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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Sinagoga
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Descrição
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Planta composta por tabernáculo, compartimento para as mulheres, compartimento anexo e escola, hoje em edifício separado. Massa simples disposta na horizontal; cobertura homogénea em telhado de uma água. Fachada principal orientada onde se abrem três portas idênticas com moldura de granito e arco ogival, todas com um degrau; remate com beirado do telhado. Fachada lateral direita a S. apresenta dois pisos que acompanham a inclinação da rua, no piso térreo abre-se uma porta com arco de volta perfeita com moldura de granito; o primeiro piso apresenta janela com moldura de granito; remate com beirado do telhado. Fachada lateral esquerda e fachada posterior adossadas a edifícios particulares. Articulação exterior-interior desnivelada. INTERIOR: Espaço diferenciado. Sala do tabernáculo à entrada, espaço destinado aos homens, tem forma irregular, a parede da direita tem uma porta para o compartimento das mulheres; a parede da esquerda é lisa e no pano fronteiro abre-se uma porta para compartimento cuja função se desconhece e à direita desta vê-se, encaixado na parede, o tabernáculo de pedra, pintado com verniz, com dois compartimentos emoldurados por duas finas colunas e com estrutura semelhante a uma peanha anexa ao lado esquerdo; cobertura de traves de madeira e tijoleira; pavimento desnivelado por degrau a toda a largura: a zona mais baixa à esquerda de madeira, a mais alta de tijoleira. Espaço das mulheres tem planta de forma irregular e acesso directo do exterior, no pano da direita abre-se janela para o exterior, à esquerda fica porta para compartimento dos homens, o pano fronteiro à porta apresenta pequeno nicho; pavimento de madeira; cobertura com vergas de madeira e tijoleira. Escola tem acesso exclusivamente pelo exterior, divisão ampla com escada para o piso inferior. Piso inferior com cinco compartimentos rectangulares cuja função primitiva de desconhece, o compartimento n.º 5 que fica no ângulo das duas ruas, tem porta para a rua e dois silos, o compartimento n.º 4 tem um silo e o compartimento n.º 3 tem dois abatimentos que podem corresponder a outros tantos silos não escavados. |
Acessos
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Rua da Judiaria. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,417518; long.: -7,456763 |
Protecção
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Incluído na Área Protegida da Serra de São Mamede (v. PT041214020015) |
Enquadramento
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Urbano, na zona medieval da vila, próximo do Castelo, na confluência de duas ruas da antiga judiaria, ambas empedradas e de circulação pedonal. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: sinagoga *1 |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 14 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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Séc. 14 - já referida a sua existência de que se desconhece a data de fundação; séc. 16, meados - abandono da ocupação do piso da cave; séc. 18, finais - profundas remodelações do edifício para ser ocupado como espaço de habitação, construção das chaminés e provável abertura da porta entre o compartimento dos homens e o das mulheres; séc. 19, finais - piso inferior é utilizado como estrebaria; séc. 20 - obras de restauro patrocinadas por particular durante as quais se descobre a estrutura que foi denominada de tabernáculo; 1988 - 1989 - trabalhos arqueológicos no piso inferior do edifício; 2000, Outubro - queda parcial do pavimento junto do tabernáculo. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Alvenaria rebocada; granito nos emolduramentos de vãos; cobertura de telha; alvenaria rebocada nas paredes interiores, madeira e tijoleira na cobertura e no pavimento. |
Bibliografia
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TRINDADE, Diamantino Sanches, Castelo de Vide. Arquitectura Religiosa, 2.ª ed., vol. I, Castelo de Vide, Câmara Municipal, 1989; BALESTEROS, Carmen, OLIVEIRA, Jorge de, A judiaria e a sinagoga de Castelo de Vide, Ibn Maruán, nº 3, Marvão, 1993. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Projecto "SEVER" (signatário J.O.) / GACV: 1988 - 1989 - trabalhos arqueológicos; CNCV: 2000 - reparação do pavimento em consequência de queda parcial do mesmo. |
Observações
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*1 - durante os trabalhos arqueológicos no edifício nunca se encontraram testemunhos materiais que pudessem provar que neste edifício tivesse funcionado uma sinagoga durante a Idade Média; dos banhos purificadores ou "mikvá" não se encontraram vestígios, existe apenas uma estrutura, denominada tabernáculo. |
Autor e Data
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Filomena Bandeira 1997 / Helena Mantas e Marta Gama 2001 |
Actualização
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