Mata Nacional de Vale de Canas

IPA.00009858
Portugal, Coimbra, Coimbra, Santo António dos Olivais
 
Espaço verde de produção Florestal. Mata Nacional, de recreio, lazer e educação ambiental.
Número IPA Antigo: PT020603180112
 
Registo visualizado 137 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Espaço verde  Espaço de cultivo  Mata      

Descrição

Dividida em duas zonas, uma ajardinada, outra florestada. A entrada junto à povoação do Picoto dos Barbados é constituída por uma alameda de tílias e cedros, na qual contém duas placas informativas em tábuas de madeira, a primeira com a inscrição "mata nacional de vale de canas / instituto da conservação da natureza ICN", a segunda "1200 árvores oferecidas pela Toyota". À alameda sucede uma plataforma circular, com tuias-gigantes-americanas e um cedro-do-atlas, situando-se à sua direita, num ponto mais elevado, a área ajardinada e em frente parte da zona florestada que sobreviveu ao incêndio de 2005, na qual possui um parque de merendas; na restante área que se estende ao longo da encosta e do vale, subsistem poucas árvores anteriores ao incêndio, algumas das quais de grande porte no vale junto ao tanque de água, uma Araucaria bidwillii com mais de 50 m. de altura, um Eucalyptus diversicolor com mais de 70 m. que dizem ser o mais alto da Europa (ambos classificados de interesse público), o eucalyptus globulus com 70 m. e o eucalyptus obliqua com 60 m. Parte da mata já foi replantada com várias espécies, com dominância dos carvalhos*1 e dos castanheiros, os restantes em menor quantidade são sobreiros, azinheiras, medronheiros, cerejeiras, pinheiro bravo, pinheiro manso e cedro do buçaco, continuando ainda o processo de limpeza e de reflorestação.

Acessos

Picoto dos Barbados, Estrada do Tovim

Protecção

Inclui Eucalyptus diversicolor F. Muell e Aracauria biwillii Hook, classificados como árvores de interesse público, por Aviso nº 9080/2002, DR nº 188, II série, 16-08-2002

Enquadramento

Peri-urbano, junto à povoação do Picoto dos Barbados, 3 Km para Nascente da cidade, em direcção à Serra da Aveleira, a 292 m de altitude. Implantada em terrenos xistosos numa encosta de acentuada inclinação, finalizada em vale, abrange as freguesias de Santo António dos Olivais e das Torres do Mondego, estendendo-se em direcção ao rio Mondego até à povoação de Vale de Canas.

Descrição Complementar

A mata contém espaços de lazer e de actividades lúdicas, parque de merendas, parque infantil e circuito de manutenção com painéis informativos, um edifício em betão onde funciona o Centro de Informação e uma construção em xisto designada por Casa do Forno onde funciona o Centro de Formação Ambiental, e já no vale, uma ruína que dizem ter sido um pavilhão de caça da época em que mata pertencia ao rei, existindo ainda na proximidade um tanque de água e duas minas que alimentam uma linha de água. No tanque de água e em redor da linha de água subsiste a salamandra-lusitânica, emblemático anfíbio endémico português, que tem como principal característica a capacidade de libertar a cauda quando se sente ameaçado.

Utilização Inicial

Produtiva: mata

Utilização Actual

Recreativa: parque

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Instituto de Conservação da Natureza (239 401526 Vale de Canas)

Época Construção

Séc. 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 16 - era conhecida como Mata do Rei, constituída por vegetação expontânea; séc. 19 - estava sob jurisdição dos Serviços Fluviais e Marítimos, ocupava uma área de 8 ha., constituída por pinhal que serviu para fornecer madeira para a consolidação das margens e valeiros da Mata Nacional do Choupal, como defesa das cheias do Mondego; 1866 / 1870 - depois de cortada a madeira, procedeu-se à sua arborização sob orientação de Manoel Afonso D’ Espergueira com a colaboração do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, constituída por muitas espécies exóticas, onde figuravam trinta e duas espécies de eucaliptos; 1919 - passa para a jurisdição da Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Agrícolas que continuaram a sua arborização; 1930 - é celebrado um protocolo entre a Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Agrícolas / Circunscrição Distrital de Coimbra e a Sociedade de Propaganda de Coimbra na altura liderada pelo Dr. Manuel Braga, em que a Mata passa a ser gerida pela Sociedade da Propaganda, que procedeu ao seu melhoramento, transformação e ampliação através de expropriações, com objectivo de formar um parque nacional de turismo, chegando a fazer-se um projecto para um Palace Hotel; os objectivos não se chegaram a concretizar e posteriormente a mata regressa à gestão da Direcção-Geral dos Serviços Florestais e Agrícolas que continuaram a florestação e instalaram o jardim no espaço onde ainda hoje se encontra, embora muito danificado pelo incêndio; 1986 - a gestão fica a cargo do Instituto de Conservação da Natureza; 2005 - destruída em 80% por um incêndio; 2006 - parte da mata é reflorestada com sobreiros, azinheiras, medronheiros, cerejeiras, pinheiro bravo, pinheiro manso, cedro do buçaco, e predominantemente com carvalho e castanheiro; 2007 - continua a limpeza e o projecto de reflorestação.

Dados Técnicos

Solo (xistos precâmbricos); arvoredo (carvalho, castanheiro, faia, sobreiro, azinheira, medronheiro, cerejeira, pinheiro bravo, pinheiro manso, cedro, tília, eucalipto, araucaria, acácia).

Materiais

Bibliografia

Viver o verde em Vale de Canas - Mata tem o maior eucalipto da Europa, In Diário das Beiras, 2 de set. 2000; A Floresta, Queremos a Floresta viva; www.cm-coimbra.pt/pnatureza/pontochave.php?id=14 , 5 Setembro 2007.

Documentação Gráfica

CMC

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

ICNB (Mata Nacional de Vale de Canas)

Intervenção Realizada

Séc. 19 - corte de pinheiros devido a obras hidráulicas realizadas em defesa do Choupal; após este corte foram plantadas árvores indígenas e exóticas importadas da Alemanha e França e, mais tarde, introduziram-se outras exóticas e uma colecção de 32 espécies de eucalipto.

Observações

*1 - considerado uma árvore autótene. Actualmente, a mata tem o mais alto eucalipto da Europa com 75 metros de altura, e a mais alta araucária de Portugal, com 50 metros de altura.

Autor e Data

Marta Calçada 2001 / Margarida Silva 2007

Actualização

 
 
 
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