Edifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Santarém

IPA.00009399
Portugal, Santarém, Santarém, União de Freguesias da cidade de Santarém
 
Igreja da Misericórdia maneirista e barroca, com planta tipo igreja-salão (Hallenkirche) com 3 naves de 4 tramos à mesma altura e com presbitério sobrelevado em relação à nave. Linguagem maneirista presente no tratamento do espaço interno e na janela de canto da Sala da Irmandade, mas com fachada da igreja com exuberante decoração rococó. Na Sala do Consistório, silhar de azulejos neoclássicos com representação das Obras da Misericórdia Corporais. A igreja revela afinidades com outras igrejas-salão, como as de Santo Antão de Évora, Sé de Miranda, Sé de Leiria, Sé de Portalegre, Santa Maria de Estremoz, Santa Maria de Olivença, etc. Planimetricamente, repete uma tipologia corrente na maioria das igrejas da Misericórdia, de espaço único, com presbitério. Na Sala do Consistório possui a representação das Obras da Misericórdia corporais num silhar de azulejos neoclássicos de limitada policromia, uma vez que possui apenas as cores verde azeitona, roxo manganés e reserva central em azul, com a particulariedade de desdobrarem a primeira ("remir os cativos e visitar os presos") em duas composições, em prol da regularidade decorativa do espaço, uma vez que ele se desenvolve em oito painéis; a representação das Obras baseou-se em gravuras de influência Flamenga.
Número IPA Antigo: PT031416200018
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Edifício de Confraria / Irmandade  Edifício, igreja e hospital  Misericórdia

Descrição

Planta longitudinal composta pela igreja de três naves e quatro tramos, a que se adossam anexos a O. e a E.. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhado. Fachada principal, virada a S., de 3 panos delimitados por pilastras, rematada por frontão mistilíneo vazado por nicho com a imagem da Virgem; no pano central rasga-se portal axial com frontão de volutas centrado por animal híbrido que suporta o balcão saliente da porta-janela do piso superior, com frontão mistilíneo e brincos nas ombreiras; nos panos laterais espelhos decorados com palmetas e lacrimais, no piso térreo, portas-janelas balconadas com sobrevergas angulares no piso superior. A E. da fachada da igreja o corpo saliente de 2 pisos do anexo do Definitório, com cimalha moldurada e friso divisório, destacando-se no piso superior uma porta-janela de canto balconada com sobreverga arquitravada e uma coluna coríntia central. As fachadas laterais, de 2 pisos, com cimalhas molduradas, são divididas em 4 panos por pilastras, rasgados por janelas rectangulares e por portais de verga arquitravada. Parte da fachada lateral E. é tapada pelo corpo de 2 pisos, mais baixo, do anexo do Definitório. No INTERIOR a igreja tem 4 tramos com a mesma altura, a central mais larga, com abóbadas de nervuras estribadas em colunas toscanas e mísulas adossadas às sancas que percorrem as paredes laterais; nos fechos das abóbadas cartelas com datas inscritas nos 2 primeiros tramos da nave central: "1602" e "1714"; os fustes das colunas são decorados com brutescos pintados a ouro, os enxalços das janelas e as nervuras com brutescos polícromos; no primeiro tramo da nave o coro alto apoiado em arcos em cantaria, com balaustrada em madeira; guarda-vento em madeira antecedendo o portal; um púlpito com guarda-voz e uma curiosa pintura em "trompe l'oeil" sugerindo panejamentos encosta-se a uma das colunas da nave central. No último tramo da nave o pavimento mais elevado cria uma zona destinada ao presbitério, delimitada da restante nave por balaustrada e acesso por escadaria aberta na nave central; nos topos de cada uma das naves um altar com o respectivo retábulo em madeira, rococó nos laterais, neo-clássico no principal; no tímpano do frontão deste altar uma tela circular representando a "Descida da Cruz", da autoria de Simão Rodrigues; sobre os altares laterais grandes conchas em cantaria. Na sacristia, a E. da capela-mor, coberta por abóbada de berço redondo, com pintura decorativa rococó de Luís Gonçalves de Sena, um retábulo em talha em tons de verde e ouro neo-clássico; sobre o arcaz um baixo-relevo barroco representando "A Anunciação". No outro anexo do lado E. uma escada de um lanço com silhares de azulejos neoclássicos, centrados por medalhões a azul, conduz ao átrio do piso superior, para o qual abre a Sala do Consistório; esta, é percorrida por silhar de azulejos com motivos vegetalistas e decorativos em verde azeitona e roxo manganés, centrados por cartelas redondas em azul sobre fundo branco, figurando as Obras da Misericórdia corporais, ilustradas com cenas do quotidiano. Assim, surge, a partir a porta de entrada: "enterrar os mortos", "remir os cativos", "visitar os enfermos", "visitar os presos", "dar de beber a quem tem sede", "dar de comer aos famintos", "dar pousada aos peregrinos" e "vestir os nus".

Acessos

Rua Primeiro de Dezembro

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto n.º 8 218, DG, 1.ª série, n.º 130 de 29 junho 1922 / ZEP, Portaria, DG, 2.ª série, n.º 244,de 19 outubro 1946

Enquadramento

Urbano, planalto, adossado. Implantado na malha urbana do núcleo antigo da povoação, deita a fachada principal e a lateral O. para um adro separado da Rua Primeiro de Dezembro por gradeamento em ferro; a fachada lateral E. abre para um pátio vedado da Trav. da Misericórdia por muro elevado, rasgado por portal em cantaria, com as armas nacionais manuelinas relevadas no tímpano.

Descrição Complementar

Nas paredes da nave penduram-se várias telas, destacando-se uma de André Morales figurando "O Repouso na Fuga para o Egipto" e "O Pentecostes" de Pedro Alexandrino; no coro alto um órgão rococó. Na sacristia guardam-se várias telas com temas da "Vida de Cristo" e bocados de um retábulo em talha dourada encontrado debaixo do altar-mor da igreja. Na Sala do Consistório os estandartes da irmandade. No órgão a inscrição: "Laudate eum in choro et organo Antonio Xavier Machado e Cerveiro o fez em Lisboa no aano D. I / 1818 / Nº 87"; tem um manual e 19 registos.

Utilização Inicial

Religiosa: edifício de confraria / irmandade

Utilização Actual

Religiosa: igreja de confraria / irmandade

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTOS: Miguel de Arruda (1559). ENGENHEIRO: Zeferino Brandão (1957). ENTALHADORES: Francisco Coelho (1613); Jacques de Campos (séc. 16). ORGANEIRO: António Xavier Machado e Cerveira (1818). PEDREIROS: Álvaro Freire (1559-1599); Luís Rodrigues (1606, 1621); Simão Fernandes (1559-1599). PINTORES: André Morales (1630-1639); Francisco de Sousa (1714); Luís Gonçalves de Sena (1747-1748); Simão Rodrigues (séc. 17). PINTOR DOURADOR: Sebastião Domingues (1613, 1630-1639).

Cronologia

Séc. 16 - feitura do retábulo pelo entalhador Jacques de Campos; 1500, 20 Março - por alvará régio, a Misericórdia é autorizada a receber doentes e pobres nos hospitais; 1503, Julho - um alvará régio concede-lhe as mesmas garantias e privilégios que detinha a Misericórdia de Lisboa; a primeira sede funciona no Hospital de João Afonso; 1516, 19 Março - D. Manuel I concede aos quatro capelães da Misericórdia os mesmos privilégios dos capelães reais; 1541, 10 Setembro - o bispo de Lisboa, D. Fernando, autoriza o capelão da Misericórdia a acompanhar os mortos; 1556 - início da construção da igreja da Misericórdia; 1559 - o projecto da igreja da Misericórdia é realizado por Miguel de Arruda; as obras arrastaram-se com lentidão, dirigidas pelos pedreiros Simão Fernandes e Álvaro Freire; Dezembro - reúnem em casa de Pedro Carvalho, Simão Fernandes e Álvaro Freire, pedreiros, encarregados de erguer a igreja e edifícios anexos; 1561, 16 Setembro - D. Catarina concede os materiais do Paúl da Asseca; 1562, 11 Junho - o bispo de Lisboa, D. Fernando, autoriza a erecção de três altares para celebrar missa; 1576, 25 Outubro - D. Sebastião concede à Misericórdia a possibilidade de integrar 300 irmãos; 1577 - elaboração do Compromisso da Misericórdia; 1578, 24 Março - D. Sebastião confirma os privilégios dos capelães da Misericórdia; 1581, 19 Agosto - Filipe I confirma os privilégios dos capelães da Misericórdia; 1597, 03 Setembro - instituição de uma capela por Juliana Soares de Melo, com missa anual; 1598, 11 Setembro - é referido que a igreja se encontrava por cobrir, iniciando-se também as obras das dependências; 1599, 29 Março - a Câmara cede os impostos sobre o vinho por seis anos para as obras da igreja; 1601, 31 Agosto - testamento de Nuno Velho Pereira, que se faz sepultar na capela-mor; 1602 - a abóbada é fechada; 1603 - transferência da sede da irmandade do Hospital de João Afonso para o edifício anexo à igreja; 1606 - é terminada a primitiva fachada da igreja, executada por Luís Rodrigues, mestre do Senado Municipal; 1613 - execução do primitivo retábulo maior pelo mestre entalhador Francisco Coelho e pelo mestre dourador Sebastião Domingues, integrando painéis pintados por Simão Rodrigues; 1613-1614 - pintura de uma Nossa Senhora da Piedade no tondo do retábulo-mor por Simão Rodrigues; 1616 - terminam as obras na Igreja, iniciadas em 1561; 18 Maio - D. Miguel de Castro, arcebispo de Lisboa, autoriza a exposição do Santíssimo na Igreja; 1617, Abril - demolição das escadas em caracol de ligação ao coro; 1620 - construção do púlpito; 1621 - a janela do Salão do Definitório é realizada por Luís Rodrigues; 1622, 22 Março - falecimento de D. João de Meneses, deixando todos os seus bens à Misericórdia; 1628, 23 Junho - passam a existir seis capelães; 1629, 04 Agosto - o altar do Nascimento é privilegiado por Breve de Paulo VIII; 1630 / 1639 - decoração de brutescos das colunas por André Morales e Sebastião Domingues; André de Morales pinta uma tábua com a Fuga para o Egipto; 1650, 22 Novembro - Vitória Galvoa institui Capela, dedicada a Nossa Senhora da Salvação, com obrigação de cinco capelães e cinco mercearias, as Mercearias do Rosário; 1656, 30 Julho - falecimento de Vitória Galvoa, sepultada na sua capela; 1659, 12 de Abril - o reverendo João Prego da Guerra, prior de São Mateus, institui uma Capela na Misericórdia, privilegiando os pobres de Alcanhões; 1663, 26 Junho - Catarina da Gama de Vasconcelos doa todos os seus bens à Misericórdia; 1672, 23 Maio - falecimento do Padre Francisco de Almeida Raposo, sepultado junto à porta travessa, no lado da Epístola; 1673, 16 Fevereiro - D. Pedro de Meneses deixa vários bens à Misericórdia; 1699, 21 Agosto - falecimento de Juliana da Mota Palha, que instituíra uma capela na Misericórdia, com obrigação de duas missas quotidianas; 1714 - decoração de brutescos das nervuras e das janelas por Francisco de Sousa; 1720 - 1721 - colocação do lajedo actual em cantaria, substituindo o anterior em tijoleira; 1736 - falecimento de António Cidrão, em Goa, que deixa bens à Misericórdia; 1747 - 1748 - o tecto da sacristia é pintado por Luís Gonçalves de Sena; 1755, 01 Novembro - o terramoto danifica a fachada da igreja; séc. 18, 2ª metade - reconstrução da fachada; construção dos retábulos laterais; séc. 18 - 19 - construção do retábulo-mor actual, com integração de um tondo do primitivo retábulo; pintura dos azulejos da escada e do Salão Nobre do Definitório; 1818 - execução do órgão por António Xavier Machado e Cerveira, o seu n.º 87; 1861 - execução do projecto para o adro da igreja, executado por FFN Mena; 1876, 03 Julho - falecimento de Aires Coelho da Silva Gameiro no Brasil, deixando parte da sua fortuna à Misericórdia; 1877, 18 Outubro - foi decidido colocar na Sala do Despacho o retrato do Barão da Silva Gameiro e o de Castelo de Paiva; 1892, 23 Março - o Cónego Joaquim Maria Duarte Dias faz a medição e descrição do edifício; 1896, 11 Janeiro - falecimento de Joaquim Guedes Amil, que deixou todos os seus bens à instituição; 1903, 01 Abril - transferência para a sacristia de uma capela proveniente do Mosteiro de Santa Clara (v. PT031416210007); 20 Abril - celebração da primeira missa na capela da sacristia; 1909, 23 Abril - um sismo provoca a queda da cruz da fachada principal; 1911 - criação de uma Comissão para reformar o Compromisso; 1903, 27 fevereiro - são transferidos para o edifício os seguintes objetos provenientes do Mosteiro de Santa Clara (v. IPA. 00003392): as imagens de São Benedito, Nossa Senhora do Desterro com o Menino, uma capela lateral, em talha e a balaustrada da igreja; 1922, 30 novembro - retificação à designação da classificação, pelo Decreto n.º 8 518, DG, 1.ª série, n.º 248; 1937 - 1947 - período em que foi colocado na capela-mor da igreja um altar de pedra (São Nicolau Tolentino), proveniente da Igreja da Graça (v. PT031416120001), de Santarém; 1939, 02 outubro - aprovação do Compromisso da Irmandade; 24 Novembro - colocação do retrato de Manuel Tavares Veiga na Sala das Sessões; 1957, 24 Maio - construção da estante do Arquivo e Bilbioteca, conforme desenho do engenheiro Zeferino Brandão; 1969 - danos causados pelo sismo; 1996, 21 novembro - queda de um capitel da fachada principal; 1998 - o médico Ruy Jacinto Colejo Puga doa 6 mil contos para recuperar património da instituição.

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Estrutura em cantaria e alvenaria de pedra, rebocada e caiada. Cobertura de telha cerâmica. Molduras e colunas em cantaria. Pavimento em cantaria, madeira e materiais cerâmicos. Caixilhos e portadas em madeira. Azulejos em revestimento.

Bibliografia

BRAZ, José Campos, Santarém raízes e memórias - páginas da minha agenda, Santarém, Santa Casa da Misericórdia de Santarém, 2000; CABEÇAS, Mário Henriques, Obras e remodelações na Sé Catedral de Elvas de 1599 a 1638, in ARTIS, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, 2004, n.º 3, pp. 239-266; CORREIA, J. Eduardo Horta, A Arquitectura - Maneirismo e "estilo chão", in História da Arte em Portugal - O Maneirismo, vol. 7, Lisboa, 1986; CUSTÓDIO, Jorge, A Igreja da Misericórdia, in Património Monumental de Santarém (dir. de Jorge CUSTÓDIO), Santarém, 1993; KUBLER, George, A Arquitectura Portuguesa Chã, Lisboa, 1987; Monumentos, n.º 9 a n.º 13, Lisboa, DGEMN, 1998-2000; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Santarém, Lisboa, 1949; SERRÃO, Joaquim Veríssimo, Santarém História e Arte, Santarém, 1951; SERRÃO, Vítor, Santarém, Lisboa, 1990; SERRÃO, Vítor, A Misericórdia de Santarém e o seu património de pintura, in Boletim Informativo da Santa Casa da Misericórdia de Santarém, nº 9, Santarém, Abril, Maio, Junho 1999; SERRÃO, Vítor, Tomás Luís e o antigo retábulo da Igreja da Misericórdia de Aldeia Galega do Ribatejo, in ARTIS, Lisboa, Instituto de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa, 2002, n.º 1, pp. 211-235; VALENÇA, Manuel, A Arte Organística em Portugal, vol. II, Braga, 1990; VASCONCELOS, Padre Inácio da Piedade, História de Santarém Edificada, Vol. 2, Lisboa, 1740; Tesouros Artísticos de Portugal, (dir. de José António Ferreira de Almeida) Lisboa, 1976.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; DGARQ/TT: AHMF - Conventos extintos, Convento de Santa Clara de Santarém, caixa 2041

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1950 - substituição de algumas pedras do pavimento da igreja; DGEMN / Santa Casa da Misericórdia de Santarém: 1984 / 1985 - substituição das coberturas da igreja; DGEMN: 1986 - reparação dos rebocos das fachadas; beneficiações no interior da igreja, pinturas; 1997 - limpeza de cantarias, execução de novos rebocos, pintura das fachadas e vãos; 1998 - reparação geral das coberturas dos anexos, paramentos exteriores, vãos e respectivas pinturas; instalação de um sistema de repulsa de pombos na fachada principal; 1999 / 2000 - restauro de tectos e reparação geral de paramentos interiores da sacristia e compartimentos anexos; recuperação do compartimento do estandarte para sala de exposições com integração de expositores; conservação e restauro do arcaz; reparação de cantarias na nave e reparação do soco em madeira do altar; beneficiação da instalação eléctrica da sacristia; instalação de um núcleo museológico num anexo.

Observações

A Sala do Consistório é percorrida por silhar de azulejos com cartelas centrais figurando as Obras da Misericórdia corporais, colocadas sem ordem sequencial, representando, a partir da porta de entrada: "enterrar os mortos" (7º C.) - representa dois homens, um deles com chave presa no cinto, enterrando um morto envolto em mortalha, numa cova assinalada com elementos alegóricos à morte, sob o olhar de duas figuras masculinas, possivelmente Irmãos da Misericórdia, com capa e chapéu, que assistem; "remir os cativos" (1ª C.) - representa um grupo de figuras masculinas e femininas resgatando um homem, com as mãos acorrentadas, tendo como pano de fundo uma parede em cantaria aparelhada; "Curar os enfermos" (2ª C.) - representa uma mulher com lenço na cabeça cuidando de uma figura masculina, de tronco nu e cabeça ligada, deitada numa cama, no interior de uma construção, existindo sentada no chão, uma terceira figura chorando; "remir os cativos e visitar os presos" (1ª C) - representa um homem, de capa pelo ombro e chapéu, acompanhado por uma mulher, portando leque, visitando um preso, sentado num banco, no interior de uma cadeia; "dar de beber a quem tem sede" (5ª C.) - representa um homem sentado junto a uma casa rodeada de arbustos, recebendo um copo cheio de uma figura masculina que segura com a mão esquerda um jarro; "dar de comer aos famintos" (4ª C.) - representam duas figuras masculinas, uma delas barbada, sentadas numa chaise longue frente a uma mesa, com pés em voluta e decorados por putti, comendo, sendo servidos por um empregado que porta travessa cheia de alimentos; "dar pousada aos peregrinos e pobres" (6ª C.) - representa um casal no exterior de uma construção, junto à porta, ele portando capa e chapéu, acolhendo um peregrino de Santiago, com alforje, bordão e chapéu; "cobrir os nus" (3ª C.) - representa um homem vestido com calções e gibão dando a sua capa a uma figura masculina semi-coberta por peles, sentada em ambiente exterior.

Autor e Data

Rosário Gordalina 1990 / Isabel Mendonça 2000

Actualização

João Seabra 1997 / 1998 / 1999 / 2000
 
 
 
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