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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal constituída por dupla nave e capela-mor, a que se adossam a sacristia, ao lado O. da capela-mor, e a torre sineira, à esquerda da fachada principal; corpo da nave lateral encaixado entre a sacristia e a torre; coberturas diferenciadas em telhados de 2 águas, porlongando-se em aba corrida nas naves; cobertura em coruchéu piramidal na torre. Alçados com aparelho de silhares de granito, mais regulares na capela-mor, dando lugar na torre a claros rebocados e pintados. Fachada principal orientada a S., cimalha de cornija na empena, cujo braço esquerdo levanta-se a meio numa linha horizontal ligando à torre, e cruz sobre o vértice. Portal único, rectangular e moldurado, com remate em friso e cornija, encimado por janela do coro do mesmo tipo mas com remate em cornija. A ladear o portal, a E., um cruzeiro apresentando terminações trevadas e radiação solar entre os braços. Torre sineira de registo único; pilastras nos cunhais e cimalha de friso e cornija; uma ventana em cada face, de pilastras e arco pleno, sobrepondo-se a friso de cantaria; alta fresta moldurada na face da fachada principal; gárgulas cilíndricas simples nos ângulos, cunhais encimados por pináculos e cobertura piramidal coroada por cruz. Alçado lateral E. com cimalhas de cornija e, no cunhal posterior da capela-mor, pilastra coroada por pináculo; lê-se na face da pilastra a seguinte inscrição: ESTA CAP[E]LA / A MANDO/ARAM FAZ/ER AO MEST/RE THOMA/S. F[E]R[NANDE]Z ANN/0 DE 1726; vãos moldurados em porta travessa colocada a meio da nave, de friso e cornija, ladeada por pares de frestas de esbarro, colocadas acima da linha média; na capela-mor abre-se outro par de frestas do mesmo tipo. Alçado posterior orientado a N. com cunhais de pilastras coroados por pináculos, empena de cornija enrolando nas extremidades e cruz sobre o vértice; do lado O. tem corpo de dois pavimentos da sacristia com porta e janela no primeiro e larga janela no segundo. Alçado O. com o corpo da sacristia a que se adossa escada de disposição longitudinal, plano em avançamento da ampliação da nave, com dois níveis de vãos rasgados na horizontal, a que se segue a torre sineira. INTERIOR: coro-alto de laje e guarda de madeira. Arco com pilastras do antigo baptistério sob a torre. Pavimento de tijoleira. Tecto de vigas e placas de betão suportadas, na passagem para a ampliação lateral da nave, com dois pilares de cantaria; naquele espaço de ampliação tem um conjunto de bancadas de madeira em degraus ascendentes. Arco triunfal de pilastras com as arestas boleadas; retábulos colaterais de talha dourada, com colunas salomónicas e pilastras misuladas integrados no envolvimento do arco que reúne talhas diversas. Pavimento da capela-mor e do último terço da nave de lajes de granito desenvolvendo-se em escada e patamar alto. A parede do topo mostra um arco rasgado com as arestas boleadas no qual foi aplicado o sacrário e acima deste uma placa de pedra com Cristo crucificado. |
Acessos
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EN 328-1 (Sever do Vouga - Rocas do Vouga), km 5,500 em Rocas do Vouga |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado, no interior de adro murado, implanta-se no centro da sede da freguesia; limita a O. com o cemitério paroquial, a E. com o principal largo do lugar e a N. e S. com habitações. No topo N. do largo situam-se a antiga casa da Câmara / actual Junta da Freguesia (v. PT020117020033 ), o Pelourinho (v. PT020117020001 ) e o Cruzeiro da Praça (v. PT020117020041 ). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese de Aveiro) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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MESTRE DE OBRAS: Tomás Fernandes (1726). |
Cronologia
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Séc. 17 - construção da nave; 1715 - a capela-mor ruiu; 1726 - ampliação com deslocação do arco triunfal e construção de uma nova capela-mor pelo mestre Tomás Fernandes de acordo com inscrição gravada numa das pilastras dos cunhais; séc. 18 - construção da torre sineira; 1854 - construção do altar-mor que foi retirado na última obra de reforma; 1877 - construção de um corpo lateral já demolido que estava adossado à esquerda, com escadaria exterior de acesso ao coro. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista. |
Materiais
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Pedra: granito; cerâmica: telha cerâmica, azulejo industrial; vidro: simples; madeira. |
Bibliografia
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GONÇALVES, A. N., Inventário Artístico de Portugal, Distrito de Aveiro, Zona Nordeste, Lisboa, 1991, p. 138-139; RAMOS, F. S., Sever do Vouga - Uma Viagem no Tempo, Sever do Vouga, 1998, p. 276-277; Público nº 3023 (Dezembro), Suplemento sobre Aveiro, 1998; TAVARES, António Henriques, Arte Sacra: legados de Sever do Vouga, Sever do Vouga, 2001. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1986, depois de - deslocação da torre sineira do lado direito da fachada para o lado esquerdo e ampliação com nova nave, também do lado esquerdo, ligada à primitiva por viga a todo o comprimento suportada por dois pilares nos extremos tendo ainda sido retirado o retábulo do altar-mor. |
Observações
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Autor e Data
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Paulo Dordio 2001 |
Actualização
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