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Edifício e estrutura Edifício Extração, produção e transformação Moagem
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Descrição
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Planta retangular, composta pelos corpos do moinho, armazém e casa do moleiro; volumes escalonados dispostos na horizontalidade. Cobertura diferenciada em telhados de quatro águas (moinho) e em duas águas (armazém e casa do moleiro). Fachada S. virada para a rua, aberta por portão recto (moinho), fresta horizontal e janela ao nível do piso superior (casa do moleiro) e portão reto (armazém). Fachada E., ribeirinha, aberta por arcos góticos dos poços dos rodízios, prolongando-se por muro com plataforma de pequeno cais de embarque alpendrado. INTERIOR: espaço diferenciado com as várias dependências articuladas, de pavimento em soalho e cobertura em madeira com ripas transversais. |
Acessos
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Rua Fábrica do Papel, junto à Ponte dos Caniços. WGS84: 39º44'25.00'' N. / 8º 48'02.41'' O. |
Protecção
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Enquadramento
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Urbano, isolado, borda d'água. Localiza-se harmoniosamente na margem esquerda do rio Lis, com alinhamento de fachadas viradas para a rua, com passeio estreito, estando a fachada lateral esquerda integrada no pequeno largo junto à ponte e açude dos Caniços (v. PT021009120198). Do mesmo lado, e a pouca distância, no largo de Infantaria 7 situa-se a Igreja e convento de Santo Agostinho (v. PT021009120005). Frente ao moinho o monte de Nossa Senhora da Encarnação com a Capela da mesma invocação (v. PT021009120004). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Extração, produção e transformação: moagem |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 15 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITETO: Siza Vieira (2000). |
Cronologia
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1411- é mandado construir aquele que é considerado o primeiro engenho do género em Portugal pelo escrivão da puridade de D. João I, como é referido numa lápide colocada nas proximidades: "NESTA RVA FABRICOVSE O 1º PAPEL / DE PORTVGAL POR ALVARA CON- / CEDIDO EM 1411 POR EL REI D. / JOÃO I AO SEV ESCRIVAO DE PVRI / DADE GONÇALO LOVRENÇO DE CO / MIDE CAVA / LEIRO / BISAVO / DE AFONSO DE / ALBVQVERQVE ANTEPASSADO DO / GRANDE MOVZINHO", tendo estado em funcionamento até meados do séc. 16, como único produtor de papel do reino; 1441, 27 fevereiro - carta de privilégio a Fernão Rodrigues para um homem que acarretasse trapo para uns moinhos de papel em Leiria; 1495 - saiu da tipografia hebraica o "Almanach Perpetuum", primeira obra científica impressa em Portuga; séc. 19 - pertence ao barão de Salgueiro; 1995, 04 setembro - o edifício surge proposto como Imóvel de Interesse Público pelo PDM de Leiria, DR n.º 204; 2000, janeiro - no moinho encontra-se Srª D. Emília, de 92 anos, que lá habita e trabalha desde 1915; 2000, 6 janeiro - por decisão votada por unanimidade, em reunião de Câmara, a autarquia de Leiria compra, por 45 milhões de escudos pagos num ano a partir daquela data, em três prestações, o espaço onde funcionará o Museu do Papel, conferindo-lhe uma função turística e pedagógica; obras de remdelação e recuperação; adaptação a espaço museológico, conforme projeto do arquiteto Siza Vieira. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Cantaria, alvenaria, rebocos, telha, madeira. |
Bibliografia
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CABRAL, João, Anais do Município de Leiria, vol. I, p. 52-53, Coimbra, 1975; COSTA, Lucília Verdelho da, Leiria, Col. Cidades e Vilas de Portugal, Lisboa, 1989; Diário de Leiria, 10 de Janeiro de 2000; Guia das Cidades e Vilas de Portugal, Vol. 14, in Expresso 24 de Agosto de 1996; História de Portugal, Vol. IV, Barcelos, 1932; www.rt-leiriafatima.pt, 07-10-2003. |
Documentação Gráfica
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CMLeiria |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
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DGARQ/TT: Chancelaria de D. Afonso V (Livro 2, fls. 96); CMLeiria |
Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - muito provavelmente, nos fins do reinado de D. Afonso V, a arte de imprimissão assentara em Leiria um primeiro prelo nas faldas do Monte (História de Portugal, 1932). |
Autor e Data
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Lurdes Perdigão 2000 |
Actualização
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Cecília Matias 2009 |
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