Reduto de Monte Cintra / Forte de Sacavém
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Portugal, Lisboa, Loures, União das freguesias de Sacavém e Prior Velho |
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Arquitectura militar, oitocentista. Reduto de planta pentagonal irregular, composta por face comprida, dois flancos menores e gola, tendo na linha média uma caponnière, voltada à retaguarda, coberto por reparo, rodeado por fosso, com contra escarpa em alvenaria de pedra, e com esplanada, de acentuada pendente para o exterior, cobrindo frontalmente corpo trapezoidal irregular, formando duas massas de terra sobrepostas, criando a ilusão de um pequeno outeiro. Segue a tipologia das fortificações voltadas para o interior do recinto, fazendo do terrapleno interior o centro de todas as actividades desenvolvidas no reduto e pelo qual se articulavam os três principais núcleos construtivos. Portal principal rasgado na gola, precedido inicialmente por ponte levadiça, flanqueado por casa da guarda, rasgada por frestas de tiro, a partir do qual se desenvolve túnel de perfil curvo de acesso ao terrapleno interior. À esquerda deste surge o edifício central com piso térreo trapezoidal, parcialmente enterrado, e o segundo rectangular, com fachadas de um e dois pisos, terminadas em platibanda, a fachada principal rasgada regularmente, no primeiro piso por portais e duas janelas em arco de volta perfeita, e, no segundo, por janelas de verga abatida, de diferentes molduradas. No interior possui, no piso térreo, compartimentos acasamatados, dispostos paralelamente, os frontais virados ao terrapleno interior, com pilares centrais, e os posteriores integrando vários paióis, circundados por corredores de distribuição, em falsa abóbada de berço, com elevadores de comunicação e, nos extremos laterais do edifício, dois outros corredores transversais que comunicam com o edifício sob a esplanada. À direita do terrapleno interior existe poterna para a caponnière, ladeado por quartéis da gola, com fachadas viradas ao fosso rasgadas por portas de verga recta e frestas de tiro. Os cofres sob a esplanada, de dois pisos, possuem igualmente portas de verga recta e frestas de tiro. O projecto do reduto baseia-se no traçado dos fortes que na época eram construídos na Europa, em que todas as instalações do pessoal, material e galerias de comunicação têm cobertura de "beton", ou seja, vigas de aço de carris de caminho de ferro interligadas com material de enchimento, composto por pedra miúda, areia e cal gorda, cobertas por espessas massas de terra, que absorviam o impacto dos projécteis de artilharia e o mantinham imperceptível do exterior. Jardim contemporâneo, com características mediterrânicas e prevalência de espécies vegetais endémicas e materiais adaptados às condições edafoclimáticas do local. |
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Número IPA Antigo: PT031107120046 |
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Registo visualizado 14665 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Militar Forte
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Descrição
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Planta pentagonal irregular, composta por face comprida, voltada a NE., o principal eixo de aproximação, dois flancos de menor dimensão e na linha média da gola por uma caponnière, voltada à retaguarda, com duas faces de ângulo obtuso, coberto por reparo, parcialmente em aterro, rodeado por fosso, com escarpa de terra e contra escarpa revestida a alvenaria de pedra rebocada e pintada, suportando as terras da esplanada, de acentuada pendente para o exterior, e cobrindo a NE. corpo trapezoidal irregular com duas alas poligonais, formando duas massas de terra de níveis sobrepostos que, à distância, dão a ilusão de um pequeno outeiro. Entrada na retaguarda do reduto, a O., por portal em arco de volta perfeita de aduelas rusticadas, de diferentes dimensões, com porta de ferro, reforçada e à prova de tiros de bala, com brasão nacional na bandeira; é precedida por ponte de betão sobre o fosso, apoiada em pilar rectangular central e pegão encontro, com cunhais de cantaria, pavimentada a paralelos de granito, com passeios laterais em calçada à portuguesa e guarda em corrente de ferro. Na face da escarpa, o portal é ladeado, de cada lado, pelas antigas casas da guarda, com fachada rebocada e pintada a ocre, rasgada por cinco frestas de tiro, molduradas e envidraçadas, surgindo ainda, à esquerda, na escarpa, escada de acesso ao fosso. Transposto o portal, existe de cada lado, vão de verga abatida e moldura contracurvada para a antiga casa da guarda, e túnel de acesso, de secção bastante mais baixa que o portal e formando duplo cotovelo, de ângulos obtusos, com paredes rebocadas e pintadas a ocre, pavimentado a paralelos graníticos e cobertura em falsa abóbada de berço abatido; sensivelmente a meio, à esquerda, possui portal para pequeno compartimento onde estava instalado o guincho de manobra da antiga ponte levadiça. Terrapleno interior, pavimentado a calçada à portuguesa, articulando o edifício central, disposto a NE., junto ao qual corre passeio em calçada decorada com motivos geométricos, com a caponnière, a NO., e o acesso ao reparo, às várias casernas sob o mesmo e ao segundo piso do edifício central através de duas rampas. EDIFÍCIO CENTRAL com o piso térreo de planta trapezoidal, parcialmente enterrado, e o segundo rectangular, com cobertura homogénea em telhados de duas águas, tendo, adossado a NE., corpo rectangular, coberto por terraço. Possui fachadas de um e dois pisos, conforme o declive, rebocadas e pintadas a ocre, terminadas em cornija e platibanda plena, rematada em cornija que, nas fachadas laterais, forma pequena empena central. Fachada principal virada a SO., de dois pisos separados por friso, pintado de branco, percorrida por embasamento de cantaria e rasgada regularmente; no primeiro piso abrem-se oito portais em arco de volta perfeita, com moldura de cantaria e chave saliente e, junto aos topos, duas janelas de peitoril com o mesmo perfil; no segundo piso, igual número de janelas, de verga abatida e moldura de alvenaria pintada de branco. Fachadas laterais com o segundo piso cego e a posterior, rasgada por dois módulos de quatro janelas de verga abatida centradas por portal de verga recta e moldura simples. INTERIOR com piso térreo de compartimentos acasamatados, dispostos paralelamente, os frontais correspondendo actualmente a salas com vários serviços públicos, como arquivo e biblioteca, bar, copa, sala de exposições e auditório, e os posteriores com instalações sanitárias e de apoio aos utentes, de acesso restrito. Apresentam paredes rebocadas e pintadas de branco e tectos em placa, com vigas de carril em I e material de enchimento; os espaços públicos, são pavimentados a soalho de madeira, comunicam entre si por vãos de verga recta, moldurados por viga e com portas envidraçadas e têm, a meio, pilar com chanfro, de suporte da placa; os espaços de apoio apresentam pavimento em betonilha pigmentada e portais de verga abatida e moldura contracurvada em tijolo, rebocada e pintada, e portas em ferro; ambas as zonas têm rodapés metálicos. Posteriormente e adossado à fachada, desenvolve-se corredor de distribuição, com cobertura em falsa abóbada de berço, contornando, nos terços iniciais, dois paióis gerais, quadrados, e, no terço central, em ressalto, dois paióis rectangulares, os antigos paióis de munições de infantaria, paralelo ao qual se desenvolve, na face interna, um outro corredor, com ligação ao anterior, protegida por portas de ferro; neste corredor intermédio existiam, nos extremos, os elevadores de comunicação entre os paióis gerais e os paióis de distribuição, actualmente entaipados. Todos os paióis possuem duplas portas de acesso e frestas de tiro para os corredores, permitindo a sua iluminação, conservando o sistema de ventilação; os antigos paióis gerais, têm pilar quadrangular central, conservando, o do N., forro integral de madeira, prateleiras para as munições e moldura da porta em tijolo à vista e interiormente de madeira, tal como o capialço das frestas de tiro. Nos extremos laterais do piso térreo, a N. e a E. do edifício, desenvolvem-se dois corredores, acedidos pelos portais extremos da fachada principal, com portões de ferro, existindo junto ao da esquerda instalações sanitárias (anteriormente dos oficiais e sargentos), permitindo a comunicação do terrapleno interior com os dois cofres sob a esplanada a NE., interligando-se com o corredor paralelo à fachada e tendo na metade inicial escadas e na posterior rampa. A meio do edifício e, a partir do corredor paralelo intermédio, desenvolve-se um outro, transversal, terminado na poterna de acesso ao fosso, onde existe cais, com escada de dois patamares. O segundo piso, com guarda-vento de vidro na porta principal, encontra-se seccionado em vários gabinetes de trabalho por divisórias envidraçadas, com estores, e em tabique, possuindo corredor de distribuição a NE.; no corpo adossado, os antigos balneários, surgem as actuais instalações sanitárias, tendo nas paredes placas de mármore reaproveitadas e azulejos monocromos, e uma sala de estar, com ampla janela para o exterior. A SO. do terrapleno interior, surge a CAPONNIÈRE ladeada por duas galerias de escarpa, antigos quartéis, apresentando as fachadas viradas ao fosso rebocadas e pintadas de ocre, terminadas em cornija, rasgadas por frestas de tiro, molduradas, nas galerias e nas faces da caponnière e por porta de verga recta de acesso ao fosso. É acedida por uma poterna no terrapleno interior, em arco abatido, com portão de ferro envidraçado, encimada por cornija e pala de ferro, ladeada, à direita, por instalações sanitárias (anteriormente dos soldados), sob o reparo, e apresentando para a escarpa interior 3 frestas de tiro, com molduras superiormente avançadas, pintadas a ocre. Da poterna parte corredor inclinado, com pavimento e rodapé em chapa metálica e cobertura em falsa abóbada de berço, apresentando, a meio, ventilador e, ao fundo, portas para o interior, de verga abatida. No INTERIOR, a caponnière tem duas alas longitudinais, separadas por quatro amplos arcos abatidos sobre largos pilares com cunhais e rodapé de cantaria, e as galerias ou quartéis da escarpa possuem igualmente duas alas, mas paralelas à escarpa, com seis pilares quadrados de cantaria, de capitel bastante saliente, alguns com reforço de ferro. Apresentam as paredes pintadas a branco, pavimento em betonilha pigmentada e tecto em placa com vigas em I; a porta da caponnière para o fosso tem guarda-vento em vidro. COFRES - ARQUIVO II: planta composta por corpo trapezoidal irregular, moderno, e por duas alas poligonais, correspondentes aos antigos cofres, articulados por saguões de iluminação e ventilação. Fachada principal correspondendo à contra escarpa do fosso, revestida a alvenaria de pedra rebocada e pintada de ocre, rasgada, no corpo central, por três portas de verga recta, e, nas alas laterais, por módulos de quatro / cinco frestas de tiro, molduradas, centrados por portas rectilíneas. INTERIOR com paredes de alvenaria rebocada ou de betão e tectos de lajes ou também de betão, pintadas de branco, e pavimentos em betonilha pigmentada. No piso térreo a articulação entre as zonas antigas, de espaço amplo com câmaras intermédias poligonais, e a recente, seccionada por divisórias envidraçadas, é feita através de saguões, de paredes envidraçadas, cobertos por grelha metálica. No sub-piso, não existe esta articulação e as alas poligonais ou os cofres, a esquerda com um espaço amplo e a direita com três, igualmente com câmaras intermédias poligonais, comunicam com o edifício central por túneis; a ligação entre os dois pisos dos cofres é feita por escadas, na ala esquerda com guarda plena, e na oposta, de lanços convergentes e vão inferior, com guarda de ferro. |
Acessos
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Rua do Forte Monte Cintra, EN 10, Largo da Estação. VWGS84: lat. 38º47'44.87''N., long. 9º06'08.86''O. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, implantado no Monte Sintra, a uma altitude de 32 m, na margem direita do rio Trancão e a cerca de 800 m do rio Tejo, numa zona onde, ao nível da litologia prevalecem rochas predominantemente margosas, por vezes com intercalações detríticas, assumindo uma posição estratégica e dominante sobre a zona envolvente. Inserido no terreno de modo a formar uma unidade integrada, está parcialmente coberto de terra, revestida a vegetação rasteira e, a E., por canavial, o que dificulta a sua percepção do exterior. No exterior do reduto, em parte da antiga esplanada, junto ao portão de acesso existe parque de estacionamento, cuja estrada é ladeada por duas guaritas de betão. A área envolvente é constituída pela zona residencial recente do Real Forte, enquadrada por diversos espaços verdes, a Fábrica de Louça de Sacavém (antiga) / Museu de Cerâmica Sacavém (v. PT031107120140) e, mais afastado, por pequenas e médias indústrias, como a fábrica de Tintas Dyrup e a Lever, e ainda o estádio de futebol do "Sacavenense" a S.. O talude a E. é delimitado por muro de suporte de terras junto à R. Domingos José de Morais, paralela ao rio, erguendo-se frontalmente a estação de caminho de ferro de Sacavém, paralela à qual existe uma nova estrada de acesso, e o parque do Trancão, junto às margens direita deste rio e do Tejo, área resultante da intervenção da Expo 98. A N. corre o rio Trancão, sobre o qual existe a ponte sifão do Alviela, que abastece de água a cidade de Lisboa, e a O. a EN. 10, que confina com a zona mais antiga de Sacavém e com o antigo Convento de Nossa Senhora da Conceição dos Mártires, actual Quartel, Comando e Estado Maior do Batalhão de Adidos (v. PT031107120007). No interior do reduto é observável variada avifauna, alguma nidificante, com destaque para o Rabiruivo (Phoenicurus ochrurus), o Verdilhão (Cardueleis chloris), o Pintassilgo (Carduelis carduelis), o Chapim-real (Parus major), a Toutinegra-de-barrete (Sylvia atricapilla), o Pisco-de-peito-ruivo (Eritachus rubecula), a Alvéola-branca (Motacilla alba), a Alvéola-amarela (Motacilla flava) e várias Felosas frequentadoras dos canaviais, entre ela a Fuinha-dos-juncos (Cisticola juncidis); ocasionalmente a Poupa (Upupa Epops), o Periquito-rabijunco (Psittacula krameri) e o Penereiro (Falco tinnunculus) e mais raramente o Falcão peregrino (Falco peregrinus). |
Descrição Complementar
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As rampas de acesso ao reparo e ao segundo piso do edifício principal, uma de cada lado, paralelas ao parapeito, têm no arranque plintos paralelepipédicos, capeados a cantaria e encimados por pelouro, pintado de vermelho; pavimentadas a paralelos de granito, são delimitadas na face virada a NE. por muro, tendo superiormente linha de lírios brancos e o talude sobre o muro de suporte, virado ao terrapleno interior, revestido a crássula, planta de folha carnuda de cor rosa carmim. Numa das rampas conservou-se chafariz, de espaldar rectangular, revestido a cantaria e com bacia rectangular, rente ao pavimento. Junto à fachada posterior do edifício central, dispõem-se dois Traveses, os antigos paióis de distribuição, de planta rectangular e corredor posterior, com fachadas rebocadas e pintadas de ocre, rasgadas a SO. por portal de verga recta, moldurada, ladeado por fresta, o disposto a N., ou por janela de verga abatida, o a S., este último com janela rectangular jacente na fachada lateral direita; no interior, têm três divisões, o a E., conservando o vão do elevador de comunicação com os paióis gerais do piso térreo; possuem paredes rebocadas e pintadas de branco, pavimento em betonilha pigmentada e tectos em placa com vigas e material de enchimento. No flanco esquerdo, sob o reparo e o parapeito, conservam-se dois paióis de bateria, um deles com vários compartimentos, e outro com apenas dois, com porta de verga recta ladeada por fresta de tiro, separados por um corredor de acesso. Em frente, no reparo, desenvolve-se o chamado Jardim da Palmeira, com miradouro, pérgola, revestida a trepadeira de jasmim, com zona de estadia contígua sob a mesma, e canteiros com revestimento em estrutura linear de espécies aromáticas, em faixas de espécies e tons distintos de verdes/cinzentos de variedades de alfazema. Ao centro, surge palmeira, envolvida por conversadeira e canteiro de herbáceas aromáticas e de cor. Delimitando o jardim a O., existe na gola través, com dois compartimentos separados por corredor. No flanco direito há um outro través, semelhante, com dois compartimentos separados por corredor acedido por escadas. Na proximidade, fica o chamado Jardim dos Citrinos, igualmente equipado como zona de estadia, com banco corrido revestido a sulipas de madeira e canteiro de hortênsias adossado ao muro. Do lado oposto ao través, fica o Edifício de Apoio Logístico de planta rectangular e volume simples, com cobertura a chapa de zinco, de uma água. Fachadas rebocadas e pintadas a cinzento escuro, a principal de três panos, tendo os laterais revestidos a chapa de zinco, e o central, mais recuado, com porta de verga recta disposta lateralmente. A fachada lateral esquerda é rasgada por ampla janela rectangular e porta, de ligação a terraço sobrelevado criado no terrapleno, e a oposta por duas amplas janelas, com persinas exteriores; a fachada posterior é cega. No interior, possui paredes rebocadas e pintadas de branco, pavimento em soalho de madeira e tectos falsos, organizando-se espacialmente em quatro salas e instalações sanitárias. Parapeito em alvenaria rebocada e pintada de ocre, possuindo banqueta para infantaria. Áreas de talude, de declive acentuado, e pendentes de 45º, revestidas a manta de empalhamento com mistura de prado de sequeiro; as frentes taludadas do aterro central, também revestidas a prado de sequeiro, têm 10 a 12m de desnível e pendente acentuada. Fosso pavimentado a saibro compactado, com capacidade para trânsito de transportes de carga de arquivos e recursos afins, delimitado num dos lados por sulipas, com contra escarpa revestida e pintada de ocre. A S. do fosso, desenvolve-se o Jardim do Fosso, servindo de "deambulatório" para passeio na base do reduto, sendo mais largo do lado S.; entre a caponnière e a galeria direita da gola, surge canteiro revestido a mistura de relvado regado, formando tapete verde que contrasta com muros periféricos e os taludes. Um pouco mais a S., junto à contra escarpa fica o Jardim da Gravata, com três zonas distintas: a zona da Vala, revestida a lírios e estruturada em função do passeio dos salgueiros-brancos, também com freixos; área dos canteiros: com herbáceas de revestimento em mosaico largo, composto por cinco espécies; e o pomar. |
Utilização Inicial
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Militar: reduto |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: arquivo |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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DGPC, Decreto-Lei n.º 102/2015, DR, 1.ª série, 5 junho 2015, n.º 109 |
Época Construção
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Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: Luísa Cortesão (1998 - 2007). ARQUITECTO PAISAGISTA: João Ceregeiro (1998 - 2007). DIRECÇÃO DA OBRA: Capitão Eugénio de Azevedo (séc. 19). ENGENHEIRO: Sanches de Castro (1875). ENGENHEIRO CIVIL: Bessa Pinto (1998 - 2007); Elisiário Gonçalves (1998 - 2007); Mário Timóteo (1998 - 2007). ENGENHEIRO ELECTROTÉCNICO: Correia Alves (1998 - 2007); José Patriarca (1998 - 2007); Luís Aragão (1998 - 2007). ENGENHEIRO MECÂNICO: José Manuel Moniz (1998 - 2007). TOPÓGRAFO: Francisco Costa (1998 - 2007). |
Cronologia
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1833, 12 Agosto - quando o exército de D. Miguel se encontrava próximo de Lisboa, o exército constitucional ordenou a construção de uma linha de defesa, constituída por uma série de obras de fortificação em torno da cidade, projectada por José Feliciano da Silva Costa e construída por 72.000$000 rs, durante um mês *1; 1852 - elaboração de Memória pelo general de engenharia José Feliciano da Silva Costa, ao comando do exército, expondo o abandono da organização defensiva do país e referindo a necessidade de fortificar a capital e o emprego de campos entrincheirados para a defesa das cidades; 1857, 2 Março - decreto do Ministro da Guerra, o Marquês Sá da Bandeira, nomeando a 1ª Comissão, presidida pelo general Silva Costa, para estudar a defesa de Lisboa e Porto; 1859, 3 Maio - nomeação da 2ª Comissão para estudo da defesa do país, presidida pelo Duque de Saldanha, o qual refere que a mesma estava em pior situação que em 1807; esta Comissão nomeou três brigadas de oficiais de engenharia para procederem ao estudo dos terrenos dos arredores de Lisboa: à 1ª competia-lhe estudar a defesa afastada de Lisboa, que apoiava o seu flanco direito junto à foz do rio de Sacavém, seguindo por Unhos e Boavista, Ameixoeira e Lumiar, Queluz, Barcarena, São Miguel e Porto Salvo, e apoiando o flanco esquerdo na Praça de São Julião; à 2ª brigada competia-lhe estudar a defesa próxima da cidade, tendo como posição central Monsanto e como suplemento as linhas de 1833 restauradas; à 3ª brigada competia o estudo da margem esquerda do Tejo, reaproveitando a linha de fortes destacados construídos durante a Guerra Peninsular, ligando Raposeira a Cacilhas, passando pela Senhora do Monte e Pragal, pensando-se reconstruir como último refúgio o forte de Almada; 1860, Dezembro - Sá da Bandeira é nomeado mais uma vez Ministro da Guerra; 1861, 12 Janeiro - governo autoriza a fortificação da cidade de Lisboa e Porto; o Marquês Sá da Bandeira considerava que qualquer plano defensivo de Lisboa deveria ter sempre como ponto de partida a linha de 1833, a qual deveria ser melhorada e integralmente aproveitada; 11 Setembro - lei autorizando a fortificação de Lisboa e Porto e disponibilizando o orçamento de 400.000$000 rs anuais; 17 Setembro - aditamento da lei declarando de utilidade pública as expropriações que se tivessem de fazer para as obras; 1863, 30 Dezembro - início dos trabalhos de terraplanagem e construção da fortificação da Serra de Monsanto; 1865, 8 Maio - nomeação de uma comissão para estudar a defesa do porto de Lisboa; interrupção das obras em Monsanto por falta de verba; 1866 - nomeada nova Comissão, presidida pelo Marquês Sá da Bandeira, sendo incumbida de proceder ao exame dos trabalhos já realizados e, tomando por base a linha de fortificações erigidas em 1833 e a linha de redutos já projectada em frente dela, propor um plano de fortificações para a defesa da capital; 1870 - Sá da Bandeira ainda defendia o aproveitamento das linhas de 1833; 1872 - início dos estudos para a construção do Reduto de Monte Sintra, sob a direcção do General Marquês Sá da Bandeira; 1873, 20 Março - nomeação de Sá da Bandeira como Director-Geral das Fortificações do Reino; 1874, Maio - Comissão nomeada nesta altura, elabora relatório onde menciona o sistema adoptado para o recinto de segurança Sacavém - Caxias; 1875, 30 Março - aquisição de propriedade, de 19.549 m2 com 160 oliveiras, aos Viscondes de Ouguela, por 2.139$940, para a construção de parte da obra projectada; 14 Junho - escritura de compra de terreno argiloso com 30.902 m2, utilizado na cultura de pão e olival, pertencente à quinta de D. Manuel Carcomo Lobo, através da Comissão de Estradas de Defesa de Lisboa, por 2 000$000 réis; o terreno confrontava a N. com Sacavém de Baixo, a E. com a estrada de Sacavém de Baixo à estação do Caminho de Ferro, a S. com a linha férrea e a O. com a Quinta do Aranha e Estrada Real; 17 Agosto - inicio da construção do reduto de Sacavém com projecto de Sanches de Castro; tinha por objectivo interditar o estabelecimento do inimigo nas alturas do outro lado do rio, reforçar o efeito de obstáculo impedindo a sua transposição e bater as linhas de comunicação que davam acesso a Lisboa (estrada real e a linha de caminho-de-ferro); 1876 - após a morte do marquês Sá da Bandeira, é nomeado chefe da Comissão da defesa de Lisboa o engenheiro Sanches de Castro, o qual levou a cabo grande parte dos projectos realizados, mas abandonou definitivamente a ideia de reaproveitamento das Linhas de 1833 *2; 1879 - aquisição de um outro terreno em Monte Sintra, com cerca de 11.175 m2, para a construção de uma estrada de serventia; 1883 - início dos trabalhos do entrincheiramento e estrada militar do recinto de segurança do sector N.; 1886 - o recinto de segurança seria constituído por uma linha de nove fortes permanentes, ligados entre si por uma estrada militar, protegida ao longo do seu percurso por parapeitos de tiro para infantaria e posições para artilharia, permitindo boas ligações entre os fortes e o seu reabastecimento a coberto do fogo inimigo; 1890 - conclusão da estrada militar Sacavém - Caxias; 1891 - data de um parecer para se usar uma das carroças existentes na Praça de Monsanto para transportar água para o reduto de Monte Sintra ou para o Alto do Duque, visto que estes não tinham carroças para tal e elas não existirem à venda no mercado; 1892, 17 Novembro - comunica-se ao chefe da 3ª Repartição do Comando Geral de Engenharia que o reduto de Monte Sintra estava concluído; 1893, 27 Março - decreto extinguindo a Comissão de Defesa de Lisboa e de seu porto; 30 Agosto - auto de entrega do reduto de Monte Sintra ao comandante da Praça de Monsanto; instalação de um sistema de pára-raios; 1899, 7 Setembro - decreto criando oficialmente o campo Entrincheirado de Lisboa classificando-o de fortificação de 1ª classe; 1901 - Diário do Governo define os limites do Campo Entrincheirado de Lisboa, considerando um sector a N., onde se incluía o Monte Sintra, e outro a S. do Tejo; como guarnição, aqui estavam destacados elementos do Regimento de Artilharia 5; após a extinção desta guarnição, foi substituída pela Artilharia de Guarnição nº 1; 1902 - conclusão da estrada militar ligando o Forte de Caxias ou de D. Dinis ao reduto de Monte Sintra; 1905, 1 Maio - tendo-se considerado de utilidade pública a expropriação de um barracão situado no Rocio de Sacavém, conhecido como Lg. da Feira, para melhorar o acesso ao Quartel da bateria de artilharia, o Ministério da Guerra procedeu à sua aquisição aos proprietários, Francisco Moutinho dos Santos e mulher, por 70$000 rs, através do Governo do Campo Entrincheirado de Lisboa; 1912 - detenção de 584 grevistas em Lisboa e respectivo envio para os fortes de Sacavém, Monsanto, Alto do Duque e Quartel do Carmo; 1915, 3 Novembro - licença do ex-Ministério da Guerra à firma Gilman & Comandita, proprietária da Fábrica de Loiça de Sacavém, para abrir porta no muro da fábrica de modo a passarem as carroças pela Estrada Militar, obrigando-se à conservação do troço entre a fábrica e a estação; 1927, Agosto - a Junta de Freguesia de Sacavém solicitou ao Ministério da Guerra a compra da parcela de terreno nº 74, na primeira zona interior de servidão, para construir uma escola primária, o que foi indeferido; 1933 - Elias da Costa denuncia a falta de eficácia do campo Entrincheirado de Lisboa; 1935, Fevereiro - estava alojada no forte o destacamento de infantaria de apoio GAP nº 1 e 200 recrutas que a unidade incorporava anualmente, tendo depositados nos seus paióis munições de artilharia, infantaria, bombas de aviação, etc; dispunha também de uma carreira de tiro reduzida com alvos móveis; 1939, 10 Maio - data de documento referindo o término das obras de adaptação do reduto a depósito de munições de infantaria; nessas obras construiu-se o segundo piso do edifício central, procedeu-se à abertura do portão no fosso, junto à caponnière, para a entrada de camiões de munições, de uma porta nas traseiras do edifício central, para a descarga desses camiões e posterior armazenamento nos paióis, e de uma outra porta na fachada dos cofres para o fosso; 12 Julho - auto de entrega do Reduto e estrada militar e serventia à Direcção da Arma de Artilharia, representada pelo Tenente Joaquim Coelho da Costa, em virtude do determinado pelo Ministério de Guerra, ficando as chaves do Reduto e das suas dependências entregues ao Tenente de Infantaria Ernesto António dos Santos; o reduto encontrava-se então em regular estado de conservação, necessitando apenas de pequenas reparações em portas e caixilhos, no portão da estrada de serventia junto à estação ferroviária; a ponte de acesso não funcionava já por muitos anos por ser desnecessária; as 13 casamatas, que ultimamente tinham sido adaptadas a depósitos de munições, encontravam-se desocupadas, estando apenas parte do reduto destinada a alojamento de tropas ocupada pela força de infantaria que assegurava a guarda e segurança do reduto; na parte ocupada pelo Destacamento de Infantaria, encontravam-se armazenadas as munições a cargo do Grupo de Artilharia Pesada nº 1, bem como outro material de guerra destinado à aviação e ao Depósito Geral de Material de Guerra - Armazéns de Beirolas; 31 Agosto - determina-se a entrega imediata do Forte de Sacavém ao Depósito Geral de Material de Guerra, o qual ficaria exclusivamente destinado a paiol de Guerra; 1940, 31 Dezembro - avaliado em 2.000.000$00; o reduto compunha-se dos seguintes edifícios: um edifício central com pavimento e 35 divisões; um segundo na gola, com um pavimento e 5 divisões; um terceiro na contraescarpa a N. com um pavimento e 5 divisões; um quarto na contraescarpa a E. com dois pavimentos, um enterrado e outro ao nível do fosso, tendo cada um deles 5 divisões; no total, tinha a área coberta de 3.800 m2 e descoberta 60.776 m2; 1946 - construção de abrigo para o guarda junto ao portão da estrada de serventia, entre o muro extremo do terreno e a estação ferroviária; 1949 - construção de uma ponte em pedra, substituindo a ponte levadiça original, há muito tempo em desuso; 1953 - construção do edifício da messe no reparo a E.; 1954, 11 Setembro - autorização para a construção de um marco fontanário pela Câmara junto à muralha do forte e na proximidade da estação; 1957- arrendamento de uma parcela de terreno da esplanada com 780 m2, à empresa Estabelecimentos Manuel da Silva Torrado e Comp.ª (Irmãos) SA; 1964 - desprendimento de terras, fazendo o talude inclinar para o exterior num troço; 1965, 15 Janeiro - Decreto-Lei nº 46002 extinguindo o recinto de segurança Sacavém-Caxias, continuando, porém, no domínio público do Estado, como via de comunicação de uso geral, o caminho coberto ou estrada que, correndo ao longo do recinto, o servia; a extinção do recinto de segurança não abrangia os paióis de Monte Sintra, Mocho, Grafanil, Ameixoeira e Vale Forno e os quartéis denominados de Sacavém e da Pontinha *3; 1970, 7 Maio - Henrique Rodrigues dos Santos propõe ao Ministério do Exército a aquisição de terreno para construir os novos paióis, conforme o Exército pretendia, em permuta com o terreno e forte de Monte Sintra, o que não foi autorizado; 1971 - construção de um bloco de seis moradias para funcionários do forte e suas famílias na cerca do forte, em substituição das barracas de madeira; 9 Março - Ministro do Exército homologou o parecer de CSF no sentido de não alienar o prédio militar; 1972, 22 Março - portaria do Governo, através da Secretaria de Estado do Tesouro, cedendo a título definitivo e gratuito uma faixa de terreno com 398,8 m2, à empresa Sociedades Reunidas Reis, SARL, mediante a obrigação desta repor as condições de estabilidade do talude do reduto; 1977, 15 Novembro - Auto de Devolução e Cessão Simultâneas, em que o ex-Ministério do Exército devolvia a parcela anteriormente referida ao Ministério das Finanças, para cessão àquela empresa, que concordou com as condições; 1978, Outubro - relatório indicava a necessidade de reparação; 1987, 26 Novembro - contrato de arrendamento à empresa Estabelecimentos Manuel da Silva Torrado e Compª. (Irmãos), S.A., de uma parcela de terreno da esplanada do Forte, com a área de 780 m2, empresa que já era arrendatária da mesma parcela desde 1957; 1997, 2 Julho - cedência temporária da estrada do forte à EXPO98, pelo prazo de 6 meses; 25 Novembro - Dec. Lei nº 318/97 autorizando a alienação em regime de hasta pública, ou em regime de cessão a título definitivo e oneroso a pessoas colectivas de direito público ou a instituições particulares de interesse público do imóvel PM4/Loures, designado por Forte de Sacavém ou Reduto do Monte Sintra; 1998 - o forte ainda tinha uma pequena força militar; 22 Abril - Despacho Conjunto nº 298/98, publicado no Diário da República nº 94, reafectando ao Ministério do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território (MEPAT), para utilização pela DGEMN, do PM4/Loures, designado "Forte de Sacavém / Reduto do Monte Sintra" - parte intramuros com área global de 20.153 m2 (e cuja área foi posteriormente alterada), confrontada a N., S., E. e O. com a zona extramuros pertencentes ao mesmo prédio militar, mediante uma compensação financeira de 340.000.000$00; 20 Agosto - Despacho Conjunto nº 708/98 autorizando a cessão da parte extramuros à CML, não referindo a área; 12 Outubro - Despacho conjunto nº 708/98, publicado no Diário da República nº 235, com a cessão definitiva e onerosa da parte extramuros do prédio militar à Câmara Municipal de Loures, por 260.000 contos; 18 Setembro - Despacho do General Governador Militar de Lisboa entregando ao Batalhão de Adidos as instalações do PM4/Loures; 9 Dezembro - auto de mudança de utente do forte, para entrega à DGEMN da parte intra-muros e à CML da parcela adjacente, sendo a DGEMN autorizada a iniciar obras de adaptação para instalação dos Serviços de Inventário do Património Arquitectónico (SIPA) e dos seus arquivos; elaboração de estudo do imóvel e levantamento dos materiais, técnicas construtivas e patologias e de um programa, através do qual foram definidas as exigências funcionais (articulação e hierarquia de espaços) e respectivos requisitos espaciais e ambientais; imperativos de natureza técnico-arquivística, administrativa e financeira aconselharam o escalonamento da intervenção em três fases, cada uma delas correspondendo aos três núcleos originalmente construídos, sendo o projecto de adaptação da autoria da Arq. Luísa Cortesão; 1999, 29 Abril - auto de cessão a título definitivo; instalação dos Serviços de Arquivo, correspondente à primeira fase das obras de adaptação; 2001, Março - instalação dos Serviços de Inventário após a conclusão da 2ª fase das obras; 2005, 14 Março - auto de Devolução e Reafectação do Forte de Sacavém / Reduto de Monte de Sintra à DGEMN; 2007, Junho - inauguração do edifício de Arquivo II. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes e estrutura autónoma. Aterros e escavações, muros de suporte, rede de rega sob pressão automática: aspersão, gota-a-gota. Rede de drenagem pluvial, subterrânea. |
Materiais
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Paredes de alvenaria rebocada, de tijolo furado e de betão, pintadas; tectos em lajes com perfis de aço e material de enchimento e de betão, pintados, e tectos falsos em placas de gesso cartonado e em painéis sanduich; pavimentos em soalho de madeira de jatobá, em betonilha com tinta époxi, cerâmico em chapas de aço inox; rodapés em aço inoxidável; paredes da copa e instalações sanitárias com azulejos monocromos e placas de mármore; portas de chapa de ferro metalizado ou aço inoxidável; guarda ventos, portas e janelas com vidros simples; divisórias envidraçadas corta-fogo; divisórias envidraçadas com persianas; vidros duplo fosco; persianas de lâminas de alumínio; caixilharia e portas em aço inox; cobertura do 2º piso do edifício central em telha e do edifício de apoio logístico em chapa de zinco; taludes em terra; escadas em sulipas de madeira; pavimentos em betonilha esquartelada, gravilha, cubos de basalto; lancis dos canteiros em contraplacado marítimo. Vegetal: árvores: laranjeira, freixo, jacarandá, amoreira-branca, oliveira, amendoeira-doce, pessegueiro, damasqueiro, cerejeira, salgueiro-branco; arbustos: hibisco, alfazema, murta, alecrim, roseira-trepadeira, cinerária-marítima, salvia; herbáceas: planta-cigarro, gentiana, morangueiro-silvestre, erva-de-são-joão, hortênsia, lírio, oregãos, santolina, serpilho, amores-perfeitos; bolbosas: fresia, flor-de-merendera; manta orgânica de empalhamento |
Bibliografia
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BANDEIRA, Marquêz Sá da, Memória sobre as Fortificações de Lisboa, Lisboa, 1866; IDEM, Notas Sobre o Plano de Defesa de Lisboa, Lisboa, 1867; PINHO LEAL, Augusto, Portugal Antigo e Moderno, vol. 8, Lisboa, 1878, pp. 310-319; CHELMIKI, José de, Esboço de Defesa de Portugal, Lisboa, 1878; Comissão das Fortificações do Reino - Relatório Geral, Lisboa, 1893; TELLES, Sebastião, A Fortificação e a Defeza do Paiz, Lisboa, 1894; SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA GUERRA, Regulamento Provisório para os Trabalhos de Conservação, Reparação e Fiscalização do Recinto de Segurança e Estrada Militar do Sector Norte do Campo Entrincheirado de Lisboa, Lisboa, 1902; Ilustração Portuguesa, vol.13, n.º 3 12, 1912, pp.198-204; PROENÇA, P. Álvaro, Subsídios para a história do concelho de Loures, Lisboa, 1940; AFONSO, A. Monteiro, Sacavém, o Espaço, as Gentes a História, Sacavém, s.d.; SOUSA LOBO, Francisco, O fim de uma era, in História das Fortificações Portuguesas no Mundo, Lisboa, 1989, pp. 273-324; BRAGANÇA, António Gamboa Martins, A Fortificação de Lisboa e do seu Porto na segunda metade do século XIX (alguns aspectos), Cadernos de História Militar n.º 9, Direcção do Serviço Histórico Militar, Lisboa, 1990; TIÇÃO, Álvaro, Estruturas defensivas construídas na segunda metade do séc. XIX na cidade de Lisboa, in Actas do I Encontro de Técnicos da Câmara Municipal de Lisboa, Lisboa, 1992, pp. 726-741; AAVV, Dicionário da História de Lisboa, Lisboa, 1994; CANCELA D´ABREU, A. et alli, Contributos para a Identificação e Caracterização da Paisagem em Portugal Continental, vol. 4, Colecção Estudos 10, DGOTDU, Lisboa, Junho 2004. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML; DEI: Arquivo do Tombo |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML; DIE, Arquivo do Tombo; AHM: 3ª Divisão, 9ª Secção, caixa 109, nº 19 e caixa 45; Conservatória do Registo Predial de Sacavém: Prédio militar nº4/Loures, inscrito na matriz cadastral sob o Art.º 20-Secção D |
Intervenção Realizada
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1891 - obras de abastecimento de água; 1906 - melhoramentos no acesso ao forte, a partir do Lg. da Estação; 1966 - reposição das condições de estabilidade no talude do reduto, alterado pela construção clandestina de um telheiro de betão pela Empresa "Sociedades Reunidas Reis, Ldª"; 1970 - reparação da instalação eléctrica dos paióis; 1983 - remodelação da casa nº 38; DGEMN: 1998 / 1999 / 2000 - início da 1ª fase das obras de adaptação do Forte de Sacavém a arquivos da DGEMN (paióis da gola sob o talude central e caponnière - Edifício Arquivo I e portaria): impermeabilização das lajes superiores e do pavimento, substituição de rebocos, tratamento dos perfis do tecto e substituição de caixilhos; instalação das infraestruturas; redesenho do antigo núcleo de latrinas, com manutenção das funções e criação de espaço para colocação das máquinas; projecto de aquecimento, ventilação e ar condicionado da autoria do Eng. Mecânico José Manuel Carneiro Moniz; projecto de instalações de segurança (sistema de detecção e alarme de incêndio, sistema de detecção e alarme de intrusão, sistema de vigilância, de controle de acessos), do Eng. Electrotécnico Luís Maria Aragão Guedes Ramos; projecto de instalações e equipamentos eléctricos e telefónicos do Eng. Electrotécnico José Avelino Amardor Patriarca; fornecimento e montagem de mobiliário para arquivo da DGEMN, destinado ao armazenamento de peças desenhadas de todos os formatos; 2000 / 2001 - 2ª fase das obras de adaptação do Forte (edifício central - áreas de atendimento público, serviços de apoio e depósitos): elaboração de estudo no âmbito do Acompanhamento da Obra e da Manutenção dos Espaços Exteriores pelo Atelier de Arquitectura Paisagística João Ceregeiro; impermeabilização das lajes do piso térreo encastradas no talude posterior, com movimentos de terras; modelação do talude com recuo do mesmo junto à fachada posterior do edifício central, demolição de anexo junto ao través N. e construção de muro de sustentação em betão armado, rebocado e pintado; remodelação do edifício central do terrapleno interior e das dependências do lado N.; remoção do revestimento ou silhares de azulejos existentes no 1º e 2º piso; reconversão do piso térreo em áreas de acesso ao público e serviços de apoio de documentação e funcionários, com criação de sala de recepção, de uma zona pública ligada a actividades educativas (Exposições, Auditório e Cafetaria) e outra voltada para a consulta propriamente dita (Sala Multimédia, Sala de Leitura e Biblioteca); criação de um percurso interno longitudinal, atravessando as salas voltadas ao terrapleno interior, com vãos moldurados a perfis de aço e portas envidraçadas; pavimentação das zonas públicas a soalho de madeira e zonas de serviço a betonilha pigmentada; conservação de um dos paióis gerais, com tratamento do revestimento de madeira, instalação eléctrica, manutenção dos sistemas de vãos e de ventilação natural para o corredor; adaptação do 2º piso a gabinetes de trabalho, voltados a SO. e corredor de distribuição a NE. definido pelos acessos exteriores; delimitação dos gabinetes por divisórias de estrutura metálica e painéis de vidro, garantido opacidade através de mobiliário entre gabinetes e transparência para o corredor, mas com persianas; criação de instalações sanitárias e de uma sala de estar no anexo dos antigos balneários; instalações especiais: de equipamento eléctrico, instalação e equipamento de AVAC, de telefones e informática, de segurança contra incêndio, de segurança contra intrusão e instalações de água e de esgotos da autoria dos mesmos engenheiros; recuperação dos espaços exteriores: manutenção do perfil original do jardim da palmeira, a N., com a reposição do termo E. do canteiro, e revestimento de espécies aromáticas com sistema de rega automática; reparação dos túneis e da drenagem da área de infiltração sob a área ajardinada a N., criando uma superfície drenante no interior da parede e condução da água para a caixa de esgotos; 2002 / 2003 - 3ª fase das obras de adaptação do Forte a arquivos da DGEMN (paióis do talude exterior - áreas de tratamento arquivístico, laboratorial e de depósitos - Edifício Arquivos II): construção de um edifício novo, em betão armado, encastrado no talude exterior a NE., articulando os dois cofres laterais existentes, para albergar os serviços de tratamento arquivístico e laboratorial e criar novas áreas de depósitos; construção de algumas paredes divisórias interiores e abertura de três vãos de comunicação com o fosso; abertura de dois vãos de ligação em duas câmaras interiores para ligação dois paióis laterais ao corpo central; recuperação das duas alas dos antigos paióis e da área entre elas; reconversão dos espaços interiores; impermeabilização das lajes da cobertura; tratamento dos tectos e paredes, incluindo a construção de paredes duplas ventiladas nas superfícies confinantes com terra; colocação de novos caixilhos; entaipamento de algumas portas para o exterior e colocação de máquinas de tratamento de ar no vão; 2006 / 2007 - 4ª fase da obra: reparação geral das paredes interiores e do túnel de acesso à caponnière; no edifício central procedeu-se à reparação da parede e abóbada do túnel N., execução de pavimento em betonilha e reparação e pintura do portão pivotante junto às instalações sanitárias; reparação geral dos tectos e paredes nos corredores N. e S.; nos cofres ou Arquivo II: pintura de paredes, tectos e pavimentos; aplicação de caixilharia nos vãos e divisórias envidraçadas corta-fogo dos depósitos; instalação de dois elevadores na ala ou cofre S.; nas CASAMATAS 7, 8, 9, 10, 11 e 12: reparação e picagem das zonas degradadas em paredes, vãos, portas e pavimentos, incluindo a remoção de azulejos e mosaicos; reparação das vigas metálicas do tecto; execução do pavimento em betonilha e respectiva pintura com tinta époxi; tratamento de rebocos, caiações; execução de vãos que se encontravam tapados com alvenarias de tijolo; colocação de portas de chapa de ferro metalizado e de janela em aço metalizado com assentamento de peitoril; na casamata 9, 10, 11 e 12 procedeu-se à colocação de gradeamento de chapa de aço metalizado; na casamata 12 executaram-se duas escadas de acesso e colocou-se estrutura metálica para protecção do acesso às mesmas; na zona dos antigos estábulos: demolição dos edifícios existentes; reparação do muro confinante com o antigo edifício e construção de pequeno edifício para apoio logístico, com características semelhantes aos restantes do reduto, mas com placas do tipo VIROC nas fachadas; construção de em cais no fosso, a NE., junto ao portal posterior do edifício central, e escadas de acesso, em betão, com 2 patamares; pintura do portão do cais e colocação de pala de resguardo; reparação geral dos muros do cais; reparação geral do túnel de acesso ao reduto; pintura do portão principal; na sala de apoio à segurança: reparação geral de paredes, tectos, vãos de janelas e portas; caiações; colocação de caixilharias nos vãos; recuperação do silhar de azulejos; reparação das portas metálicas dos armários do mesmo espaço; reparação geral dos pavimentos, paredes e tecto e electrificação da casa do guincho; alargamento do portão de acesso ao fosso, a SO., com alteração do perfil de arco de volta perfeita, com aduelas rusticadas, para verga recta simples, de betão; colocação de portão em chapa de ferro metalizado; revestimento dos taludes com manta orgânica de empalhamento, seguida de sementeira automática com mistura de sequeiro; limpeza, recuperação de superfícies do talude interior; iluminação exterior do forte; reparação geral dos rebocos da contra escarpa do fosso, incluindo caiação; regularização do terreno do fosso; execução de escadas e patamares moldados nos taludes; reparação geral da rede da vedação existente no perímetro do reduto; demolição dos tanques de lavar a roupa; construção de reservatório de água no fosso; colocação de inscrição metálica identificativa junto aos principais edifícios; pavimentação do fosso em saibro compactado e criação de jardins a S.; IHRU: 2009, Julho - instalação do sistema de prevenção de incêndio FirePass; início das obras de reabilitação do edifício: tratamento de rebocos e caiações; electrificação da cave central do Arquivo II; colocação de bomba de extracção de água na cave N. de Arquivos II. |
Observações
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*1 - A linha de fortificações de 1833 consistia num arco em volta de Lisboa que começava em Alcântara, contornava a cidade e terminava no Tejo, junto à Madre de Deus, englobando 27 obras de fortificação ligadas entre si por entrincheiramentos de terra, muros seteirados e obstáculos naturais. O seu contorno possuía 9 Km de extensão e 20 Km de desenvolvimento, a partir de O.. A primeira linha de defesa era afastada e contínua com fortes independentes, a segunda era simplificada e possuía simples parapeitos de circunvalação e alguns redutos de terra, onde o recinto exterior de sítio tinha cerca de 35 Km com 11 obras de fortificação permanente ou mista - Monte Sintra, Ponta da Aguieira, Arpaulas, Costa da Luz, Moinhos do Marco e do Campo, Altos do Abraão, do Cotão e de Cabeças, Casal do Mocho e Forte do Duque de Bragança, detendo no total 600 bocas de fogo. A terceira constituía a defesa do porto de Lisboa. As principais obras de fortificações eram: as baterias da Cruz da Pedra, de Manique, dos Apóstolos, reduto do Alto de São João, baterias da Penha de França, dos Sete Castelos, reduto da Quinta do Pina, bateria das Águias, dos Ciprestes, da Horta da Cera, reduto da vinha do Manique, do Arco do Cego, da Cova da Onça, baterias da Quinta do Seabra, do Atalaia, de Campolide, do Alto do Carvalhão, baterias da rua dos Poisos, dos Prazeres, do Livramento e baluarte da Alfarrubeira. *2 - O plano levado a cabo consistia essencialmente em: 1) uma linha de defesa avançada compreendendo posições fortificadas em Alhandra, Monte Agraço e Mafra; 2) uma linha de fortes destacados, com a direita em Vialonga, o centro no Machado Rebolo e a esquerda em Sintra; 3) um recinto de segurança entre Sacavém e Caxias, e respectivas obras auxiliares na retaguarda do recinto, consistindo as obras auxiliares no reduto central de Monsanto e lunetas, o reduto do Alto do Duque, Bateria marítima do Bom Sucesso e forte da Ameixoeira; 4) na margem esquerda do Tejo uma série de baterias apoiadas no forte de Almada, reconstruído. *3 - O recinto de segurança que circundava a cidade de Lisboa, constituindo a linha de defesa mais próxima da cidade procurava protegê-la contra uma invasão por terra. Era formada por redutos de fortificação permanente ligados entre si por uma estrada militar e um entrincheiramento que corria pela frente, ao longo do qual existiam 34 baterias. A estrada militar sai dos redutos de Caxias, consistindo o 1º reduto de fortificação permanente, do recinto de segurança. O entrincheiramento segue pela margem esquerda da ribeira de Caxias, onde é interrompido pela passagem do vale da ribeira de Queijas. Recomeça na margem oposta, segue juntamente com a estrada militar até ao Alto dos Moinhos do Cartaxo e Rovinheira. Interrompido na passagem do vale da ribeira do Jamor, recomeça com a bateria da Matinha, na encosta de cima da Tapada de Queluz, seguindo pela encosta da serra de Alfragide, em direcção ao Casal da Serra. Passa pela encosta dos moinhos da Atalaia, pela Damaia descendo na encosta para o vale de Benfica. Na zona da Damaia é interrompido pelo Aqueduto das Águas Livres e pela Linha de caminho de ferro Lisboa-Sintra. Passando em frente do cemitério de Benfica, dirige-se para o Alto dos Moinhos dos Arneiros depois para a encosta da Paiã e da Luz, sendo interrompido na passagem do Vale do Foro, seguindo até ao sítio dos Alcoutins. O entrincheiramento, depois de interrompido pelo desfiladeiro, prossegue pelo Alto do Chapeleiro, seguindo a cumeada bastante acidentada, até à zona da Boa-Vista e Vale de Frielas; na zona entre a Calçada de Carriche e a Boa-Vista, é protegido pelo reduto da Ameixoeira. Segue depois em direcção ao Alto da Pimenta e Ponte da Aguieira. Acompanha então a encosta direita do vale de Sacavém até ao Alto da Malvasia, interrompe-se na passagem do Vale dos Almosteis. Recomeça na outra margem no Casal do Mocho, seguindo até cerca do convento de Sacavém, onde é de novo interrompido na passagem do vale da povoação de Sacavém. Recomeça na outra encosta do vale, passa sobre o canal do Alviela, dirigindo-se para o reduto de Sacavém onde termina juntamente com a estrada militar. O campo entrincheirado de Lisboa devido à lentidão da sua construção, em grande parte devido aos cortes orçamentais, levou à sua desactualização em termos de engenharia militar. *4 - Segundo o projecto inicial do reduto de Monte Sintra, as instalações eram reduzidas ao máximo. Toda a guarnição e material de guerra dispunha de espaços acasamatados à prova de bomba. As guarnições dormiam protegidas em quartéis que eram, simultaneamente, camarata, zona de lazer e posições de combate para defender o fosso. Estavam dimensionadas para alojar, em tempo de paz, um terço da guarnição completa e em tempo de guerra até 2/3 da guarnição. O reduto seria artilhado com 7 peças de aço estriadas de 15 cm de praça, montadas em reparos de caixilho no flanco esquerdo que batiam a cumeada da margem esquerda do rio de Sacavém; 6 peças curtas de 15 cm de aço ou bronze comprimido estriadas e de carregamento pela culatra montadas em reparos de sítio e de praça e 5 peças estriadas de 12 cm de bronze comprimido e de carregamento pela culatra, montadas em reparos de sítio e de praça para a face da testa do reduto; 4 peças de 12 cm de bronze comprimido estriadas de sítio, ou de reserva, montadas em reparos de sítio no flanco direito e na gola; 10 morteiros lisos de 22 cm de bronze ordinário montado em reparos de cepo atrás do espaldão que corre ao longo da gola. Por não estar disponível parte deste material, foram montadas em reparos AEP 15 cm MK 7 peças compridas de praça estriadas de bronze ordinário. *5 - O sistema de rega cobre toda a área do reduto com excepção das zonas taludadas. |
Autor e Data
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Teresa Furtado 1997 / Sofia Diniz 2001 / Paula Noé e Luísa Estadão 2007 |
Actualização
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