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Edifício e estrutura Edifício Militar Forte
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Descrição
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Planta retangular simples sem cobertura na sua quase totalidade, excepto no compartimento SO., onde é de cimento. Fachadas em alvenaria de pedra, com cunhais de perpianhos e a restante estrutura muito destruída. Na fachada poente rasgam-se três vãos, de antigos portais, um deles conservando apenas um troço da moldura inferior, na virada a nascente, portal central de verga reta com a data "1793" inscrita, na fachada sul, vestígios de dois vãos, uma porta e uma janela, e na fachada norte, uma janela. INTERIOR com as paredes em alvenaria de pedra, conservando reboco em algumas zonas, dividindo-se em três divisões, sendo as duas laterais subdivididas e ligadas internamente; pavimento calcetado a calhau rolado da região. |
Acessos
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Porto da Cruz, Sítio das Casas Próximas |
Protecção
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Enquadramento
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Peri-urbano, isolado, no cimo duma iminência rochosa de forma piramidal truncada, de altitude máxima de 580 m., designada por Penha de Águia, o ex-libris da freguesia; ergue-se no topo plano do penedo, sobranceiro à baía, e de onde se vislumbra toda a encosta norte até à Ponta de São Lourenço e, na linha do horizonte, a ilha do Porto Santo. O seu interior encontra-se invadido por vegetação. No sopé do outeiro, ergue-se, junto à estrada, a fábrica de Aguardente da Companhia dos Engenhos do Norte (v. IPA.00008325). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: forte |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1708 - Construção do forte, na época de Duarte Sodré Pereira, integrando-se a freguesia na capitania de Machico desde a sua criação; 1713 - nomeado capitão do forte João de Vasconcelos Uzel; 1786 - o Governador Diogo F. Coutinho procede à divisão da Madeira em vários distritos para efeito de defesa, cada um com o seu capitão-mor, sendo Porto da Cruz o 11º; 1793 - data inscrita na verga do portal da fachadanascente; 1803, 09 outubro - grande aluvião no Funchal e Machico, destrói toda a parte baixa da vila, visto as águas terem subido três côvados junto à Igreja Matriz; na sua sequência, o Governador José Manuel da Câmara determina que os militares sejam destacados para os trabalhos de remoção de entulhos das ribeiras, sendo os de Porto da Cruz, cujo forte se encontrava já desartilhado, destacados para Machico e autorizados a trabalhar sem uniforme; 1817 - 1827 - segundo o engenheiro Paulo Dias de Almeida, o porto de Porto da Cruz não tem defesa alguma e precisa muito de uma pequena bateria, pelo menos de três peças para evitar "qualquer insulto"; 1835 - Porto da Cruz passa a pertencer ao concelho de Santana; 1852, 19 outubro - por decreto passa a pertencer ao concelho de Machico; 1997, 25 junho - elevado à categoria de vila. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura de pedra basáltica da região, algumas zonas conservando reboco; pavimento em calhau rolado da região. |
Bibliografia
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CARITA, Rui - Paulo Dias de Almeida e a Descrição da ilha da Madeira de 1817 / 1827. Funchal: 1982; SILVA, Fernando Augusto da - «Fortificações». In Elucidário Madeirense. Funchal: 1998, vol. 2, pp. 45 - 49; SILVA, Coord. Isabel - Dicionário Enciclopédico das Freguesias. Matosinhos: 1998, vol. 4. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DRAC; DGEMN:DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - O nome de Porto da Cruz deriva do facto do descobridor ter fixado uma cruz de ferro no litoral, para melhor assinalar o local, cuja baía, por ocasião do tempo sul, devido à sua acalmia, servir de abrigo das diversas embarcações. *2 - Consta que existem dois canhões submersos nas proximidades da Furna do Negro e que dois outros foram trazidos, em tempos, para uma fundição no Funchal. Uma das peças do forte, com vestígios das armas reais inglesas, foi recolhido na baía pela firma José Maria Branco Júnior e oferecida ao Museu da Quinta das Cruzes, encontrando-se hoje depositada no Museu de Artilharia da Madeira. |
Autor e Data
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Dina Jardim e Eduarda Gomes 2001 / Paula Noé 2003 |
Actualização
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