu a Medalha de Mérito Cultural a Gonçalo Ribeiro Telles, em reconhecimento pelo seu inestimável trabalho dedicado às grandes causas da cultura, da arquitetura paisagista e do ambiente, em Portugal e no estrangeiro, ao longo de mais de cinquenta anos, e no âmbito das comemorações dos setenta anos do Centro Nacional de Cultura, organismo que ajudou a fundar em 1945.
|
|
|
Gonçalo Ribeiro Telles nasceu a 25 de Maio de 1922, formando-se como Engenheiro Agrónomo e Arquiteto Paisagista em 1952, no Instituto Superior de Agronomia (ISA).
Na sua longa carreira, realizou cerca de três centenas e meia de projetos, foi docente no ISA e na Universidade de Évora, na qual fundou a licenciatura em Arquitetura Paisagista, e foi agraciado, em 1994, com o título de Doutor Honoris Causa.
É também responsável por mais de cem publicações consagradas a diversos temas, como sejam, o ordenamento do território, o ambiente, o urbanismo, a paisagem, o projeto, a agricultura e a política.
Foi, igualmente, subsecretário e secretário de Estado do Ambiente, do 1.ª ao 4.ª e do 6.ª governos provisórios, ministro de Estado e da Qualidade de Vida do 8.º Governo Constitucional, deputado pelo Partido Popular Monárquico, vereador da Câmara Municipal de Lisboa e fundador e dirigente do Partido da Terra.
Da sua passagem pelos Governos destaca-se a legislação proposta e aprovada no âmbito da defesa da paisagem e do ambiente, encontrando-se, entre outros decretos de lei: os Planos Regionais de Ordenamento do Território (Dec. Lei 388/83), a Reserva Ecológica Nacional (Dec. Lei 321/83) e a Reserva Agrícola Nacional (Dec. Lei 451/83).
Recebeu ao longo da vida numerosos prémios, destacando-se, em 1975, em conjunto com António Viana Barreto, o Prémio Valmor pelo projeto do Parque da Fundação Calouste Gulbenkian, e, em 2013, o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, o mais elevado galardão da Arquitetura Paisagista, atribuído pela International Federation of Landscape Architects.
O SIPA integra informação relativa à obra de Gonçalo Ribeiro Telles. Para aceder a registos do Inventário do Património Arquitetónico de imóveis ou conjuntos que foram objeto da intervenção do arquiteto paisagista, clique aqui para aceder à grelha de pesquisa avançada e aí, no campo Arquiteto / Construtor / Autor, introduza a expressão Gonçalo Ribeiro Telles. Da mesma forma, para aceder a documentos (fotos e desenhos) de Gonçalo Ribeiro Telles nos Arquivos e Coleções do SIPA, clique aqui para aceder à grelha de pesquisa e aí, no campo Autor, introduza a expressão Gonçalo Ribeiro Telles.
|
Prémio IGEO Mentes Criativas para App Por Aqui!
|
sexta-feira, 26 de Junho de 2015
|
|
O concurso IGEO Mentes Criativas, promovido pela Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) premiou, entre outros, Teresa Capucho Correia de Freitas, Ricardo Barata e Carlos Costa, autores da APP Por Aqui! Esta aplicação permite ao seu utilizador programar percursos histórico-culturais, a partir de dados geográficos disponibilizados pelo SIPA, com código aberto, através do portal iGEO.
|
|
|
Esta iniciativa teve como objectivo fomentar a utilização de informação geográfica disponibilizadas através aplicações de telemóvel, destacando aquelas que inspiram melhores desempenho, fucionalidade e design.
A cerimónia de entrega dos prémios do concurso iGEO Mentes Criativas decorreu no passado dia 29 de maio no Centro de Congressos de Lisboa durante o workshop "Rumo ao SNIG 2020", organizado pela Direção-Geral do Território no âmbito do INSPIRE Geospatial World Forum 2015.
|
SIPA tem novo horário de atendimento ao público a partir de 1 de junho
|
segunda-feira, 1 de Junho de 2015
|
|
A partir de segunda-feira, 1 de junho, entra em vigor o novo horário de atendimento ao público do SIPA.
O serviço de atendimento ao público passa a funcionar de segunda a quarta-feira, no seguinte horário e de acordo com as seguintes regras gerais:
> Acesso às salas de leitura: de 2.ª a 4.ª feira, das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 16h30. O atendimento é efetuado por ordem de chegada, sem possibilidade de reserva. Limitado à lotação das salas.
> Pesquisas: de 2.ª a 4.ª feira, das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00. Tendo em vista a otimização das pesquisas e da recuperação e exploração de conteúdos, recomenda-se aos utilizadores o prévio recurso ao Serviço de Referência.
> Consultas: de 2.ª a 4.ª feira, das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00.
As Pesquisas e Consultas de documentos originais estão sujeitas a marcação prévia com o técnico responsável pelo arquivo ou coleção, a efetuar presencialmente, via sipa@ihru.pt ou por telefone (21 942 77 81); as sessões de consulta podem, por razões de capacidade de resposta do serviço, ser limitadas a um contingente máximo de unidades documentais ou a um horário específico.
O serviço de atendimento ao público está encerrado no dia 13 de junho e entre os dias 24 e 31 de dezembro, inclusive.
|
|
|
"Arquitectura Moderna em África: Angola e Moçambique" distinguido com o Prémio de História Calouste Gulbenkian
|
quarta-feira, 3 de Dezembro de 2014
|
|
A publicação Arquitectura Moderna em África: Angola e Moçambique, coordenada pela arquiteta Ana Tostões, foi galardoada com o Prémio de História Calouste Gulbenkian, na modalidade de História da Presença de Portugal no Mundo, em cerimónia pública ocorrida a 3 de dezembro na Academia Portuguesa de História, em Lisboa.
|
|
|
Esta obra é um dos resultados visíveis do projeto de investigação EWV, Visões Cruzadas do Mundos — Arquitectura Moderna na África Lusófona (1943-1974) vista através da experiência brasileira iniciada a partir dos anos 30, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e conduzido pelo Instituto Superior Técnico, sob coordenação de Ana Tostões, em parceria, entre outras entidades, com o Sistema de Informação para o Património Arquitetónico.
O projeto chama a atenção para a importância do património moderno da África lusófona e para a urgência em documentá-lo. Focando a sua atenção na produção arquitetónica do Movimento Moderno em Angola e Moçambique, foi aprofundado o estudo deste universo estabelecendo-se relações com fontes e influências várias e identificando uma possível continuidade quer com a moderna produção brasileira, quer com as correntes que surgem a partir da segunda metade da década de 1950. Assim, na obra agora publicada, é apresentado um conjunto de obras realizadas entre 1943 e 1974 em Angola e Moçambique, no âmbito do que ficou designado como o Movimento Moderno, as quais são devidamente localizadas e acompanhadas das biografias dos respetivos autores.
|
João Vasconcelos Esteves (1924-2014)
|
sexta-feira, 7 de Novembro de 2014
|
|
No passado dia 7 de novembro, sexta-feira, faleceu, em Lisboa, o arquiteto João Vasconcelos Esteves, aos 90 anos de idade.
|
|
|
Nascido em Lisboa, a 22 de março de 1924, João de Barros e Vasconcelos Esteves viria a frequentar o curso superior de Arquitetura na Escola de Belas Artes de Lisboa, obtendo o diploma de arquiteto no concurso de 1952, com média final de 17 valores.
Em 1952, o recém-formado arquiteto é contratado pela Comissão das Construções Hospitalares (CCH) do Ministério das Obras Públicas (MOP), para a qual projeta, até 1959, os hospitais sub-regionais de Torre de Moncorvo, Sernancelhe e Penela da Beira, a remodelação e ampliação do Hospital de São Marcos, em Braga (novo pavilhão de internamento, bloco operatório, lavandaria e central térmica, 1954-1959) e a remodelação do Hospital de Santa Marta, em Lisboa (serviços de Medicina Torácica). Para a mesma comissão, mas já como profissional liberal, desenvolverá, mais tarde, os projetos do Hospital Regional de Portalegre (hoje Hospital Doutor José Maria Grande) e das respetivas instalações complementares (pavilhões do Hospital de Dia e Psiquiatria, Pessoal, Anatomia Patológica e portaria), entre 1965 e 1974 (remodelado, também com projeto seu em 1994), consolidando uma especialização crescente na arquitetura para os programas hospitalares e assistenciais.
Para a Direção-Geral das Construções Hospitalares (DGCH), organismo sucessor da CCH no MOP, realiza a Escola e Lar de Enfermagem de Portalegre (1969-1972) e o projeto geral do Hospital Regional da Horta (1975-1981. A sua experiência neste domínio prolonga-se nos projetos de ampliação da Escola de Enfermagem de São Vicente de Paulo, em Lisboa (1973-1976), do Centro de Saúde das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Fátima (1974-1985), e da Creche e Jardim de Infância da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental, na R. Carlos Mayer n.º 4, em Lisboa (1975).
O ano de 1953 marca o início da relação profissional com os arquitetos Manuel Laginha e Pedro Cid, que se fortalecerá no estabelecimento de um forte vínculo de amizade entre famílias e na partilha de um ateliê comum. Este é também o ano de arranque do grande projeto do conjunto de blocos de habitação na Av. dos Estados Unidos da América, para a Câmara Municipal de Lisboa, desenvolvido com aqueles arquitetos, realizado até 1961 e merecedor do Prémio Municipal de Arquitetura de 1957. Por encomenda da mesma câmara, dirige a partir de 1958 os estudos de reajustamento, loteamento, ajardinamento e projeto de arquitetura dos blocos de habitação na Célula A do novo bairro dos Olivais (Norte), conhecidos como "Tipo Y" e concretizados em 22 unidades ao longo da R. Alferes Barrilaro Ruas, até 1960. Nestes projetos de habitação em grande escala, Vasconcelos Esteves concretiza a experiência teórica desenvolvida, ainda enquanto tirocinante, nos concursos públicos de projetos para bairros económicos, promovidos pela Federação das Caixas de Previdência, nos quais obtivera, em equipa com os arquitetos Pedro Cid e Celestino de Castro, o 3.º prémio, em 1951 e o 1.º prémio, em 1952.
Respondendo a outro programa essencial da prática arquitetónica sua contemporânea, Vasconcelos Esteves vence em 1955, em equipa com o arquiteto Eduardo Hilário e o tirocinante Luís Alçada Baptista, o concurso para o anteprojeto de uma Escola Técnica Elementar a erguer no Porto, promovido pela Junta das Construções para o Ensino Técnico e Secundário do MOP, com a então batizada Escola Clara de Resende, concluída em 1959. Três anos depois, por encomenda da Câmara Municipal de Santarém, o arquiteto desenha a Escola Primária de Salvador, no centro da cidade, pronta a funcionar em 1967. No ateliê que partilha com Manuel Laginha e Pedro Cid assina diversos projetos para habitação multifamiliar de rendimento, de promoção privada. São deste período os projetos de urbanização, edifícios e equipamentos da Quinta da Várzea e do Outeiro, em Palhais, Barreiro (1959-1961, com Pedro Cid), e do conjunto urbano da Rebelva, Carcavelos (1960-1970); bem como inúmeros prédios situados nas “Avenidas Novas" estruturantes e referenciais no tecido urbano da cidade. Ainda no contexto da cidade, mas para o setor dos serviços, é responsável pelos projetos do Hotel D. Carlos na Av. Duque de Loulé n.º 121 (1961-1968), da torre de escritórios e instalações dos CTT, na Av. da República n.º 18 (1970-1975), da sede da Associação dos Empreiteiros e Construtores de Obras Públicas do Sul, na Av. João Crisóstomo n.ºs 51-53 (1980) e da agência do Banco Nacional Ultramarino, em Campo de Ourique. Para esta instituição bancária projeta também as delegações de Faro, Chaves e Almodôvar. O trabalho conjunto de Vasconcelos esteves com Laginha e Cid é igualmente marcado por um número significativo de importantes projetos não realizados, de entre os quais se destacam: o Hotel da Praia Nova (1961-1967) e o Balneário para a Fonte Santa (1962-1965), ambos em Quarteira;os conjuntos urbanos da Quinta da Granja de Cima, em Lisboa (com Pedro Cid e Fernando Torres) e da zona a sul da Av. Nuno Álvares, em Almada (1961)); o Plano de Pormenor da área de Santa Isabel, em Lisboa (com Fausto Simões); os prédios na R. Miguel Pais e na R. Conselheiro Serra e Moura no Barreiro (1962-1968); o Centro Turístico da Guia, Cascais (1963-1973, com Manuel Laginha); o Hotel de 2.ª Classe em Armação de Pêra (1964-1967); e o Conjunto Turístico em Alporchinhos, Lagoa (1965-1976, com Laginha e Fausto Simões).
Em maio de 1959, inicia uma colaboração duradoura com a Sociedade Nacional de Estudos e Financiamento de Empreendimentos Ultramarinos (SONEFE), como responsável pelo Gabinete de Arquitetura da empresa e, a partir de 1963, como consultor da mesma. Nestas funções, desenvolve projetos entre Lisboa, Angola e Moçambique, nomeadamente no âmbito do aproveitamento hidroelétrico do rio Cuanza em Cambambe, Angola — arranjo urbanístico do bairro residencial e das instalações industriais (1960), centro social provisório (1961), edifício do posto de comando da central hidroelétrica (1962-1971), central subterrânea (com o gabinete técnico da Companhia Hidroelétrica do Zêzere), capela e escola primária (1962), cineteatro ao ar livre, posto hospitalar, cooperativa e casa de pessoal (1969), centro social definitivo, escola e conjunto de habitação para trabalhadores (1973). Ainda para Angola projeta a subestação elétrica de Lobito (1959) e o edifício de comando da subestação de Luanda II (1961-1963), ao mesmo tempo que desenvolve, na atual Maputo, Moçambique, os projetos da subestação elétrica (1959), da Central Térmica II (1963-1966, com o arquiteto Manuel Crespo e o gabinete técnico da MAGUE) e do arranjo urbanístico do bairro residencial e das instalações industriais da SONEFE. A especialização atingida no programa das grandes infraestruturas hidroelétricas justifica ainda a consultadoria técnica prestada, entre 1966 e 1973, à Companhia Hidroelétrica do Zêzere para o projeto do aproveitamento do rio Tejo no Fratel, Vila Velha de Ródão (1974). No setor da indústria pesada, participa na equipa de coordenação do projeto de ampliação das instalações da Siderurgia Nacional, no Seixal (1982-1983), não concluído.
Entre 1967-1975, Vasconcelos Esteves experimenta a atividade docente universitária, num primeiro momento (até 1971) como assistente dos cursos superiores de Arquitetura, Pintura e Escultura da ESBAL, num segundo momento como regente do curso superior de Arquitetura da mesma escola (1971-1975). Neste ano regressa à DGCH para dirigir as equipas de projeto então ali criadas, servindo a instituição até 1981, ano em que entra em licença ilimitada.
Enquanto profissional liberal, elabora numerosas propostas para moradias disseminadas por todo o país (Quinta do Lago, Coruche, São Martinho do Porto, Santarém, Atalaia, Amora, Azeitão, Luz de Lagos, Cruz Quebrada, Magoito, Sintra e Mafra) e para empreendimentos residenciais turísticos (Sesimbra, Porto de Mós e Praia das Maçãs).
O percurso do arquiteto no serviço público é retomado em 1986 quando é nomeado, após convite do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, coordenador do Gabinete Técnico Local de Alfama para o processo de reabilitação urbana daquele bairro e, a partir de 1990, diretor do Departamento de Reabilitação Urbana da Colina do Castelo (que englobou os gabinetes técnicos locais de Alfama e Mouraria e o Grupo de Trabalho da Colina do Castelo).
Nota sobre o arquivo pessoal e espólio do arquiteto Vasconcelos Esteves:
O trabalho de pré-inventariação já realizado permitiu identificar, de imediato, documentação referente a alguns projetos e obras para entidades públicas assim como para clientes privados, destacando-se empreendimentos como: Hospital Distrital da Horta, Direção-Geral das Construções Hospitalares, 1979; Olivais-Célula A: blocos de habitação-projeto, Câmara Municipal de Lisboa/Gabinete de Estudos de Urbanização, 1960; Projecto do Hospital Regional de Portalegre: hospital de dia e psiquiatria, Comissão das Construções Hospitalares, 1966-1971; Escola de Enfermagem de Portalegre, Ministério da Habitação e Obras Públicas/Direção-Geral das Construções Hospitalares, 1973; Remodelação parcial do Hospital Distrital de Portalegre para instalação de uma nova unidade Cirúrgica Ambulatória e um serviço de Medicina Física e Reabilitação, Direção-Geral das Construções Hospitalares, 1995-1997; Projecto de prédios de habitação para a Av. Estados Unidos da América, 1955; Proposta para a elaboração dos projetos para quatro blocos de habitação na Av. dos Estados Unidos da América (troço Av. Rio de Janeiro-Av. do Aeroporto), 1958; Torre de escritórios e instalações dos CTT, Correios e Telecomunicações de Portugal, Av. da República, n.º 18 e Av. João Crisóstomo, GESTIM — Sociedade de Investimentos e Gestão, 1970-1975; Vários projetos para a empresa SONEFE S.A.R.L. em Angola e Moçambique, 1959-1973; Edifício de habitação no Gaveto da Av. Da República, nº 85 com a Rua Júlio Dinis, requerente Maria del Consuelo Mera Benito Garcia, 1965-1983; Casa Provincial dos Missionários da Consulata, Instalações na Quinta dos Serrões, Olivais Norte, requerente Casa Provincial dos Missionários da Consulata, 1985-1989; Projeto de remodelação de prédio de rendimento na Costa do Castelo, nº 45-47, Lisboa, RENTIFIX — Investimentos Industriais e Administração, SARL, 1973-1978; Projeto do Hotel Dom Carlos no n.º 121 da Av. Duque de Loulé e Estudo de ampliação do Hotel Dom Carlos na Av. Duque de Loulé n.ºs 127-172 na Rua Rodrigo Sampaio, Companhia de Investimentos Hoteleiros Dom Carlos, SARL, 1951-1968; Edifício na Avenida Elias Garcia, n.º 22, 1959-1967; Projeto de uma moradia a construir no Monte de Lemos na Freguesia da Luz, Algarve por Prof. Dr. Reinhhard Purschke / Prof. Manfred Korte, 1984-1987; Unidade hoteleira e aldeamento turístico, localizado na Praia das Maçãs, freguesia de Colares, Sintra, pertença de Consuelo Mera de Benito Garcia e José António Benito Garcia, 1981-1985; Projeto de uma moradia no local de Matos Gaviões, Atalaia, Algarve para Maria da Luz Ferreira Leitão, 1979-1991. O acervo pessoal do arquiteto contempla, ainda, a sua biblioteca, que é constituída por 305 monografias, 562 fascículos de publicações periódicas, 1.180 catálogos, 53 postais e 4 posters. Esta documentação cobre maioritariamente os domínios da Arquitetura, Urbanismo e do Design e foi editada em diversos países europeus.
Em 23 de janeiro de 2007, o arquiteto Vasconcelos Esteves assinou um contrato de comodato com a ex- Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, a partir do qual procedeu à entrega de um espólio vastíssimo, constituído dominantemente por desenhos e projetos na área da arquitetura e do espaço urbano, e por muitos outros documentos e fotografias de caráter profissional e biográfico.
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) integra informação relativa ao arquiteto João Vasconcelos Esteves, a qual poderá ser consultada neste site, em “Pesquisar o Inventário do Património Arquitetónico” / “Pesquisa Avançada” [Arq./Const./Autor: Vasconcelos Esteves].
|
iGeo - Património, uma App gratuita para acesso aos conteúdos do SIPA através de dispositivos móveis
|
terça-feira, 13 de Maio de 2014
|
|
Os conteúdos do SIPA podem, a partir de hoje, ser acedidos e utilizados em smartphones com sistema operativo Android ou IOS, através da aplicação móvel (App) iGeo – Património.
|
|
|
A aplicação iGeo-Património foi criada no âmbito da iniciativa iGeo – Informação Geográfica do Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e da Energia, a qual tem como objetivo a disponibilização dos dados existentes na Administração Pública à sociedade e às entidades de investigação e ensino (Portal iGeo).
Através da aplicação iGeo-Património o SIPA oferece aos seus utilizadores o acesso aos conteúdos de inventário relativos a cerca de 30.000 edifícios e estruturas, conjuntos urbanos, espaços verdes, sítios e paisagens portugueses de interesse mundial, nacional, regional ou local. Esses conteúdos encontram-se estruturados em dois temas: Património Protegido e Património Não Protegido.
A informação pode ser pesquisada de duas formas: através da opção “Perto de mim” ou da opção “Explore” (distrito, concelho e freguesia). Os resultados obtidos pela pesquisa permitem visualizar uma versão abreviada de cada registo de inventário de património, que inclui, para além de informação alfanumérica (Designação, Localização, Acesso, Tema IG e Proteção), fotografias e/ou desenhos (conforme a sua disponibilidade), ligações aos ficheiros de metadados e ao registo completo disponível no website www.monumentos.pt (Mais Detalhes).
A par da App iGeo-Património, a iniciativa iGeo – Informação Geográfica lançou ainda mais duas aplicações móveis.
App iGeo – Ordenamento (Direção-Geral do Território)
Android
IOS
App iGeo – Natureza (Instituto da Conservação da Natureza e Florestas)
Android
IOS
As App encontram-se desenvolvidas em código aberto, acessível através do GITHUB, podendo ser utilizado para o desenvolvimento de novas funcionalidades (haverá ainda um concurso de ideias onde poderão ser apresentadas novas App, com base nos dados disponibilizados).
|
SIPA publica serviços WMS e WFS
|
segunda-feira, 12 de Maio de 2014
|
|
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico passou, a partir de hoje, a disponibilizar no site www.monumentos.pt o catálogo de serviços de Informação Geográfica (IG) sobre património arquitetónico, urbanístico e paisagístico português possível de ser acedido e utilizado em múltiplas plataformas.
|
|
|
Deste modo, o SIPA pretende disponibilizar parcialmente a sua Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) a um vasto leque de utilizadores através de diferentes plataformas e formatos. A maioria dos recursos (WMS e WFS) agrega simultaneamente os respetivos metadados (que se encontram harmonizados com as normas ISO e a Diretiva INSPIRE, fornecidos em ficheiros do tipo PDF, que incorporam as respetivas fichas técnicas).
Grande parte destes temas de IG, além de incluir uma pequena estrutura alfanumérica de dados fundamentais (e.g. designação e localização do objeto), remete ainda para os registos e arquivos do SIPA (através de links a mais informação), potenciando a relação entre o utilizador e este recurso on-line.
Para além destas plataformas de multiformatos de IG, mantém-se a possibilidade de visualizar os resultados das pesquisas efetuadas à base de dados alfanumérica do Inventário do Património Arquitetónico em mapa.
Estes dados estarão também disponíveis no portal iGEO.
|
SIPA publica os URL's das imagens digitais de milhões de desenhos, fotos e páginas textuais dos seus arquivos e coleções
|
segunda-feira, 14 de Abril de 2014
|
|
A partir do corrente mês passou a ser possível aceder ao URL (Uniform Resource Locator) de todas as imagens digitais correspondentes a documentos dos arquivos e coleções do SIPA que estejam disponíveis ao público através da Internet. Obtém-se o URL específico de cada imagem acedendo às Propriedades dessa imagem.
Esta nova funcionalidade amplia muito significativamente as possibilidades e as condições de acesso e de (re)utilização, em meio web, destes recursos documentais por parte do público.
A (re)utilização desses conteúdos por terceiros faz-se de acordo com os termos e condições estabelecidos pela licença pública Creative Commons: CC BY-NC-ND-3.0 .
|
|
|
Eduardo Nery (1938-2013)
|
domingo, 2 de Março de 2014
|
|
No próximo domingo, dia 2 de março, passa um ano sobre o falecimento de Eduardo Nery.
|
|
|
Filho da escritora Maria Elisa Nery de Oliveira e do engenheiro Sebastião José de Oliveira, nasceu em 1938, na Figueira da Foz.
Diplomou-se em Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, com a classificação de 19 valores, em 1969; frequentou o Curso de Conservadores de Museu, no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, entre 1967-1969; fez um estágio em tapeçaria com o pintor Jean Lurçat em França (Saint-Céré), em 1960-1961.
Desenvolveu intensa atividade profissional em diversas áreas, destacando-se a pintura, o desenho, a gravura, a colagem, a tapeçaria, o vitral, a azulejaria, o mosaico e a fotografia; com importância menor, o design de jóias, a porcelana (projeto de um serviço de mesa para a Vista Alegre Atlantis, intitulado “Serviço Nery”, em 2011), a cenografia e a ilustração.
Data de 1966-1968 a sua primeira intervenção plástica na arquitetura, com execução de grandes extensões de pavimentos (interiores), em mosaico hidráulico, em mármore e em calçada mosaico e um painel de azulejo na fachada poente para a nova fábrica da Sociedade Central de Cervejas, em Vialonga. A partir dessa data produziu inúmeras obras para a arquitetura / espaço urbano, diversificando exaustivamente quer as técnicas, quer os materiais utilizados, destacando-se: a cerâmica, em particular o azulejo (Museu da Água, em Lisboa; filial da Caixa Geral de Depósitos e Centro de Saúde, ambos em Angra do Heroísmo; Instituto do Emprego e Formação Profissional, em Coimbra; agência do Banco BNC, em Lisboa; Estação de Contumil, no Porto; Sede da EPAL em Lisboa; Terminal do Aeroporto Internacional de Macau; Viaduto do Campo Grande, em Lisboa; Balcão Portagem do Montepio Geral, em Coimbra; Av. Infante Santo, em Lisboa; viadutos rodoviários junto à estação de Queluz - Massamá; jardins do Palácio Fronteira, em Lisboa; Estação de Tratamento de Água da EPAL, na Asseiceira, Tomar, etc.); o relevo e a pintura murais (Decoração exterior da torre dos silos em betão com faixas horizontais com reboco mais escuro e duas fachadas metálicas em relevo na Central de Cervejas, S.A., fábrica em Vialonga (1966-1968); para o Edifício Comercial na Rua Braamcamp, nº 9 (“Franjinhas”), em Lisboa executou pinturas murais na portaria e na sobreloja e labirintos em relevo e em betão à vista nas duas empenas); o alto-relevo em espelho (Loja Varig, em Lisboa); o desenho para grades metálicas (Clínica de Todos-os-Santos, em Lisboa); o vitral (Igreja de Queijas; na Capela de São José; na Basílica de Fátima; no Colégio do Sagrado Coração de Maria, em Lisboa, e na Câmara Municipal de Barcelos); o mosaico vítreo (cúpula da Sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa).
É também autor de vários estudos e projetos de cor para grandes conjuntos urbanos (Plano Integrado de Almada e da Cidade Nova de Santo André, Sines) e edifícios singulares (Serviços Postais de Coimbra; edifícios administrativos da TAP - Air Portugal, no Aeroporto de Lisboa), e de desenhos para pavimentos, no espaço público, em "calçada mosaico", nomeadamente os da vila do Redondo (Alentejo), os do Martim Moniz e da Praça do Município, em Lisboa.
Em 25 de maio de 2005, Eduardo Nery assinou um contrato de comodato com a ex Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, a partir do qual procedeu à entrega de um espólio vastíssimo, constituído dominantemente por desenhos e projetos na área da arquitetura e do espaço urbano, e por muitos outros documentos e fotografias de caráter profissional e biográfico.
Em junho de 2012, no Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, Eduardo Nery foi condecorado pelo presidente da República como Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique, em cerimónia realizada no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Assinalando o aniversário do seu falecimento, será realizada uma missa em sua homenagem, no dia 2 de março, pelas 19.30horas, na Igreja de Santa Isabel, em Lisboa.
|
Comissão Europeia promove consulta pública sobre diretiva INSPIRE
|
terça-feira, 18 de Fevereiro de 2014
|
|
A Comissão Europeia está a promover uma consulta pública sobre a implementação da diretiva INSPIRE (Infrastructure for Spatial Information in the European Community - Diretiva 2007/2/EC do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu, de 14 de Março de 2007).
|
|
|
Esta consulta está disponível até ao próximo dia 24 de fevereiro e procura avaliar a aplicação da Diretiva, reunindo um máximo de contributos para a redefinição e adaptação das medidas estabelecidas, realinhando os objetivos iniciais da Diretiva com a estratégia UE 2020.
O SIPA/IHRU, enquanto produtor de Informação Geográfica na área do património construído, é parceiro INSPIRE da Direção-Geral do Território (ponto de contacto nacional para a diretiva), integrando os Grupos de Trabalho Temáticos.
Clique aqui para aceder ao portal de informação Geográfica da UE.
Clique aqui para aceder à página de informação geográfica do SIPA.
|
SIPA adota a nova Reorganização Administrativa do Território das Freguesias nas suas bases de dados
|
terça-feira, 18 de Fevereiro de 2014
|
|
O SIPA adotou a reorganização administrativa do território das freguesias promovida pela Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro, passando, assim, os seus registos, quer de Inventário, quer de Arquivos, a incluir as alterações nos limites administrativos de freguesias/municípios/distritos do continente fomentadas pelo referido diploma legal. Esta atualização foi efetuada tendo por base a Carta Administrativa Oficial de Portugal, promovida pela Direção-Geral do Território.
|
|
|
Alcino Soutinho (1930-2013)
|
terça-feira, 26 de Novembro de 2013
|
|
O arquiteto Alcino Soutinho faleceu dia 24 de novembro, aos 83 anos.
|
|
|
Nascido em Vila Nova de Gaia a 6 de novembro de 1930, Alcino Soutinho mudou-se ainda criança, acompanhando a família, para o Porto, cidade onde viveu e trabalhou como arquiteto.
Em 1957 conclui a licenciatura em Arquitetura, na Escola Superior de Belas-Artes do Porto (ESBAP), onde foi colega de Álvaro Siza Vieira.
Em 1961, usufruindo de uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian, partiu para Itália para estudar museologia, área em que também se destacou.
Paralelamente, trabalhou na Fundação das Caixas da Previdência, onde projetou vários conjuntos de habitação económica no Norte de Portugal, até 1971.
Em 1973 começou a carreira académica como docente na ESBAP e, mais tarde, na Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, onde lecionou até 1999.
Alcino Soutinho foi, ainda, consultor do Comissariado para a Renovação Urbana da Área Ribeira-Barredo (CRUARB) (1993-1997), assessor da Administração do Porto de Lisboa para o Reordenamento da Zona Ribeirinha entre Algés e a Matinha (1996-2002), presidiu ao Centro Português de Design (1998-2001), à Ordem dos Arquitetos (1999-2002) e à Assembleia-Geral da Cooperativa das Atividades Artísticas Árvore (2003-2006).
Foi o autor de diversas obras como o edifício do Departamento de Química da Universidade de Aveiro (1991), a marginal de Vila do Conde e o Eco Resort (1999), em Tróia, o Centro de Estágios do Futebol Clube do Porto (2000), em Vila Nova de Gaia, o Museu do Neo-Realismo (2002), em Vila Franca de Xira.
Em Matosinhos — cidade que viria a homenageá-lo com duas medalhas de mérito e o título de cidadão honorário —, além do Novo Edifício dos Paços do Concelho (inaugurado em 1987), obra que o consagrou nacional e internacionalmente, Alcino Soutinho assinou os projetos da Biblioteca Municipal Florbela Espanca (2005), a Urbanização da Quinta das Sedas e do Palácio da Enseada (2001-2007), a Torre Sinhá e a estação de metropolitano Brito Capelo, entre outros.
Em 1982 ganhou o Prémio Europa Nostra pelo projeto de adaptação da pousada do Castelo de Vila Nova de Cerveira / Pousada de D. Diniz.
Dois anos depois, em 1984, o arquiteto recebeu o Prémio da Associação de Críticos de Arte, Secção Portuguesa, pelos projetos dos Paços do Concelho de Amarante (1972) e da Biblioteca-Museu Amadeo de Souza Cardoso (1978).
Finalmente, foi distinguido no passado dia 8 de outubro com o estatuto de membro honorário da Ordem dos Arquitetos, juntamente com os arquitetos Gonçalo Byrne e Michel Toussaint Alves Pereira, o historiador da arte Paulo Varela Gomes, o fotógrafo Luís Ferreira-Alves e o Sistema de Informação para o Património Arquitetónico/Forte de Sacavém.
Para além dos registos de (pré-)inventário relativos às obras de Alcino Soutinho acima referenciadas, poderão ainda ser consultados no SIPA – Sistema de Informação para o Património Arquitetónico os seguintes registos:
Bairro da Maceda / Bairro SAAL da Maceda Acácio, Porto;
Bairro da Previdência II, Bragança;
Casa do Dr. Domingos Barbosa / Museu de Guerra Junqueiro (projeto de remodelação e ampliação), Porto;
Mosteiro de Jesus / Museu de Santa Joana, (projeto de musealização), Aveiro
|
RIBA distingue investigação portuguesa no domínio da história da arquitetura
|
segunda-feira, 21 de Outubro de 2013
|
|
O prémio de investigação do presidente do Royal Institute of British Architects (RIBA) na categoria de Tese de Doutoramento Excecional foi este ano atribuído ao investigador português Ricardo Agarez, da Bartlett School of Architecture, UCL, pela dissertação com o título Regionalism, Modernism and Vernacular Tradition in the Architecture of the Algarve, Portugal, 1925–1965.
|
|
|
Ricardo Agarez (Lisboa, 1972) é arquiteto, formado pela Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa (1996), mestre em História da Arte pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (2004) e doutor em História e Teoria da Arquitetura pela Bartlett School of Architecture, University College London (2013).
Especialista em teoria e história da arquitetura dos séculos XIX e XX e autor de inúmeros estudos sobre o tema - alguns dos quais publicados na revista Monumentos -, Ricardo Agarez integrou a equipa do SIPA - Sistema de Informação para o Património Arquitetónico entre 2003 e 2008, tendo, nessas funções, desenvolvido vários projetos e ações de estudo, inventariação, documentação e divulgação do património arquitetónico e urbanístico português, muito especialmente de arquitetura residencial multifamiliar e de serviços públicos em Portugal no século XX.
Para pesquisar e aceder:
> aos registos do inventário do património arquitetónico dos quais o referido investigador é (co-)autor inscreva na grelha de pesquisa avançada, no campo "Autor Data", o nome Ricardo Agarez;
> à documentação (essencialmente fotos) do arquivo do SIPA da qual o dito investigador é (co-)autor inscreva na grelha de pesquisa, no campo "Autor", o nome Ricardo Agarez;
Poderá ainda consultar neste site o seguinte documento de sua autoria: Património Arquitectónico: Habitação Multi-familiar do Século XX. Lisboa: IHRU, IGESPAR, 2008 (Kits património, nº 2, versão 1.0).
Clique aqui para saber mais sobre a distinção atribuída.
|
SIPA distinguido pela Ordem dos Arquitetos no dia Mundial da Arquitetura
|
quinta-feira, 3 de Outubro de 2013
|
|
O Forte de Sacavém / Sistema de Informação para o Património Arquitetónico foi distinguido com o estatuto de Membro Honorário da Ordem do Arquitetos (OA) pelo Conselho Diretivo Nacional desta organização.
|
|
|
O estatuto de Membro Honorário, atribuído por aquela organização profissional a entidades individuais ou coletivas com importantes contribuições no domínio da arquitetura, é desta feita conferido ao SIPA "(...) enquanto serviço público com papel exemplar na informação e documentação sobre o património arquitectónico, urbanístico e paisagístico português e de origem ou matriz portuguesas, assim como na salvaguarda e preservação de inúmeros acervos de arquitectos portugueses".
Esta distinção será objeto de celebração pública, que terá lugar na sede nacional da Ordem dos Arquitectos, em Lisboa, no próximo dia 8 de outubro, pelas 18h00, aquando da abertura oficial das Comemorações do Dia Mundial da Arquitetura.
Na mesma sessão solene serão, igualmente, distinguidos como membros honorários da OA os arquitetos Alcino Soutinho, Gonçalo Byrne e Michel Toussaint Alves Pereira, o historiador da arte Paulo Varela Gomes e o fotógrafo Luís Ferreira-Alves.
|
IHRU e Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Regional assinam contrato de colaboração
|
terça-feira, 1 de Outubro de 2013
|
|
O IHRU e a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), detentora e produtora de informação sobre o património arquitetónico rural, firmaram recentemente uma parceria com o objetivo de promover a inventariação e a divulgação, no âmbito do SIPA, desse mesmo património.
|
|
|
Tendo presente que o património edificado dos territórios rurais representa uma importante parcela do todo nacional e que à DGADR cabem, entre outras atribuições, a promoção dos territórios rurais através de ações de qualificação, de preservação e de valorização do seu património, entre elas a criação de itinerários temáticos, foi estabelecida a presente parceria técnico-científica, com a qual se pretende proceder ao levantamento, à inventariação, ao estudo e à divulgação daquele património.
No âmbito desta parceria, de vigência trienal, serão estipulados planos de ação anuais, cabendo à DGADR a produção de informação, de acordo com as metodologias e instrumentos do SIPA, a ser posteriormente integrada na sua base de dados. Por sua vez, ao IHRU/SIPA caberá assegurar o acompanhamento/consultoria e a validação dos dados fornecidos pela DGADR. Esta parceria potencia ainda outros projetos de colaboração, nomeadamente ao nível do thesaurus e da permuta e cedência de documentação.
|
Nuno Teotónio Pereira entrega formalmente arquivo profissional ao SIPA
|
terça-feira, 6 de Agosto de 2013
|
|
No passado dia 18 de julho, foi celebrado o contrato de comodato do arquivo e espólio profissionais do arquiteto Nuno Teotónio Pereira entre o próprio e o IHRU.
|
|
|
Desde a data do seu depósito no Forte de Sacavém, em julho de 2008, até à data da assinatura do mencionado contrato, que formaliza a dita cedência, não só foi efetuado o tratamento técnico-arquivístico integral do referido arquivo, como tem sido assegurada a disponibilização do acervo para efeitos de consulta por parte de um sempre crescente número de investigadores.
O arquivo e espólio pessoais de Nuno Teotónio Pereira têm como âmbito cronológico os anos de 1944 a 2007 e são constituídos por 1479 unidades arquivísticas, que integram c. de 35,19 metros lineares de pastas de documentação, 19 892 espécies fotográficas e 35 351 desenhos técnicos, esboços e esquissos. Esta variedade de registos encontra-se associada a uma riqueza e diversidade de conteúdos, representativos das várias vertentes da atividade artística, científica e técnica do seu autor nos domínios da Arquitetura e do Urbanismo.
Da obra de Nuno Teotónio Pereira, referente a diversos projetos decorrentes de encomendas privadas e públicas em vários pontos do país, muito especialmente na cidade de Lisboa, e no estrangeiro, destacamos: Hotel Alentejo / Residência de Estudantes do Instituto Politécnico de Portalegre, Elvas, com Manuel Costa Martins; Forte de Nossa Senhora de Porto Salvo / Forte da Giribita, Oeiras; Igreja Paroquial de Águas / Igreja de Nossa Senhora de Fátima, Penamacor; Edifício na Praça das Águas Livres n.º 8 e Rua Gorgel do Amaral n.º 1/ Bloco das Águas Livres, Lisboa, com Bartolomeu Costa Cabral; Conjunto Habitacional de Renda Económica da Federação das Caixas de Previdência de Vila do Conde, com Nuno Portas; Conjunto de Casas de Renda Económica de Barcelos, Igreja Paroquial do Coração de Jesus / Igreja do Sagrado Coração de Jesus, Lisboa, com Nuno Portas; Igreja Paroquial de Almada / Igreja de Nossa Senhora da Assunção / Igreja Nova, Lisboa, com Nuno Portas e Luís de Almeida Moreira; Edifício na Rua Braancamp, n.º 9 / Edifício Franjinhas, Lisboa, com João Braula Reis; Conjunto Habitacional na Rua Diogo Silves / Quarteirão Rosa no Bairro do Restelo, Lisboa, com Nuno Portas, João Paciência, Pedro Botelho e outros; Torres dos Olivais Norte, Lisboa, com Nuno Portas e António Pinto deFreitas.
Para aceder aos termos e condições de acesso e consulta da documentação do espólio Nuno Teotónio Pereira clique aqui.
|
Espólio Fernando Silva no SIPA
|
terça-feira, 16 de Julho de 2013
|
|
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) integra, desde o dia 4 de julho, o espólio e arquivo pessoal do arquiteto Fernando Silva, para os quais se prevê, a médio prazo, o tratamento documental integral e a digitalização parcial do acervo, bem como a divulgação desses conteúdos através do seu site na internet.
|
|
|
Fernando Silva (Lisboa, 5 de janeiro de 1914 – Lisboa, 19 de julho de 1983) concluiu o curso superior de Arquitetura na Escola de Belas-Artes do Porto, sob o magistério de Carlos Ramos, em fevereiro de 1944, com 19 valores.
Sobre o seu trabalho, Salvador Ribeiro de Menezes, na obra Não me Tragam Estéticas! Não me Falem em Moral!: Fernando Silva: Prémios e Publicações (Lisboa, ISCTE-IUL, 2010), tem a seguinte opinião: “Não fez arquitetura de autor, pelo contrário, tem uma arquitetura anónima – deu sempre mais ênfase à técnica (resistência e durabilidade do edifício) do que à estética e trabalhou maioritariamente para promotores privados, sendo por vezes criticado pelos seus pares”
Da sua obra, na cidade de Lisboa, destacam-se os quatro prémios Valmor: o edifício de habitação situado num dos quarteirões da Avenida Sidónio Pais, n.º 6, Lisboa, em colaboração com o arquiteto Raul Rodrigues Lima, 1943; o edifício de habitação situado na Avenida Casal Ribeiro, n.º 12, em 1946; o edifício de habitação situado na Avenida do Restelo, n.ºs 23-23A, em coautoria com o arquiteto Faria da Costa, em 1952; e o conjunto habitacional “Quinta da Luz”, na Rua Maria Veleda, n.ºs 2-4, em Carnide, em 1978.
Fernando Silva foi ainda distinguido com o Prémio Municipal de Arquitetura com o Cinema São Jorge, na Avenida da Liberdade, Lisboa, em 1950.
Para além dos edifícios premiados destacam-se na sua obra, entre outros: o Edifício Avis, na Avenida Duarte Pacheco, Lisboa; o Edifício Entreposto, Amoreiras, Lisboa; o Hotel Sheraton / Centro Comercial Imaviz, na Avenida Fontes Pereira de Melo, Lisboa; os edifícios em tridente na Praça de Alvalade, Lisboa; o Cineteatro Luísa Todi / Forum Municipal Luísa Todi, Setúbal; o edifício na Rua Rebelo da Silva, n.º 2 / Rua Aquiles Monteverde, n.º 34, Lisboa; o Banco do Algarve / Banco Comercial Português, Faro; o edifício na Avenida da Liberdade, n.ºs 206-218, Lisboa; o edifício na Avenida da República, n.º 28, Lisboa; a Urbanização da Portela de Sacavém, Loures; o Hospital da CUF, na Avenida Infante Santo, Lisboa; o edifício sede da Shell Portuguesa, na Avenida da Liberdade, n.º 249, Lisboa; o edifício sede da Philips Portuguesa, na Avenida Eng.º Duarte Pacheco, Lisboa; o Alto Forno da Siderurgia Nacional, Seixal; o Banco Pinto Magalhães, Porto; a SIC — Fábrica de Concentrado de Tomate, em Azinhaga, Golegã; a Fábrica de Tecidos do Fundão; a fábrica para a Companhia União Cervejas de Angola (CUCA), em Nova Lisboa, Angola; a Corticeira de Sines; o Banco Pinto Magalhães, Lisboa; a agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD) de Cascais; a Urbanização em Sassoeiros, Carcavelos; a Urbanização do Alto da Barra, Oeiras; e o Tribunal Judicial e Cadeia Comarcã de Oliveira do Hospital.
Encontram-se, ainda, no seu arquivo pessoal, dezenas de projetos para moradias particulares.
O referido conjunto documental, que se encontra depositado nas instalações do Forte de Sacavém, constitui um acervo de relevante interesse público, quer enquanto fundamento da memória pessoal e da atividade criadora daquele arquiteto, quer como testemunho da intervenção em património arquitetónico, em espaços públicos e equipamentos coletivos do país.
Para aceder aos termos e condições de acesso e consulta da documentação do espólio Fernando Silva clique aqui.
|
UNESCO classifica Universidade de Coimbra como Património Mundial
|
quinta-feira, 27 de Junho de 2013
|
|
No passado dia 22 de junho, o comité de classificação da UNESCO inscreveu a “Universidade de Coimbra, Alta e Sofia” na lista do Património Mundial, destacando a importância do papel da instituição na cultura e língua portuguesas.
|
|
|
A área agora classificada pela UNESCO como Património Mundial — Universidade de Coimbra, Alta e Sofia — abrange duas zonas do centro histórico da cidade de Coimbra, uma na encosta da cidade, designada por Alta, e a outra na parte baixa, a Rua da Sofia.
Este reconhecimento internacional, que agora é muito justamente atribuído a Coimbra, constitui motivo de orgulho e regozijo para esta cidade e para Portugal.
A Universidade de Coimbra foi tema de dossiê da revista Monumentos número 8, editada pela DGEMN, em 1998. Também em 2006, o número 25 da mesma publicação dedicou o seu dossiê temático a esta cidade: Coimbra, da Rua da Sofia à Baixa.
|
Colaboração entre o IHRU e a Diocese de Angra
|
terça-feira, 25 de Junho de 2013
|
|
Foi assinado um contrato de colaboração entre o IHRU e a Comissão dos Bens Culturais da Diocese de Angra, tendo como objetivo a inventariação do património arquitetónico propriedade desta diocese. Esta parceria nasce ao abrigo do acordo de colaboração entre o IHRU e a Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais da Conferência Episcopal Portuguesa, assinado no dia 07 de maio de 2012.
|
|
|
A Diocese de Angra, em parceria com o Museu Carlos Machado e o Instituto Cultural de Ponta Delgada, cujos técnicos irão desenvolver o processo de inventariação, e em cumprimento do previsto no referido contrato, promoveu uma ação de formação em Metodologias de Registo de Património Arquitetónico, realizada por uma técnica do IHRU nos dias 11 e 12 de junho de 2013, em Ponta Delgada. Esta ação contou com a participação de 28 formandos, provenientes de várias instituições que tutelam e gerem o património da ilha de São Miguel.
Durante o ano corrente está prevista a inventariação das igrejas paroquiais de Ponta Delgada.
|
SIPA publica on-line serviços de informação geográfica (WMS)
|
terça-feira, 11 de Junho de 2013
|
|
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico passou, a partir de hoje, a disponibilizar no site www.monumentos.pt serviços de Informação Geográfica (IG).
|
|
|
O Catálogo de Serviços permite aceder a recursos disponíveis fundamentalmente para Sistemas de Informação Geográfica (SIG), através da associação do software SIG à Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) do SIPA via Internet (e.g. Património Cultural Protegido em Portugal, Património Cultural em Portugal e Património Cultural no Estrangeiro) para os parceiros SIPA e utilizadores SIG, com a vantagem de facultar IG atualizada em tempo real (através da associação direta aos servidores e bases de dados do SIPA).
A maioria dos recursos agrega simultaneamente os respetivos metadados (termo entendido como a informação acerca da informação), harmonizados de acordo com as normas ISO e a Diretiva INSPIRE, fornecidos em ficheiros do tipo PDF.
|
SIPA publica na internet milhares de documentos históricos sobre património arquitetónico e urbanístico português
|
quarta-feira, 29 de Maio de 2013
|
|
A partir de hoje, os utilizadores do sítio de internet do SIPA – Sistema de Informação para o Património Arquitetónico poderão ter acesso a largos milhares de desenhos, fotografias e páginas de processos de obras do arquivo histórico da ex - Direção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais até aqui só disponíveis na sala de consulta do Forte de Sacavém.
|
|
|
O acervo daquela Direção-Geral, criada em 1929 e extinta em 2007, documenta extensivamente a experiência arquitetónica e urbanística do Estado português durante mais de um século e constitui-se como recurso de informação incontornável para a identificação, o estudo, a compreensão, a salvaguarda e a valorização de edifícios, conjuntos urbanos e paisagens culturais do país.
Esta enorme ampliação do universo daqueles documentos acessíveis on-line foi viabilizada por uma reformulação pontual do sistema informático que suporta o SIPA, a qual tornou possível o acesso por aquela via a documentos que não estejam associados a registos de Inventário do Património Arquitetónico.
|
Inventário do Património Arquitetónico do SIPA com novo sistema de codificação de registos
|
quarta-feira, 29 de Maio de 2013
|
|
A partir de hoje, os registos do IPA – Inventário do Património Arquitetónico, base de dados nuclear do SIPA – Sistema de Informação para o Património Arquitetónico, são identificados através de um código alfanumérico sequencial e independente da localização e da tipologia do objeto patrimonial registado.
|
|
|
Com a utilização desta nova codificação, composta pelo prefixo alfabético “IPA” a que se seguem, sem espaços, um ponto e um número sequencial geral de oito dígitos (ex.: IPA.00002369), procurou-se simplificar bastante o código de inventário, peça essencial da articulação entre os vários recursos de informação que integram o SIPA, tornar mais eficaz e eficiente a sua aplicação e, sobretudo, garantir a sua estabilidade a longo prazo. Importa a este propósito referir, a título de exemplo, que este novo código, ao contrário do anterior, ficará imune a qualquer alteração verificada nas circunscrições político-administrativas do país.
Tendo como objetivo explicitar a equivalência entre os códigos novo e antigo do IPA e, desta forma, preservar a validade das referências até aqui efetuadas aos registos do IPA na produção técnica e científica interna e externa ao SIPA, designadamente em bibliografias, foi mantido em cada um desses registos o antigo código IPA, que, sendo pesquisável, pode ainda constituir-se como ponto de acesso aos ditos.
|
Estudo e divulgação do património azulejar português
|
sexta-feira, 3 de Maio de 2013
|
|
O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) e a Rede Temática de Estudos de Azulejaria e Cerâmica João Miguel dos Santos Simões celebraram um acordo de colaboração no âmbito do Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA).
|
|
|
O acordo tem como objetivo estabelecer e desenvolver uma relação de parceria técnico-científica para o estudo, inventariação e divulgação do património azulejar português. Durante o ano de 2013 proceder-se-á à catalogação dos azulejos pombalinos da Baixa de Lisboa, cujos registos de inventário serão divulgados no SIPA e no Az Infinitum - Sistema de Referência e Indexação de Azulejo.
|
Duarte Cabral de Mello (1941-2013)
|
sexta-feira, 3 de Maio de 2013
|
|
O arquiteto Duarte Cabral de Mello faleceu no passado dia 30 de abril, aos 72 anos.
|
|
|
Duarte Cabral de Mello nasceu em Lisboa, em 1941. Em 1970 diplomou-se em Arquitetura, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, após o que frequentou um estágio na área do planeamento urbano nos Estados Unidos da América, onde conheceu vários arquitetos de referência. Entre 1970 e 1972 lecionou no Institute for Architecture and Urban Studies, em Nova Iorque.
Em Portugal foi docente na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa.
Nas décadas de 1970 e 1980 integrou várias equipas de trabalho na área do planeamento urbano e da habitação social, colaborando com Vítor Figueiredo e Maria Manuel Godinho de Almeida, destacando-se em 1973, a zona-piloto de habitação para a EPUL, no Restelo; em 1974, o conjunto de duzentas habitações para a EPUL, em Telheiras-Sul; em 1975, 250 fogos para a Câmara Municipal de Setúbal; em 1975-1976, o Plano do Alto do Zambujal e 800 habitações para o Fundo de Fomento da Habitação.
Em 1980 recebeu a Menção Honrosa (com Maria Manuel G. Almeida) do concurso para o Plano de Renovação Urbana da Área do Martim Moniz, em Lisboa.
Na década de 1990 concebeu um dos planos de pormenor para a Expo 98, em Lisboa e, mais recentemente,o Plano de Urbanização do Centro Histórico de Braga.
São ainda de destacar os seus projetos para a Companhia das Lezírias (1978-80), o Centro Cívico na Caparica (1981), a reconversão de um palacete na Lapa (1983-86) e o Centro Universitário da Madeira (1986).
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) integra o espólio do Fundo de Fomento da Habitação, bem como o espólio do arquiteto Vitor Figueiredo, do qual faz parte o projeto de arquitetura do Alto do Zambujal, disponível online.
|
SIPA disponibiliza uma versão SIG das rotas temáticas
|
sexta-feira, 3 de Maio de 2013
|
|
O SIPA passa a disponibilizar uma versão SIG, para download, das rotas temáticas produzidas no âmbito do Inventário do Património Arquitetónico.
|
|
|
As referidas rotas temáticas, que incluem um texto de apresentação do percurso acompanhado do elenco de objetos arquitetónicos e urbanísticos que o integram, bem como da respetiva descrição e do link ao registo de inventário SIPA, passam a ser complementadas com informação geográfica — dados espacialmente contextualizados que permitem a criação de itinerários e o cruzamento de informação com outros recursos cartográficos georreferenciados existentes —, a qual se encontra disponível no Catálogo de Ficheiros para Download no formato *.kmz através da aplicação Google Earth.
Esta informação geográfica poderá também ser consultada, no mesmo formato, a partir de qualquer dispositivo móvel suportado pelas plataformas Android e IOS que tenha instalado a referida aplicação Google Earth.
|
Gonçalo Ribeiro Telles distinguido com o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe
|
quarta-feira, 10 de Abril de 2013
|
|
O arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles foi distinguido, no passado dia 10 de abril, com o Prémio Sir Geoffrey Jellicoe, atribuído pela International Federation of Landscape Architects (IFLA).
|
|
|
A International Federation of Landscape Architects (IFLA) distinguiu o arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles com o prémio Sir Geoffrey Jellicoe, no passado dia 10 de abril, durante o seu 50.º congresso, em Auckland, Nova Zelândia.
O galardão, equivalente ao Prémio Pritzker de Arquitetura, tem como objectivo reconhecer um arquitecto paisagista cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradoiro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão, como destacam a federação internacional e a Associação Portuguesa de Arquitetos Paisagistas.
Criado em 2004 pela IFLA para homenagear o arquiteto paisagista britânico Sir Geoffrey Jellicoe, seu fundador, este prémio foi, no ano seguinte, atribuído ao arquiteto paisagista americano Peter Walker. Em 2009 foi a vez de Bernard Lassus, de França; em 2011 Cornelia Hahn Oberlander, do Canadá e em 2012 Mihaly Mocsenyi, da Hungria.
Este prémio vem, assim, confirmar o prestígio dos setenta anos de carreira de Gonçalo Ribeiro Telles, na área da arquitetura paisagista em Portugal.
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) integra informação relativa à obra de Gonçalo Ribeiro Telles. Para aceder a registos do Inventário do Património Arquitetónico de imóveis ou conjuntos que foram objeto da intervenção do arquiteto paisagista, clique aqui para aceder à grelha de pesquisa avançada e aí, no campo Arquiteto / Construtor / Autor, introduza a expressão Gonçalo Ribeiro Telles. Da mesma forma, para aceder a documentos (fotos e desenhos) de Gonçalo Ribeiro Telles nos Arquivos e Coleções do SIPA, clique aqui para aceder à grelha de pesquisa e aí, no campo Autor, introduza a expressão Gonçalo Ribeiro Telles.
|
SIPA disponibiliza dados geográficos sobre Conventos em Lisboa
|
sexta-feira, 14 de Dezembro de 2012
|
|
O SIPA publicou na sua plataforma SIG um inventário temático sobre Casas Religiosas em Lisboa.
|
|
|
As Casas Religiosas são o tema do primeiro de uma série de inventários temáticos que o SIPA pretende disponibilizar em formato SIG respeitantes a objetos arquitetónicos da cidade de Lisboa com impacto no crescimento urbanístico.
A informação produzida será distribuída em dois formatos: em KMZ, ficheiro de fácil acesso destinado ao público em geral, e em SHP, que integra dados mais direcionados às comunidades educativa e científica, bem como a agentes do património arquitetónico / urbanístico com conhecimentos em software SIG. A partir de ambos os formatos é possível aceder aos registos de inventário constantes da base de dados SIPA.
Estes inventários temáticos irão sendo sucessivamente atualizados, à medida que novos dados e informações sobre os objetos arquitetónicos e urbanísticos inventariados forem sendo recolhidos e processados. A versão que presentemente é disponibilizada sobre as Casas Religiosas inclui 64 imóveis, dos quais 59 ainda existentes e 5 desaparecidos.
|
Faleceu Oscar Niemeyer, aos 104 anos de idade
|
quinta-feira, 6 de Dezembro de 2012
|
|
Autor de mais de 600 projetos, Oscar Niemayer, um dos maiores génios da arquitetura mundial, faleceu na noite de 4 de dezembro.
|
|
|
Oscar Niemeyer, de nacionalidade brasileira, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, a 15 de dezembro de 1907.
Resumindo a sua vasta obra, o arquiteto começa a sua atividade profissional, ainda estudante, por volta de 1932 no ateliê dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão.
Forma-se em Arquitetura e Engenharia, em 1934, pela Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro.
Ainda no ateliê dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão, e integrando esta equipa, participa no projeto do Palácio de Capanema, sede do Ministério da Educação e Saúde, no Rio de Janeiro, em 1936, onde, no ano seguinte, integrando uma vez mais aquela equipa projetista e com a assessoria do urbanista Le Corbusier, projeta o edifício “O Berço”. Ainda em colaboração com Lúcio Costa, projeta o Pavilhão Brasileiro na Feira Mundial de Nova Iorque, em 1939-1940.
Em 1940, conhece Juscelino Kubitschek, presidente brasileiro que lhe encomenda o Conjunto Arquitectónico da Pampulha. Sete anos mais tarde, integraria o Comité Internacional de Arquitetos que desenvolveu a Sede da ONU, em Nova Iorque. Ainda nesta primeira fase projeta vários edifícios de habitação unifamiliar e coletiva, entre as quais a “Casa das Canoas”, esta para sua residência pessoal, que viria mais tarde a constituir parte integrante da Fundação Oscar Niemeyer.
No início da década de 1950 foi inaugurado o “Edifício Copan” e a Bienal do Parque do Ibirapuera, da sua autoria.
Em 1956, Oscar Niemeyer é novamente convidado por Juscelino Kubitschek, desta vez para projetar a nova capital do Brasil — a cidade de Brasília — para a qual o arquiteto muda a sua residência dois anos mais tarde e onde desenvolve uma intensa atividade como projetista. Em 1957 projeta o Palácio da Alvorada e em 1958 conclui, o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional, o Teatro Nacional de Brasília, a Catedral de Brasília e o Palácio do Planalto, sendo estas duas últimas obras as mais emblemáticas desta década.
Durante a década de 1960, é inaugurado em 1962 o Palácio do Itamaraty e o Ministério da Justiça e, em 1965, o Aeroporto de Brasília.
Ainda em 1965 expõe as suas obras no Louvre, em Paris, e termina a construção da Sede do Partido Comunista.
Devido às suas convicções políticas, e durante o período de ditadura militar no Brasil, em 1967 é impedido de trabalhar no seu país. Exilado em Paris, realiza vários projetos internacionais para França, Itália e Argélia. É nesta época que projeta o único edifício de sua autoria existente em Portugal — O Carlton Park Hotel.
Em 1971, lança a sua primeira coleção de móveis na Europa.
Volta a projetar para o seu país na década de 1980, ao assinar a obra do Sambódromo do Rio de Janeiro — Passarela do Samba (obra que viria a reformular, juntamente com a sua equipa, em fevereiro último, passando a contar com mais 12 500 lugares, acomodando presentemente 72 500 pessoas) — e em 1987 o Memorial da América Latina, na cidade de São Paulo.
Em 1991 projeta o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e oito anos mais tarde completa o projeto do Auditório Ibirapuera.
Após o virar do século XX, inaugurou, em 2002, o complexo que abriga o Museu Oscar Neimeyer, em Curitiba e, em 2011, o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer, em Avillés, Espanha.
Nesse mesmo ano publica a sua primeira obra de ficção Diante do Nada. Em 2011, lançaria o livro As Igrejas de Oscar Niemeyer, para o qual selecionou fotografias e desenhos das dezasseis obras religiosas que realizou ao longo da sua carreira.
Oscar Neimeyer recebeu vários prémios ao longo da sua vida, dos quais destacamos, em 1988, o Prémio Pritzker de Arquitectura; em 1996, o Prémio Leão de Ouro da Bienal de Veneza e, em 2007, aos 100 anos de idade, a medalha do Mérito Cultural do Brasil.
|
O SIPA e o Inventário do Património Arquitetónico da Diocese do Porto
|
domingo, 11 de Novembro de 2012
|
|
O acordo celebrado em Janeiro de 2011 entre o IHRU e a Diocese do Porto com o objetivo de registar o património arquitetónico implantado na área de influência desta entidade incidiu, durante o ano em curso, sobre os edifícios religiosos das vigararias de Castelo de Paiva–Penafiel, Paredes, Santo Tirso, Trofa e Vila do Conde. Os registos de inventário daí resultantes já foram integrados no SIPA e encontram-se disponíveis on-line.
|
|
|
O trabalho resulta de uma colaboração entre os técnicos de ambas as instituições, ficando a cargo da Diocese o levantamento de dados no terreno e a produção de registos fotográficos, atividade de que resultou a integração no SIPA de 13729 fotografias. A partir dos dados recolhidos, foi possível aos técnicos do SIPA a produção e a atualização de 298 registos de inventário de diferentes tipologias arquitetónicas, com a seguinte distribuição:
. Mosteiros - 9
. Igrejas paroquiais - 126
. Capelas - 115
. Salões paroquiais - 5
. Cruzeiros e Vias Sacras - 14
. Nichos e Alminhas - 24
. Monumentos escultóricos - 5
Destes registos, novos ou resultado de uma atualização de conteúdos, destacam-se, pela sua qualidade arquitetónica ou pelo reconhecido valor do seu património integrado, alguns edifícios monacais e paroquiais.
Na tipologia arquitetónica Mosteiro, os imóveis registados são essencialmente da Ordem de São Bento ou dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, destacando-se:
O Mosteiro de Bustelo, que integra a atual igreja paroquial da freguesia, e que é um dos mais pequenos da Regra Beneditina, mantendo a zona regral, o aqueduto e, sobretudo, um património de talha dourada do estilo barroco nacional e joanino, dando-se especial relevo ao cadeiral do coro-alto.
O Mosteiro de Santo Tirso , que mantém a sua estrutura primitiva e a respetiva cerca, ainda com funções agrícolas, relacionadas com o ensino, destacando-se as sobrevivências da época medieval nos capitéis do claustro, bem como a decoração barroca nas modinaturas e património interior.
Ainda da mesma Ordem, o Mosteiro de Paço de Sousa, austero e despojado da sua decoração pelas intervenções puristas da DGEMN, onde se mantêm o túmulo do fundador, Egas Moniz, e uma capela manuelina, o atual batistério, com arcosólio do tumulado e revestimentos em azulejo hispano-mourisco.
No que diz respeito ao monacato feminino, salienta-se o Mosteiro de São Salvador de Vairão, de fundação medieval, destituído, atualmente, de grande parte da sua zona regral, bastante remodelada e adulterada, mas cujos igreja, coros, sacristia e capela lateral mantêm o seu património integrado barroco, com uma riqueza de pormenores e de qualidade técnica inegáveis, onde se destaca o nome do entalhador Gabriel Ferreira, natural de Famalicão.
Na tipologia Igrejas Paroquiais sobressaem os seguintes imóveis:
A Igreja Paroquial de Abragão, em Penafiel, de fundação medieval, de que subsiste a capela-mor e respetivos remates exteriores, em cachorrada decorada, alterada interiormente por profusa decoração dos estilos maneirista (retábulos colaterais) e barroca, destacando-se a pintura integral do arco triunfal.
A Igreja Paroquial de Burgães, Santo Tirso, de construção setecentista, de que subsistem três retábulos de talha joanina no interior, tendo sido remodelada em meados do séc. XX, com a construção de uma nova fachada principal, do tipo fachada – torre.
A Igreja Paroquial de Cabeça Santa, de fundação românica, com interessante decoração zoo e antropomórfica nos capitéis exteriores e interiores, despojada do seu património integrado, tendo sobrevivido uma capela lateral, seiscentista, totalmente revestida a talha e a azulejo de tapete.
A antiga Igreja Paroquial de Canas, atual Capela de São Tomé, em Penafiel, Rans, excelente exemplo do tipo de construções locais quinhentistas, existentes em várias capelas penafidelenses, com portais em arcos de volta perfeita com as molduras formadas por aduelas e com a empena da fachada principal truncada por sineira.
A moderna Igreja Paroquial de Fontiscos, construída em 1969 pelo arquiteto Alfredo Moreira da Silva, correspondendo às novas exigências do culto católico pós Concílio Vaticano II.
A Igreja Paroquial de Novelas, em Penafiel, de linguagem modernista, destacando-se a fachada principal com eixo de vãos lobulados e nártex aberto, e o tratamento interior com ampla nave cortada por arcos diafragma, todos eles apontados, imprimindo uma maior elevação ao templo.
A Igreja Paroquial de Raiva, em Castelo de Paiva, um templo simples do qual se destaca a implantação numa encosta das margens do Douro.
A Igreja Paroquial de Santa Maria de Negrelos, em Santo Tirso, bastante simples e despojada, mantendo, porém, interessantes pinturas murais figurativas na capela-mor, datáveis do séc. XVI.
A Igreja Paroquial de São Martinho de Bougado, em Trofa, uma das maiores do concelho, possuindo fachada harmónica, tipologia compositiva pouco utilizada na região, dois púlpitos confrontantes e profusa decoração de talha rococó, denotando a importância e poderio económico do seu patrocinador, D. Diogo Marques Mourato, bispo de Miranda, cuja pedra de armas se encontra no exterior e interior.
A Igreja Paroquial de São Martinho de Penafiel é quinhentista, de três naves, planimetria não muito usual na zona, com a fachada principal marcada por estrutura maneirista, integrando pintura mural alusiva ao orago. O edifício nasce de uma pequena capela dedicada ao Espírito Santo, medieval, de que subsistem alguns elementos na fachada lateral esquerda.
A Igreja de São Tomé de Negrelos, em Negrelos, um templo oitocentista, com fachada torre e totalmente remodelado, mas que mantém uma capela lateral, dedicada ao Santíssimo Sacramento, com acesso por alpendre sustentado por colunata, encimado pela casa do despacho, que mantém uma primitiva janela de ângulo, tudo datável do séc. XVI.
Destacam-se, ainda, o Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Santo Tirso, no topo do Monte Córdova, uma estrutura neo-românica, bastante despojada e apenas funcional, bem como, na tipologia de capelas, a Ermida de Nossa Senhora do Salto, em Paredes, Aguiar de Sousa, implantada em zona montanhosa, bastante escarpada, junto ao Rio Sousa, nas imediações de uma mini-hídrica, junto ao rio, onde surgem várias casas de habitação em xisto e com ótimo acesso pela A41.
|
Dia Nacional dos Castelos
|
quarta-feira, 3 de Outubro de 2012
|
|
O Dia Nacional dos Castelos terá este ano as comemorações oficiais no dia 7 de Outubro, com várias ações por todo o país que promovem a divulgação e conservação do património arquitetónico militar português.
|
|
|
Tal como em anos anteriores, no próximo fim de semana é possível participar em atividades pedagógicas e lúdicas para os mais novos, bem como animações e visitas guiadas aos castelos e fortificações.
O Encontro Internacional Castelos das Ordens Militares é organizado pela Direcção-Geral do Património Cultural e pelo Município de Palmela, que no âmbito do programa estratégico da Rede de Mosteiros Portugueses Património da Humanidade, propõem um Encontro Internacional com o tema Castelos das Ordens Militares, que irá decorrer entre os dias 10 e 13 de outubro, no convento de Cristo em Tomar.
Este encontro terá a participação de investigadores de vários países, onde será abordado o tema das estruturas fortificadas ligadas às ordens militares: Santiago, Cristo, Avis, Montesa, Alcântara, Calatrava, Teutónica, Templo e Hospital, com destaque para as fortificações e os processos de territorialização e de militarização.
Para aceder a informação sobre fortificações de ordens militares consulte os registos de Inventário do SIPA:
Castelo de Almourol
Castelo de Montalvão
Castelo de Tomar
Castelo de Penamacor
Castelo de Belver
Castelo de Amieira
Castelo de Avis
Castelo de Noudar
Castelo de Santiago do Cacém
Castelo de Monsanto
Castelo de Sesimbra
Castelo de Mértola
Castro Marim
Castelo de Aljezur
|
Dia Nacional da Água
|
segunda-feira, 1 de Outubro de 2012
|
|
Celebra-se hoje o Dia Nacional da Água.
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) associa-se esta comemoração destacando informação sobre imóveis relacionados com a arquitetura da água disponíveis em www.monumentos.pt
|
|
|
O SIPA e a Música
|
segunda-feira, 1 de Outubro de 2012
|
|
O Dia Mundial da Música comemora-se anualmente a 1 de Outubro.
A data foi instituída em 1975 pelo International Music Council, uma instituição fundada em 1949 pela UNESCO, que agrega vários organismos e individualidades do mundo da música.
O SIPA alia-se a estas comemorações destacando algum do vastíssimo património arquitetónico inventariado direta ou inderetamente relacionado com a música.
|
|
|
Venha visitar a Casa da Música, no Porto, OU alguns dos 65 coretos já registados no SIPA como o Coreto da Beira Rio , em Viana do Castelo, o Coreto da Sociedade Filarmónica Operária Amorense, no Seixal e o Coreto de Faro.
Consulte o registo de inventário da Torre sineira da Capela Real da Ajuda, em Lisboa e saiba que o Regimento de música de 1592 referia “2 baixões, uma corneta, 2 organistas, 4 moços de estante e 18 meninos de coro”.
Conheça algumas das Salas de Música de antigos palacetes e solares setecentistas como, em Lisboa, a do Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte - com estuques figurando, entre outros instrumentos, um alaúde, uma viola, uma tuba, um clarinete, pandeiretas, pratos, tambores e liras - e a do Palácio Belmonte com azulejos onde se divisam um guitarrista, um violinista e um flautista.
Com finalidade simbólica, alegórica, heráldica ou simplesmente decorativa a Música está omnipresente no nosso património arquitetónico: aprecie as figurações de anjos músicos na capela de São João Baptista na Igreja Paroquial de Veiros (Estremoz) e no oratório do claustro do Convento de Santa Cruz de Vila Viçosa; ou os instrumentos musicais figurados na fachada principal do Teatro do Cabeção (Mora) e do Teatro Garcia de Resende, em Évora.
Na Igreja Paroquial de Estômbar (Lagoa) aprecie as colunas manuelinas do coro-alto com o fuste totalmente esculpido em meio relevo com figuras a tocar diferentes instrumentos musicais. Conheça ainda outros destes espaços onde eram entoados os cânticos que acompanhavam a liturgia como o coro-alto da Capela de Nossa Senhora das Dores, em Vila Real e o da Igreja de São Francisco de Paula , em Lisboa.
Por fim deslumbre-se com o órgão rococó do Santuário de Nossa Senhora da Esperança de Satão (Viseu) ou com o orgão portátil existente no Edifício do Asilo de Inválidos Militares, em Torres Vedras. Pode ainda consultar a vasta documentação textual e fotográfica existente no SIPA relativa a este instrumento; clique aqui, selecione o tipo de documentação pretendida e preencha com a palavra “orgão” o campo de pesquisa "Título".
|
Dia Mundial da Arquitetura 2012
|
segunda-feira, 1 de Outubro de 2012
|
|
A Ordem dos Arquitetos celebra o Dia Mundial da Arquitetura com o tema Os Arquitetos Mudam a Cidade, a partir de dia 1 de Outubro, estará em discussão a cidade com um ambiente urbano mais qualificado e sustentável.
|
|
|
Desde 1996 que a União Internacional de Arquitetos celebra o dia Mundial da Arquitetura, I´m a city changer é o tema escolhido para 2012 pela UIA, que desta forma se junta ao movimento iniciado pela Organização das Nações Unidas com a campanha urbana mundial denominada Melhor cidade, mais qualidade de vida.
A Ordem dos Arquitetos aderiu à ideia, Os Arquitetos Mudam a Cidade, para celebrar no Dia Mundial da Arquitetura propondo vários debates sobre Política Pública de Arquitetura em Portugal, enquanto instrumento fundamental para a melhoria e sustentabilidade do ambiente construído das nossas cidades e território.
Durante o mês de Outubro irão decorrer um conjunto de atividades que promovem a ligação entre a arquitetura e os cidadãos, que evidenciam a importância da arquitetura como “recurso sociocultural e económico fundamental ao serviço de todos”.
|
Património edificado ligado à indústria do mármore no SIPA
|
quinta-feira, 27 de Setembro de 2012
|
|
O IHRU e o CECHAP firmaram recentemente uma parceria com o objetivo de promover a inventariação e a divulgação, no âmbito do SIPA, do património edificado ligado à indústria do mármore.
|
|
|
Tendo presente que o Património Arquitetónico ancestralmente relacionado com a indústria extrativa e transformadora do mármore, existente nos concelhos de Borba, Estremoz e Vila Viçosa, representa uma importante parcela do património construído existente no Distrito de Évora e que o CECHAP - Centro de Estudos de Cultura, História, Artes e Patrimónios é detentor e produtor de informação sobre edifícios, estruturas e sistemas de arquitetura ligados à indústria do mármore, foi estabelecida entre o IHRU e o CECHAP uma Parceria técnico-científica no âmbito do Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) tendo em vista o levantamento, inventariação, estudo e divulgação daquele património.
No âmbito desta Parceria, de vigência trienal, cabe ao CECHAP - que encetou um projeto de registo e inventariação do património ligado à indústria do mármore, nele reconhecendo o valor estratégico dos recursos, metodologias e instrumentos do SIPA - inventariar, de acordo com as metodologias SIPA e o estipulado nos planos de ação anuais, esse património, sendo os conteúdos produzidos posteriormente integrados, via extranet, na base de dados SIPA.
Ao IHRU/SIPA cabe assegurar o acompanhamento/consultoria e a validação dos dados fornecidos pelo CECHAP.
Esta Parceria potencia ainda outros projetos de colaboração, nomeadamente ao nível da produção de vocabulários técnicos controlados e da permuta e cedência de documentação.
|
SIPA publica on-line Informação Geográfica
|
sexta-feira, 24 de Agosto de 2012
|
|
O Sistema de Informação para o Património Arquitetónico passou, a partir de hoje, a disponibilizar no site www.monumentos.pt Informação Geográfica (IG) sobre património arquitetónico, urbanístico e paisagístico português possível de ser acedida e utilizada em múltiplos formatos e plataformas.
|
|
|
A Informação Geográfica - IG (entendida como sinónimo de informação georreferenciada ou com referência espacial) assume, no âmbito do Sistema de Informação para o Património Arquitetónico, um papel preponderante para a pesquisa, estudo e interpretação do património arquitetónico, urbanístico e paisagístico português e de origem ou matriz portuguesa. Permite, paralelamente aos recursos existentes em base de dados, a visualização, a integração e a análise dos dados espacialmente contextualizados, possibilitando o cruzamento com outros recursos cartográficos de base georreferenciados. Deste modo, o SIPA pretende disponibilizar parcialmente a sua Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) a um vasto leque de utilizadores através de diferentes plataformas e formatos.
Os recursos que desde já são colocados à disposição dos utilizadores são os seguintes:
- Catálogo de temas de IG para Download (essencialmente nos formatos PDF (software Adobe Acrobat, outros); KML (software Google Earth, outros) e SHP (software Esri ArcGIS, outros);
- Catálogo de Serviços de IG (quando estiver operacional, permite aceder a recursos disponíveis fundamentalmente para Sistemas de Informação Geográfica (SIG), através da associação do software SIG à IDE do SIPA via Internet).
A breve trecho, será ainda disponibilizada uma ferramenta de visualização / navegação de IG.
Em suma, a Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) do SIPA fica, assim, parcialmente acessível a um vasto leque de utilizadores e parceiros de uma forma versátil, com a vantagem de se poder visualizar a informação sem recorrer à instalação de qualquer software. Possibilita a visualização e aquisição (download) de categorias temáticas do SIPA em diversos formatos. Permite, através de um catálogo de serviços, aceder a diversos temas de informação geográfica (e.g. Património Cultural Protegido, Património Cultural) para os parceiros SIPA e utilizadores SIG (na grande maioria), com a vantagem de facultar IG atualizada em tempo real (através da associação direta aos servidores e bases de dados do SIPA). As plataformas e formatos de acesso à IG do SIPA poderão ser complementares entre si, facilitando a consulta de metadados e sua visualização antes de realizar download ou aceder ao catálogo de recursos, vulgarmente conhecido como Web Map Service (serviços de mapas online).
A maioria dos recursos agrega simultaneamente os respetivos metadados (termo entendido como a informação acerca da informação e que se encontram harmonizados com as normas ISO e a Diretiva INSPIRE, fornecidos em ficheiros do tipo HTML/PDF, excetuando-se os formatos PDF, que incorporam as respetivas fichas técnicas).
Grande parte destes temas de IG, além de incluir uma pequena estrutura alfanumérica de dados fundamentais (e.g. designação e localização do objeto), remete ainda para os registos e arquivos do SIPA (através de links a mais informação), potenciando a relação entre o utilizador e este recurso on-line.
Para além destas plataformas de multiformatos de IG, mantém-se a possibilidade de visualizar os resultados das pesquisas efetuadas à base de dados alfanumérica do Inventário do Património Arquitetónico em mapa.
|
Curso de inventariação do património arquitetónico
|
sexta-feira, 17 de Agosto de 2012
|
|
O IHRU tem programada para este ano, no Forte de Sacavém, de 24 a 26 de Outubro, uma nova edição do Curso de Formação Inventariação de Património Arquitetónico KIT01 2012.
|
|
|
OBJETIVOS
Baseando-se nos princípios e regras de inventariação preconizados no KIT01 - Património Arquitetónico Geral, é objetivo do Curso de Formação Inventariação de Património Arquitetónico dotar os formandos das ferramentas e conhecimentos teórico-práticos que lhes permitam reconhecer, identificar e documentar, de forma normalizada e técnica e cientificamente consistente, edifícios e estruturas construídas das mais diversas tipologias
DESTINATÁRIOS
1. Agentes do património arquitetónico, públicos e privados, designadamente: proprietários, afetatários, gestores, utilizadores;
2. Organizações não-governamentais ligadas à salvaguarda e valorização patrimoniais;
3. Investigadores, professores e estudantes, especialmente nos domínios da Arquitetura, da Engenharia, da História, da História da Arte, do Património Cultural;
4. Cidadãos em geral
METODOLOGIA
Aulas teóricas, num total de cerca de 9 horas, com o apoio de apresentações em MSPowerpoint e consulta da base de dados SIPA, disponível em www.monumentos.pt; exercícios práticos, num total de 9 horas, realizados na aula e no terreno, ambos com base em edifícios e estruturas nacionais existentes.
DURAÇÃO
18 horas – 3 dias, de 4º a 6 feira, das 9.30 às 12.30 e das 14.00 às 17.00.
LOCAL
Forte de Sacavém
Rua do Forte de Monte Cintra,
Sacavém
Clique aqui para abrir o registo de inventário do Forte de Sacavém e, a partir dele, aceder ao MAPA e calcular o seu trajeto.
DOCENTES
Doutora Paula Figueiredo e Dra. Paula Noé.
PREÇO
180€ - inclui manual do formando, uma cópia da publicação KIT01 Património Arquitetónico Geral e certificado de presença.
SECRETARIADO
Paula Figueiredo, tel. 219427780, AVFigueiredo@ihru.pt; Paula Noé, tel. 219427780, APNoe@ihru.pt.
FICHA DE INSCRIÇÃO
Clique aqui para aceder ao folheto e à ficha de inscrição.
|
Novo horário da sala de leitura do Forte de Sacavém
|
quinta-feira, 12 de Julho de 2012
|
|
Entre os dias 15 de Julho e 14 de Setembro, inclusive, a sala de leitura e serviço de referência do Inventário, dos Arquivos e Biblioteca do SIPA encerrarão ao público às Quintas e Sextas-Feiras, mantendo, nos restantes dias da semana, o horário normal. A Biblioteca, porém, estará encerrada ao público de 13 a 31 de agosto.
|
|
|
Património arquitectónico ferroviário no SIPA
|
sexta-feira, 16 de Março de 2012
|
|
O IHRU e a REFER firmaram recentemente uma parceria com o objectivo de promover a inventariação e a divulgação, no âmbito do SIPA, do património edificado ferroviário à guarda daquela empresa.
|
|
|
Tendo presente que o património ferroviário representa uma importante parcela do património construído existente no nosso País e que a Rede Ferroviária Nacional - REFER, EPE é detentora de um vasto conjunto de informação original sobre edifícios e estruturas ferroviários tutelando um riquíssimo património, não só arquitetónico como documental, foi estabelecida entre aquela empresa e o IHRU, IP, uma parceria técnico-científica no âmbito do sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA) tendo em vista o levantamento, inventariação, estudo e divulgação daquele património.
No âmbito desta Parceria, de vigência trienal, cabe à REFER - que encetou recentemente um projeto de inventariação do património móvel e imóvel ferroviário que tutela - inventariar, de acordo com as metodologias SIPA e o estipulado nos planos de ação anuais, esse património, sendo os conteúdos produzidos posteriormente integrados, via extranet, na base de dados SIPA.
Ao IHRU/SIPA cabe assegurar o acompanhamento/consultoria e a validação dos dados fornecidos pela REFER.
Esta Parceria potencia ainda outros projetos de colaboração, nomeadamente ao nível do Thesaurus e da permuta e cedência de documentação.
|
Parcerias no âmbito do SIPA entre o IHRU e a Igreja Católica Portuguesa
|
terça-feira, 8 de Maio de 2012
|
|
No dia 7 de maio de 2012, pelas 15:00 horas, no Forte de Sacavém, decorreu uma cerimónia de formalização de duas parcerias SIPA entre o IHRU e a Igreja Católica portuguesa.
|
|
|
O património arquitetónico religioso representa a maior percentagem de património edificado existente em Portugal, símbolo da identidade regional e nacional e da memória devocional portuguesa, constituindo um poderoso fator de distinção e de identificação sociais de indivíduos e de populações.
Face à necessidade de assegurar a produção, acesso e difusão de informação qualificada sobre esse património, capaz de contribuir para a sua identificação, salvaguarda e valorização, mas também como uma das mais eficazes ferramentas para melhorar a qualidade do desempenho dos gestores e utilizadores desse património; aumentar a consciência pública sobre a qualidade da arquitetura e importância de se fomentar a sua proteção; promover a investigação e encorajar a utilização da respetiva informação e documentação, como recurso educativo e fonte de fruição cultural; a Igreja Católica reconhece, enquanto proprietária e administradora de um conjunto muito significativo de património arquitetónico em Portugal, a importância e valor estratégico dos serviços, metodologias e recursos do Sistema de Informação para o Património (SIPA), desenvolvido e gerido pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU).
Tendo em vista a potenciação de competências e a concretização de objetivos comuns, as duas Instituições celebraram entre si, em cerimónia presidida pela Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território:
a) Um Acordo de Colaboração de âmbito genérico, em que outorgam o senhor Arquiteto Victor Reis, na qualidade de Presidente do Conselho Diretivo do IHRU, IP, e D. Pio Gonçalo Alves de Sousa, na qualidade de Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais da Conferência Episcopal Portuguesa;
b) Um Contrato que estabelece o Plano Anual de Ação específico relativo à parceria existente desde início do ano transato entre o IHRU, IP e a Diocese do Porto, ato em que outorga, na qualidade de Diretor do Secretariado Diocesano de Liturgia, o senhor Padre Manuel José Dias Amorim.
Mediante estas parcerias, que têm por objeto o estudo, a inventariação e a divulgação do património administrado pela Igreja Católica, compromete-se o IHRU a desenvolver ações de formação no domínio das metodologias de inventariação arquitetónica; fornecer apoio técnico-científico e consultoria; processar e tratar os dados e informações recolhidos; validar os registos produzidos e atualizados; normalizar e requalificar conteúdos e sistemas de informação e documentação patrimonial; divulgar o património arquitetónico, respetivos inventários e ações realizadas no âmbito do Acordo.
Em contrapartida, compete à Comissão Episcopal, através do Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja, promover junto das Dioceses Portuguesas e demais instituições eclesiais a implementação de parcerias específicas com o IHRU, de que é caso exemplar a estabelecida com a Diocese do Porto; acompanhar e apoiar o desenvolvimento de projetos e ações de inventariação patrimonial, nomeadamente, a produção e atualização de registos de inventário, bem como a cedência de informação e documentação complementar; divulgar a relação de parceria firmada e integrar outras, tendo em vista a obtenção de financiamentos externos; apoiar e participar no desenvolvimento da rede de recursos e parceiros SIPA.
|
Manuel Mendes Tainha (1922-2012)
|
quarta-feira, 20 de Junho de 2012
|
|
Manuel Mendes Tainha, referência incontornável da arquitetura portuguesa do século XX, faleceu no passado dia 18 de junho, aos 90 anos.
|
|
|
Manuel Tainha nasce em Paço d’Arcos em 1922, diplomando-se em arquitetura, em 1950, pela Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, chegando a trabalhar com Carlos Manuel Ramos.
Entre as obras mais relevantes da sua carreira, que abrangeu toda a segunda metade do século XX, destacam-se, numa primeira fase, a Pousada de Santa Bárbara em Oliveira do Hospital (1955-71), a Escola Agrícola e Industrial de Grândola (1959-63), a Escola de Regentes Agrícolas de Évora (1960-66), as Torres dos Olivais em Lisboa (1961-67) bem como o Centro de Saúde de Sete Rios (1976-79).
Já na década de 80 do século XX, projeta a Escola Superior de Tecnologia do Instituto Politécnico de Santarém, Tomar (1988-93) e a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa, projeto reconhecido com o Prémio Valmor e Municipal de Arquitetura de 1991.
São ainda de destacar os seus projetos para a Biblioteca Municipal de Viseu (1994-99), o Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra, no Pólo II da Universidade de Coimbra (1990-96), o Passadiço do Bom Sucesso em Belém (1992-93), as Estações da Alameda I e II, do Metropolitano de Lisboa (1994-98) e a Porta Norte da Expo 98 (1996-98).
De referir ainda a sua participação em obras como o seu Atelier na Rua Viriato, n.º 5, em Lisboa (1964), a coordenação da brigada técnica que projetou o Bairro SAAL Paz e Progresso do Vale Pereiro (1977) e o Bairro SAAL Unidos Venceremos em Canal Caveira (1978), a Casa Ventura Terra em Lisboa (1990-92), bem a recuperação do Edifício dos Passos do Concelho de Lisboa – Sala dos Vereadores (1998).
Em reconhecimento da qualidade da sua obra foi agraciado com diversos prémios, destacando-se o Prémio AICA – Associação Internacional de Críticos de Arte / Secretaria de Estado da Cultura de 1990, o Prémio Nacional de Arquitetura da Associação dos Arquitetos Portugueses para Edifícios Isolados em 1993, o Prémio MIPRIM, com o Hotel Carlton Palácio, Grupo Pestana, Lisboa 2000.
A par da atividade como profissional liberal, intervindo nas mais diversas áreas, destacou-se ainda no ensaio crítico e como professor.
Foi co-fundador e diretor da revista Binário em 1958, tendo escrito variados textos sobre a arquitetura portuguesa. Em 2002 recebe o Prémio Jean Tschumi da União Internacional dos Arquitetos, atribuído no âmbito da sua atividade como crítico de arquitetura.
Dedicou parte da sua vida ao ensino da arquitetura, sendo co-fundador do Curso de Formação Artística da Sociedade Nacional de Belas Artes de 1965 a 1974, exerceu funções como Professor na Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa entre 1976 e 1992, no Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra de 1989 a 1993 e no Curso de Arquitetura da Universidade Lusíada de Lisboa desde 1993.
Entre 1955 e 1961, no âmbito do Sindicato Nacional dos Arquitetos, Manuel Tainha foi ainda co-promotor e co-organizador do Inquérito à Arquitetura Regional Portuguesa, publicado como Arquitetura Popular em Portugal em 1961.
Foi também Secretário da Direção do Sindicato, entre 1957 e 1958, Presidente do Sindicato, entre 1960 e 1963 e Presidente da Assembleia Geral da Associação dos Arquitetos Portugueses, entre 1982 e 1989.
Em 2000, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa, e foi-lhe dedicada uma exposição retrospetiva na Casa da Cerca, em Almada.
Foi-lhe atribuído o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Técnica de Lisboa em 2004 e pela Universidade Lusíada em 2005.
Em 2007, doou o seu espólio à Fundação Calouste Gulbenkian e em 2010, por ocasião do Dia Nacional do Arquiteto, foi homenageado pela Ordem dos Arquitetos.
O Sistema de Informação para o Património Arquitectónico (SIPA) integra o espólio da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, do qual faz parte o projeto de arquitetura da Pousada de Santa Bárbara em Oliveira do Hospital, disponível on-line.
|
Dia Nacional do Pescador
|
quinta-feira, 31 de Maio de 2012
|
|
O Dia Nacional do Pescador, instituído no ano de 1997 por decreto governamental, comemora-se todos os anos no dia 31 de maio.
|
|
| |