Igreja Paroquial de Mêda / Igreja de São Bento

IPA.00007680
Portugal, Guarda, Mêda, União das freguesias de Mêda, Outeiro de Gatos e Fonte Longa
 
Arquitectura religiosa, quinhentista e barroca. Igreja paroquial de planta retangular, composta por três naves escalonadas, com cinco tramos, definidos por colunas toscanas, capela-mor, mais estreita e baixa, e sacristia adossada à fachada lateral esquerda, com coberturas interiores diferenciadas, de masseira e um pano nas naves central e laterais, respectivamente, e em falsa abóbada de berço com caixotões pintados, na capela-mor, iluminada por janelas em capialço, rasgadas na fachada lateral direita. Fachada principal em empena truncada por dupla sineira, rasgada por portal em arco de volta perfeita, flanqueado por colunas. Fachadas rematadas em cornija, as laterais com portas travessas em arco de volta perfeita, a direita com tratamento semelhante ao axial. Interior em acentuado declive, com acesso por escadas descendentes, com capelas laterais com molduras de cantaria, integrando retábulos de talha dourada e policroma, dos estilos maneirista e barroco nacional. No lado do Evangelho, sobre plataforma elevada, num recurso normal na zona, a pia baptismal gomeada e assente em plinto torso. Adossado a uma coluna, surge o púlpito seiscentista, de planta poligonal e guarda plena almofadada. Arco triunfal bastante amplo, de volta perfeita, assente em pilastras com dupla moldura, flanqueado por retábulos de talha dourada do barroco nacional. Capela-mor com retábulo de talha dourada do estilo nacional e cobertura em caixotões com temática hagiográfica. Integra-se na tipologia das igrejas quinhentistas da Ordem de Cristo, com paralelo nos templos dos distritos de Santarém e Castelo Branco, apresentando bastantes semelhanças com a Igreja Matriz de Ferreira de Aves (v. IPA.00003728) e de Ranhados (v. IPA.00007697), pertencentes à mesma Ordem militar.
Número IPA Antigo: PT020909090045
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta retangular composta por três naves, de cinco tramos, capela-mor mais estreita e baixa, com sacristia adossada ao lado esquerdo, de massa simples, de disposição horizontal, e coberturas diferenciadas em telhados de duas águas, a da capela-mor prolongando-se em aba sobre a sacristia. Fachadas em cantaria de granito, de aparelho isódomo, rematadas em friso, cornija e beiral. Fachada principal virada a O., em empena elevada e truncada na zona central por campanário de dupla sineira em arco de volta perfeita, assente em impostas salientes, rematado por cornija e pequenos elementos de cantaria formando dentes de serra, rematados por pequenos elementos vegetalistas, o central proeminente; no lado direito, na espessura do muro, surge uma janela jacente, protegida por caxilharia de alumínio, permitindo a iluminação do acesso aos sinos. É rasgada por portal em arco de volta perfeita, de dupla arquivolta e com moldura formada pelas aduelas do arco, ladeada por duas colunas toscanas, assentes em plintos paralelepipédicos, com as faces almofadadas, que sustentam entablamento; possui porta de duas folhas de madeira almofadada, criando seis apainelados ornados por motivos eucarísticos e vegetalistas. Fachada lateral esquerda virada a N., marcada por algumas cruzes incisas no muro, rasgada por portal em arco de volta perfeita, com moldura boleada formada pelas aduelas do arco; tem porta de duas folhas de madeira almofadada; no lado esquerdo, surge o corpo da sacristia, com porta de verga recta dintelada na face O., com acesso por escadas de seis degraus, que vencem o desnível do terreno, surgindo, no lado oposto, pequena fresta jacente, em capialço. Fachada lateral direita virada a S., rasgada por porta travessa de estrutura semelhante ao portal axial, mantendo pequenos vasos sobre a cornija do remate, com acesso por dois degraus; surgem, ainda, duas janelas rectilíneas em capialço, na nave, e uma terceira na capela-mor. Fachada posterior com amplo embasamento escalonado, vencendo o desnível do terreno, rematada em frontão triangular, com cruz latina no vértice, sobre pequena mísula, que assenta em dois círculos; é flanqueada por cunhais apilastrados, firmados por pináculos piramidais com bola. INTERIOR do corpo da igreja marcado pelas colunas que dividem as naves, de fuste liso e capitel simples, as que se encontram junto à parede fundeira, de menores dimensões; é rebocado e pintado de branco, percorrido por lambril de madeira envernizado, com pavimento, formando um declive na direcção da capela-mor, em lajeado de granito e coberturas diferenciadas, em vigamento de madeira, a central em masseira e as laterais de um pano. Acesso por portal axial de perfil em arco abatido, tendo, no lado do Evangelho, pequena plataforma rectílinea, constituindo o baptistério, onde se implanta pia baptismal de cantaria, com base circular, ornada por toros torsos, e taça hemisférica gomeada e ornada por cruz de Calatrava, coberta por tampa de madeira piramidal. Junto a esta, confessionário de madeira, com vão trilobado e remate em pináculos e empena rendilhada. No lado oposto, surge pequena escada de madeira que acede a vão rectilíneo, que permite a ligação ao campanário. No lado do Evangelho, a Capela de Santo António em cantaria de granito, constituída por um nicho em arco de volta perfeita com moldura formada pelas aduelas, flanqueado por colunas toscanas assentes sobre altos plintos paralelepipédicos, rematando em friso e cornija; no intradorso do nicho, surgem pinturas murais, tendo fundo rosa e elementos concheados e acantos de azul e dourado; no interior, estrutura retabular de talha dourada, de planta recta e um eixo definido por duas colunas torsas, ornadas por pâmpanos e duas pilastras com os fustes decorados por elementos entrelaçados, que se prolongam em duas arquivoltas unidas no sentido do raio, constituindo o ático; ao centro, painel de volta perfeita pintado a imitar brocados. No lado da Epístola, a Capela de São Miguel, inserida num nicho em arco apontado, com moldura de cantaria, que enquadra estrutura retabular de talha policroma de verde, vermelho e preto, tendo espaço vazio com pé quadrangular para suporte de altar. No lado do Evangelho, adossado a uma coluna divisória da nave, púlpito circular, em cantaria de granito, sustentado por coluna do tipo balaústre, com anel cordiforme na base, que está num nível inferior ao do pavimento actual; possui guarda plena de cantaria, facetada e almofadada, rematando em pequena cornija; tem acesso por escadas do mesmo material. As portas travessas, confrontantes, encontram-se protegidas por guardas-vento de madeira e vidro fosco, ladeadas por pias de água benta em cantaria de granito, em forma semiesférica e gomeada, com bordo saliente, pequeno pendente inferior e enquadrada por espaldar contendo cruz grega. Arco triunfal de volta perfeita, com moldura contracurvada a enquadrar pequena pilastra central, ostentando pinturas murais decorativas, directamente sobre a pedra, em tons de azul, vermelho e dourado, repintadas com verniz; os motivos utilizados repetem dois módulos, um rosetão inscrito em losango no centro e rosetão envolvido por acantos nas ilhargas. Encontra-se flanqueado por capelas retabulares, dedicadas ao Sagrado Coração de Jesus, no Evangelho, e a Nossa Senhora de Fátima, na Epístola. Junto ao primeiro, surge uma pedra sepulcral com inscrição delida. Capela-mor elevada por dois degraus, com paredes e pavimento semelhante ao das naves e cobertura em falsa abóbada de berço em caixotões pintados, com molduras douradas e assente em friso, cornija e mísulas equidistantes, apresentando tirante metálico; forma 5x7 caixotões de temática hagiográfica. Sobre supedâneo de dois degraus, surge o retábulo-mor de talha dourada, de planta recta e três eixos definidos por seis colunas torsas ornadas por pâmpanos, assentes em plintos paralelepipédicos com as faces decoradas por acantos, e por amplas consolas em cantaria, pintadas com marmoreados fingidos a vermelho e azul, que se prolongam em três arquivoltas, a exterior abatida, unidas no sentido do raio, formando o ático, apresentando, no fecho, a coroa de espinhos e os três cravos do martírio de Cristo; ao centro, ampla tribuna em arco de volta perfeita com o interior pintado e com trono eucarístico, tendo, na base, sacrário embutido, sublinhado por frontão curvo decorado por cálice; nos eixos laterais, painéis rectilíneos pintados com acantos, contendo mísulas com imaginária. Altar paralelepipédico ornado por profusão de concheados dourados e sanefa, flanqueado por dois vãos rectilíneos, o da Epístola de acesso à tribuna, protegidos por portas de madeira almofadadas e pintadas. No lado do Evangelho, porta de verga recta de acesso à sacristia, com tecto plano, arcaz de madeira e lavabo em cantaria, com espaldar rectilíneo a enquadrar o nicho do reservatório e ampla bica em forma de carranca, que jorra para taça também rectilínea.

Acessos

Mêda, Largo da Igreja, Rua São Bento (fachada lateral esquerda)

Protecção

Incluído na Zona de Proteção do Pelourinho de Mêda (v. IPA.00001594)

Enquadramento

Urbano, isolado, implantado no centro de um pequeno largo em ligeiro declive, conformado por casas de habitação e pavimentado a cubos de granito e guias do mesmo material, formando quadrícula. Junto à fachada principal, surgem: uma casa de habitação (n.º 101 a 104), integrando um nicho embutido no muro, formando umas Alminhas desactivadas (v. IPA.00030262), o Pelourinho (v. IPA.00001594) e o Museu Municipal (v. IPA.00030233). Adossado à fachada posterior, encontra-se o denominado Chafariz da Praça, datado de 1896 (v. IPA.00007687). Adossado à fachada principal, no lado direito, um banco de cantaria e, junto à fachada lateral direita, forma-se um pequeno adro aberto, pavimentado a lajeado de granito, onde se implantam bancos de cantaria, alguns adossados à fachada, e algumas floreiras metálicas, pintadas de verde.

Descrição Complementar

Retábulo de São Miguel de planta recta e um eixo definido por duas colunas jónicas com o terço inferior marcado, assentes em plintos cúbicos com as faces almofadadas, formando um círculo inscrito em cruz; ao centro, painel rectilíneo pintado, a representar São João Baptista e Santiago, que enquadram mísula com a imagem do orago; sobre friso pintado e com querubins em alto-relevo, tímpano semicircular com a representação da Virgem da Misericórdia, com enorme manto a proteger duas figuras ajoelhadas; na predela, painel pintado com São Pedro e São Paulo, a enquadrar a seguinte inscrição: "HOC EST ENIM CORPVS MEV / HIC EST ENIM CALIX SAN / GVINIS MEI NOVI ET ETE / RNI TESTAMENTI MY / STERIVM FIDEI Q / VI PROVOBIS ET PRO / MVLTIS EFVNDETVR / IN REMISSIONEM P / ECCATORVM". [Mateus, 26, 26]. Os retábulos colaterais são semelhantes, de talha dourada, de planta recta e três eixos definidos por quatro colunas torsas, ornadas por pâmpanos e assentes em consolas, as exteriores encimadas por pináculos; ao centro, nicho em arco de volta perfeita, com o fundo pintado de vermelho, contendo mísula com a imagem do orago; os eixos laterais são preenchidos por apainelados totalmente decorados por acantos; remate em arquivolta que prolonga as colunas centrais, encimada por cornija sustentada por consolas, sobrepujada por pináculos e elemento decorativo, com enrolamentos e motivos vegetalistas, e flanqueada por pequenas aletas que se apoiam no friso e cornija dos eixos laterais; altares paralelepipédicos com cartela central recortada, contendo iniciais, "IHS" no lado do Evangelho e "MARIA" no da Epístola, rodeado por encanastrados, concheados auriculares e acantos; o costado lateral direito apresenta laçarias, túlipas estilizadas, acantos e enrolamentos. Capela-mor com caixotões, apresentando, na fiada central, Cristo e a Virgem Maria, na variante de Cristo Redentor, Cristo Salvador do Mundo, Nossa Senhora da Conceição e Nossa Senhora da Assunção, surgindo, nas fiadas imediatas, os Apóstolos: São Paulo, Santo André, São Bartolomeu, Santiago, São Filipe, São Pedro e São João Evangelista. Nas fiadas exteriores, santos mártires e santos fundadores de ordens religiosas: São Lourenço, Santa Águeda, São Francisco Xavier, São Domingos, Santa Isabel, Santa Maria Madalena, Santa Helena, Santo Inácio, São Francisco, Santa Teresa de Ávila, Santa Inês, Santa Clara e São Gregório Magno. Na sacristia, armário de madeira com portas almofadadas, destinado a paramentaria, tendo, no remate contracurvado, uma cartela rodeada por enrolamentos e acantos, contendo a inscrição: "Hé para os / Ornatos da / Confraria do / Santíssimo / Ano 1784". Mesa de altar de madeira, com amplo pé em falsos balaústres ornados por pâmpanos; junto ao altar-mor, quatro tocheiros pintados de preto e dourado.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Lamego)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16 / 17 / 18 (conjectural)

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1320, 23 maio - bula do Papa João XXII concedendo a D. Dinis, por três anos, para subsídio de guerra contra os mouros, a décima de todas as rendas eclesiásticas do reino, sendo a igreja taxada em 130 libras, não sendo a comenda taxada; pertence à Ordem de Cristo e integra o bispado de Lamego; séc. 15, final - o 11.º Mestre da Ordem de Cristo, D. Manuel, contribuiu para a construção do imóvel; 1507, 28 Outubro - Frei Francisco e o escrivão Rodrigo Ribeiro visitaram a igreja, procedendo a uma breve descrição da mesma *1; nesta data, o capelão era Fernão de Morais, pago pelo Comendador, o qual era obrigado à fábrica da capela-mor e altares de fora; procedeu-se a um inventário dos ornatos preciosos, enumerando-se uma cruz de prata com crucifixo, um cálice de prata velho, vestimentas de chamalote e de linho, um missal romano e duas toalhas da Flandres, dadas por Garcia de Melo; o visitador ordenou a feitura de ferros para as hóstias, uma âmbula para óleo, dois panos negros, lajeamento da capela-mor e fazer o degrau de pedra do altar; os fregueses são obrigadas à feitura de uma plataforma para a pia baptismal, semelhante à existente em Longroiva, os degraus da porta principal, a pia de água benta, e o pavimento de pedra até aos altares; 1561 - primeiros registos de baptismo e óbito; 1562 - primeiro assento de casamento; séc. 17, início - execução do púlpito e do retábulo de São Miguel; séc. 18 - obras de remodelação, sendo possível que, nesta data, se tivessem executado os retábulos mor e colaterais, a pintura do arco triunfal, o retábulo de Santo António e os caixotões da capela-mor; na descrição de D. Joaquim de Azevedo, é referida, tendo como vigário Frei António Soares de Abrunhosa, da Ordem de Cristo, nomeado pela Mesa da Consciência e Ordens, com 22$000, 80 alqueires de centeio, 127 de trigo, 150 de cevada, 104 almudes de vinho mosto, cera, incenso, sabão e o pé de altar; tinha um coadjutor, também da Ordem de Cristo, com 5$000, 15 alqueires de trigo e 70 almudes de vinho; o tesoureiro recebia 4$000, 87 alqueires de trigo, 5 almudes de vinho, dando as hóstias e vinho para as missas; tinha 2 capelas particulares, dedicadas a Santo António, pertencente ao capitão-mor Francisco Correia de Lacerda, e a de São Miguel, de António Luís Saraiva; séc. 18, 2.ª metade - execução da pintura do intradorso do nicho da Capela de Santo António e feitura dos altares dos retábulos mor e colaterais; 1758, 7 Maio - nas Memórias Paroquiais, assinadas por Frei Manuel Leal Pimentel, refere que a povoação pertencia ao bispado de Lamego, da comarca de Pinhel, pertencendo ao rei e com 250 vizinhos; tinha 5 altares, 3 do povo, o mor e os colaterais, o do Evangelho dedicado ao Santo Nome de Jesus e o da Epístola a Nossa Senhora do Rosário; os restantes eram particulares e dedicados a São Miguel e Santo António; tinha as irmandades de Nossa Senhora do Rosário, Almas e Santo Passos; constituía vigararia, sendo o vigário frade da Ordem de Cristo, apresentando pela Mesa da Consciência e Ordens, com 150$000 de rendimento, tendo um coadjutor, também da Ordem, com 60$000 e um sacristão com 40$000, também apresentado pela Mesa; a igreja tinha "de cada lado, cinco colunas, donde se fizeram linhas para sustentar a igreja"; 1784 - execução de um armário para as vestes da Irmandade do Santíssimo Sacramento; 1930, 22 Fevereiro - inventário das alfaias e imaginária da igreja, assinado pelo Padre Álvaro Gomes dos Santos; 1949, 15 Fevereiro - inventário dos objectos afectos ao culto do Sagrado Coração de Jesus; levantamento dos objectos de culto de Nossa Senhora do Rosário, assinalando-se a existência de uma banqueta dourada, nova; séc. 20, 2.ª metade - feitura das pias de água benta para ladear as portas travessas.

Dados Técnicos

Estrutura autoportante.

Materiais

Estrutura em cantaria de granito, interiormente rebocada; colunas, cornijas, modinaturas, púlpito, pias de água benta, lavabo da sacristia, pia baptismal, banco do retábulo-mor, pavimento e degraus em cantaria de granito; coberturas interiores, lambris, mesa de altar, confessionário, guardas-vento, mísulas, tocheiros, arcaz, armário da sacristia, portas e bancos de madeira; retábulos de talha dourada e policromada; cobertura exterior com telha de aba e canudo; janelas e guardas-vento com vidro simples; vão de iluminação do acesso à sineira, em caixilharia de alumínio; sinos em bronze; reforços das portas em ferro.

Bibliografia

CORREIA, Virgílio, A Pintura a Fresco em Portugal, Lisboa, 1921; ALMEIDA, José António Ferreira de (coord.), Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; DIAS, Pedro, Visitações da Ordem de Cristo de 1507 a 1510 - aspectos artísticos, Coimbra, 1979; RODRIGUES, Adriano Vasco, Terras da Mêda. Natureza e Cultura, Mêda, 1983; Inventário Colectivo dos Registos Paroquiais, vol. I, Lisboa, 1993; SIÃO, José, Vila de Mêda e seu concelho, s.l., 1997; CD Portugal Século XXI - Guarda, Matosinhos, 2001; RODRIGUES, Adriano Vasco, Terras da Mêda - natureza, cultura e património, monografia, 2.ª ed., Mêda, 2002.

Documentação Gráfica

Proprietário

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID; Arquivo " Mural da História "

Documentação Administrativa

Proprietário; DGERU; DGARQ/TT: Dicionário Geográfico (Memórias Paroquiais, vol. 23, fl. 675)

Intervenção Realizada

Séc. 19 - intervenção no retábulo-mor, com introdução de novo sacrário e remodelação da pintura da tribuna e do trono; arranjo do remate dos retábulos colaterais; DGERU / Proprietário: 1983 - remodelação da cobertura, com remoção da primitiva e do tecto em estafe; feitura de vigamentos em betão armado e colocação de telha romana, coberta por telha de canudo; impermeabilização da ligação do telhado às paredes; assentamento de asnas de madeira; colocação de laje em betão sobre a sacristia; reboco exterior; restauro dos portais axial e da fachada lateral direita, com substituição de cantaria; colocação de novas portas e dos guardas-vento; arranjo das coberturas e execução de escadas no interior para acesso ao confessionário; abertura de uma janela em capialço na fachada lateral direita; colocação de lambril de madeira nas paredes da nave e capela-mor; séc. 21, início - intervenção de restauro nas pinturas dos caixotões do tecto da capela-mor .

Observações

*1 - nesta descrição, refere que "(...) tem a oussia as paredes de alvenaria de pedra e barro caseladas de dentro e bem pintadas a fresco olivelada em painéis de madeira de castanho e pintada"; prossegue, dizendo que tem um altar de pedra, contendo um armário pintado, onde se guardam os ornatos, óleos e livros; na parede do altar, pintadas a fresco, as imagens da Virgem e São Bento, mandadas fazer pelo comendador Garcia de Melo; ao lado do arco, dois altares com imagens pintadas e, sobre ele, um Crucifixo, Nossa Senhora e São João, sendo toda a parede pintada a fresco; "E assim as paredes de um cabo e do outro são pintadas com muitas imagens até às portas travessas"; tinha 3 portais e, num ângulo, um campanário de pedra, com dois sinos e, dentro da Igreja, uma campainha; as paredes da igreja eram de alvenaria de pedra e barro caseladas de dentro, excepto a do portal principal, em cantaria, tendo cobertura de madeira e telha vã (RODRIGUES, 1985, p. 153).

Autor e Data

Paula Figueiredo 2006

Actualização

João Almeida (Contribuinte externo) 2018
 
 
 
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