Edifício Termal de Longroiva / Termas de Longroiva

IPA.00007677
Portugal, Guarda, Mêda, Longroiva
 
Arquitetura de saúde, do séc. 19. Edifício oitocentista de linguagem clássica, de planta retangular simples, com fachadas de dois registos separados por friso de granito, rasgadas simetricamente por vãos de verga reta no piso térreo e em arco de volta perfeita no piso superior, sendo estes envolvidos por molduras de granito com pendentes em forma de brinco, percorridas por embasamento e terminadas em friso e cornija sobreposta por entablamento, alteado no corpo central da fachada principal, formando frontão triangular simples.
Número IPA Antigo: PT020909070042
 
Registo visualizado 82 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Saúde  Termas    

Descrição

Edifício de planta retangular, de massa simples e desenvolvimento horizontal, com cobertura em telhados de quatro águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, rasgadas simetricamente por vãos emoldurados, enquadradas por pilastras de cantaria de granito, desenvolvidas em dois registos marcados por friso de cantaria, percorridas por embasamento e rematadas por friso e cornija sobreposta por entablamento. Fachada principal virada a O., marcada por três panos, sendo o central rasgado por porta principal em arco abatido, encimada por janela de sacada, em arco de volta perfeita, protegida por grades de ferro, rematado em frontão triangular simples. Panos laterais, simétricos, rasgados no piso térreo por quatro janelas de verga reta com brincos e quatro janelas em arco de volta perfeita, igualmente com brincos, no piso superior. Fachadas N. e S. Simétricas, rasgadas por três vãos em cada piso, seguindo a mesma linguagem da fachada principal. Fachada posterior voltada para o monte, rasgada por vãos semelhantes aos das restantes fachadas. INTERIOR não observado.

Acessos

Rua da Corredoura

Protecção

Em estudo

Enquadramento

Rural, isolado, ergue-se a NE da povoação, em cota rebaixada, com a fachada principal voltada para a EN-331, que liga a freguesia à sede do concelho para O. e ao IP2 para E.. A envolvente é marcada por uma paisagem marcadamente rural, onde predominam as culturas da vinha, da amendoeira e da oliveira.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Saúde: termas

Utilização Actual

Saúde: termas

Propriedade

Pública: Municipal

Afectação

Natura Empreendimento S.A.,

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Período Romano - Vestígios arqueológicos apontam para o uso das águas termais de Longroiva pelos romanos; Idade Média*1 - as termas de longroiva foram pertença da Ordem dos Templários, passando no tempo de D. Dinis, depois da extinção, para a Ordem de Cristo; Séc. 17 - surgem as primeiras referências históricas sobre o valor medieval das referidas águas (Rodrigues, 1983, p. 336); 1726 - no Aquilégio Medicinal, primeiro inventário de águas minerais naturais de Portugal Continental, são referidas as qualidades das águas de Longroiva, que apesar das das ruínas dos banhos, continuam a ser procuradas pelos enfermos; 1758 - Frei José Soares, vigário da Ordem de Cristo, fala sobre o efeito medicinal da água e refere que os banhos se encontravam destruídos, devido às inundações e à falta de meios económicos; 1810 - o estado ruinoso das termas impõe a sua reconstrução, realizada pela Junta de Paróquia com as esmolas dadas à Senhora do Torrão, padroeira de Longroiva; com os rendimentos dos banhos que eram pagos pelas pessoas que vinham de fora de Longroiva, fazia-se a festa em honra da Senhora do Torrão; 1815 - o Sr. Manuel José Lobão, corregedor de Trancoso, mandou reparar os banhos; 1821 - publicidade relativa às termas; 1844 / 1845 - Magalhães e Vasconcelos, na Revista Universal Lisbonense (tomo IV), publicou um artigo sobre longroiva e as suas águas minerais; 1878 / 1881 - a Câmara Municipal de Mêda construiu o atual edifício termal, comparticipando com 18 000$000 reis, nunca se chegando a finalizar as obras no interior do mesmo; séc. 20, anos 40 - decadência do complexo termal; 1974 - inicia-se a recuperação do imóvel, requerendo-se, complementarmente, um estudo médico-experimental das águas e um projeto para a construção de novas instalações; 2008, 3 Março - despacho da Ministra da Saúde legalizando as termas e definindo as suas valências, na área de tratamentos do aparelho respiratório, reumáticas e músculo-esqueléticas; construção de um novo edifício termal; 2010 / 2011 - construção do novo balneário; 2013 - as Termas de Longroiva são concessionadas à empresa Natura Empreendimento S.A..

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura rebocada e pintada; molduras dos vãos, frisos, cornijas, embasamento, entablamento, cunhais e outros elementos em cantaria de granito; portas e caixilharias de madeira; janelas com vidro simples; armação do telhado em madeira e cobertura em telha.

Bibliografia

RODRIGUES, Adriano Vasco - Terras da Mêda. Natureza e Cultura, Mêda, 1983; Notícias de Trás-os-Montes e Alto Douro - ano XII, n.º 108, Abril - Maio 2008, p. 5; Termas de Longroiva (www.termasdelongroiva.com.pt) [12 de março de 2014].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: SIPA

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

1971 - Obras gerais de recuperação; 2001 - obras de remodelação e valorização.

Observações

*1 - O balneário medieval devia ser uma continuação do romano, compondo-se de dois tanques, um destinado aos homens e outro às mulheres, com bancos de pedra no interior, protegido por uma espécie de cabanal, com cobertura de colmo, mantendo-se este sistema até quase finais do séc. 19.

Autor e Data

Ana Filipe 2014

Actualização

 
 
 
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