Pelourinho de Chacim
| IPA.00000820 |
Portugal, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Chacim |
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Arquitectura político-administrativa e judicial, setecentista. Pelourinho de bloco prismático, com soco quadrangular de três degraus, onde assenta a base simples e fuste octogonal, encimado por braços crucíferos, de onde evoluem os ferros de sujeição, e remate paralelepipédico, com elementos heráldicos, e encimado por pequeno elementos boleado. Pelourinho datado, apresentando a zona do capitel características decorativas semelhantes com o de Vale de Prados. Possui braços com decoração fitomórfica, de onde evoluem os ferros de sujeição. Coluna ornada por pequenas rosetas em algumas das suas faces. A representação das armas dos Sampaio no remate indiciam a possibilidade destes terem sido os seus primeiros donatários. |
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Número IPA Antigo: PT010405090001 |
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Registo visualizado 519 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Judicial Pelourinho Jurisdição senhorial Tipo bloco
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Descrição
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Estrutura em cantaria de granito, composta por soco de três degraus quadrangulares, onde assenta base singela, constituindo espessamento do fuste, octogonal, decorada com florões nas faces alternadas, mas com alinhamento horizontal. Capitel tipo disco de onde saem quatro braços em pedra, separados por figuração antropomórfica, e suportando os ferros de sugeição argaloados em cruz. Remate de forma paralelepipédica, muito decorado, apresentando as armas de Portugal na face frontal, as dos Sampaios na posterior, uma figura masculina com uma chave na lateral esquerda e uma feminina, tida como Nossa Senhora de Balsemão, na lateral direita. Possui anel torso e um outro inscrito com a data de 1759. |
Acessos
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Praça do Pelourinho. WGS84 (graus decimais) lat.: 41.469543; long.: -6,902634 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 23 122, DG, 1.ª série, n.º 231 de 11 outubro 1933 |
Enquadramento
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Urbano, isolado. Fica fronteiro à igreja. A envolver o monumento vários edifícios de habitação com um e dois pisos, mostrando alguns cores que não se enquadram na envolvente. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Judicial: pelourinho |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Autarquia local, Artº 3º, Dec. nº 23 122, 11 Outubro 1933 |
Época Construção
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Séc. 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 14 - senhor de Vila Flor, na pessoa de Vasco Peres de Sampaio; 1400 - provável concessão do primeiro foral; 1511 / 1512 - concessão do Foral Novo; 1706 - a povoação tem 169 vizinhos e é do senhorio dos Condes de Vila Flor, na pessoa de Manuel de Sampaio de Melo e Castro, que apresenta tabeliães e alcaide e só no campo da correição entra o corregedor de Torre de Moncorvo; tem 2 juízes ordinários, que também exercem o cargo de juízes dos órfãos, e vereadores subordinados ao Ouvidor de Vila Flor; 1758, 28 Fevereiro - segundo o abade Gaspar da Rocha Ferreira nas Memórias Paroquiais, a freguesia pertence à comarca e correição de Torre de Moncorvo e é seu donatário António de Sampaio Melo e Castro Monis e Torres, Senhor da Casa de Vila Flor; tem dois juízes ordinários, que também servem nos órfãos, dois vereadores e um procurador do concelho, escrivão da câmara e almotaçaria, dois tabeliães e órfãos, estes apresentados pelo donatário, o outro pelo rei e as justiças, "apuradas suas eleições", pelo ouvidor do donatário; a freguesia tem 192 moradores; o pelourinho, que se acha no meio da praça da vila, tem a "pedra de cantaria lavrada que faz cabeça ao pelourinho" esculpida, tendo na face S. as armas reais, na virada a N. as armas do donatário e Fidalgo de Vila Flor, na do lado E. "uma figura de homem de meio relevo ou corpo como de assento ou escancha pernas com as mãos juntas ao peito, pegando em uma chave", e na face O. um meio corpo como de mulher; na vila há dois juízes ordinários, que também servem nos órfãos, dois vereadores e um procurador do conselho, escrivão da câmara e almoçataria, dois tabeliães e órfãos, estes apresentados pelo donatário, aquele pelo rei, e as justiças, apuradas suas eleições, pelo Ouvidor do donatário; 1759 - data inscrita no remate, provavelmente assinalando a época da construção do actual pelourinho; 1836 - extinção do concelho. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural autoportante. |
Materiais
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Estrutura em cantaria de granito; ferros de sujeição em ferro. |
Bibliografia
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ALVES, Francisco Manuel, Memórias Arqueológico - Históricas do Distrito de Bragança, tomos IV e IX, Bragança, 1990; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Bragança nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2007; CHAVES, Luís, Os Pelourinhos Portugueses, Gaia, 1930; CHAVES, Luís, Pelourinhos, Lisboa, 1935; COSTA, António Carvalho da (Padre), Corografia Portugueza…, vol. I, Lisboa, Valentim da Costa Deslandes, 1706; MAGALHÃES, F. Perfeito de, Pelourinhos Portugueses, Lisboa, 1991; MALAFAIA, E.B. de Ataíde, Pelourinhos Portugueses - tentâmen de inventário geral, Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 1997; PIRES, Armando, Chacim, s.l., 1990; PIRES, Armando, O Concelho de Macedo de Cavaleiros, Bragança, 1983; Património Arquitectónico e Arqueológico Classificado, Lisboa, 1991; Pelourinhos do Distrito de Bragança, Bragança, 1982; Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DREMN, IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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IHHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1987 - conservação diversa. |
Observações
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Autor e Data
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Ernesto Jana 1993 |
Actualização
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