Mercado Pombalino

IPA.00009632
Portugal, Viana do Castelo, Ponte da Barca, União das freguesias de Ponte da Barca, Vila Nova de Muía e Paço Vedro de Magalhães
 
Arquitectura comercial, setecentista. Mercado setecentista de planta rectangular simples, com cobertura em telhado de quatro águas, e fachadas rasgadas por arcos de volta perfeita sobre colunas toscanas, tendo a principal sete.
Número IPA Antigo: PT011606160039
 
Registo visualizado 346 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Comercial  Mercado    

Descrição

Planta rectangular, de massa simples com cobertura em telhado de quatro águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com pilastras nos cunhais, coroadas por pináculos piramidais, com bola, assentes em plintos paralelepipédicos, e terminadas em friso e cornija, sobreposta por beirada simples. Fachada principal voltada a O., com sete arcos de volta perfeita sobre colunas toscanas. Fachadas laterais com um só arco, de volta perfeita, sobre colunas toscanas embebidas e a fachada posterior com três arcos de volta perfeita sobre pilastras toscanas, intercalados por panos fechados. INTERIOR rebocado e pintado de branco, com pavimento em lajes de granito e tecto com travejamento de madeira sustentando a cobertura.

Acessos

Jardim dos Poetas. WGS84 (graus decimais) lat.: 41,808771; long.: -8,420454

Protecção

Incluído na Zona de Protecção da Ponte sobre o Lima (v. PT011606160004) e do Pelourinho de Ponte da Barca (v. PT011606160005)

Enquadramento

Urbano, isolado, integração harmónica no extremo da vila, junto ao pelourinho e à ponte sobre o rio Lima, num largo lajeado com seixos do rio e guias de granito, formando quadrícula, pontuado por árvores, mais desenvolvido para a fachada posterior, no topo do qual se ergue Memória dedicada aos Irmãos Poetas Frei Agostinho da Cruz e Diogo Bernardes, nascidos em Ponte da Barca.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Comercial: mercado

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

CARPINTEIRO: Agostinho Correia (1768); Paio Gomes (1753). OFICIAL DE PEDREIRO: Domingos Pereira (1769). PEDREIRO: Manuel Pereira (1768).

Cronologia

1753, 1 Dezembro - escritura de emprazamento que fizeram os senadores da vila dos alpendres, que fazia com grande despesa e esforço, uma praça alpendrada, para os mercadores da feira franca que se realizava nos dois primeiros dias de cada mês; 18 Dezembro - remate da obra dos alpendres públicos da vila pelo carpinteiro Paio Gomes, natural da freguesia de São Paio de Britelo, concelho de Amares, por 89$000; 1768, 23 Abril - remate da obra de alvenaria dos alpendres e praça pública que se construía junto à ponte com o pedreiro Manuel Pereira, morador na freguesia do Bicoa, Paredes de Coura, por 250$000, devendo a obra estar concluída no fim de Setembro; 23 Novembro - escritura de contrato da obra de carpintaria destinada à nova praça, entre o procurador do Senado de Ponte da Barca e o carpinteiro Agostinho Correia, da freguesia de Vitorino das Donas, por 57$000, devendo a obra ser concluída em meados de Dezembro; 1769, 21 Maio - ajuste da obra da parede da praça nova entre o procurador do concelho e o oficial de pedreiro Domingos Pereira, natural de Arcos de Valdevez, por 1$300 cada braça, devendo a obra ser concluída em Junho do mesmo ano.

Dados Técnicos

Estrutura mista.

Materiais

Estrutura em alvenaria irregular de granito, rebocada e pintada; molduras dos vãos, pilastras, frisos, cornijas e pináculos em cantaria de granito; cobertura em madeira telhada; pavimentos em lajes graníticas.

Bibliografia

AURORA, Conde d', Roteiro da Ribeira Lima, Ponte de Lima, 1996, p. 140; VVAA, Ponte da Barca, in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. 22, Lisboa, s/d, p. 435; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Alto Minho, Lisboa, 1987, p. 122; COSTA, Pe. Avelino Jesus da, Subsídios para a História da Terra da Nóbrega e do Concelho de Ponte da Barca, Ponte da Barca, 1997; CARDONA, Paula Cristina Machado, A actividade mecenática das confrarias nas Matrizes do Vale do Lima nos séc. XVII a XIX, vol. 3, Porto (Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Departamento de Ciências e Técnicas do Património), 2004.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

* 1 - Este alpendre foi emprazado, por 7 anos e mediante o foro anual de 350 réis, a negociantes de Braga e Guimarães que ali iam vender as suas mercadorias; * 2 - Carlos Alberto Ferreira de Almeida ( 1987, p. 122 ) refere que esta estrutura terá servido, originalmente, como abrigo para comerciantes e barqueiros.

Autor e Data

Paulo Amaral 2000

Actualização

Paula Noé 2008
 
 
 
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