Pelourinho de Belmonte

IPA.00000837
Portugal, Castelo Branco, Belmonte, União das freguesias de Belmonte e Colmeal da Torre
 
Pelourinho resultante de uma reconstrução do séc. 20, sem remate, pelo que não pode ser alvo de classificação tipológica, com soco octogonal de três degraus e fuste cilíndrico, de base quadrangular chanfrada nos ângulos. Integra escudo com as armas concelhias e encimado por coroa real. Base quadrangular chanfrada nos ângulos, decorados com esferas.
Número IPA Antigo: PT020501010004
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Judicial  Pelourinho  Jurisdição régia  Sem remate

Descrição

Estrutura em cantaria de granito, composta por soco de três degraus octogonais, sustenta uma coluna de fuste cilíndrico, composto por cinco tambores, e com base quadrangular chanfrada nos ângulos decorados com esferas. Desprovido de capitel, o tambor superior, de maior diâmetro, serve de remate. Integra escudo com as armas concelhias *1, em forma de prensa enquadrado por moldura rectangular e encimado pela inscrição "TVD : PAS" *2.

Acessos

Largo Primeiro de Maio. VWGS84 (graus decimais) lat.: 40,358684, long.: -7,349663

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG n.º 231 de 11 outubro 1933

Enquadramento

Urbano, destacado em pavimento de pendente pouco acentuada. Isolado na zona central de um espaço urbano de planta trapezoidal, delimitado por edifícios de dois pisos, alguns muito descaracterizados; destaca-se entre os que conservam a estrutura primitiva, a Antiga Casa da Câmara (v. PT020501010022).

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Judicial: pelourinho

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Autarquia Local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933

Época Construção

Séc. 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Época romana - estruturação do povoado, talvez integrando pré-existências castrejas; 1199 - concessão da carta de foral por D. Sancho I e hipotética reedificação do castelo; séc. 13 - confirmação do foral por D. Dinis e possível reedificação do castelo; 1510 - concessão de carta foral por D. Manuel e campanha de obras no castelo; 1758, 06 Maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas pelo pároco Luís José Esteves de Brito, é referido que a povoação é do rei e tem juizes ordinários e Câmara autónoma; 1762 - vila da correição de Castelo Branco; 1811 - anexada judicialmente a Sortelha; 1833, 28 Junho - Belmonte passa a comarca da Guarda; 1885 - destruição do pelourinho no âmbito da regularização do largo; apresentava soco de quatro degraus, coluna octogonal e escudo *3; indícios dos materiais terem sido parcialmente reaproveitados na torre do relógio e em construções particulares; 1975 - encontraram-se as pedras do primitivo pelourinho em frente à antiga Câmara, na Praça da República; 1986 - reconstituição do pelourinho com reutilização das peças originais *4.

Dados Técnicos

Sistema estrutural autónomo.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito.

Bibliografia

AZEVEDO, Correia de, Terras com Foral ou Pelourinhos das Províncias do Minho, Trás-Os-Montes e Beiras, Porto, 1967; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos Demolidos, Lisboa, 1935; CARDOSO, Nuno Catarino, Pelourinhos das Beiras, Lisboa, 1936; CHAVES, Luís, E o Pelourinho de Belmonte, in Beira Baixa, n.º 1623, Castelo Branco, 1968; DIAS, Jaime Lopes, Pelourinhos e Forcas do Distrito de Castelo Branco, Vila Nova de Famalicão, 1935; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; MARQUES, Manuel, Concelho de Belmonte - Memória e História, Belmonte, 2001; SOUSA, Júlio Rocha e, Pelourinhos do Distrito de Castelo Branco, Viseu, 2000; TAVARES, Joaquim Cardoso e MARQUES, Manuel, Subsídios para uma Monografia da Vila de Belmonte, Belmonte, s.d.; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/74264 [consultado em 26 setembro 2016].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID; DGARQ/TT: Memórias Paroquiais (vol. 6, n.º 85, fl. 613-620)

Intervenção Realizada

Nada a assinalar.

Observações

*1 - este brasão era utilizado pelos Cabrais; *2 - significará Tudela Passus e liga-se a uma lenda, segundo a qual o Senhor de Belmonte preferiu assistir ao esmagamento do filho numa prensa a entregar o castelo ao inimigo; *3 - o primitivo pelourinho era do tipo gaiola, muito semelhante ao de Trancoso (v. PT020913170001). *4 - informação prestada pelo Arqueólogo António Marques da Câmara Municipal de Belmonte; Luís Chaves (1968) colocou a hipótese dos fragmentos subsistentes não terem pertencido ao pelourinho; persiste a refência do sítio da Forca.

Autor e Data

Margarida Conceição 1993 / Paula Figueiredo 2002

Actualização

 
 
 
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