Chafariz de D. João V

IPA.00009933
Portugal, Castelo Branco, Fundão, Alpedrinha
 
Chafariz barroco de planta trapezoidal, de tipo misto conjugando o espaldar, definido por pilastras, com a fonte central de planta trapezoidal integrando três bicas em forma de florão. Remate em cornija. Estrutura-se em dois níveis escalonados, com escadaria em U. Inscrição laudatória e remate volutado sustentando coroa real.
Número IPA Antigo: PT020504060113
 
Registo visualizado 347 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Hidráulica de elevação, extração e distribuição  Chafariz / Fonte  Chafariz / Fonte  Tipo espaldar

Descrição

Estruturado por dois níveis escalonados, o inferior com tanque de planta rectangular com rebordo bojudo rematado por friso, alimentado por três bicas piramidais. Escadaria com planta em U integrando quatro lanços convergentes com guardas de cantaria com arranques volutados, à excepção da zona do patamar central que apresenta gradeamento em ferro forjado. Nível superior é antecedido por espaço murado, com acesso através de lanço de degraus central, ladeado por jarrões assentes em plinto duplo de secção quadrada. Fonte de planta trapezoidal adossada a muro estrutural rematado por cornija e jarrões laterais. Apresenta volume saliente com três faces delimitadas por pilastras, integrando três bicas em forma de florão e inscrição laudatória dividida por seis almofadas *2. Coroamento de duas volutas enquadrando escudo e coroa real de grandes dimensões, sustentada por volutas dispostas radialmente. Tanque concordante com a planta da fonte.

Acessos

Largo D. João V. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,100258, long.: -7,468945

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 32 973, DG n.º 175 de 18 agosto 1943 / Decreto n.º 38 147, DG n.º 04 de 05 janeiro 1951 *1

Enquadramento

Urbano, a meia encosta, numa cota elevada da vila, em local desnivelado, organizando pequeno largo do qual parte uma calçada antiga (v. PT020504060012) e sendo enquadrado superiormente pelas ruínas do Palácio do Picadeiro (v. PT020504060014) e pelos obeliscos do seu pátio.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Hidráulica: chafariz

Utilização Actual

Hidráulica: chafariz

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITETO: Valentim da Costa Castelo Branco (1714).

Cronologia

Época Romana - hipotética pré-existência de fonte, atendendo ao traçado da via romana e à descoberta de uma ara nas paredes de suporte durante o restauro; 1714 - provisão de D. João V para a construção de um fontanário público captando as águas de nascente próxima, custeado com o rendimento das sizas; risco e direcção da obra de Valentim da Costa Castelo Branco, capitão engenheiro da Província da Beira e natural de Alpedrinha ( A. J. S. Motta ); 1748 - o chafariz possuía um grande lago fronteiro onde se banhavam os cavalos e do qual não restam quaisquer vestígios; 1898 - o tanque quadrangular foi substituído por concha.

Dados Técnicos

Estrutura mista.

Materiais

Mármore.

Bibliografia

LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Lisboa, 1873; CUNHA, José Germano da, Apontamentos para a História do Concelho do Fundão, Lisboa, 1892; MOTTA, António José Salvado, Monografia d'Alpedrinha, Alpedrinha, 1933; GAMBOA, Álvaro, Alpedrinha, Sala de Visitas do Turismo, Alpedrinha, 1953; GAMBOA, Álvaro, Chafariz de Alpedrinha, seu Restauro, Castelo Branco, s.d.; SANTOS, Reinaldo dos, Oito Séculos de Arte Portuguesa, Lisboa, s.d.; CORTESÃO, Jaime, Alpedrinha e as Varandas da Gardunha, Castelo Branco, 1965; SALVADO, António, Elementos para um Inventário Artístico do Distrito de Castelo Branco, Castelo Branco, 1976; ALMEIDA, José António Ferreira de, dir., Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1980; GIL, Júlio e CABRITA, Augusto, As Mais Belas Aldeias de Portugal, Lisboa, 1985; DIONÍSIO, Sant'Ana, Guia de Portugal, Lisboa, 1984; JUNTA DE FREGUESIA DE ALPEDRINHA, Alpedrinha, Alpedrinha, 1988; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74938 [consultado em 26 setembro 2016].

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

DGEMN: 1953 - obras de reparação e consolidação do chafariz; levantamento e reassentamento das lajes do 2º piso da fonte com substituição de pedras em mau estado; substituição de pedras de granito moldurado nas paredes e fundo do tanque da fonte; limpeza de cantarias e remate de juntas; assentamento de degraus em cantaria; 1956 / 1957 - obras de reparação e consolidação assentamento de degraus moldurados em cantaria; reparação dos bancos em cantaria; reparação das guardas da escada; reparação das lajes em granito; limpeza das cantarias; 1958 - reparação e consolidação de paramentos, escadaria de cantaria e paredes dos patamares; recolha durante as obras de um fragmento romano epigrafado; 1959 - reparação e consolidação de paramentos limpeza de lanços de escada, patamares e terrenos envolventes; libertação e restauro do cunhal esquerdo; construção de valetas.

Observações

*1 - o imóvel tem uma classificação conjunta com a Capela do Leão ( v. 0504060005 ), tendo como DOF: Capela do Leão e Fonte Monumental, da época de D. João V que se encontra cerca daquela capela, todo o recheio da mesma capela e, em especial, os quadros que constituem o retábulo: 1) Santa Catarina falando aos Doutores; 2) Santa Catarina em Êxtase; 3) Degolação de Santa Catarina; 4) S.Pedro e S.Paulo; 5) Assunção da Virgem; 6) S.Jerónimo; 7) Cristo no Horto; 8) O Calvário; 9) Ressurreição. *2 - Inscrição: "ALPETRINIENSIS / CURIAE / MAGNIFICENTIA, DE SUIS / IMMOBILIUM / GABELLIS SERENISSIMI / PORT. REGIS / IOANNIS V / IMPERIO / ET BENEFICIO, AB ANNO / DOMINI / 1714, GRATUM HOC / OPTIMI FONTIS / EFFLUVIUM, PATRIAE / FORTUNAE / CONSTRUXIT".

Autor e Data

Margarida Conceição 1994

Actualização

 
 
 
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