Igreja de Santa Cruz e Hospital da Irmandade de Santa Cruz

IPA.00008753
Portugal, Braga, Braga, União das freguesias de Braga (São José de São Lázaro e São João do Souto)
 
Arquitectura religiosa, maneirista, barroca. Igreja e hospital.
Número IPA Antigo: PT010303410113
 
Registo visualizado 1730 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Edifício de Confraria / Irmandade  Edifício, igreja e hospital  

Descrição

Fachada principal composta por dois registos ritmados por quatro colunas estriadas, no primeiro registo e pilastras no segundo. A arquitrave que separa os registos apresenta os treze instrumentos da Paixão de Cristo. Remate em frontão recortado, com aletas, coroado pela imagem da Santa Cruz, ladeada por outras esculturas. INTERIOR, com capelas laterais dedicadas ao Senhor dos Passos, Santa Cruz, Nossa Senhora das Dores, Senhor da Cana Verde, a Adoração no Horto, Cristo preso à coluna, Ecce-Homo, São Pedro e Santana. Entre os retábulos encontram-se bustos dos apóstolos. Salão nobre do museu, com cobertura interior em tecto de maceira de madeira policromada. Presépio representando a "Sagrada Família" no centro, a "Adoração dos Pastores" e o "Cortejo dos Reis Magos", com inscrição, permitindo conhecer o encomendante e a data de execução.

Acessos

Largo de Santa Cruz; Largo Carlos Amarante; Rua Anjo

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, no centro histórico de Braga. Na proximidade a Capela dos Coimbras (v. PT010303410006), a fonte sescentista do Largo Carlos Amarante (v. PT010303410053) e o Hospital de São Marcos (v. PT010303410018). Possui anexo o complexo social da Irmandade de Santa Cruz, ocupando quase todo um quarteirão no centro da cidade, englobando Lar de Idosos, Centro de Dia e Infantário.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Religiosa: edifício de confraria / irmandade

Utilização Actual

Religiosa: igreja / Assistencial: lar / Educativa: infantário / Cultural e recreativa: museu

Propriedade

Privada: Igreja Católica

Afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Arquitecto: Geraldo Geraldes, Carlos António Leone; Carpinteiro: Jerónimo Dias; Desenhadores: Geraldo Álvares, João Dias Leite, Pedro de Coimbra; Francisco Machado (retábulos das capelas laterais); Engenheiro: Manuel Pinto Vilalobos; Entalhador: Damião da Costa Figueiredo; Escultor: Vieira (bustos dos apóstolos); Organeiros: Francisco António Solha, Simão Fernandes Coutinho; Pedreiro: Francisco Vaz, Domingos Barbosa, João da Costa, António Ferreira, Manuel Ribeiro; Pintor: Gonçalo Coelho, Jerónimo de Azevedo.

Cronologia

1581 - O Arcebispo D. Diogo de Sousa manda construir, na Rua de São Marcos, a Igreja da Cruz de São Marcos, sendo instituída a Irmandade de Santa Cruz de Jerusalém; 1597 - contrato com o padre Geraldo Álvares para executar um presépio; 1634, 14 Outubro - contrato com o pintor Gonçalo Coelho para executar o retábulo-mor, segundo risco do padre Geraldo Álvares; 1638 - obra de carpintaria feita por Jerónimo Dias; 1644 - nos estatutos da irmandade menciona-se que os construtores da igreja foram o padre Geraldo Álvares, o pedreiro Francisco Vaz, o licenciado João Dias Leite, abade de Giela e o reverendo Dr. Pedro de Coimbra; 1652 - Gonçalo Coelho doura e estofa o retábulo-mor; a morte de Gonçalo Coelho deixa-o inacabado, sendo terminado pelo seu discípulo Jerónimo de Azevedo; 1653 - conclusão da construção da igreja, pelo mestre pedreiro Francisco Vaz, em terrenos comprados pela Irmandade e benzidos pelo Arcebispo D. Fernando Furtado; 1684 - execução da tribuna pelo entalhador Damião da Costa Figueiredo; 1685 - execução de uma escadaria de pedra para a casa da mesa da irmandade, pelo pedreiro Manuel Ribeiro; 1691 - obra das sepulturas do corpo da igreja, pelo mestre pedreiro Domingos Barbosa; 1692, Janeiro - colocação do lajedo da sacristia pelo mestre pedreiro Domingos Barbosa; Maio - Domingos Barbosa ainda trabalhava na igreja; 1694 - conclusão das torres sineiras; séc. 18 - a capela onde estava instalada a Irmandade é demolida para dar lugar ao Hospital de São Marcos; primeira metade - execução dos retábulos laterais pelo entalhador Francisco Machado; 1732 - reformulação da fachada principal segundo projecto do engenheiro Manuel Pinto Vilalobos; 1735, 5 Outubro - projecto de alteração da fachada feito pelo arquitecto florentino Carlos António Leone, pela quantia de 24$000; 1742 / 1750 - execução de um órgão por Francisco António Solha; 1754, 25 Abril - execução de uma nova capela-mor pelos mestres pedreiros João da Costa e António Ferreira; 1760, 8 Dezembro - contrato de reforma do órgão por Simão Fernandes Coutinho, pela quantia de 225$000; 1769 - união da Confraria de Santana e da Irmandade do Bom Jesus dos Passos, com a Irmandade de Santa Cruz; 1819 - execução do presépio em Aveiro, encomendado pelo beneficiado Manuel José da Costa Murta; 1822 - D. João VI toma a Irmandade sob a sua protecção, passando a chamar-se Real Irmandade de Santa Cruz; 1876, Outubro - a Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição passa a apoiar e ajudar na actividade do hospital; 2000 - restauro da igreja, tendo as obras custado cerca de 250 mil euros.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Bibliografia

VALENÇA, Manuel, A Arte Organística em Portugal, vol. II, Braga, 1990; OLIVEIRA, Eduardo Pires de, O edifício do Convento do Salvador - De mosteiro de freiras ao Lar Conde de Agrolongo, Braga, 1994; Igreja de Santa Cruz - Sacristia, talhas e pinturas precisam de ser recuperadas, in Diário do Minho, 2 de Novembro de 2002, p. 24; ENCARNAÇÃO, Marta, Igreja de Santa Cruz - Da fundação da Irmandade à construção do templo, in Diário do Minho, 28 de Novembro de 2002, p. 22.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Irmandade de Santa Cruz: 1760 - Conserto do órgão; 1883 / 1884 / 1885 / 1886 - restauro das pinturas e da talha; 1893 - arranjo da fachada principal da igreja; 1998 - obras de conservação; 2000 - obras de restauro das fachadas da igreja, colocação de uma sistema anti-pombos, revisão geral das coberturas, arranjo de sanitários, revestimento de azulejos nas áreas de acesso ao coro-alto e às torres, substituição do sistema de iluminação e desmontagem e restauro do órgão, e colocação ao centro do coro alto, colocação de um cadeiral e substituição do soalho do coro.

Observações

Autor e Data

Joaquim Gonçalves 2002

Actualização

 
 
 
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