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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre
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Descrição
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Planta em U, irregular, composta por corpos longitudinais. Volumes articulados com disposição horizontalista das massas. Cobertura diferenciada em telhados de 4, 2 e 1 águas. Edifício com embasamento levemente proeminente destacado com faixas coloridas a azul forte nos 3 corpos, sendo as janelas de sacada rematadas superiormente por cornijas lineares. Fachada principal voltada a S. de 4 panos, sendo o da esquerda de um piso rasgado por 5 janelas quadradas, molduradas, com remate em friso de coroamento; os 3 panos seguintes correspondem ao edifício principal, formado por dois pisos, divididos por friso contínuo de ressalto; rasgam-se no piso térreo uma série de janelas colocadas na horizontal num mesmo eixo das do piso nobre de sacada com resguardo em ferro, assentes no friso; o pano principal é rematado lateralmente por colunas toscanas embebidas, que flanqueiam o portal que se articula no mesmo eixo do janelão com frontão recortado, no piso superior, flanqueado por pilastras em continuidade das colunas, com urnas nos topos, sendo o remate em frontão angular com cornija de coroamento, em cujo vão se inscrevem frisos em arcadas; panos laterais rematados por pilastras sobre base alta, culminando em pináculos que se erguem na continuação das pilastras destacando-se no da esquerda janela superior com frontão curvo aberto, sobrepujado por pedra de armas relevado aposta em tímpano de frontão redondo rematado com cornija de coroamento bem marcada. Fachada a E. de um só pano de 2 pisos divididos por friso, rasgando-se no primeiro piso portas e janelas dispostas verticalmente e 2 na horizontal; no segundo abrem-se janelas de sacada. Remate em cornija de coroamento e beiral. Fachada N. destacada pela marcação de vãos entaipados, com sobreposição de óculos longitudinais. INTERIOR de espaço diferenciado, cujo acesso se faz através de um pátio interior dando para um pequeno vestíbulo, formado por arcada apoiada em pilares embebidos, a partir do qual se faz a distribuição das salas, das quais destacamos os salões com paredes completamente cobertas por pinturas murais, pavimentos e tectos de madeira. Celeiro, cisterna e outras divisórias cobertas por abobadilhas, abóbadas de berço assentes em arcaria de pleno centro e em arcos abatidos, assentes em largos pilares de base rectangular. |
Acessos
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Rua de Beja; Rua do Poço Mau |
Protecção
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Enquadramento
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Urbano, em planície, situado no centro da vila num gaveto adossado a edificações de porte mais modesto de época mais moderna, em arruamentos estreitos, separado da rodovia por estreito passeio, frente a outro edifício de interesse arquitectónico. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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Assistencial: centro de dia |
Propriedade
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Privada: Misericórdia |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 18 (conjectural) / 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1714, 11 agosto - data da carta régia que concede armas à família dos futuros viscondes do torrão; 1715, 10 Janeiro - data do alvará que concede a categoria de Cavaleiro a Jerónimo de Magalhães Mexia e Freitas, Fidalgo da Casa Real, pertencente ao santo Ofício , avô do 1º Visconde do torrão; 1778 - O palácio (do Poço Mau) pertencente à família dos duques de Aveiro e a Frei Miguel de Távora é confiscado e entregue à Igreja; 1811, 29 Outubro - de D. Catarina José Baião de Lança Parreira, senhora do Morgado do Poço Mau, no Torrão, nasce Jerónimo de Magalhães Baião de Sande Lança Mexia Salema que foi senhor de vínculos e de grandes propriedades no termo da Lousã e no alentejo, bacharel em direito e futuro Visconde do Torrão; 1826, 12 Maio - nascimento de d. Maria do Carmo Guedes de Portugal e Menezes; 1844, 27 Junho - casamento desta senhora com o futuro visconde do Torrão; 1855 - concessão do título de Visconde do Torrão, por Decreto de 14 de Maio, dado pelo rei D. Pedro V; 1875 - morte do 1º Visconde do Torrão; 1959 - o solar dos Viscondes do Torrão, entretanto entregue à Igreja, entra para o património da Santa Casa da Misericórdia do Torrão por permuta com o Convento de São Francisco que pertencia então a um particular, José Pereira; 1995 / 1996 - apresentação pela Associação para o Desenvolvimento do Torrão e Centro Rural do Torrão, financiado pelo FEDER e PPDR, do projecto técnico de arquitectura do palácio dos Viscondes do Torrão para recuperação e adaptação a Lar da Terceira Idade; 1998 - funciona uma parte do solar já como Lar de Dia; 1999 - foram integrados dois projectos da Santa Casa da Misericórdia do Torrão no Centro Rural do Torrão: o projecto de Arquitectura do palácio dos Viscondes do Torrão que está aprovado e concluído e a recuperação das fachadas do mesmo edifício, que também aprovado, encontra-se em fase de conclusão. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes, estruturas autoportantes |
Materiais
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alvenaria de pedra e tijolo, cantarias calcárias, madeira, ferro, tijolos de abobadilha, tijoleira, telhas |
Bibliografia
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COSTA, Américo, Dicionário Corográfico (...), 1º vol., Porto, 1929; Torrão, Torrão, Viscondes do in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. 32, Lisboa, Rio de Janeiro, 1935-1958; MARQUES, Gustavo, Extractos do Diário de Campo, (policopiado), Alcácer do Sal, 1983; Boletim Informativo do Centro Rural do Torrão - Associação para o Desenvolvimento do Torrão, n.º 4, Agosto, 1999. |
Documentação Gráfica
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DGEMN: DSID; Santa Casa da Misericórdia do Torrão |
Documentação Fotográfica
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DGEMN: DSID; Santa Casa da Misericórdia do Torrão |
Documentação Administrativa
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Santa Casa da Misericórdia do Torrão |
Intervenção Realizada
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Santa Casa da Misericórdia do Torrão: 1995 / 1996 - recuperação do telhado; 1998 / 2000 - obras gerais de restauros, reconstrução e novas construções para adaptação ao novo uso (obras em curso). |
Observações
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Autor e Data
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Albertina Belo 2000 |
Actualização
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