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Edifício e estrutura Edifício Cultural e recreativo Praça de touros
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Descrição
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Planta composta por vasto polígono multifacetado, centrado por arena circular, a que se adossam corpos rectangulares, a O. e a N.. Volumes escalonados, com cobertura diferenciada em telhados polifacetados, de 2 e 1 gua. A fachada principal, virada a NO. / SO., para a via de circulação, é composta por 7 das faces do corpo da praça, rematadas por merlões recortados de perfil neoárabe, sendo a central vazada por porta monumental de vão rectangular encimado por alfiz com arco em ferradura inscrito, forrado a azulejos neo- rabes centrando uma cabeça de touro e a inscrição "Praça de Touros 1919"; nos panos laterais painéis de azulejos, com cenas de toureio, datados de Maio de 1919, feitos na Fábrica de Sacavém; adossados ao corpo poligonal, dos lados das faces centrais, 2 corpos mais baixos, de faces rectilíneas também rematadas de merlões neo-árabes, abertas para um terraço separado da rua por murete revestido de azulejos geométricos neo-árabes, vazados por portas menores de perfil e decoração idênticos à porta principal, dando acesso aos curros (a N.), aos camarotes e bancadas e ao Sector Sombra 1 (a S.). Nas faces viradas a S. e a E. rasgam-se as portas de acesso ao Sector Sombra 2, ao Sector Sombra / Sol 3 e aos Sectores Sol 4 e 5; o piso superior da fachada E. est parcialmente coberto por uma arcada em ferradura, que protege o acesso às bancadas do Sector Sol e à Galeria Sombra 6, sobre o touril. INTERIOR: em redor da trincheira, dispõem-se as bancadas escalonadas, divididas por vedações em ferro, e intercaladas pela plataforma para os músicos, a S., pela plataforma menor reservada ao director da corrida, do lado O.; sobre as bancadas as galerias e os camarotes cobertos por telhado. A NO. situam-se os curros, abertos para a trincheira por 3 arcos, o central de vão maior em arco abatido. Do lado oposto da trincheira o pátio das quadrilhas em comunicação com as cavalariças. Sob as bancadas situam-se as zonas de serviço - enfermaria, bar, sanitários, escritórios. |
Acessos
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R. Direita de São Pedro, Tv. António Severiano Seixas. WGS84: 39º21'44.36''N.; 8º28'41.63''O. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, planície, isolado. Implantado do lado N. da povoação, não muito distante do curso do rio Tejo, rodeado por zona cuidada e ajardinada, deita a sua fachada principal para a via de circulação que cruza a povoação, próximo da saída para a Golegã. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Cultural e recreativa: praça de touros |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: praça de touros |
Propriedade
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Privada: Misericórdia |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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AZULEJOS: Fábrica de Sacavém |
Cronologia
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1917 - início da construção da praça, nos arneiros do Casal da Feia, entre a estrada real e o rio Tejo, no local de uma antiga praça de touros, por iniciativa de Alberto Frederico Empis, pelo valor de 32.000$00, conseguido por subscrição pública, com o apoio financeiro dos ganadeiros locais e a mão de obra gratuita de muitos pedreiros; 1919, 3 de Agosto de - inauguração da praça com uma corrida em que participaram os cavaleiros Roberto de Vasconcelos, Alexandre de Mascarenhas e Francisco Barreiros, os bandarilheiros Eduardo Perestrelo, Carlos de Mascarenhas, Francisco de Oliveira, Gama Lobo, Pedro de Bragança, João de Mascarenhas e Rafael Gonçalves e os forcados António Abreu, António Serra e Moura, Arnaldo de Araújo, Benjamim Jardim, José Maria Antunes, Hilário Barreiros e José Maria de Mendonça Pedroso; são desta data os painéis de azulejos com representações de cenas tauromáquicas; 1922, 13 de Janeiro - a praça é oferecida à Santa Casa da Misericórdia; 1998 - construção da galeria do lado oriental; 2018, fevereiro - encontrados problemas estruturais no edifício. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista |
Materiais
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Estrutura em alvenaria de pedra e tijolo, rebocada e caiada; colunas de suporte e gradis em ferro; portas em madeira; telha cerâmica; bancadas em pedra e madeira. |
Bibliografia
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GUIMARAENS, Manuel Carvão, A Misericórdia da Chamusca - 1621-1950, 3 vols., exemplares dactilografados, Chamusca, Santa Casa da Misricórdia, s.l., s.d.; OLIVEIRA, J. Nunes, Praças de touros em Portugal, s.l, 1997. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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As praças de touros, consoante as condições de comodidade, lotação de espectadores, número de espectáculos taurinos realizados na praça, tipo de construção arquitectónicae até mesmo a tradição tauromáquica da localidade , dividem-se em praças de 1ª, 2ª e 3ª categoria. A praça da Chamusca, segundo o site www.festabrava.hpg.ig.com.br , é classificada de 3ª categoria. A praça tem uma lotação máxima de 3500 espectadores. |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 2000 |
Actualização
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