Edifício e Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Tavira

IPA.00009143
Portugal, Faro, Tavira, União das freguesias de Tavira (Santa Maria e Santiago)
 
Arquitectura religiosa, renascentista e barroca. Igreja de misericórdia, de influência mendicante, de planta longitudinal de três naves à mesma altura e quatro tramos. Fachada principal a S., de pano único e remate em empena, rasgado por portal renascentista, em alfiz decorado com grutescos, encimado por baldaquino com estátua de Nossa Senhora da Misericórdia, testemunho da acção de André Pilarte, que detinha a mais importante oficina activa em Tavira nos meados do Séc. 16, à qual se associam outros imóveis no Algarve, numa vasta região do Sotavento, desde a Matriz de Moncarapacho à Matriz de Alcoutim (v. PT050802010013) passando pela Igreja de Cacela Velha (V.PT050816010008), bem como a Matriz de Mértola (v. PT040209040002) e a Igreja de Salvador de Ayamonte, mas sobretudo em Tavira, como testemunham, as Igrejas de Santa Catarina de Fonte do Bispo e de Nossa Senhora da Conceição de Tavira (v. PT050814020014 ), a Casa na R. do Poço do Bispo (v. PT050814060061), cuja janela apresenta analogias com uma porta no interior da igreja, a Casa na R. Almirante Cândido dos Reis( v. PT050814 0071), o Edifício Irene Rolo (v. PT050814050047) e o Palácio da Galeria (v. PT050814050023) cuja loggia apresenta capitéis semelhantes. Retábulo-mor e colaterais barrocos, de talha nacional, com decorações em pâmpanos e colunas pseudosalomónicas. Nos alçados das naves, figurando as obras de Misericórdia (Corporais do lado da Epístola, Espirituais do lado do Evangelho) e cenas da vida de Cristo, painéis de azulejo, azuis e brancos, recortados superiormente, formando silhar, de produção joanina já com elementos rococó. O óculo apresenta semelhanças (CORREIA, 1988) com o da fachada principal da Conceição de Tomar (v. PT031418120005). Um dos melhores exemplares de arquitectura renascentista do Algarve no qual se destaca a fachada principal da igreja com faixa central de cantaria aparelhada rasgada por majestoso portal renascentista traçado por André Pilarte. No interior, destaque para o conjunto azulejar e para os altares colaterais, num plano elevado ao das naves criado pelo falso transepto ocupando o 4º tramo, constituíndo plataforma sobrelevada munida de balustrada de ferro e com acesso por escadaria cenográfica central; o retábulo colateral do lado do Evangelho apresenta reformulação onde se conjugam elementos rococó e neoclássicos. O retábulo-mor barroco, que substitui um primitivo, quinhentista, encontra-se à face da capela-mor. É uma das raras igrejas de Misericórdia com planta de 3 naves.
Número IPA Antigo: PT050814060003
 
Registo visualizado 966 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Edifício de Confraria / Irmandade  Edifício, igreja e hospital  Misericórdia

Descrição

Planta longitudinal composta pelo volume da igreja, de três naves, falso transepto, capela-mor e sacristia a E., e pelo edifício da Antiga Casa do Despacho adossado a N., ao nível do 2º registo. Volumes escalonados, massas dispostas na vertical; cobertura diferenciada em telhado de duas águas para naves e capela-mor e em 2 telhados de quatro águas para a Casa do Despacho. IGREJA: fachada principal a S., de pano único, definido por cunhais de silhares aparelhados e remate em empena; ao centro faixa vertical em cantaria aparelhada de dois registos; inferiormente rasga-se portal de cantaria, de volta perfeita, em alfiz, com colunelos e pilastras decorados com grutescos ( taças, demónios, cisnes, medalhões vasos, putti e tabelas com a inscrição "MIA" ), bases tendos nos espelhos figuras em busto e capitéis compósitos; decoração das arquivoltas figurando cavalos marinhos, sereias, taças, cisnes, águias e figuras humanas, em composições simétricas; nas enjuntas dois medalhões com bustos, um masculino e um feminino; lintel decorado com motivos vegetalistas em baixo-relevo e entablamento com friso decorado por carrancas e medalhões com bustos seguros por putti; superiormente óculo parcialmente coberto pelo friso; sobre ele grupo escultórico composto pela Virgem da Misericórdia ao centro, num docel suspenso por um querubim, ladeada por dois anjos esvoaçantes que seguram o docel e o manto da Virgem; de um e outro lado, as armas reais, à esquerda, e da cidade, à direita; sobre a cornija do entablamento, no remate das pilastras, duas estátuas de São Pedro e São Paulo; empena coroada por cruz de pedra sobre pedestal. Fachada E. rasgada por portal de cantaria simples decorado com concha sobre lintel, encimado por janelão rectangular, em capialço; remate em beirado. Fachada O. de pano único definido por cunhais rasgado por portal de cantaria de verga recta com decoração vegetalista, encimado e enquadrado por dois janelões rectangulares, gradeados, em capialço; remate em beirado. Fachada N. tendo adossadas antigas dependências da Misericórdia situando-se a Casa do Despacho a nível do 2º registo. INTERIOR: três naves de quatro tramos, divididos por arcadas plenas sobre 6 colunas encimadas por capitéis compósitos, decorados por carrancas; nos alçados S. e N. as arcadas descarregam em colunas adossadas. Cobertura em madeira de perfil de abóbada de berço; pavimento pétreo nas naves e em madeira na cabeceira. O 4º tramo é ocupado por falso transepto sobrelevado com acesso por escadaria central de 6 degraus, ocupando toda a largura da nave central, e por escadas laterais; apresenta balaustrada em ferro pintada de azul com aplicações douradas. Vãos laterais simétricos: por banda dois vãos de iluminação, rectangulares, gradeados, com verga em arco abatido, molduras em cantaria decorada, e portal, ao centro do 3º tramo. Alçados das naves laterais decorados por paineis de azulejos azuis e brancos recortados, formando silhar, representando as obras de Misericórdia e cenas da vida de Cristo. Do lado do Evangelho: porta de cantaria de verga curva, entaipada, com acesso por quatro degraus, albergando no seu vão pintura da Virgem com o Menino; a verga é decorada por silhar de azulejos azuis e brancos recortados; segue tribuna dos mesários em madeira e porta fingida em azulejo, azul e branco nas molduras, amarelo nas portadas. Do lado da Epístola, ao nível do 3º e 4º tramos, entre os dois vãos de iluminação, coro em meia lua, de madeira polícroma, com balaustrada de talha dourada e pintada, assente sobre 3 finas colunas dóricas, de madeira; órgão de armário e acesso por porta em cantaria de verga recta, rasgada sob o janelão; sob o coro, e prolongando-se acima do seu pavimento, porta de acesso ao exterior, de verga em arco abatido decorada por silhar de azulejos azuis e brancos, recortados, compondo frontão. Transepto tendo no lado da Epístola porta de comunicação com a Sacristia e do lado do Evangelho a N. porta de comunicação com a Casa do Despacho, ambas com as vergas sobrepostas de silhar de azulejos azuis e brancos, recortados, compondo frontão. Retábulos colaterais em talha dourada, do lado da Epístola de Nossa Senhora da Conceição e do lado do Evangelho de Nossa Senhora das Dores; apresentam planta recta e eixo vertical com sotobanco decorado de acantos; corpo de colunas pseudosalomónicas, decoradas de pâmpanos, sobre consolas; ático constituído por entablamento suportando frontão; o retábulo de Nossa Senhora da Conceição apresenta no corpo, ao centro, tela circular alusiva à padroeira; o seu congénere apresenta dois nichos envidraçados sobrepostos, delimitados, o superior por pilastras diagonais e por colunas diagonais o inferior. Retábulo-mor de talha dourada, colocado à face da capela-mor, de planta recta e eixo vertical; sotobanco tripartido em 3 vãos, o central, mais largo, em arco de asa de cesto sobre colunas, os laterais, em arco de volta perfeita, de acesso ao interior da tribuna; ao centro frontão de altar com a imagem de Cristo Morto; corpo de 2 colunas pseudosalomónicas, por banda, assentes em consolas e munidas de impostas; ampla tribuna, com cobertura em abóbada de berço apainelada, sobre sanca; trono de planta hexagonal, decorado de querubins e elementos vegetalistas, coroado por 2 anjos segurando coroa imperial; sobre o banco as imagens de Santa Isabel e da Virgem; ático de arquivoltas unidas no sentido do raio por peças entalhadas e tendo na chave brasão real; nas enjuntas as estátuas da Esperança, à esquerda, e da Caridade, à direita; remate em espaldar de dossel com sanefa e cortinas seguras por anjos; colunas e arquivoltas decoradas por anjinhos e pâmpanos, espaços intercolunares decorados de acantos e rosetas, consolas decoradas por querubins. SACRISTIA: planta quadrangular com cobertura em abóbada de berço sobre sanca. CASA DO DESPACHO: planta rectangular. Fachada principal a O. de dois registos definidos por friso; no inferior rasga-se, à direita, portal em cantaria de verga recta com cornija; superiormente rasgam-se 4 janelas rectangulares, molduradas e gradeadas, dispostas na horizontal, caindo a da direita no eixo do portal e na sua cornija embebida; no registo superior rasgam-se quatro janelas de sacada de características iguais às do portal, com gradeamento em ferro; remate em cornija arquitravada e beirado. Fachada S. adossada à fachada N. da igreja e fachada N. adossada a edifício de habitação de piso térreo; fachada E. adossada. INTERIOR: escadaria de 2 lanços de acesso ao 2º piso; pinturas murais no tecto de carácter vegetalista predominando os tons ocres amarelo e vermelho.

Acessos

Travessa da Fonte, Rua da Galeria, Largo da Misericórdia, Rua Damião Augusto de Brito Vasconcelos

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 32 973, DG, 1.ª série, n.º 175 de 18 de agosto 1943

Enquadramento

Urbano, meia encosta, adossado. No centro histórico, nas proximidades do Palácio da Galeria (v. PT050814050023), do Castelo de Tavira (v. PT050814060002) e Igreja de Santa Maria (v. PT050814050001); adossado a antigas dependências da Misericórdia de Tavira, de dois pisos e cobertura telhados de tesoura. A Igreja abre para pequeno adro com larga escadaria de acesso de 4 degraus e a Casa do Despacho para rua em calçada, com desnível vencido por degraus.

Descrição Complementar

IGREJA: janelões das naves com molduras de cantaria decoradas no peitoril por pequeno frontão invertido ostentando ao centro elemento floral circular; verga em frontão recortado e decorado. Painéis de azulejo alçados laterais das naves ocupando a superfície murária até c. de 1/3 da sua altura; do lado O. o silhar é interrompido a partir do vão rasgado no 3º tramo e é retomado depois já na zona do falso transepto; figuram as 14 obras da Misericórdia identificadas pelas respectivas legendas; os painéis são enquadrados por composições arquitectónicas de pilastras sobrepostas decoradas por cartelas e outros elementos, dividindo as várias cenas, e frontões recortados, de volutas, cornijas e mascarões ao centro; inferiormente corre rodapé de elementos vegetalistas interrompido pelo prolongamento das pilastras coroadas por vasos; no alçado N., nos paramentos livres entre os retábulos colaterais com o retábulo-mor, painéis de azulejo continuando os motivos presentes nos alçados laterais da divisão arquitectónica entre as cenas retratadas; os painéis figuram, do lado da Epístola as obras corporais: "Dar de comer aos que têm fome", Dar de beber aos que têm sede", "Vestir os nus", "Visitar os doentes e encarcerados", "Dar pousada aos peregrinos", "Remir os cativos" e "Enterrar os mortos"; do lado do Evangelho as obras espirituais: "Dar bom conselho", "Ensinar os ignorantes", "Consolar os tristes", "Castigar os que erram", "Perdoar as injúrias", "Sofrer com paciência as fraquezas do próximo" e "Rogar a Deus pelos vivos e defuntos". Sobre as portas de acesso à Sacristia, Casa do Despacho e coro, painéis de azulejo recortados figurando frontões sobre emtablamentos coroados de vasos com anjinhos e moldura oval com figurações várias. SACRISTIA: arcaz de madeira escura composto de 3 corpos e 9 gavetões, cadeirão do Provedor com espaldar rematado por brasão em talha dourada, várias bandeiras de misericórdia e tribuna processional. Imaginária: no trono retábulo-mor "Visitação de Santa Isabel a Nossa Senhora", em madeira polícroma; retábulo de Nossa Senhora das dores "Cristo crucificado", madeira; Sacristia "Cristo Crucificado", em madeira, quinhentista, e "Virgem".

Utilização Inicial

Religiosa: edifício de confraria / irmandade

Utilização Actual

Religiosa: edifício de confraria / irmandade / Devoluto

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

ARQUITECTO: André Pilarte (fachada principal), ENTALHADORES: Pedro de Campania (retábulo-mor primitivo), Manuel Abreu do Ó; PINTORES: Joaquim José Rasquinho (tecto Casa do Despacho) e José Gomes da Palma (coro, púlpito e órgão)

Cronologia

1498 - provável criação da Misericórdia de Tavira; 1501 - 1ª referência à Misericórdia de Tavira, referindo a mudança do Convento de São Francisco de Tavira ( v. 0814060027 ), onde 1º se sediara; 1516 - D. Manuel concede Compromisso à Misericórdia de Tavira; 1541 - Mesa da Misericórdia encarrega André Pilarte de «ampliar e fazer de novo uma egreja para a Mizericordia»; 1551, 22 de Abril - Mesa da Misericórdia encarrega André Pilarte de concluir o portal principal, com o programa escultórico que o encima; 1551 - Mesa da Misericórdia encomenda a André Pilarte a construção da Sacristia, Casa do Despacho e demais dependências; 1552, Agosto - Conclusão das obras; 1555 - Encomenda do retábulo-mor a Pedro de Campania ( Pieter de Kampeneer ); 1559, 16 de Abril - Colocação do retábulo-mor; 1564 - primeiro órgão da igreja, comprado a Rui Fernandes, de Aveiro; 1686 - Obras no interior da igreja, nomeadamente nos fustes das colunas; 1712 - o Padre Carvalho da Costa refere a existência da Misericórdia, um bom hospital e outro mais pequeno para os "passageiros"; 1722 - Novo retábulo-mor e construção dos dois retábulos laterais, campanha a cargo do entalhador local Manuel Abreu do Ó; aquisição de um sino; Séc. 18, década de 40 - remate em cortina do retábulo-mor; 1746 - Ampliação da Casa de Despacho para a configuração actual; 1748 - conclusão das obras na Casa do Despacho; 1750 - Transformação das frestas do corpo da igreja em janelas; 1760 - Painéis de azulejo das paredes do interior da igreja; 1785 - construção do orgão; 1798 - 1799 - Joaquim José Rasquinho pinta o forro da Casa do Despacho; 1800 - Encomenda de uma imagem de "Cristo" em tamanho natural e um pálio roxo; 1811 - Construção da torre da igreja substituindo o campanário primitivo sobre o portal principal; 1818 - Manuel Vaz-Velho reconstrói o altar colateral do lado O.; 1835 - Compra do órgão do Recolhimento de São João Baptista da Corredoura, construindo-se o coro sobre a porta lateral E. e transferindo-se o púlpito para outra coluna. Órgão, coreto e púlpito foram pintados por José Gomes da Palma nesta data; 1874 - Criação do primeiro albergue da Misericórdia de Tavira, situado na R. de D. Ana; 1906 - renovação do lageado, soalho e escada de acesso à capela-mor; colocação de grade de ferro na capela-mor; 1920, 25 de Junho - Fusão da Misericórdia com o Hospital do Espírito Santo de Tavira ( v. ), pelo Dec. nº6707, passando a designar-se por Hospital da Misericórdia de Tavira; 1940, 26 setembro - Decreto n.º 30 762, DG, I Série, n.º 225, classificando o imóvel como IIP - Imóvel de Intersse Público; 1940, 01 novembro - publicação do Decreto nº 30 838, DG, 1.ª série, n.º 254, suspendendo o decreto n.º 30 762, de 26 de setembro do mesmo ano, relativamente à classificação de imóveis de propriedade particular; 1943 - ruína de telhados; 1948 - CMT reclama obras urgentes na cobertura; 1959, 07 de Novembro - CMT reclama caiação e pintura de portas; 1965 - CMT e SCMT reclamam conclusão das obras de 1962 bem como a remoção do coro e restauro recheio artístico;1969 - Estragos provocados pelo sismo; 1970, 30 Dezembro - SCMT cede a igreja à CMT para instalação do Museu de Arte Sacra que nunca se veio a realizar; 1980 - SCMT reclama obras para abertura do imóvel ao público.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria, cantaria, telha, madeira nas portas, janelas, retábulos, coro-alto ferro no gradeamento das janelas de sacada da Casa do Despacho e nas da igreja e na escadaria da mesma, azulejos nas naves da igreja.

Bibliografia

LOPES, João Baptista da Silva, Corografia (...) do reino do Algarve, Lisboa, Academia das Ciências, 1841; COSTA, P. António Carvalho da, Corografia Portugueza..., 2.ª ed., tomo III, Braga, 1869 [1.ª ed. de 1712]; "A igreja da Misericórdia, suplica Misericórdia", Jornal Povo Algarvio, 19 Fevereiro 1958; PINTO, Maria Helena Mendes e PINTO, Victor Roberto Mendes, As Misericórdias do Algarve, Lisboa, Ministério da Saúde e Assistência, 1968; ANICA, Arnaldo Casimiro, O Hospital do Espírito Santo e a Santa Casa da Misericórdia da cidade de Tavira ( da fundação à actualidade - notas ), Tavira, Santa Casa da Misericórdia de Tavira, 1983; CORREIA, José Eduardo Horta, A arquitectura religiosa do Algarve de 1520 a 1600, Lisboa, Ciência e Vida, 1987; LAMEIRA, Francisco, Itinerário do Barroco no Algarve, Faro, Secretaria de Estado da Cultura - Delegação Regional do Sul, 1988; VASCONCELOS, Damião Augusto de Brito, Notícias históricas de Tavira (1242/1840), ed. anot. Arnaldo Casimiro Anica, Tavira, Câmara Municipal de Tavira, 1989; CORREIA, José Eduardo Horta, "A arquitectura do Renascimento em Tavira", in I Jornadas de História de Tavira, Tavira, Clube de Tavira, 1992, pp.81-88; SERRÃO, Vítor, "A arquitectura renascentista algarvia: do modo romano ao Maneirismo", in O Algarve, da Antiguidade aos nossos dias, Lisboa, Colibri, 1999, pp.233-236; LAMEIRA, Francisco, A talha no Algarve durante o Antigo Regime, Faro, Câmara Municipal de Faro, 2000; Associação Cultural de Música XXI, Portugal e Itália - Os Órgãos das Igrejas da Misericórdia e de Santiago de Tavira (CD pelo organista João Vazincluíndo livrete com textos de João Pedro d'Alvarenga e Maria de Fátima Silva), 2010.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID; CMT

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; CMT

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH

Intervenção Realizada

SMCT: 1907 - reconstrução do telhado; DGEMN: 1946 - apeamento do coro que se encontrava encostado à parede lateral da igreja; construção e assentamento de degraus de cantaria para acesso à capela-mor; assentamento de porta e caixilhos; reparação geral do pavimento da igreja; 1950 - reparação do telhado; 1958 - 1959 - reconstrução de telhados; reconstrução dos tectos de madeira das naves; limpeza geral de caldeiras e algerozes, construção de cintas de travamento; 1962 - reconstrução de zonas de rebocos salitrosos nas fachadas lateral e principal; limpeza de cantarias e refechamento de juntas nas fachadas; construção e assentamento de uma porta na fachada lateral; construção e assentamento de caixilhos; reparação de tectos; 1969 - 1970 - reparação das coberturas incluindo demolição de um telhado numa dependência a E. e reconstrução telhado Sacristia; 1982 - reparação de telhados; apeamento do cadeiral existente na nave do lado do Evangelho e sua remoção para o depósito; apeamento e reassentamento de painéis de azulejos; colocação de pavimento em madeira sob o estrado do cadeiral; construção e assentamento de porta exterior lateral; recuperação e pintura de tectos; consolidação e limpeza dos altares; 1983 - demolição de alvenaria hidráulica em elevação para desobstruir portal lateral O. e para desobstrução de escada de acesso à zona dos altares; assentamento de degraus para completar a escadaria de acesso à porta; assentamento de cimalha de cantaria na escada de acesso aos altares; finalizar pavimento nave O. com cantaria; colocação de grades de ferro a completar a grade existente; instalação eléctrica; CMT / Igespar: 2000 - restauro do órgão pelo mestre-organeiro Dinarte Machado; SCMT: 2000 - entaipamento acesso à Casa do Despacho e da janela fronteira; CMT - DGEMN: 2002 - limpeza do portal principal.

Observações

1* - DOF... e Antiga Casa do Despacho de Tavira.

Autor e Data

João Neto 1991 / Patrícia Viegas 2000 / Paulo Fernandes 2001

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login