Igreja Paroquial de Seia / Igreja de Nossa Senhora da Assunção

IPA.00007701
Portugal, Guarda, Seia, União das freguesias de Seia, São Romão e Lapa dos Dinheiros
 
Arquitectura religiosa, oitocentista e revivalista neo-barroca. Igreja paroquial de planta longitudinal composta por nave, capela-mor mais estreita, com duas capelas laterais profundas, vários anexos e duas torrea na fachada principal, surgindo, sob uma delas o baptistério, iluminada uniformemente por janelas com os extremos curvos, rasgadas nas fachadas laterais. A fachada principal é do tipo harmónico, flanqueada por duas torres sineiras, resultando, no conjunto, um revivalismo neo-barroco, com as torres rematadas em coruchéus bolbosos e o corpo central rematado em empena contracurva, com cornija de inspiração borromínica, tendo os váos rasgados em eixo, onde surge portal e janelão em arco abatido, com molduras que se juntam, divididas por cornijas contracurvas, semelhantes à do remate, sobrepujado por um nicho de inspiração maneirista, com pilastras toscanas e remate em frontão triangular, elemento que se repete no interior, sobre o arco triunfal. O interior amplo e de inspiração maneirista, rematado por falsa abóbada de berço abatido, percorrido por friso e cornija, possui quatro capelas laterais, profundas e com acessos por arcos de volta perfeita em cantaria, onde surgem estruturas retabulares. Coro-alto assente em pilares de cantaria, com guarda balaustrada, que se prolonga em duas tribunas laterais assentes em mísulas. Confrontantes, dois púlpitos quadrangulares. O arco triunfal é de volta perfeita, ladeado por dois retábulos de talha pintada e dourada, de inspiração tardo-barrica, o mesmo sucedendo com o retábulo de Nossa Senhora de Fátima e o mor.
Número IPA Antigo: PT020912200021
 
Registo visualizado 133 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal composta por nave, capela-mor mais estreita, sacristias, torres sineiras e duas capelas laterais adossadas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, percorridas por embasamento de cantaria, flanqueadas por cunhais apilastrados, firmados por fogaréus, e rematadas em friso, cornija e beirada simples. Fachada principal virada a O., harmónica, com o corpo central rematado em empena curva, sobrepujada por cornija de perfil contracurvo, de inspiração borromínica, onde assenta uma cruz latina, suportada por plinto paralelepipédico; sobre os cunhais, surgem fragmentos de frontão, sobrepujados por fogaréus; é rasgada por portal em arco abatido com moldura recortada, bastante alta na zona superior, com decoração fitomórfica e remate em cornija contracurva do tipo borromínico, com friso denteado que se une à moldura da janela do coro alto, com o mesmo tipo de remate, e ao nicho superior, de volta perfeita e concheado, circunscrito por pilastras e rematado pro frontão triangular, contendo uma imagem do orago. Ligeiramente recuadas, as torres sineiras, de três registos, o inferior com alto embasamento de cantaria e cego, excepto nas faces exteriores, com pequenas janelas rectilíneas, sendo o intermédio de menores dimensões, alteado na zona central, contornando o relógio circular; o terceiro registo possui quatro sineiras em arco de volta perfeita, assente em impostas e com fecho saliente, rematada em friso, cornija e fogaréus laterais, com cobertura em coruchéu bolboso, onse se erguem cataventos. Fachada lateral esquerda, virada a N., rasgada por três janelas rectilíneas no corpo da nave, e uma porta travessa com o mesmo perfil, onde é notória a saliência de uma das capelas laterais, surgindo, no corpo da capela-mor, janelas com os extremos curvos, superiormente com fecho saliente. Fachada lateral direita, virada a S., com três janelas rectilíneas, mas marcada pelo corpo anexo da sacristia e capela, formando dois panos, o de maiores dimensões com um forte ressalto, onde se rasgam duas janelas em arco abatido, encimadas por óculos ovais, uma janela rectilínea e uma porta de verga recta com bandeira; no pano de menores dimensões, surgem vestígios de uma porta, emoldurada a cantaria e actualmente entaipada, antiga porta travessa, encimada por óculo ovalado. No corpo da capela-mor, uma janela semelhante à do lado oposto e pequeno postigo rectilíneo. Fachada posterior em empena com cruz latina no vértice, rasgada por óculo circular em capialço. INTERIOR com paredes rebocadas e pintadas de branco, coberturas em abóbada de berço abatido, com tirantes metálicos e assente em friso e cornija de cantaria, e pavimento em lajeado de granito. Encontram-se divididas em três panos, divididos por pilastras toscanas colossais, de dimensões distintas. O coro-alto assente em três arcadas, a central em arco abatido e as laterais de volta perfeita, sobre pilares toscanos de cantaria, possui guarda balaustrada de madeira e prolonga-se em duas tribunas laterais, assentes em mísulas de talha pintada de branco e com elementos vegetalistas dourados. A janela do coro-alto tem a representação de Santa Maria em vitral. O portal axial encontra-se protegido por guarda-vento de madeira pintada de branco e vidro, marcado por pilastras de fuste estriado, ladeado por duas pias de água benta, hemisféricas, concheadas, executadas em cantaria de granito, a do lado da Epístola exibindo uma inscrição. No sub-coro, debaixo das torres, surge uma pequena capela, junto à qual existe uma sepultura armoriada, protegida por vidro e, no lado da Epístola, o antigo baptistério, com cobertura plana, rebocada e pintada de branco e pavimento em lajeado de granito, com o acesso protegido por grades metálicas vazadas por enrolamentos; no interior, pia baptismal hemis´ferica, assente em grande coluna, tendo, no topo, estrutura em talha dourada, flanqueada por pilastras toscanas, contendo um painel de azulejo em monocromia, azul sobre fundo branco, representando o "Baptismo de Cristo". Na antiga porta travessa da Epístola, surge um confessionário de madeira. Confrontantes, dois púlpitos quadrangulares, assentes em mísula, com guarda plena de madeira pintada e ornada por elementos dourados, com acesso por porta de verga recta com moldura recortada e rematada por cornija, surgindo, ainda, os retábulos laterais dedicados a Santo António (Evangelho) e a São José (Epístola) e a Nossa Senhora de Fátima (Evangelho) e Senhor dos Aflitos (Epístola). Arco triunfal de volta perfeita, com fecho saliente e estriado, assente em pilatras toscanas, sobre o qual surge um friso e cornija, que sustenta nicho em arco de volta perfeita, falqneuado por pilastras toscanas e remate em frontão triangular, contendo o Crucificado. Encontra-se flanqueado por duas estruturas retabulares dedicadas aos Sagrados Corações de Jesus (Evangelho) e Maria (Epístola). Capela-mor com as janelas encimadas por sanefas com decoração vazada, possuindo, na parede testeira, um retábulo de talha pintada de branco e dourado, de planta convexa e um eixo, definido por quatro colunas de fuste liso, decorado com vários elementos vegetalistas, de capitéis corintios e assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos, as exteriores, e em consolas as interiores, que suportam fragmento de frontão; Tribuna em arco de volta perfeita com moldura dourada e percorrida por friso fitomórfico sinuoso, contendo trono expositivo de cinco degraus, sob o qual surge o sacrário embutido; remate em amplo espaldar, decorado com elementos vegetalistas rendilhados, frisos de óvulos, fagmentos de frontão e cornija contracurva; altar em forma de urna, decorado com motivos vegetalistas sinuosos e enrolados; lateralmente, duas estruturas em talha, formando dois apainelasod simples, decorados com elementos vegetalistas, onde surgem duas mísulas com imaginária, sob as quais surgem portas de verga recta de acesso à tribuna.

Acessos

Seia, Largo Dr. José Quelhas Bigotte

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado no cimo de um monte com acesso por calçada íngreme revestida a paralelepípedos, no Jardim do Castelo (v. PT020912200231). Adro sobrelevado com pavimento de paralelepípedos figurando painéis quadrangulares, protegido por grades metálicas com pilares de granito equidistantes e acessos por escadas no lado esquerdo do imóvel e posterior, abrindo em via pública na fachada principal. No lado direito, jardim com o Monumento a Nossa Senhora de Fátima, com cerca de 10 m. de altura, contendo lápide mármore com a inscrição: "Seia foi a sala de visitas da Virgem Peregrina / em 14-5-940 / ---x---/ Por devoção dos senenses benzida esta / Veneranda Imagem de Nossa Senhora de Fátima / em 6-4-952". O jardim é pontuado por árvores, arbustos e bancos de madeira, formando a rodear o monumento, quatro quadros em azulejo com a transcrição dos forais de 1136 e 1479, e duas orações referentes ao ano de Jubileu e a Nossa Senhora da Assunção. Inscreve-se, ainda, uma pequena torre, contendo antiga pia de água benta. Junto à fachada lateral esquerda, pia baptismal antiga, hemisférica e com a taça decorada por estrias. Junto ao imóvel, em nível mais baixo, a Casa da Família Mota Veiga.

Descrição Complementar

No lado do Evangelho, lápide com a inscrição: "Igreja Matriz de Seia / Restaurada e reaberta ao culto / em 5.5.96 / com a Presença do EXMO. PRELADO / DA DIOCESE D. ANTÓNIO DOS SANTOS / SENDO REITOR PADRE JOAQUIM TEIXEIRA". No pavimento, junto ao baptistério, sepultura protegida por vidro, com inscrição delida em latim, em que se percebe a data "1869", surgindo quatro vieiras, uma coroa e pedra de armas. Nas paredes da nave, quadros a representar os passos da Via Sacra. Na pia de água benta do lado do Evangelho, a inscrição "O A.T.S.V. / 1869". As primeiras capelas laterias são semelhantes, rasgadas no muro, com acesso por arco de volta perfeita em cantaria, com fecho saliente. No topo, surgem três apainelados em arcos de volta perfeita, com o fundo pintado de vermelho, a imitar o adamascado, rodeado por molduras dourados e encimados por elmentos vegetalistas com a mesma tonalidade; possuem altares em forma de urna, em cantaria de granito, com o frontal ornado por elmentos fitomórficos, o do lado do Evangelho envolvido por almofadado. A Capela de Nossa Senhora de Fátima é bastante profunda, com paredes percorridas por embasamento de cantaria, rebocadas e pintadas de branco, com coberutra em abóbada de berço de cantaria, assente em friso e cornija, e pavimento em lajeado. Confrontantes, surgem duas portas laterais, de verga recta e moldura recortada em cantaria. Tem retábulo de talha pintada de branco com apontamentos dourados, de planta côncava e um eixo definido por quatro colunas de dutes liso e com elementos vegetalistas, capitéis coríntios e assentes em consolas, que sustentam fragmentos de frontão e urnas, e por duas pilastras de fustes almofadados, assentes em plintos paralelepipédicos; a concavidade exterior dá lugar a uma tribuna côncava, ampla e circular, com quatro colunas interiores, semelhantes às anteriores, contendo o orago, com cobertura em falsa semi-cúpula, ornada por elementos vegetalistas; na basem sacrário embutido com remate com cornija contracruva, de inspiração borromínica, sobre a qual evoluem elementos vegetalistas vazados, com a porta ornada pelas iniciais "AM". Fronteira, a Capela dedicada a Cristo, muito profunda, com acesso por pilastras toscanas em cantaria, com cobertura em falsa abóbada de berço e paredes com painéis de azulejo representando a "Ressurreição de Cristo" e o "Baptismo de Cristo". Na parede de topo, um painel rectilíneo, forrado, enquadra a imagem do Crucificado, estando ladeado por dois pilares de cantaria, que sustentam imaginária, constituindo um Calvário. Os retábulos colaterais são semelhantes, de talha pintada de branco e dourado, de planta convexa e um eixo definido por duas colunas coríntias com o terço inferior marcado e por dois quarteirõres, assentes em duas ordens de plintos paralelepipédicos; ao centro, nicho em arco de volta perfeita com moldura dourada e o fundo pintado de vermelho, contendo peanha com o respectivo orago; na base, sacrário embutido, levemente em ressalto, com a porta ornada por ostensório; a estrutura remata em frontão interrompido, decorado com amplo resplendor e as inicias "AM" no lado do Evangelho e um Sol no oposto, encimado por três urnas unidas por festões. As janelas da capela-mor têm vitrais com temas eucarísticos, representando a "Última Ceia" no lado do Evangelho e uma custódia no lado da Epístola.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese da Guarda)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

ESCULTORES: José Ferreira Tedim (1945); José Maria Vieira (1879-1886). DIRECTOR DA OBRA: Dr. José Maria Pinto de Mendonça Arrais (1843). DOURADOR: Manuel Gabriel da Fonseca. PEDREIRO: José Bento Júnior (1896). PINTOR: Lucas de Almeida Marrão (1880). PINTOR de AZULEJO: Fábrica Aleluia; PINTOR-DOURADOR: Manuel Gabriel da Fonseca (1898-1901).

Cronologia

1080 - Seia era sede de um distrito eclesiástico dependente de Coimbra, englobando Gouveia, Celorico, Seia, Oliveira do Hospital, Arganil, Tábua e parte de Góis; 1131, 22 Agosto - primeira referência ao arcediagado de Seia, sendo o primeiro arcedíago D. Pascácio Nunes; 1136 - primeira referência à igreja matriz, no foral de Afonso Henriques, sob a invocação de Santa Maria; criação de uma Colegiada; 1258 - era reitor da Colegiada de Santa Maria D. João Pedro; 1320, 23 maio - bula do Papa João XXII concedendo a D. Dinis, por três anos, para subsídio de guerra contra os mouros, a décima de todas as rendas eclesiásticas do reino, sendo a igreja taxada em 400 libras e os raçoeiros em 200; integra o termo de Seia e o bispado de Coimbra; 1574 - a igreja pertence ao padroado real e integra a Diocese de Coimbra; 1577 - primeiro registo de óbito; 1580 - primeiros registos de baptismo e casamento; 1580 / 1586 - o primeiro pároco conhecido foi António de Figueiredo, tendo como vigário Diogo de Figueiredo; primeiro assento de óbito no interior do imóvel, junto à capela de Santo António; 1600 - tinha três confrarias, a do Santíssimo Sacramento, a de Nossa Senhora do Rosário e a de Santo António; séc. 18, 2.ª metade - tinha uma irmandade de clérigos, possuindo como patrona Nossa Senhora da Assunção e a Irmandade das Almas; 1753 - era colegiada do Padroado Real, sendo o pároco reitor e tinha 4 beneficiados, com o rendimento de 200$000 réis cada; o reitor recebia 40$000 réis e o pé de altar; tinha 5 altares, o mor, dedicado a Nossa Senhora da Assunção, de Nossa Senhora do Rosário, Santo António, Santa Catarina e Nossa Senhora da Conceição; 1786, 8 Agosto - é desmembrado o arcediagado de Seia, por decreto do bispo-conde, D. Francisco de Lemos Faria Pereira Coutinho *1; criação do arciprestado de Seia; 1810 - com a 3.ª invasão francesa foi incendiada, ficando completamente em ruínas e o culto passou para a Igreja da Misericórdia; na sequência foi enviada uma memória ao bispo de Coimbra, com a descrição: "A Senhora da Assunção é o orago da Igreja que está colocada no altar-mór, onde está o Santíssimo Sacramento, em cujo altar e tribuna estão também as imagens da Mártir Santa Antonina, natural da mesma vila e São Francisco e outras mais imagens que se acham na mesma igreja, que tem quatro colaterais, da parte direita, de Santo António, Nossa Senhora da Conceição e da parte esquerda, Nossa Senhora do Rosário e Santa Catarina (...) Nela há uma numerosa Irmandade das Almas"; 1823 - primeiro livro existente da Confraria do Santíssimo Sacramento, sendo reitor o Padre Pedro José da Costa e Juíz Dr. José da Mota Veiga; juntam aos seus bens os que exitstiam das Capelas de Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora da Conceição e Santo António; 1826 - a Confraria do Santíssimo tinha 6 propriedades e 6 prazos em São Martinho, a par de oliveiras em locais diversos; 1833, 31 Julho - extinção da Colegiada, sendo todos os bens nacionalizados; 1842, 25 Setembro - a Misericórdia emprestou 40$000 réis para a execução da matriz, a pedido do reitor José Luís Marrão; 1843 - início da construção do imóvel, reutilizando parte da pedra do primitivo castelo, que se achava muito arruinado *2; a Misericórdia passou a contribuir com 60$000 réis anuais, passando a 100$000, o que durou até 1887; grande contribuição monetária do fidalgo da Casa das Obras, Dr. José Maria Pinto de Mendonça Arrais, o qual dirigiu os trabalhos; 1851 - a Confraria do Santíssimo contribui com 120$000 par a reconstrução da Igreja, passando a dar 100$000 anuais até 1868; 1859, 24 Abril - sepultado junto ao baptistério Dr. José Maria Pinto de Mendonça Arrais; 1869 - data na sepultura junto ao baptistério; 1876 - colocação do relógio na torre sineira; 1879 - execução do retábulo da antiga capela do Santíssimo, importando em 300$000; 24 Agosto - chega à igreja a imagem do Sagrado Coração de Jesus, executado por José Maria Vieira de Braga, por 202$885 réis, acrescidos e 90$115 réis de um cristal polido e despesas de transporte; 1880, 17 Dezembro - oferta de uma banqueta pelo pintor Lucas de Almeida Marrão, por ele executada; o mesmo executou as bandeiras das Confrarias do Santíssimo, dos Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria; 1881, Outubro - chegada da imagem do Imaculado Coração de Maria, executada por José Maria Vieira, custando 266$780, o qual recebeu de gratificação 9$000, pela perfeição da mesma; 30 Novembro - transferência para a diocese da Guarda; 1883 - chegada da imagem de Nossa Senhora da Assunção, efectuada por José Maria Vieira, custando 290$000; 1886, Janeiro - benção da imagem do Senhor dos Aflitos, executada pelo mesmo e custando 175$559; 1891, 10 Maio - Jaime de Sena Cunhal ofereceu uma coroa de prata a Nossa Senhora da Conceição; 1896, Novembro - conclusão da torre sineira do lado direito, efectuada pelo pedreiro José Bento Júnior, de Nespereira, sendo subsidiada pelo Partido Regenerador, com donativo alcançado por Dr. Amândio Eduardo da Mota Veiga; o mesmo pedreiro efectuou os muros do jardim e o anexo, para o qual foi removido o terreiro do primitivo cemitério; os muros foram construídos com pedra proveniente do derrubado edifício da Conservatória; em frente ao portal axial, foi colocada uma fonte central, com tanque e uma bica virada ao lado S.; 1898 -1901 - douramento dos retábulos, por Manuel Gabriel da Fonseca, de Aldeia das Dez, por 800$000, por iniciativa de Artur Augusto da Costa e António de Almeida Melo e Sena; séc. 20 - execução dos azulejos da Capela do Calvário pela Fábrica Aleluia, de Aveiro; 1908 - reparos na igreja por 7$740; 1910 - execução de um jogo de sacras por 5$500; 1928 - 1929 - construção do coreto pela Junta de Freguesia, por 3.796$90; 1938 - 1939 - transferência do Monumento aos Mortos da Grande Guerra da Avenida dos Combatentes para o jardim da Igreja, o qual havia sido construído em 1926 por subscrição pública, iniciativa do jornal "A Voz da Serra". 1940 - aquisição de uma casa paroquial, por subscrição pública; 1945, 13 Outubro - o altar do Santíssimo Sacramento foi consagrado a Nossa Senhora de Fátima, sendo executada a imagem pelo escultor bracarense, José Ferreira Tedim; 1951, 6 Abril - erguida a imagem de Nossa Senhora de Fátima sobre o monumento aos Mortos da Grande Guerra, que se encontrava inacabado, com autorização camarária; a imagem é da autoria de José Ferreira Tedim; 1972, Outubro - conclusão das obras que adaptaram a primitiva Capela do Senhor dos Aflitos em baptistério; 1996, 5 Maio - reabertura ao público com a presença do bispo da Guarda, D. António dos Santos.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura em alvenaria de granito, rebocada e pintada; cunhais, pilastras, cornija, modinaturas, coruchéu, embasamento, pilares, nichos, pavimentos, altares, pias de água benta, pia baptismal em cantaria de granito; coberturas, confessionário, coro-alto, portas, púlpitos, tribunas, retábulos de madeira; tirantes e grade do baptistério em ferro; janelas com vidro simples ou vitral; azulejo industrial na Capela do Santo Cristo; cobertura em telha.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de (coord.), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; AZEVEDO, José Correia de, Inventário Artístico Ilustrado de Portugal, vol. IV - Beiras, Lisboa, 1992; BIGOTTE, Padre Dr. J. Quelhas, Monografia da Cidade e Concelho de Seia - História e Etnografia, 3.ª ed., Seia, 1992; CASAL, Dr. Manuel da Mota Veiga, A vila de Seia - subsídios históricos, Seia, 1999; COSTA, P. António Carvalho da, Corografia Portugueza..., 2.ª ed., tomo II, Braga, 1868 [1.ª ed. de 1712]; Inventário Colectivo dos Registos Paroquiais, vol. I, Lisboa, 1993; SERRÃO, Joaquim Veríssimo - Livro das Igrejas e Capelas do Padroado dos Reis de Portugal - 1574. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian Centro Cultural Português, 1971.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

JFS: 1911 - obras na zona envolvente, no total de 200$000; 1924 / 1925 - obras na zona envolvente por 2.554$25.

Observações

*1 - contudo, conservou-se o título honorífico de arcedíago de Seia, conservando uma cadeira vaga no coro da Sé. *2 - 910 - o castelo fora tomado por Ordonho II, mas foi retomado pelos muçulmanos com Almançor, rei de Córdova, em 985 e, em 1055, foi conquistado por Fernando Magno.

Autor e Data

Paula Figueiredo 2008

Actualização

 
 
 
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