Casa da Quinta dos Pisões
| IPA.00007870 |
Portugal, Lisboa, Sintra, União das freguesias de Sintra (Santa Maria e São Miguel, São Martinho e São Pedro de Penaferrim) |
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Arquitectura residencial, renascentista. Casa de quinta de veraneiro, de planta em L irregular, composta pela articulação de dois corpos rectangulares, com um terceiro alpendrado, junto ao ângulo exterior. Corpo alpendrado com galeria superior suportada por colunata com capitéis de ordem coríntia, com decoração de silhar de azulejos hispano-árabes. Portal principal rasgado no muro exterior com moldura de decoração vegetalista. |
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Número IPA Antigo: PT031111110094 |
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Registo visualizado 129 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa
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Descrição
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Casa inserida numa quinta (v. PT0311111110132), de planta em L irregular, composta pela articulação de dois corpos rectangulares, no sentido E. / O., com um terceiro alpendrado, junto ao ângulo exterior. Volumetria escalonada, de dominante horizontal, com coberturas efectuadas por telhados de duas e quatro águas, com águas furtadas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, com cunhais e embasamento de cantaria. Remates em entablamento sob duplo beiral. Fachadas rasgadas regularmente por vãos de verga recta, moldurados e rematados por cornija recta, apresentando algumas janelas avental. Fachada principal a S., possuindo no ângulo dos dois corpos, pequeno logradouro murado com portal de verga recta, com modilhões nos ângulos superiores, moldurado com decoração de motivos fitomórficos e rematado por cornija recta. Corpo alpendrado com gárgulas de canhão nos ângulos, possuindo pequena torre cilindrica de dois registos, separados por cornija, coroada por cúpula com urna. Alpendre com arco abatido no primeiro registo, com galeria com silhar de azulejos hispano-árabes e colunata com capitéis coríntios no segundo. O acesso à galeria superior é feito por escadaria de lanço recto, junto ao muro, com silhar de azulejos hispano-árabes que se prolonga para a galeria superior. A fachada do corpo O. apresenta no primeiro registo duas janelas de sacada com guarda em balaustrada de cantaria, ladeadas por duas janelas de peito. No registo superior fileira de janelas de peito. Na fachada posterior, balcão junto ao ângulo interior e pátio decorado por silhar de azulejos enxaquetados. INTERIOR não observado. |
Acessos
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Avenida Garrett (Antiga Estrada dos Pisões), n.º 4; Largo dos Pisões |
Protecção
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Incluído na Área Protegida de Sintra - Cascais (v. PT031111050264) |
Enquadramento
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Peri-urbano, na periferia da Vila Velha, junto da denominada Estrada da Serra. Situada em encosta, rodeada por mata luxuriante, tendo na proximidade, no lado oposto da estrada a Fonte dos Pisões (v. PT031111110107). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Residencial: casa |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 / 17 (conjectural) |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 16 / 17 - provável construção; 1533 - data do portal; 1655 - segundo os arquivos da Quinta da Boiça os proprietários da Quinta dos Pisões, eram D. José Leite de Aguiar e D. Sebastiana de Meneses; Séc. 18, segunda metade - a quinta era propriedade dos Duques de Aveiro; no seguimento do processo dos Távoras, a propriedade é confiscada e emprazada a Manuel Caetano de Sousa Prego; 1810 - a propriedade é vendida a Máximo José dos Reis, Capitão-mor de Sintra, no seguimento de uma execução movida contra António Valeriano de Sousa Prego; 1840 - representação da casa numa litografia de Manuel Luiz, feita sobre desenho de Celestine Brelaz; 1849 - por falecimento de Máximo José dos Reis, a quinta passa para a posse de sua filha Libânia e para o seu marido Michael David Gallwey; 1925 - Eduardo Henry Gallway, neto de Michael Gallway, vende a propriedade; 1963 - a quinta encontra-se na posse do actual proprietário. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Estrutura de alvenaria mista; embasamento, cunhais, molduras dos vãos, balaustrada das varandas, portal principal, escadaria e alpendre em cantaria de calcário; azulejos tradicionais; madeira nas portas e janelas; cobertura em telha de canudo. |
Bibliografia
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SANTOS, J. Eusébio dos, Guia de Sintra, Collares e Arrabaldes, lisboa, s.d.; JUROMENHA, Visconde de, Cintra Pinturesca, Lisboa, 1838; BARBOSA, Inácio Vilhena, Fragmentos de um Roteiro de Lisboa, in Archivo Pittoresco, Vol. 7, Lisboa, 1864; VITERBO, Francisco Marques de Sousa, Máximo dos Réis, in Arquivo histórico Portuguez, vol. 6, Lisboa, 1908; PROENÇA, Raúl, Guia de Portugal, Vol. I, Lisboa, 1924; BOLÉO, J. O., Sintra e o seu Termo (estudo geográfico), Sintra, Câmara Municipal de Sintra, 1985; STOOP, Anne de, Quintas e Palácios nos arredores de Lisboa, Barcelos, 1986; SERRÃO, Vítor, Sintra, Sintra, 1989; AZEVEDO, Carlos, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, 2ª ed., Vol II, Lisboa, 1990; RIBEIRO, José Cardim (coord.), Sintra, Património da Humanidade, Sintra, Câmara Municipal de Sintra, 1996; AZEVEDO, José Alfredo da Costa, A Vila Velha (Ronda pela Passado), in Obras de José Alfredo da Costa Azevedo, Vol. I; Sintra, 1997, pp. 15-89; AZEVEDO, José Alfredo da Costa, Litoral e Planície Saloia, in Obras de José Alfredo da Costa Azevedo, Sintra, 1997. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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Autor e Data
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Teresa Vale, Maria Ferreira e Sandra Costa 2000 |
Actualização
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