Casa da Tojeira
| IPA.00008748 |
| Portugal, Braga, Cabeceiras de Basto, Faia |
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| Quinta vitivinícola com casa de planta em U, ao qual se adossam um corpo rectangular lateralmente e um em madeira na fachada posterior. Fachadas rebocadas e pintadas de brano, contrastando com o granito do embasamento, cunhais, frisos, cornijas e molduras dos vãos. Fachada principal marcada pelos braços do U, com corpo central percorrido por varanda alpendrada, suportada por colunelos, com acesso por dupla escadaria central, com arco de passagem e arranques volutados. A fachada principal assemelha-se à de outros solares do Minho, nomeadamente à da Casa da Naia, em Braga (v. PT010303240029), e à da Casa do Prado, em Celorico de Basto (v. PT010305040012). Conserva, junto à escada, um brasão neoclássico. Interior com primeiro piso correspondendo originalmente a lojas, adega e tulhas e segundo piso com zona reservada à habitação com salões cobertos por tectos de masseira de madeira. A fachada posterior, antiga fachada principal, apresenta sequência de janelas de sacada, como se fosse uma fachada urbana, antigamente virada a caminho de passagem. No interior destacam-se as salas, com tectos em masseira, que conservam os candeeiros de iluminação a gás. A cozinha rústica ainda apresenta estruturas setecentistas como sejam os fornos, a chaminé e os armários embutidos. Dos compartimentos de apoio às actividades agrícolas mantém-se a tulha com três contentores de cereal. São de referir, por último, os trabalhos de Raúl Lino, existentes na capela. |
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| Número IPA Antigo: PT010304080047 |
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| Registo visualizado 280 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Quinta
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Descrição
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| Quinta com solar precedido por grande relvado, cortado ao meio por alameda delimitada por buxo, de acesso ao portal exterior da propriedade, com outro caminho secundário na lateral E., coberto por latada de vinha. Separado do solar, a O., em quota mais baixa, encontra-se a casa com piscina coberta. Lateralmente, a O. e posteriormente, a N., em relação ao solar, encontram-se os campos de vinha. No extremo NO. localizam-se os edifícios das adegas. SOLAR de planta em U, composta por três corpos articulados, aos quais se adossa lateralmente a O. um corpo rectangular e posteriormente um outro corpo rectangular de madeira. Dominante horizontal com com coberturas diferenciadas em telhados de três e quatro águas. Fachadas de dois registos, rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento, friso de pedra a separar os registos, cunhais apilastrados, rasgadas por vãos em arco abatido, excepto os da lateral O., que são em verga recta. Remates em cornija sob beiral. Fachada principal voltada a S., enquadrada pelos dois braços do U, rasgados lateralmente por portas rectangulares e par de janelas em arco abatido, com avental recto e remates em cornija. Topos dos braços com janelas jacentes com moldura ligada ao avental da janelas que as encimam, idênticas às dos panos laterais. Pano do corpo central percorrido por varanda alpendrada, com arcaria abatida suportada por seis colunelos, com balaustrada de granito. Ao centro destaca-se escadaria de granito com pequenos lanços paralelos de acesso a patamar de onde partem dois lanços rectos e convergentes protegidos por guarda plena rebocada, com arranques volutados e corrimão de granito. No patamar do lado direito encontra-se pedra de armas de granito, com elmo e paquife. No pano frontal da escadaria abre-se arco abatido entre pilastras. Panos do primeiro registo, sobre os patamares rasgados por janelas jacentes. Interior da varanda com cobertura em abóbada de madeira, com quatro portas rematadas por cornija, duas frontalmente e duas lateralmente confrontantes. Fachada lateral E., rasgada por cinco módulos de janela de peito gradeada encimada por janela de sacada, com varanda suportada por modilhões com guarda de ferro, e remate em conija. Fachada lateral O. com corpo adossado integralmente revestido a heras, precedido por dois pequenos pátios murados separados por escadaria de granito, de lanço recto, com corrimão de ferro, de acesso ao segundo piso. Fachada posterior a N. com oito módulos de vãos, seis deles iguais aos da fachada lateral E. e dois em que a janela do primeiro registo é substituída por porta, junto aos extremos. Corpo de madeira, usado para arrumos, com escadaria voltada a N.. INTERIOR tendo, no primeiro piso, na ala O., lagar e adega, gabinete e casas de banho, na ala E., tulha, bar, capela e casas de banho, e, do lado N., grande salão e cozinha, sendo o acesso aos diversos compartimentos pelo exterior ou através do arco de passagem da escadaria. As coberturas são em madeira, com o travejamento à vista, os pavimentos em laje de granito e as paredes em alvenaria de xisto. A capela, recente, apresenta paredes em blocos irregulares, de xisto, ligados por argamassa, decoradas por painéis de azulejos policromos, pavimento lajeado e tecto de madeira. No segundo piso distribuem-se, nas alas E. e O., seis quartos com acesso por corredor, e, transversalmente, três salas com tectos de masseira sobre mísulas, em madeira, ligadas entre si e comunicando com cozinha rústica e outros comodos privativos dos proprietários, situados a O. A cozinha apresenta grande chaminé, com o travejamento estrutural à vista, lareira e dois fornos do lado esquerdo. As paredes em granito são abertas por cantareiras. |
Acessos
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| Lugar da Tojeira; EN 206, ao Km. 76.5 |
Protecção
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| Em estudo |
Enquadramento
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| Rural, isolado, fronteirao à EN no troço que liga Gandarela a Arco de Baúlhe. A quinta é vedada por muros e sebe e delimitada lateralmente, a E., por tapada. No meio desta encontra-se cemitério. Do mesmo lado, junto à estrada encontra-se antigo sequeiro, transformado em loja da quinta, precedido por eira. Do lado direito parque de estacionamento privativo da quinta. Acesso principal à propriedade, a S., por portal simples que liga a caminho em eixo em relação à casa, enquadrado por pilares de faces emolduradas, coroados por pináculos. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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| Residencial: quinta |
Utilização Actual
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| Residencial: quinta / Comercial e turística: casa de turismo de habitação |
Propriedade
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| Privada: sociedade |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 17 / 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| ARQUITECTO: Noé Silva Dinis (1979); PINTOR: Raúl Lino (azulejos da capela). |
Cronologia
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| Séc. 17 / 18 - Edificação do solar; séc. 19, início - é Senhor da Casa da Tojeira João Pereira de Castro Leite de Barros Velho do Amaral; com a construção da nova estrada a S. a fachada principal que se localizava a N., é transferida e reconstruída no lado S.; 1841 - morre João Pereira de Castro Leite de Barros Velho do Amaral; séc. 20 - o tenente Bernardo Pereira de Castro oferece a quinta a Mário Bernardes Magalhães de Sousa; 1979 - início do restauro e melhoramento do solar, segundo projecto do Arquitecto Noé Silva Dias e abertura a turismo de habitação. |
Dados Técnicos
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| Paredes autoportantes. |
Materiais
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| Estrutura, embasamento, cunhais, escadaria, colunelos da varanda alpendrada, molduras dos vão, pavimentos do primeiro piso e da cozinha, e lagares, em granito; corpo da fachada posterior, portas, janelas, pavimentos do segundo piso, e tectos, em madeira; corrimão da escada da fachada lateral O., grades e guardas das sacadas das janelas, em ferro; cobertura exterior em telha de aba e canudo. |
Bibliografia
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| STOOP, Anne, Palácios e Casas Senhoriais do Minho, Porto, 1993; Associação de Turismo de Habitação, Solares de Portugal, Ponte de Lima, 1996; Vv.Aa., Cabeceiras das Terras de Basto..., Paços de Ferreira, 1998, p. 62; LOPES, Humberto, Casa da Tojeira, um cenário de vinhas e serranias, in Casas de Portugal, 26, 2001, pp. 8 - 12. |
Documentação Gráfica
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| DGEMN: DSID |
Documentação Fotográfica
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| DGEMN: DSID |
Documentação Administrativa
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| Arquivo particular da Casa da Tojeira |
Intervenção Realizada
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| Proprietário: 1979 - restauro e melhoramento da casa; 1983 - restauro de várias dependências; 1999 - reconstrução de edifício de apoio à casa; 2000 - recuperação e adaptação do 1º piso. |
Observações
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Autor e Data
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| António Dinis 2001 |
Actualização
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