Colégio das Missões Ultramarinas de Cernache do Bonjardim
| IPA.00009218 |
| Portugal, Castelo Branco, Sertã, União das freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais |
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| Colégio neoclássico. | |
| Número IPA Antigo: PT020509040023 |
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| Registo visualizado 447 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Educativo Colégio religioso
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Descrição
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| Planta rectangular composta por igreja longitudinal com nave única e capela-mor mais estreita, com sacristia adossada à fachada posterior, e por colégio, desenvolvido em torno de um pátio quadrangular, de volumes articulados e coberturas diferenciadas de duas águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com embasamento saliente, cunhais com pilastras toscanas colossais e rematadas em friso e cornija. Fachada principal virada a S., rematada em frontão triangular com cruz latina no vértice e pináculos nos ângulos inferiores, rasgada por vãos em arco de volta perfeita com pedras de fecho salientes, compondo três portais encimados por janelas, sendo os vãos centrais de maiores dimensões. No lado direito, desenvolve-se, ligeiramente recuada, a torre sineira, de três registos divididos por cornija, a intermédia alteada, o inferior rasgado por frestas que iluminam as escadas e intermédio com relógio circular; no registo superior, ventanas em arcos de volta perfeita, assentes em impostas salientes, contendo sinos; o conjunto remata em cornija com gárgulas nos ângulos, platibanda balaustrada com pináculos e cobertura em coruchéu bolboso. O corpo do colégio evolui em dois pisos, com disposição simétrica a partir de eixo central composto por portal de verga recta protegido por alpendre de três águas assente em seis colunas toscanas e duas mísulas, encimado por janela de sacada rectilínea e com guarda metálica, sobrepujada por lápide alusiva à fundação; a ladear o pórtico, dois painéis de azulejo monocromo, azul sobre fundo branco, figurativo. De cada lado, surgem sete janelas de peitoril no primeiro piso e, no superior, sete, sendo uma delas de varandim, com guarda semelhante à do vão central. Fachada lateral esquerda virada a O., parcialmente adossada a imóvel, sendo visíveis as janelas rectilíneas do segundo piso. INTERIOR da igreja com arco triunfal de volta perfeita, assente em pilastras de mármore com fustes almofadados, dando acesso à capela-mor, com quatro panos definidos por pilastras pintadas de cinzento, percorrida por lambril saliente com a mesma tonalidade, surgindo, em cada um dos panos, uma janela rectilínea, com janelas recortadas. No lado do Evangelho, tribuna com guarda balaustrada. Claustro de dois pisos, o inferior com 11x11 arcadas de volta perfeita assentes em pilares toscanos, protegidos por caixilharias de ferro, surgindo, no segundo, janelas rectilíneas, algumas de guilhotina; na ala S., ao centro, três janelas de varandim, em arco de volta perfeita e com guarda metálica. A quadra possui canteiros recortados, a centrar caramanchão. Refeitório com silhares de azulejo de padrão e roda mão pintado, possuindo painel de azulejo monocromo, azul sobre fundo branco, de molduras recortadas exteriormente e representando a "Última Ceia". |
Acessos
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| Rua Pinheiros. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,815189, long.: -8,189723 |
Protecção
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| Categoria: MIP - Monumento de Interesse Público, Portaria n.º 132/2015, DR, 2.ª série, n.º 36 de 20 fevereiro 2015 |
Enquadramento
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| Urbano, isolado, no centro da povoação, confinando com a principal via que atravessa a povoação, separado dela por muro de alvenaria, rebocado e pintado de branco, formando pequeno adro ajardinado e pavimentado a cubos de granito, onde se integra o Monumento a Nossa Senhora da Conceição. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Educativa: colégio religioso |
Utilização Actual
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| Educativa: colégio religioso |
Propriedade
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| Privada: Igreja Católica |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| ORGANEIROS: António Xavier Machado e Cerveira (1804); Pedro Guimarães (1992). |
Cronologia
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| 1789 - a povoação pertencia ao Priorado do Crato, sendo grão-prior D. João VI; o Papa Pio VI uniu o Priorado à Casa do Infantado; 1791, 10 março - decreto ordenando a criação de um Seminário para prover os padres das igrejas do Priorado, escolhendo-se Cernache para a sua instalação, sendo a direcção dada ao Padres Vicentinos da Congregação da Missão; o monarca doou 500$000 anuais para o seu funcionamento; 25 outubro - início do funcionamento das aulas em casas particulares; 1794 - o edifício encontra-se concluído, feito a expensas do Priorado, da Casa do Infantado e da Coroa; pintura da tela do retábulo-mor e dos laterais por Pedro Alexandrino de Carvalho; 1800 - doação das rendas do Legado das Missões do Oriente, deixadas pela rainha D. Maria Ana de Áustria, para formar padres para as Missões da China; 1804 - construção do órgão por António Xavier Machado e Cerveira; 1834 - extinção das Casa do Infantado e do Priorado do Crato, sendo o Seminário encerrado; 1855, 15 setembro - decreto estabelecendo o Seminário das Missões Ultramarinas no edifício, absorvendo o Seminário das Missões da China do Bombarral, criado em 1844 pelo Padre Luís Bernardino da Natividade e por D. Veríssimo Monteiro da Serra, antigo missionário; 8 Dezembro - abertura do Seminário; 1856, 12 agosto - Carta de Lei dá existência legal ao Seminário, com o nome de Colégio das Missões Ultramarinas; o edifício era composto pelo corpo frontal, com 27 quartos e a igreja; 1861 - entram no estabelecimento os primeiros membros da Companhia de Jesus, como professores e educadores, um deles nomeado Superior até 1865; 1868 - início das obras de ampliação pelo director, o bispo D. João Maria Pereira Botelho do Amaral e Pimentel, com donativos da Bula da Cruzada e do Governo; 1869, 26 dezembro - colocação de uma lápide na fachada N., a acusar o fim das obras; 1871 - saída da Companhia de Jesus, por discordância do sistema de ensino; 1872 - execução de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição para a portaria; 1881 - o território do Priorado foi integrado na Diocese de Portalegre, por ordem do Papa Leão XIII; 1884 - reforma dos estatutos com colaboração de Pinheiro Chagas; 1911 - conforme o artigo 189 da Lei da Separação, o Seminário não se encontrava extinto, mas era recomendada uma reforma; Dezembro - um motim entre os alunos torna-se o pretexto para a demissão dos Padres, substituídos por civis; 1915 - 1921 - funciona no imóvel o Liceu Colonial; 1917 - criação das Missões Laicas, com os seus membros formados em Cernache, passando a denominar-se Instituto das Missões Coloniais; 1926, Abril - o General Vieira da Rocha ordenou um inquérito a Instituto para indagar da razão do seu fracasso, com parecer negativo; 24 Dezembro - extinção do Instituto; 1927 - João Belo, Ministro das Colónias entregou aos Seminários das Missões o edifício de Cernache; 1930 - o Seminário passa a integrar a Sociedade Missionária Portuguesa ou Sociedade Missionária da Boa Nova, criada pelo Papa Pio XI, sendo padroeira Nossa Senhora da Conceição; a Sociedade integrava o Seminário de Tomar e de Cucujães; 1991, 8 Dezembro - inauguração do monumento a Nossa Senhora da Conceição no jardim fronteiro; 2013, 03 maio - publicação da abertura do processo de classificação em Anúnio n.º 160/2013, DR, 2.ª série, n.º 85. |
Dados Técnicos
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| Paredes autoportantes. |
Materiais
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Bibliografia
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| AFONSO, P. Manuel Castro - O Seminário das Missões de Cernache do Bonjardim - 1791 - 1991. Cucujães: 1992; SERRÃO, Vítor - História da Arte em Portugal - o Barroco. Barcarena: Editorial Presença, 2003; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/18044967 [consultado em 14 outubro 2016]. |
Documentação Gráfica
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| IHRU: DGEMN/DSARH |
Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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| IHRU: DGEMN/DSARH |
Intervenção Realizada
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| 1992 - restauro do órgão pelo organeiro Pedro Guimarães, sendo o seu opus n.º 1. |
Observações
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| EM ESTUDO |
Autor e Data
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| Paula Figueiredo 2002 |
Actualização
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