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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja de Confraria / Irmandade Misericórdia
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Descrição
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Planta longitudinal composta por dois corpos simples (nave única e sacristia) articulados na horizontalidade. Cobertura diferenciada em telhados de duas águas. Fachada principal orientada a O., de pano único delimitado por cunhais de cantaria rematados por pináculos, aberto ao centro por porta rasgada em arco de verga abatida, encimada por janelão em arco de perfil semelhante; remate em empena angular sobrepujada por cruz. Fachada S. aberta por dois janelões alteados, adossada a edifício. Fachada E.: destacando-se apenas o topo da empena triangular ladeada por dois pináculos. Prolonga-se no edifício contíguo, mais baixo. Fachada N.: saliência do corpo da sacristia, de menor altura, disposto na diagonal, aberto por porta recta e óculo, com sineira, formando gaveto com o corpo da nave, em empena recta e cego. INTERIOR: nave única de pavimento composto por blocos de lage e cobertura em tecto de madeira disposto em três planos. Silhar de azulejos a cuja altura arranca púlpito de base semi-circular escalonada, com balaustrada. Na parede fundeira tem um altar-mor com enquadramento arquitectónico e com nicho, rematado com frontão triangular aberto, com cruz relevada no tímpano, assente em colunas embebidas trifacetadas que ladeiam altar contendo imagem do Senhor dos Passos. Iluminação feita através dos janelões do frontispício e da fachada S. |
Acessos
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Praça do Pelourinho |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Proteção da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres (v. IPA.00001826), da Casa na Rua Direita, n.º 49 (v. IPA.00001484) e do Pelourinho de Aljubarrota (v. IPA.00001786) |
Enquadramento
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Urbano, adossado a E. e N. por edifícios de habitação, implantação harmónica. Ergue-se na Praça onde se localizam o Pelourinho (v. PT031001110004), a Câmara Municipal e Torre do Relógio (v. PT031001130043). |
Descrição Complementar
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Bandeira de procissão, de face dupla representando Nossa Senhora da Misericórdia com os braços abertos em actitude protectora, abrigando sob o seu manto suportado por dois anjos, um Papa, um cardeal, e um religioso trinitário (Frei Miguel Contreiras) e ao seu lado esquerdo os reis (D. Manuel I e D.Leonor) e uma figura religiosa militarmente trajada. No verso a Descida da Cruz. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Propriedade
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Privada: Misericórdia |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido |
Cronologia
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1518 - Instituição da irmandade da Misericórdia em Aljubarrota, aglutinando o Hospital de Aljubarrota - da invocação do Espírito Santo, com confraria da mesma invocação e Albergaria, sendo o médico e a botica dados pelo Convento de Alcobaça; séc. 17 - tem-se constança das procissões dos Passos realizadas em Aljubarrota, orgnizadas pela Misericórdia, bastante difundidas nos Coutos e de enorme adesão popular; 1982 - D. Alberto Cosme do Amaral, Bispo da Diocesse de Leiria, confirma e aprova o novo compromisso desta instituição; 1985 / 1991 - restaurada pelo povo e pároco. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes. |
Materiais
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Estruturas de alvenaria e cantaria, laje, madeira, azulejos, rebocos, telha. |
Bibliografia
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MARQUES, Maria Zulmira Albuquerque Furtado, Por Terras dos Antigos Coutos de Alcobaça - História, Arte e Tradição, Alcobaça, 1994; PENTEADO, Pedro, A Vida Religiosa nos Coutos de Alcobaça nos Séculos XVI a XVIII in Arte Sacra nos Antigos Coutos de Alcobaça, Colecção Arte e Património, IPPAR, 1995; CORREIA, Fernando da Silva, Origens e Formação das Misericórdias Portuguesas, Lisboa, 1999; SÁ, Isabel dos Gimarães, Quando o Rico se faz Pobre: Misericórdias, Caridade e Poder no Império Português, 1500 - 1800, Comissão Nacional para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses, Lisboa, 1997. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Paróquia: 1985 / 1991 - obras de restauro e beneficiação geral. |
Observações
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A Misericórdia de Aljubarrota foi a primeira a ser criada nos Coutos de Alcobaça; as bandeiras foram objecto de normalização no reinado de Filipe II, em consequência da campanha trinitária, passando a representar obrigatoriamente frei Miguel Contreiras. À direita nobres, entre os quais membros da familia real ao tempo de D. Manuel, onde se incluia, naturalmente, a rainha fundadora, e à esquerda altas dignidades eclesiásticas. Curiosamente, os pobres, a quem as obras corporais de misericórdia se destinavam em primeiro lugar, ocupavam um lugar modesto em tamanho e composição (na presente bandeira de procissão não estão representados nem pobres nem almas do Purgatório). Todavia, em algumas Misericórdias existiam bandeiras diversas, consoante a utilização a que se destinavam. A bandeira processional usada em ocasiões solenes adequadas às normas do alvará de Filipe II, enquanto outra, que era utilizada nos funerais dos pobres, seguia uma lógica representacional diferente, apresentando um número elevado de pobres, alguns deles agrilhoados, simbolizando a assistência aos presos; na face posterior representava geralmente o Descimento da Cruz e na face anterior a Virgem da Misericórdia - simbolizando a intercessão da Virgem Maria junto de Cristo, Seu filho, em favor da Humanidade pecadora. (SÁ, 1997); a procissão do Senhor dos Passos, no Domingo de Ramos, continua a realizar-se a cabo da Santa Casa da Misericórdia. |
Autor e Data
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Lurdes Perdigão 2000 |
Actualização
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