Praça de Touros da Chamusca

IPA.00008556
Portugal, Santarém, Chamusca, União das freguesias da Chamusca e Pinheiro Grande
 
Arquitectura recreativa, revivalista. Praça de touros com lotação para 3.500 espectadores, de planta poligonal, multifacetada, antecedida por corpo avançado.
Número IPA Antigo: PT031407010003
 
Registo visualizado 57 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Cultural e recreativo  Praça de touros    

Descrição

Planta composta por vasto polígono multifacetado, centrado por arena circular, a que se adossam corpos rectangulares, a O. e a N.. Volumes escalonados, com cobertura diferenciada em telhados polifacetados, de 2 e 1 gua. A fachada principal, virada a NO. / SO., para a via de circulação, é composta por 7 das faces do corpo da praça, rematadas por merlões recortados de perfil neoárabe, sendo a central vazada por porta monumental de vão rectangular encimado por alfiz com arco em ferradura inscrito, forrado a azulejos neo- rabes centrando uma cabeça de touro e a inscrição "Praça de Touros 1919"; nos panos laterais painéis de azulejos, com cenas de toureio, datados de Maio de 1919, feitos na Fábrica de Sacavém; adossados ao corpo poligonal, dos lados das faces centrais, 2 corpos mais baixos, de faces rectilíneas também rematadas de merlões neo-árabes, abertas para um terraço separado da rua por murete revestido de azulejos geométricos neo-árabes, vazados por portas menores de perfil e decoração idênticos à porta principal, dando acesso aos curros (a N.), aos camarotes e bancadas e ao Sector Sombra 1 (a S.). Nas faces viradas a S. e a E. rasgam-se as portas de acesso ao Sector Sombra 2, ao Sector Sombra / Sol 3 e aos Sectores Sol 4 e 5; o piso superior da fachada E. est parcialmente coberto por uma arcada em ferradura, que protege o acesso às bancadas do Sector Sol e à Galeria Sombra 6, sobre o touril. INTERIOR: em redor da trincheira, dispõem-se as bancadas escalonadas, divididas por vedações em ferro, e intercaladas pela plataforma para os músicos, a S., pela plataforma menor reservada ao director da corrida, do lado O.; sobre as bancadas as galerias e os camarotes cobertos por telhado. A NO. situam-se os curros, abertos para a trincheira por 3 arcos, o central de vão maior em arco abatido. Do lado oposto da trincheira o pátio das quadrilhas em comunicação com as cavalariças. Sob as bancadas situam-se as zonas de serviço - enfermaria, bar, sanitários, escritórios.

Acessos

R. Direita de São Pedro, Tv. António Severiano Seixas. WGS84: 39º21'44.36''N.; 8º28'41.63''O.

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, planície, isolado. Implantado do lado N. da povoação, não muito distante do curso do rio Tejo, rodeado por zona cuidada e ajardinada, deita a sua fachada principal para a via de circulação que cruza a povoação, próximo da saída para a Golegã.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Cultural e recreativa: praça de touros

Utilização Actual

Cultural e recreativa: praça de touros

Propriedade

Privada: Misericórdia

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

AZULEJOS: Fábrica de Sacavém

Cronologia

1917 - início da construção da praça, nos arneiros do Casal da Feia, entre a estrada real e o rio Tejo, no local de uma antiga praça de touros, por iniciativa de Alberto Frederico Empis, pelo valor de 32.000$00, conseguido por subscrição pública, com o apoio financeiro dos ganadeiros locais e a mão de obra gratuita de muitos pedreiros; 1919, 3 de Agosto de - inauguração da praça com uma corrida em que participaram os cavaleiros Roberto de Vasconcelos, Alexandre de Mascarenhas e Francisco Barreiros, os bandarilheiros Eduardo Perestrelo, Carlos de Mascarenhas, Francisco de Oliveira, Gama Lobo, Pedro de Bragança, João de Mascarenhas e Rafael Gonçalves e os forcados António Abreu, António Serra e Moura, Arnaldo de Araújo, Benjamim Jardim, José Maria Antunes, Hilário Barreiros e José Maria de Mendonça Pedroso; são desta data os painéis de azulejos com representações de cenas tauromáquicas; 1922, 13 de Janeiro - a praça é oferecida à Santa Casa da Misericórdia; 1998 - construção da galeria do lado oriental; 2018, fevereiro - encontrados problemas estruturais no edifício.

Dados Técnicos

Estrutura mista

Materiais

Estrutura em alvenaria de pedra e tijolo, rebocada e caiada; colunas de suporte e gradis em ferro; portas em madeira; telha cerâmica; bancadas em pedra e madeira.

Bibliografia

GUIMARAENS, Manuel Carvão, A Misericórdia da Chamusca - 1621-1950, 3 vols., exemplares dactilografados, Chamusca, Santa Casa da Misricórdia, s.l., s.d.; OLIVEIRA, J. Nunes, Praças de touros em Portugal, s.l, 1997.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

As praças de touros, consoante as condições de comodidade, lotação de espectadores, número de espectáculos taurinos realizados na praça, tipo de construção arquitectónicae até mesmo a tradição tauromáquica da localidade , dividem-se em praças de 1ª, 2ª e 3ª categoria. A praça da Chamusca, segundo o site www.festabrava.hpg.ig.com.br , é classificada de 3ª categoria. A praça tem uma lotação máxima de 3500 espectadores.

Autor e Data

Isabel Mendonça 2000

Actualização

 
 
 
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