Palácio dos Pinheiros / Solar dos Pinheiros

IPA.00000772
Portugal, Braga, Barcelos, União das freguesias de Barcelos, Vila Boa e Vila Frescainha (São Martinho e São Pedro)
 
Arquitectura residencial, gótica, manuelina, maneirista e revivalista. Solar de planta em U composta por duas torres quadrangulares nos ângulos, do tipo casa-torre, fazendo a ligação entre três corpos rectangulares, que formam as alas, desenvolvida em torno de pátio quadrangular fechado num dos topos. No interior o acesso é feito por vestíbulo, na ala S., que comunica com escadaria de acesso ao piso nobre, na ala O. e parte da ala N., e com as lojas que se desenvolvem no piso térreo. No segundo piso, a zona nobre apresenta o salão principal, sala de jantar e espaço de comunicação com o último piso, que corresponde a salões, quartos e casas de banho. As salas da zona nobre são intercomunicantes. A zona de serviço localiza-se na ala N., com cozinha e pequena copa, comunicando directamente com as lojas através de escada de serviço e com a escadaria de acesso aos quartos do piso superior. Do período gótico constata-se possivelmente duas fases de construção, bastante próximas. A primeira respeitante à construção erguida pelo Dr. Pedro Esteves, em 1448, que corresponderia possivelmente aos dois primeiros pisos da ala O., incluindo as duas torres a ladear um corpo central, cujo modelo ter-se-á inspirado nos Paços do Marquês (v. PT011607350093), de D. Leonel de Lima, em Ponte de Lima (ALMEIDA, 1990). À segunda fase gótica, já no final do séc. 15, poder-se-á atribuir os dois últimos pisos das torres e as alas S. e N., em torno de pátio. Todos estes corpos apresentam vãos góticos, quer nas fachadas, que a nível interior, uns em arco quebrado, alguns bastante agudos, possivelmente mais antigos e outros em arco angular, de uma fase mais tardia. A fachada O. ainda apresenta cachorros sobre alguns vãos. A fachada principal, originalmente deveria ser voltada a O., mas com a construção da ala S., o acesso passou a ser feito através desta última. Segundo a gravura de Duarte d'Armas a ala S. apresenta a fachada principal em empena, apenas com duas janelas ao nível do segundo piso e a ala N., mais elevada, com três panos com telhados diferenciados, com duas grandes chaminés, a torre S. também com duas grandes chaminés e fenestração idêntica à actual, com a diferença de não haver cruzeta na janela do segundo piso e de apresentar um pequeno corpo com telhado de uma água adossado à ala O., sendo ainda hoje visível a delimitação deste na fachada, através de silhares destacados. O edifício poderá nunca ter sido concluído, pois não existe a ala E., apenas um corpo de uma casa anexa que foi aproveitado para aumentar o edifício. No período manuelino foram modificados algumas janelas, introduzindo decoração de cordas, motivos fitomórficos, figuras humanas e decoração de pérolas, repetida na cornija do remate da torre N., possivelmente aumentada nesta altura. No pátio interior foi construída uma varanda sustentada por arcaria com decoração floral. No jardim ainda existe parte de um arco com decoração idêntica. Do período maneirista subsistem algumas janelas maineladas (algumas são já do séc. 20, da fase revivalista) e vãos de verga recta. Possivelmente neste período teriam sido colocados merlões nos remates das torres e corpo central, ainda visíveis numa gravura no início do séc. 19. No séc. 20 o solar foi remodelado, principalmente no interior, recebendo elementos neogóticos, neomaneiristas, neoárabes e neomanuelinos. No exterior transformaram-se as janelas maineladas da torre S. em cruzetadas, assim como algumas janelas da fachada posterior, só que a estas colocando-se um mainel neomaneirista. Foram feitos passadiços de madeira nas fachadas dos pátios, colocados vitrais nas janelas, e postigos nas janelas dos passadiços e da varanda fechada, procurando recriar um palácio medieval. No interior, foram feitos tectos em caixotões, lareiras neomanuelinas com azulejos neoárabes, azulejos esses que revestiram a escadaria principal, também ela refeita, procurando imitar as arcadas manuelinas da varanda. O Solar dos Pinheiros é um dos poucos exemplares de arquitectura civil tardo-medieval, que chegou aos nossos dias, apenas com algumas transformações revivalistas ao nível da decoração interior, conservando vãos em arco quebrado e angular e fogões de sala góticos. Inaugura um novo tipo de casa, cuja fachada O., de maior extensão é caracterizada por duas torres entre as quais se desenvolve um corpo central mais baixo. Esta disposição irá fazer escola no final da Idade Média e perdurar na arquitectura doméstica portuguesa até ao barroco (AZEVEDO, 1969). Na torre S. encontram-se interessantes elementos escultóricos antropomórficos, ligados a várias lendas que têm sido interpretadas como rivalidades entre a família Pinheiro e D. Afonso, 8º Conde de Barcelos e 1º Duque de Bragança *3.
Número IPA Antigo: PT010302140003
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  Tipo torre

Descrição

Planta em U composta por duas torres quadrangulares, a S. e a N., fazendo a ligação entre três corpos rectangulares, que formam as alas, desenvolvida em torno de pátio quadrangular fechado a E. pela fachada lateral da casa anexa. Volumes escalonados, de dominante vertical, com corpo da ala S. mais baixo do que os restantes. Coberturas em telhados de uma água em balcão de madeira e varanda fechada, duas águas nos corpos das alas S. e O., três águas no corpo da ala N. e quatro águas nas torres. Acima das coberturas das alas S. e N. e torre do mesmo lado erguem-se chaminés. Fachadas em alvenaria de granito em aparelho isódomo e rusticado, rasgadas irregularmente por vãos de diferentes formas. Remates em cornija sob beiral, na torre N., percorrida por pérolas, e no corpo da ala S. unicamente em beiral, na fachada virada à rua em beiral simples e na virada ao pátio interior em quádruplo beiral. Na cornija da torre S. nos panos virados a S. e a O. encontram-se dois bustos humanos, o do S. representando o "Barbadão" *3. Fachada principal a S. com pano do braço deste lado, de dois pisos. No primeiro, pequena porta em arco angular, seguida de portal em arco pleno, com chanfro e aduelas formando arco quebrado, ladeado superiormente por abertura jacente em capialço. No segundo piso, três janelas rectangulares, a do extremo esquerdo, mainelada. Pano da torre com quatro pisos, possuindo no primeiro abertura jacente em capialço, no segundo, janela em cruzeta com vitral, ladeada pela direita por uma lápide quadrangular, de calcário, armoriada e epigrafada encaixada numa moldura de pedra granítica pré-existente, no terceiro, janela mainelada encimada por decoração em arco polilobado e conopial, com círculos entrelaçados e aves, e no último janela com cruzeta. Fachada lateral O., marcada por corpo central ladeado pelas torres. Pano do corpo central de três pisos, no primeiro, do lado esquerdo, portal em arco quebrado ladeado superiormente por abertura jacente em capialço, encimado por janela em arco abatido, emoldurada por corda, formando superiormente arco polilobado sobre decoração fitomórfica e cruz, e porta em arco quebrado entaipada, ambos encimados por cachorros. No lado oposto, janela jacente em capialço, sendo visível vários silhares destacados da fachada. No último piso par de janelas de verga recta e outra com sacada à face, protegida por guarda de ferro, em arco pleno, com flores no intradorso, moldura em chanfro, decorada por pérolas, terminando superiormente em arco conopial e sobre este três figuras humanas, a central, em busto e as laterais de corpo inteiro despidas. Esta janela é encimada por dois cachorros. Panos das torres com quatro pisos. Na torre S., o segundo piso apresenta janela em cruzeta, o terceiro, abertura jacente em capialço encimada por figura humana feminina em oração, destacada da parede, e pedra de armas, e o quarto, janela em cruzeta. Torre N. com fenestração a partir do segundo piso, formada por janela de sacada, encimada por janela geminada, já no terceiro piso, e janela de sacada à face, com guarda de ferro, no último. Acima deste piso encontra-se cornija que percorre todos os panos desta torre. Fachada lateral E. parcialmente oculta pela casa anexa. Fachada posterior com dois panos, o da torre com quatro pisos e o da ala deste lado, com três pisos. O pano da torre apresenta apenas fenestração ao nível dos dois últimos pisos, formada por janela mainelada encimada por janela de sacada à face, com guarda de ferro e na base cachorros de ferro que suportariam balcão. Pátio interior pavimentado a laje de granito, com pano virado a S., de dois pisos, no primeiro, em eixo, largo portal, que comunica com vestíbulo, com impostas destacadas, encimado por pequena janela de frestas. No ângulo que forma com o pano O., desenvolve-se superiormente estrutura de passadiço, em ferro e madeira, que faria a ligação entre a ala S. e O., e no lado oposto um balcão que serviria de passadiço de comunicação com a casa anexa. Pano N. com três pisos marcado, nos dois primeiros, por galeria avançada suportada por par de arcos plenos encimada por varanda fechada por seis janelas com postigos e parapeito corrido decorado por flores. No primeiro piso, através da galeria acede-se ao jardim de buxo. No último piso deste pano rasgam-se janela de sacada à face, com guarda de ferro, em arco quebrado, ladeada por janelas maineladas, e no ângulo que forma com o pano O., passadiço de madeira, que faz a comunicação entre as alas, neste nível, rebocado e pintado de amarelo, com travejamento à vista pintado de vermelho, aberto por par de janelas com postigos, entre cachorros de suporte do beiral. No INTERIOR o acesso é feito pela ala S. através de grande vestíbulo de recepção com portas viradas à fachada principal e ao pátio interior. Apresenta paredes em alvenaria de granito, com escadaria principal, também em granito, na parede O., de comunicação com o passadiço arruinado que dá acesso ao salão nobre na ala do mesmo lado, no segundo piso. A escadaria apresenta dois lanços divergentes rectos, separados por patamar com guarda de ferro, o segundo suportado por meio arco pleno, com chanfro e decoração de flores. Ao nível deste lanço, a parede é revestida por silhar de azulejos industriais de padrão mourisco polícromo a preto e verde. Sob o vão da escada abre-se porta em arco angular de acesso a loja. Na parede oposta à escadaria encontra-se o espaço chamado "cozinha dos pobres", delimitado por guarda de madeira, com lareira, ao centro, com chaminé suportada por colunelos de secção quadrangular, com chanfro no meio, revestida a azulejos iguais aos da escadaria. O tecto é em caixotões simples, pintado a vermelho e preto, suportado por pilares de madeira, no espaço da "cozinha dos pobres". Através do pátio acede-se a três lojas, uma na ala O e três na N.. A loja no centro da última ala apresenta escada de madeira de comunicação com patamar da escada de serviço, suportada por parede de tijolo burro aberta por arcos plenos. Ao lado desta loja, um pequeno vestíbulo comunica com uma loja conhecida como "casa da água" e com a já referida escada de serviço. Todas as lojas apresentam as paredes em alvenaria de granito e o tecto formado pelo travejamento e soalho do piso superior. O vestíbulo de serviço apresenta paredes rebocadas e pintadas de branco com tecto em madeira, pintado de vermelho e preto. A escada de serviço, em madeira, apresenta dois lanços rectos divergentes, com patamar intermédio e corrimãos de madeira embutidos nas paredes. Segundo piso com zona nobre na ala O., zona transformada em residência de caseiros, na ala S. e zona de serviço em parte da ala N.. Todas as divisões apresentam paredes rebocadas e pintadas de branco, com pavimentos em soalho e tectos de madeira pintados a vermelho e preto, com travejamento à vista. Zona nobre composta por salão principal que ocupa todo o corpo central desta ala. Apresenta na parede virada a O., ao centro, lareira com alta chaminé suportada por impostas destacadas. No extremo S. rasga-se porta de comunicação com sala que por sua vez comunica com a ala S., através de porta em arco angular. A ala S. encontra-se bastante dividida, com corredor, quartos e cozinha. Na ala N., no corpo da torre encontra-se a sala de jantar, com comunicação com o salão principal e com um espaço de passagem. Apresenta lareira de granito, colocada em ângulo (NO.), revestida a azulejos industriais de padrão mourisco em ziguezague, monocromos a verde. Todas estas divisões apresentam janelas com conversadeiras de granito. O espaço de passagem apresenta escadaria de madeira de acesso ao terceiro piso, com guarda em balaustrada e comunicação com o jardim da fachada posterior e com a varanda fechada. Junto à porta de acesso ao jardim, sobre o vão da escadaria, encontra-se lavabo de granito enquadrado por painel de azulejos iguais aos da lareira da sala de jantar. A varanda fechada é decorada por silhar de azulejos industriais, de padrão mourisco, monocromos a verde. As paredes dos topos apresentam portas em arco angular, de comunicação com o salão principal e com a casa anexa, esta última entaipada. Junto a esta última rasga-se porta de acesso a pequeno vestíbulo que liga à cozinha e à escada de serviço. A cozinha apresenta painel de azulejos monocromos a verde com padrão axadrezado, sobre a bancada da loiça. Na parede virada a O., armário embutido e escada de madeira de comunicação com a escada que leva ao terceiro piso. Terceiro piso apenas desenvolvido nas alas O. e N., correspondendo a quartos, sanitários e salão. Na ala N. a escadaria dá acesso a corredor revestido a meia altura por tecido com padrão floral e aves. Este corredor faz a distribuição para três quartos e casas de banho e apresenta banco de madeira colocado em ângulo, com espaldar formando o lambril da parede. No volume da torre encontra-se o quarto principal com porta de acesso encimada por rostos de namorados esculpidos em madeira. Este quarto é dividido em duas áreas, a primeira correspondendo a oratório, com altar virado a N., separada da área de dormir, por duplo arco recortado assente em coluna de madeira. Nesta última encontra-se lareira com decoração floral e porta de acesso a pequeno quarto de vestir com lavatório, que por sua vez comunica com a sala de banho. Através do corredor acede-se a passadiço com lavabo guarnecido por azulejos industriais de padrão monocromos a azul, que comunica com o chamado salão velho, já na ala O., ocupando todo o corpo central, por cima do salão principal. No extremo N. deste salão encontra-se divisão em tabique usada com sala de costura. Na torre S. encontra-se quarto com lareira e sobre esta, escada de madeira de acesso ao quarto que se desenvolve no último piso da torre. Os quartos das torres e salão velho comunicam todos entre si por portas em arco quebrado. Apresentam pavimento em soalho e tectos de madeira pintados de vermelho excepto o salão velho com o travejamento do telhado à vista. Através de escadaria na ala N. acede-se ao último piso da torre deste lado, ocupado por dois quartos e sanitário.

Acessos

Rua Dr. Miguel Fonseca

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto 16-06-1910, DG nº 136 de 23 Junho 1910 / ZEP, Portaria, DG 2ª série, n.º 8 de 11 Janeiro 1954

Enquadramento

Urbano, em gaveto, em pleno centro histórico de Barcelos, ribeirinho, implantado em plano elevado, na margem N. do rio Cávado, em terreno com acentuado declive, adossado lateralmente a E., a casa anexa em ruínas *1, composta por dois corpos trapezoidais dispostos em eixo, possuindo lateralmente a esta, jardim relvado, com entrada para parque de estacionamento subterrâneo. Do lado oposto desenvolve-se o antigo jardim do solar *2, com buxo, ao longo de todo o comprimento da fachada lateral, prolongando-se por toda a fachada posterior. Do outro lado da rua, a O., encontra-se o Posto de Turismo de Barcelos e as casas dos Arriscados Mendanhas e Costa Chaves (v. PT010302140133 e PT010302140152). Fronteira à fachada principal, a S., encontra-se praça ajardinada com canteiros geométricos de buxo, pontuados por flores, onde se ergue ao centro o Pelourinho de Barcelos (v. PT010302140009). Na proximidade imediata, a E., em cota mais elevada localizam-se as ruínas do Paço dos Duques de Bragança, a Igreja Matriz e a Câmara Municipal de Barcelos (v. PT010302140002, PT010302140007 e PT010302140112). Ainda do mesmo lado, mas em cota mais baixa, junto ao rio encontra-se a Ponte de Barcelos (v. PT010302130004) e a Azenha da Ponte (v. PT010302140134).

Descrição Complementar

JARDIM composto por dois patamares, um desenvolvido a todo o comprimento da fachada lateral O., de planta trapezoidal, e outro em cota superior, desenvolvido na fachada posterior, a N., de planta rectangular. Ambos são fechados por alto muro de alvenaria de granito, possuindo comunicação entre si por escada, conhecida como "escada dos noivos", com acesso no patamar O. por porta em arco angular com chanfro, rasgada no muro de suporte do patamar N., percorrido por larga cornija. A escada apresenta um lanço recto com degraus triangulares formando ziguezague. Patamar O., com vestígios de jardim de buxo, de desenho geométrico. Adossado ao muro de suporte do patamar superior encontra-se pequeno tanque de granito rectangular, com bordo e bica que traria a água desse mesmo patamar. Este tanque possui ligação com caleiro que leva água para o lado oposto do jardim. Ainda deste lado, junto ao muro que o separa da rua encontra-se parte de um arco, com aduelas bastante fragmentadas, com decoração de flores. Neste patamar encontram-se um azevinho de porte notável e uma tangerineira. No patamar N. erguem-se várias árvores, também de porte notável, com particular destaque para os azevinhos; INSCRIÇÕES: 1. Inscrição comemorativa da construção de umas casas gravada em relevo, no sentido dos ponteiros do relógio, numa lápide quadrangular armoriada, encaixada numa moldura de pedra granítica pré-existente, colocada na torre S., no pano do mesmo lado. Descrição Heráldica: escudo de ponta; quatro chaves com os palhetões para baixo, alinhadas em faixa, as duas do meio geminadas, com argola comum, todas pendentes de um torçal com as extremidades terminadas em borla voltadas para a ponta *4. Superfície epigrafada muito erodida no início da primeira linha e no final da quarta; calcário. Dimensões: a elevada altura a que se encontra a lápide não permite a obtenção das medidas. Tipo de letra: gótico minúsculo de forma tardio. Leitura: estas casas mandou o doctor pedro esteves fazer no ano do senhor de 1448 *5; 2. Inscrição indicativa do brasão de Álvaro Pinheiro Lobo gravada na orla de uma lápide rectangular integrada na caixa murária da torre S., na fachada O.; ao centro pedra de armas. Descrição Heráldica: escudo de ponta, posto à valona, elmo com mantelete, esquartelado. No I as armas dos Pinheiro, de Barcelos, com pinheiro arrancado, acompanhado à dextra de um leão rompante contra o tronco de uma árvore; no II cortado: quatro chaves, as duas do centro geminadas, suspensas de um torçal(?) e as armas de Lobo, com cinco lobos passantes em aspa. Superfície epigrafada praticamente ilegível devido à erosão; granito. Dimensões: a elevada altura a que se encontra a lápide não permite a obtenção das medidas. Tipo de letra: gótica minúscula de forma. Leitura (lição de NÓBREGA, 1975; a altura e a erosão da lápide não permite efectuá-la): estas armas são de álvaro pinheiro lobo.

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Devoluto

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 15 / 16 / 17 / 20

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1448 - Construção de uma casa nobre pelo Dr. Pedro Esteves, doutor em direito civil e canónico por Salamanca, ouvidor das terras da Casa de Bragança e afilhado do Condestável, D. Nuno Álvares Pereira *6, como atesta a inscrição na torre S., virada à fachada principal; segundo alguns autores existiria neste local uma construção anterior, que poderia pertencer a Tristão Gomes Pinheiro, inspector das obras da fortificação da vila de Barcelos, tio avô de Isabel Pinheiro, esposa do Dr. Pedro Esteves *7; 1469 - falecimento do Dr. Pedro Esteves, sucedendo-lhe o filho, Álvaro Pinheiro Lobo ou Álvaro Pires Pinheiro (GAYO, 1992), 2º Senhor do Solar dos Pinheiros, 1º morgado de Pouve e Alcaide-mor de Barcelos; séc. 15, último quartel - possível reforma do solar, a mando de Álvaro Pinheiro Lobo, colocando mais dois pisos nas torres e construindo as alas S. e N., formando pátio interior; Álvaro Pinheiro Lobo manda colocar as suas armas na torre S., no pano voltado a N.; 1491, 24 Março - falecimento de Álvaro Pinheiro Lobo, sucedendo-lhe o seu filho Henrique Pinheiro Lobo, como 3º Senhor do Solar dos Pinheiros, 2º morgado de Pouve e Alcaide-mor de Barcelos; 1509 - no desenho de Barcelos, feito por Duarte de Armas, aparece representado o solar junto ao paço ducal; 1525 - falecimento do irmão de Álvaro Pinheiro Lobo, D. Diogo Pires Pinheiro, que havia sido D. Prior na Colegiada de Guimarães (v. PT010308340007) e 1º Bispo do Funchal; o seu sobrinho Henrique Pinheiro Lobo herda todos os seus bens, incluindo as casas que este possuía contíguas ao Solar dos Pinheiros; séc. 16, segundo quartel -reforma manuelina do solar, introduzindo modificações principalmente ao nível de fenestração, construção da varanda fechada do pátio, no pano N. e possível ampliação da torre N.; possível colocação de mais um piso no corpo central da ala O. (ALMEIDA, 1990); 1528 - abertura de um arruamento entre a Igreja Matriz e o solar; séc. 16, terceiro quartel - a Henrique Pinheiro Lobo sucede o seu filho Álvaro Pinheiro Lobo, como 4º Senhor do Solar dos Pinheiros, 3º morgado de Pouve, e Alcaide-mor de Barcelos; 1570 - Álvaro Pinheiro Lobo é nomeado sargento das Ordenanças de D. Sebastião; 1578, 4 Agosto - falecimento em Alcácer Quibir de Henrique Pinheiro Lobo, Moço Fidalgo da Casa de Bragança, filho do terceiro casamento de Álvaro Pinheiro Lobo; 1581, anterior a - falecimento de Álvaro Pinheiro Lobo, sendo enterrado no carneiro que havia mandado construir na Igreja Matriz para os seus ascendentes e descendentes; torna-se o 5º Senhor do Solar dos Pinheiros e 4º morgado de Pouve, o seu neto Álvaro Pinheiro de Lacerda, filho de Henrique Pinheiro Lobo; 1585, 17 outubro - Álvaro Pinheiro de Lacerda torna-se comendador de São Paio de Lima, no termo da vila de Chaves; 1596, 18 Janeiro - Álvaro Pinheiro de Lacerda é feito Cavaleiro da Ordem de Cristo pelo rei Filipe I; séc. 17, início - após a morte de Álvaro Pinheiro de Lacerda sucede-lhe o seu filho, Rui Pinheiro de Lacerda como 6º Senhor do Solar dos Pinheiros e 5º morgado de Pouve; transformação de vãos do solar em verga recta; provável colocação de merlões nas torres e corpo central; segunda metade - após a morte de Rui Pinheiro de Lacerda, sucede-lhe a sua filha D. Ana Pinheiro de Lacerda, 7ª Senhora do Solar dos Pinheiros e 6ª morgada de Pouve; D. Ana Pinheiro de Lacerda veio a morrer no Mosteiro de São Bento, em Vairão, sucedendo-lhe a sua tia D. Isabel de Ataíde, como 8ª Senhora do Solar dos Pinheiros e 7ª morgada de Pouve; após a morte de D. Isabel de Ataíde, também no Mosteiro de São Bento, em Vairão, a posse do solar cabe ao filho ilegítimo de Rui Pinheiro de Lacerda, Luís Pinheiro de Lacerda, Abade de Cristelo (1668); o seu primo Pedro Lopes de Azevedo, Senhor da Casa de Azevedo (v. PT010302420023), casado com D. Maria de Luna Sottomayor, contesta a posse do vínculo devido à ilegitimidade do ramo da família; 1697, 25 Julho - falecimento em Cristelo de Luís Pinheiro de Lacerda, sendo sepultado na capela-mor da igreja; toma posse da Solar dos Pinheiros e do morgadio de Pouve o seu filho Clemente Pinheiro de Lacerda; séc. 18, segundo quartel - após anos de demanda judicial, a posse do Solar dos Pinheiros e do morgado de Pouve passa para a Casa de Azevedo, na pessoa de Leonardo Lopes de Azevedo, casado com D. Margarida Isabel de Sousa; 1734, 1 Dezembro - falecimento no Solar de Azevedo de Leonardo Lopes de Azevedo; sucede-lhe o seu filho Pedro Lopes de Azevedo Pinheiro e Sá, como Senhor da Casa de Azevedo, Solar dos Pinheiros e morgado de Pouve; 1776, 12 Outubro - Pedro Lopes de Azevedo Pinheiro Pereira e Sá morre sem deixar geração, herdando o vínculo o seu irmão, o Reverendo Francisco Lopes de Azevedo Pinheiro Pereira e Sá; 1781, 26 Agosto - o Reverendo Francisco Lopes de Azevedo Pinheiro Pereira e Sá morre sem deixar geração, herdando o vínculo o seu irmão Fradique Lopes de Azevedo Pinheiro Pereira e Sá; 1783, 8 Julho - Fradique Lopes de Azevedo Pinheiro Pereira e Sá casa com D. Manuela Osores de Sequeiros Montenegro da Silva Ponce de Leão, filha dos sextos Condes de Priegue, em Espanha; 1793, 16 Janeiro - Fradique Lopes de Azevedo Pinheiro Pereira e Sá morre sucedendo-lhe o seu sobrinho na posse do vínculo, João José Lopes de Azevedo; este morre pouco tempo depois tornando-se seu sucessor o seu filho com cinco anos de idade João Lopes de Azevedo; sucede-lhe a sua tia D. Maria Emília Manuel Lopes de Azevedo Pinheiro e Sá como 13º Senhora do Solar dos Pinheiros, 12º morgada de Pouve, 28º Senhora da Casa de Azevedo, entre outros títulos; 1806 - gravura da época retratando o solar com merlões nos remates das torres e do corpo central; 1807, 13 Maio - D. Maria Emília Manuel Lopes de Azevedo Pinheiro e Sá casa com António Martinho Velho de Barbosa e Fonseca, Senhor da Casa de Marrancos e fidalgo da Casa Real; 1828, 7 Fevereiro - falecimento de D. Maria Emília Manuel Lopes de Azevedo Pinheiro e Sá, sendo sepultada na capela do Solar de Azevedo, sucedendo-lhe o seu filho Francisco Lopes de Azevedo Velho da Fonseca Barbosa Pinheiro Pereira e Sá, como 14º Senhor do Solar dos Pinheiros, 13º morgado de Pouve, e 29º Senhor da Casa de Azevedo; 1846, 19 Agosto - criação do título de Visconde de Azevedo por D. Maria II, a favor de Francisco Lopes de Azevedo Velho da Fonseca Barbosa Pinheiro e Sá Coelho; 1876, 23 Novembro - decreto do rei D. Luís I criando o título de Conde de Azevedo, sendo o seu primeiro titular Francisco Lopes de Azevedo Velho da Fonseca Barbosa Pinheiro e Sá Coelho; 25 Dezembro - falecimento do Conde de Azevedo sem geração; a sua fortuna é dividida pelos seus sobrinhos, cabendo o Solar dos Pinheiros a D. Maria Júlia do Patrocínio Falcão Pinheiro de Azevedo Bourbon e Menezes casada com Dr. José de Azevedo Menezes Cardoso Barreto, da Casa do Vinhal (v. PT010312480005), em Vila Nova de Famalicão; 1925, 15 Dezembro - falecimento de D. Maria Júlia do Patrocínio Falcão Pinheiro de Azevedo Bourbon e Menezes; 1927 - início da reforma revivalista, principalmente no interior, por iniciativa do Engenheiro Francisco Manuel Cardoso de Menezes Pinheiro de Azevedo, filho da anterior proprietária; 1936, 27 Setembro - falecimento na sua casa do Porto do Engenheiro Francisco Manuel Cardoso de Menezes Pinheiro de Azevedo; 1951 - o plano de urbanização da Câmara Municipal de Barcelos prevê a demolição dos quatro edifícios setecentistas contíguos ao solar, entre este e o edifício dos Paços do Concelho, na Rua Dr. Miguel Fonseca, então chamada de Rua Mártires da República; 14 Outubro - falecimento de D. Mariana de Jesus Barbosa Pereira de Sottomayor de Azevedo e Bourbon, viúva do Engenheiro Francisco Manuel Cardoso de Menezes Pinheiro de Azevedo, ficando o solar na posse de seus filhos; 1973 - demolição de três dos edifícios que ficavam contíguos ao solar; 1974 - inauguração da estátua dos Alcaides de Faria, no espaço das casas demolidas; 2001 - o solar deixa de ser habitado, acelerando-se rapidamente o seu processo de degradação; os últimos residentes a sair são os caseiros que até então habitavam no segundo piso da ala S.; 2005, Agosto - elaboração da Carta de Risco do imóvel pela DGEMN.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes.

Materiais

Estrutura de alvenaria, muros e tanque do jardim, elementos decorativos das fachadas, pavimento do pátio interior, escadaria principal, e lareiras, de granito; portas, janelas, pavimentos interiores, tectos, estrutura dos telhados, passadiços, escadaria de serviço e escadarias dos pisos superiores, em madeira; paredes do segundo piso da ala S. e da sala de costura, em tabique; paredes da escadaria principal, lareiras do vestíbulo de recepção e sala de jantar, varanda fechada, lavabos, cozinha, e casas de banho revestidas com azulejos industriais; janelas com vitrais; guardas das sacadas e estrutura dos passadiços, em ferro; cobertura em telha de canudo.

Bibliografia

Palácios e Solares Portugueses, Enciclopédia pela imagem, Porto, s/d; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Dicionário, Lisboa, 1873; O Solar dos Pinheiros de Barcelos, in A Lágrima, nº 21, Ano IX, Barcelos, 22 Setembro 1901; SOUCASAUX, A., Ilustração Portuguesa, Barcelos, 1907; BARCELOS, Joaquim Leitão, Porto, 1908; SOUCASAUX, A., MANCELOS, J., BARCELOS, resenha histórica-pitoresca-artística, Barcelos, 1927; COSTA, Américo, Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, vol. 3, 1932; LIMA, J. Costa, " Arte e Linhagens- Revendo Críticas" in Brotéria, Abril de 1949, pp. 431- 435; SILVA, António Lambert Pereira da, Nobres casas de Portugal, Porto, 1958; AZEVEDO, Carlos de, Solares Portugueses, Lisboa, 1ª edição, 1969; NÓBREGA, Artur Vaz-Osório da, Pedra de Armas e Armas Tumulares do Distrito de Braga, vol. V, Braga, 1975, pp. 39 a 48; FERREIRA, Maria da Conceição Falcão, Barcelos Terra de Condes, Barcelos, 1982; DIAS, Pedro, História de Arte em Portugal - O manuelino, vol. 5, Lisboa, 1986, p. 69; FONSECA, Teotónio da, O Concelho de Barcelos Aquém e Além Cávado, vol. 1, Barcelos, 1987; BINNEY, Marcus, Casas Nobres de Portugal, Lisboa, 1987; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Barcelos, col. "Cidades e Vilas de Portugal", Lisboa, 1990; FERREIRA, Maria da Conceição Falcão, "Pinheiros" e "Mendanhas" de Barcelos em confronto por finais do século XV: 1489-1490, Porto, 1990; IPPAR, Património Arquitectónico e Arqueológico classificado - distrito de Braga, Lisboa, 1993; GAYO, Manuel José da Costa Felgueiras, Nobiliário de Famílias de Portugal, vol. 1 e 8, tomos 1 a 3 e 22 a 24, 3ª edição, Braga, 1992; Guia de Portugal, Entre Douro e Minho, vol. IV, tomo II, 3ª edição, 1996; ARMAS, Duarte de, Livro das Fortalezas, fac-simile do MS. 159 da Casa Forte do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, 2º edição, Lisboa, 1997; BARROCA, Mário Jorge, Torres, Casas-Torres ou Casas-Fortes A Concepção do Espaço de Habitação da Pequena e Média Nobreza na Baixa Idade Média (Sécs. XII-XV), in Revista de História das Ideias, A Cultura da Nobreza, vol. 19, Coimbra, 1998; GOMES, Paulino, SILVA, João Belmiro Pinto da, MAIA, Armando, Barcelos: princesa do Cávado, Paços de Ferreira, 1998; TRIGUEIROS, António Júlio Limpo, FREITAS, Eugénio de Andrea da Cunha e, LACERDA, Maria da Conceição Cardoso Pereira de, Barcelos histórico, monumental e artístico, Braga, 1998.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/Carta de Risco; CMB

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/Carta de Risco, DGEMN/DREMNorte

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/Carta de Risco, DGEMN/DSARH

Intervenção Realizada

Proprietário: 1927 - Colocação de cruzetas nas janelas da torre S., anteriormente apenas maineladas; colocação de argamassa e pintura a branco nas juntas da mesma torre; década de 30 - obras no exterior: colocação de novas janelas, vitrais e portas; execução de passadiços no pátio; colocação de guarda em madeira na janela em arco quebrado do terceiro piso do pano N. do pátio; restauros no interior: colocação de novos tectos em madeira pintados a vermelho e preto, em todas as divisões do segundo, terceiro e quarto pisos; colocação de novas portas; construção de lareiras na "cozinha dos pobres", sala de jantar e quarto principal; execução da escadaria principal; colocação de azulejos do tipo mourisco, na escadaria principal, varanda fechada, chaminés das lareiras da "cozinha dos pobres" e sala de jantar; execução das casas de banho; colocação de banco no corredor do terceiro piso; 1950 - desentaipamento da porta em arco angular da fachada principal; 1975 - colocação de grades na janela da cozinha; 2004 - arranjo dos telhados: substituição do madeiramento da estrutura e colocação de nova telha.

Observações

*1 - A casa anexa já pertenceu à família Pinheiro. Apesar de aparentar características setecentistas esta casa poderá ter origens bem mais antigas o que poderá explicar a comunicação interior com o solar, no corpo N., através de portas góticas em arco angular; *2 - no jardim existe uma escada conhecida como "escada dos noivos", que segundo a tradição, todos os noivos de Barcelos devem descer, pois os degraus, em ziguezague, foram feitos de modo a que se chegue ao fim sempre com o pé direito; *3 - a lenda do "Barbadão" divide-se em três versões. A primeira refere que a figura que está a puxar pela barbas, representada na torre S., virada ao Paço Ducal, é Pedro Esteves, "Barbadão", parente do fundador do solar, revoltado pelos amores ilícitos de sua filha Inês Pires com D. João I, Mestre de Avis, dos quais veio a nascer o 1º Duque de Bragança, e 8º Conde de Barcelos, D. Afonso. Segundo Felgueiras Gayo, o Dr. Pedro Esteves (n. 1405), fundador do Solar dos Pinheiros, era primo afastado de um outro Pedro Esteves (n. 1320), conhecido como "O Barbadão". Este autor aponta o bisavô do Dr. Pedro Esteves, de nome Estêvão Esteves, como irmão de um outro Pedro Esteves, avô do "Barbadão", do mesmo nome. A segunda versão refere que a figura representada é Tristão Gomes Pinheiro, avô materno de Isabel Pinheiro, enraivecido contra D. Afonso, por não lhe deixar altear mais as torres, para não lhe devassar os Paços Ducais. A terceira versão refere que a figura é igualmente Tristão Gomes Pinheiro protestando contra um cavaleiro do Paço Ducal que manchara a honra de sua filha; *4 - a interpretação desta pedra de armas tem sido a seguinte: as quatro chaves que compõem o brasão simbolizam as 4 ouvidorias da Casa de Bragança cuja jurisdição era administrada pelo Dr. Pedro Esteves; outra interpretação refere que as duas chaves laterais correspondem ao facto do Dr. Pedro Esteves ser "Cavaleiro da Casa Real e da Casa de Bragança" e as duas chaves centrais geminadas indicam a sua condição de cavaleiro casado (NÓBREGA, 1975); *5 - a análise paleográfica e a composição heráldica desta lápide indiciam que é relativamente recente (provavelmente foi copiada da original no séc. 19); *6 - O Dr. Pedro Esteves era filho de Estêvão Anes e Grácia Martins. O seu pai foi companheiro de armas do Condestável, que por carta de 10 de Maio de 1416 lhe doou o reguengo de Alviela. A 3 de Maio de 1427 há notícia de um emprazamento, feito por D. Nuno Álvares Pereira da bouça do Calhabouço, com umas casas pegadas à cadeia, a Estêvão Anes e a sua mulher. O Dr. Pedro Esteves e sua mulher Isabel Pinheiro encontram-se sepultados na capela funerária da torre sineira da Igreja de Nossa Senhora da Oliveira, em Guimarães (v. PT010308340007).

Autor e Data

Isabel Sereno / João Santos 1994 / Joaquim Gonçalves e Filipa Avellar 2005

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