Igreja Paroquial da Parada de Ester / Igreja de São João Baptista

IPA.00007061
Portugal, Viseu, Castro Daire, União das freguesias de Parada de Ester e Ester
 
Arquitectura religiosa, maneirista / barroca. Igreja paroquial com galilé, de nave única, coro-alto, capela-mor e sacristia. Fachada-torre formando pequeno exonártex, sendo os panos dos alçados marcados por pilastras, rasgados por óculos polilobados e remates em pináculos. Fraca luminosidade interior. Talha barroca policromada e dourada. Coberturas em caixotões, com santos pintados. Púlpito no lado do Evangelho. Um alçado lateral com variado jogo de volumes dados pelo baptistério, sala de acesso ao púlpito e coro-alto e pela sacristia, em diferentes planos. Torre sineira no centro da fachada. Pavimento de madeira, com sepulturas numeradas sequencialmente e enquadradas em perfis granitícos dentro da igreja *1.
Número IPA Antigo: PT021803160014
 
Registo visualizado 138 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal, composta e irregular de volumes articulados, com disposição horizontalista das massas. Telhados diferenciados de 1 e 2 águas. Embasamento proeminente. Fachada principal orientada a O. com pano central de arco rebaixado, encimado por óculo, formando galilé de acesso à porta principal. Torre sineira central de 2 registos, com 4 sineiras de arco de volta perfeita no superior e remate com pináculos angulares e coruchéu. Oa panos laterais com remate em empena em empena possuem janelas com molduras encurvadas. Divisão dos panos e dos registos através de pilastras e frisos, tendo nos remates cornija e pináculos. Alçado S. com porta de acesso à parte superior da galilé e à torre, porta de acesso à nave e 3 fenestrações rectangulares em nível superior. Corpo da capela-mor em plano mais recuado e de menor volumetria, com 2 janelões também iguais aos anteriores. Pilastras nos cunhais e remates em cornijas, com pináculos. Alçado E. cego na capela-mor, rematado por cornija, formando empena e pináculos e cruz no vértice. No corpo da sacristia, em plano mais recuado, fenestração rectangular e remate em cornija. Alçado N. marcado pelo corpo cego da sacristia. Corpo mais saliente de acesso ao púlpito e ao coro-alto, com pequena fenestração e, no muro oposto, porta. Reamte em cornija. INTERIOR da igreja de nave única, coro-alto, capela-mor e sacristia. Lado principal com porta rectangular e, em nível superior, óculo central ladeado de 2 fenestrações sobre a galilé. Coro-alto de madeira policromada com varanda de balaústres. Lado do Evangelho com pia baptismal em pequeno baptistério coberto com abóbada de berço, porta para divisão incaracterística e de acesso ao púlpito e ao coro-alto. Retábulo lateral policromado. Lado da Epístola com 2 fenestrações rectangulares em plano superior e porta para o exterior. Retábulo policromado. Arco triunfal a pleno centro policromado ladeado por 2 retábulos policromados. Sepulturas em madeira numeradas sequencialmente, no corpo da nave. Tecto em caixotões, pintados com motivos hagiográficos. Capela-mor tem, no lado do Evangelho, porta para a sacristia e, no lado fronteiro, 2 janelões rectangulares. Retábulo de talha policromada com tribuna. Tecto semelhante ao da nave. A sacristia possui tecto de caixotões de madeira.

Acessos

Em Castro Daire para EN 225 a 18,7 Km, à direita para caminho público a 300 m, no Largo João Crisóstomo

Protecção

Em estudo

Enquadramento

Urbano, a meia encosta, isolado, separado por adro murado, junto à via pública, em zona de interesse paisagístico.

Descrição Complementar

Retábulos da nave com telas enquadradas por 4 pilastras e 2 colunas, prolongadas em arquivoltas, encimadas por sanefa sustentada por atlantes e ático com frontão de lanços. Retábulos colaterais compostos por mísula, onde se inserem, entre colunas de fuste liso e capitéis coríntios, dedicados a São João Baptista, no lado do Evangelho, e Cristo crucificado, no da Epístola. Os remates prolongam-se sobre o arco triunfal, rematado por cornija em cortina, emoldurando pequena edícula com estrutura arquitectónica clássica, sobre a pedra de fecho. A estrutura é ladeada por 2 anjos.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Privada: Igreja Católica (Diocese de Lamego)

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17 / 18

Arquitecto / Construtor / Autor

IMAGINÁRIO: Manuel Correia Monteiro (1761); José Simões e Silvestre Simões (1761).

Cronologia

1258 - surge referenciada nas Inquirações, pertencendo ao padroado real; 1574 - a igreja pertence ao padroado real e integra o território da Diocese de Lamego; séc. 17 - provável data de construção do edifício; 1761 - Manuel Correia Monteiro de Ferreirim executa diversas obras de talha de imaginária, o forro, o coro-alto, as grades da pia baptismal e escada para o coro, por ordem do abade, Dr. Cosme José de Coimbra e pagas com dádivas dos fregueses, num total de 150$000; a obra de carpintaria era de José Simões e Silvestre Simões.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Granito, rebocos, madeiras e talhas

Bibliografia

LEAL, Augusto Soares d'Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. VI, Lisboa, 1875; ALVES, Alexandre, Artistas e Artífices nas Dioceses de Lamego e Viseu, in Beira Alta, vol. XLIII, nº 3, Viseu, 1984; COSTA, M. Gonçalves da, História do Bispado e Cidade de Lamego, vol. IV, V e VI, Lamego, 1984, 1986, 1992; CORREIA, Alberto, ALVES, Alexandre; VAZ, João Inês, Castro Daire, Castro Daire, 1995; ALVES, Alexandre, Artistas e Artífices nas Dioceses de Lamego e Viseu, vol. III, Viseu, 2001; CD Portugal Século XXI - Distrito de Viseu, CD I, Matosinhos, 2001; SERRÃO, Joaquim Veríssimo - Livro das Igrejas e Capelas do Padroado dos Reis de Portugal - 1574. Paris: Fundação Calouste Gulbenkian Centro Cultural Português, 1971.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID

Intervenção Realizada

PROPRIETÁRIO: 1993 / 1994 - retirado o pavimento e rebaixado alguns centímetros, procedendo-se à colocação de lajes de pedra; picou-se a parede do lado do Evangelho, pondo-se a descoberta um arco de volta perfeita, com vestígios de pintura; na parede oposta foi retirado o púlpito e entaipado o seu acesso, para colocar um novo altar; limpeza do arco triunfal com jacto de água, surgindo vestígios de pintura; substituição e reparação dos elementos estruturais do telhado.

Observações

*1 - grafia dos números típica do séc. 18.

Autor e Data

João Carvalho 1999

Actualização

 
 
 
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