Torre de Cambra

IPA.00008491
Portugal, Viseu, Vouzela, União das freguesias de Cambra e Carvalhal de Vermilhas
 
Arquitectura militar, medieval. Torre de planta quadrada, com muros robustos e matacães, com poucas fenestrações e entrada única, de arco quebrado, acima do solo, servida por escadaria de madeira que se retiraria em caso de ataque. Vestígios de três pisos assoalhados. Torre localizada em vale fértil, junto a um curso de água. O portal de acesso encontra-se descentrado, sendo visíveis várias mísulas de sustentação, as do interior indiciando a existência de três andares e provável cobertura de quatro águas. Mantém vários orifícios na envolvente para postes de madeira que sustentavam primitivos anexos.
Número IPA Antigo: PT021824020018
 
Registo visualizado 184 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Atalaia    

Descrição

Planta quadrangular, com coincidência entre o exterior e o interior, de massas simples e disposição verticalista, sem cobertura. Fachadas em alvenaria aparente. Fachada principal voltada a SO., com portal em plano superior ao solo, de arco quebrado, e descentrado. No muro, duas mísulas. Fachada NO. cega, ostentando várias mísulas, sendo a NE. rasgada por janelão rectangular, em plano superior. No topo, estrutura de apoio a matacães. Fachada SE. cega. INTERIOR ostenta, à mesma cota, entalhes nos muros, para sustentação das traves de sustentação de dois pisos assoalhados, já desaparecidos.

Acessos

IP5, ao Km 61,8, para Cambra; pelos caminhos municipais 1290 e 1291, a 2,2 Km, com placas indicadoras

Protecção

Em vias de classificação

Enquadramento

Rural, em vale, entre os rios Alfusqueiro e Couto, isolado e destacado, em espaço ligeiramente sobrelevado, actualmente adaptado a parque de merendas, nas imediações de pequena capela e pequeno coreto hexagonal, construído em betão. Existência de algumas mísulas. No exterior, sobre afloramento granítico, onde existem vários buracos, onde outrora se colocaram postes em madeira, para anexos habitacionais, numa pequena elevação de terreno circundada por árvores, junto a um coreto e a uma pequena capela dedicada ao Divino Espírito Santo.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: atalaia

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: municipal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 13 / 14 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1058 - Viseu foi reconquistado aos mouros por Fernando Magno e foi criada a Terra de Lafões, cujo centro militar e político se localizava no Monte da Senhora do Castelo, nas imediações de Vouzela; 1258 - as Inquirições de D. Afonso III dão conta de um povoamento lafonense constituído por uma rede de aldeias e quintas distribuidas de forma homogénea; séc. 13 / 14 - construção do imóvel, com características defensivas; séc. 14 / 15 - na área de Lafões, algumas localidades possuiam torres senhoriais e atalaias, sendo que a de Cambra era pertença dos cavaleiros-fidalgos de Cambar; séc. 16 / 17 / 18 - a torre pertenceu aos senhores de juro e herdade de Trofa; 2020, 12 outubro - publicação da abertura do procedimento de classificação da Torre de Cambra em Anúncio n.º 245/2020, DR, 2.ª série, n.º 198.

Dados Técnicos

Estrutura autónoma.

Materiais

Granito.

Bibliografia

Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. 5, Lisboa / Rio de Janeiro, s.d.; ALMEIDA, General João de, Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, Lisboa, 1945; MARQUES, Jorge Adolfo de Meneses, Carta Arqueológica do Concelho de Vouzela, Vouzela, 1999; Catálogo da Exposição Património Arqueológico do Concelho de Vouzela, Vouzela, 1999.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DREMC

Documentação Administrativa

CMVouzela

Intervenção Realizada

CMVouzela: 1997 - escavações arqueológicas *1.

Observações

*1 - foram encontradas grandes quantidades de fragmentos de cerâmica para uso quotidiano (panelas, potes e bilhas de vários tamanhos e formatos), telhas de meia-cana, tijolos e alguns fragmentos de azulejos hispano-árabes, depositado no Museu Municipal.

Autor e Data

João Carvalho 2001

Actualização

 
 
 
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