Teatro Clube de Esposende / Museu Municipal de Esposende
| IPA.00009588 |
Portugal, Braga, Esposende, União das freguesias de Esposende, Marinhas e Gandra |
|
Arquitectura cultural e recreatival, ecléctica. Teatro adaptado posteriormente a museu. Tem planta longitudinal composta por 2 corpos, rectangulares, de 3 pisos, adossados em eixo. Fachada principal em cantaria de granito, com banda de azulejos e remate em friso, cornija e platibanda com ressalto arqueado com pedra de chave. Portal principal, de verga recta, moldurado, ladeado por 2 mísulas carrancas, que sustentam janela de sacada, com balaústres de pedra, estruturada por 2 colunas com capitéis jónicos onde apoia outra janela de sacada, em arco pleno com guardas em ferro, sobrepujada por painel de azulejos. Fachadas laterais terminadas em friso, cornija e platibanda, com 3 panos, sendo o junto à fachada principal, em aparelho rusticado, com friso de azulejos, e os outros 2 rebocados e pintados. A solução adoptada por Ventura Terra no remate da fachada principal do Teatro Clube de Esposende apresenta semelhanças com o remate de um prédio de rendimento de 5 andares, em que o arquitecto viveu, construído em 1903, na Rua Alexandre Herculano, em Lisboa, onde azulejos Arte Nova se aliam com inspirações historicistas. Fachada principal com dois grandes vãos de sacada, em eixo, sendo o inferior de verga recta e o superior em arco pleno. Decoração exterior com azulejos Arte Nova. Interior com átrio em mármore, dupla escadaria, salão para exposições com friso e silhares de azulejos Arte Nova e salões para exposições com balcão e escada de madeira. |
|
Número IPA Antigo: PT010306050022 |
|
Registo visualizado 345 vezes desde 27 Julho de 2011 |
|
|
|
Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo Casa de espetáculos Teatro
|
Descrição
|
Planta longitudinal composta por dois corpos, rectangulares, de 3 pisos, adossados em eixo. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de três e duas águas, com janelos de vidro. Fachadas percorridas por embasamento, faixa de pedra a separar o 1º do 2º registo, e cornija saliente, rematadas por platibanda. Fachada principal voltada a N., em cantaria de granito, com friso de azulejos sob faixa de pedra, e remate em friso, cornija e platibanda com ressalto arqueado marcado por pedra de chave. No 1º piso, em aparelho rusticado, rasga-se o portal principal, de verga recta, moldurado, ladeado por 2 possantes mísulas, em carranca, que sustentam, no 2º piso, janela de sacada, com base rectangular e balaústres de pedra, estruturada por 2 colunas com capitéis jónicos onde apoia, no 3º piso, janela de sacada, em arco pleno com balaústres em ferro, sobrepujada por painel de azulejos com decoração fitomórfica e inscrição TEATRO CLUB. Fachadas laterais, semelhantes, definindo 3 panos; o mais próximo da fachada principal, em aparelho rusticado, com friso de azulejos sob faixa de pedra, é rasgado por 3 janelas, rectangulares, sobrepostas, sendo a do 2º piso com peitoril e cornija recta e a do 3º moldurada, ladeada por 2 painéis de azulejos com motivos fitomórficos e o monograma TC; o pano central, rebocado e pintado de rosa, apresenta, no 1º piso, 3 portas e 3 janelas, rectangulares, dispostas simetricamente, no lado E., e 2 portas e 4 janelas com disposição idêntica, no lado O., e portal de verga arqueada; 2º e 3º pisos rasgados por 6 janelas, molduradas, e 1 janelo, quadrangular, cada; o 3º pano, estreito e mais baixo, rebocado e pintado de rosa, tem porta de verga recta, no piso inferior, e 2 janelos, rectangulares, nos superiores. INTERIOR com átrio principal revestido e pavimentado a mármore, com dupla escadaria, frontal, em mármore e corrimão de latão, que conduz aos pisos superiores e 2 portas frontais que comunicam com grande salão de exposições temporárias, com friso de azulejos a moldurar os vãos e silhares de azulejos nas paredes, portaria, sanitários e gabinetes de trabalho; 2º piso com grande salão de exposições, com escadaria de madeira de acesso ao piso superior e comunicação com gabinetes de trabalho; 3º piso organizado em balcão com grades de metal, vitrines nas paredes em exposição permanente, porta de comunicação com salas de trabalho e escada de acesso aos forrinhos onde funcionam arrecadações, salas de restauro, gabinete de fotografia e sala das máquinas. |
Acessos
|
Lg. Fonseca Lima, R. Rodrigues de Faria, R. Barão de Esposende, R. Arq. Ventura Terra |
Protecção
|
Em estudo / Incluído na Zona de Protecção da Igreja da Misericórdia (v. PT010306050003) |
Enquadramento
|
Urbano. Localiza-se na zona histórica da cidade, ocupando um lote estreito e comprido que preenche o topo da frente urbana S. do Largo Fonseca Lima. Adossado a tardoz, dispõe de três frentes alinhadas com a via pública, abrindo-se a fachada principal para o amplo largo, calcetado e de circulação pedonal, dominado a E. pelos volumes dos edifícios da Câmara Municipal e da Igreja da Misericórdia. |
Descrição Complementar
|
Na fachada principal, os azulejos sob a sacada, entremeados por mísulas lisas, representam uma lira dourada, com folhas de louro e moldura azul, enquanto que o friso de azulejo que percorre o corpo pétreo representa uma sucessão de flores lilases com folhagens verdes e moldura azul; a escadaria nobre, de 3 lanços, arranca em dupla escada no 1º, junta em escada única, no 2º, e desenvolve, novamente, escada dupla no 3º lanço; no átrio existe placa comemorativa, com a inscrição: ESTE MUSEU FOI INAUGURADO / A 5 DE AGOSTO DE 1993 / COM A PRESENÇA DE SUAS / EXCELÊNCIAS OS SENHORES / MINISTRO DA EDUCAÇÃO / ENG. COUTO DOS SANTOS / MINISTRO ADJUNTO / LUÍS MARQUES MENDES / PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL / ALBERTO FIGUEIREDO; os azulejos do salão de exposições temporárias representam uma balaustrada em "tromp l'oeil", nas tonalidades amarela, castanhas e douradas, encimada por flores entrelaçadas de tons semelhantes.
|
Utilização Inicial
|
Cultural e recreativa: teatro |
Utilização Actual
|
Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
|
Pública: municipal |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
ARQUITECTOS: Miguel Ventura Terra (1866-1919), Bernardo Ferrão (1945 - , adaptação a Museu). |
Cronologia
|
1879 - aprovação dos estatutos da Assembleia Esposendense, agremiação sócio-cultural; 1908 - por encomenda de Valentim Ribeiro, brasileiro torna-viagem, dá-se início à construção do Teatro-Clube, segundo projecto do arquitecto Miguel Ventura Terra, destinado à realização de récitas e espectáculos teatrais e de sede da Assembleia Esposendense; 1911 - inauguração do Teatro-Clube; séc. 20, 2ª metade - o edifício é ocupado com uma fábrica de fiação e tecelagem; 1993, Agosto - após obras de recuperação e adaptação, abre ao público o Museu Municipal de Esposende. |
Dados Técnicos
|
Estrutura autoportante |
Materiais
|
Estrutura, de granito; portas, janelas, escadas e pavimentos dos salões, de madeira; átrio e escadaria nobre, de mármore; corrimão da escadaria nobre, em latão; tectos em estuque; pavimentos das casas de banho, de tijoleira cerâmica; friso e silhares de azulejos, no salão de exposições temporárias; cobertura exterior de telha cerâmica; balaustrada do balcão, grades das janelas e portas do 1º piso e sacada da janela do 3º piso, de ferro. |
Bibliografia
|
BAPTISTA, Ivone (Coord.), Museu Municipal. Roteiro, Esposende, 1993; RIO-CARVALHO, Manuel, História da Arte em Portugal. Do Romantismo ao Fim do Século, vol. 11, Lisboa, 1993 |
Documentação Gráfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
|
IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
|
Intervenção Realizada
|
CME: 1993 - recuperação do edifício e adaptação a museu |
Observações
|
|
Autor e Data
|
António Dinis / Filomena Bandeira 2002 |
Actualização
|
|
|
|
|
|
| |