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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja
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Descrição
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Planta longitudinal composta pela justaposição de 2 rectângulos, nave e capela-mor, de volumetria paralelepipédica, sem cobertura. Delimitado por pilastras e soco de cantaria, o edifício apresenta alçado principal (a S.) rasgado a eixo por portal de verga curva com emolduramento simples de cantaria, articulado superiormente e por meio de moldura saliente - coincidente com friso de cantaria que separa os dois níveis - com janelão de verga curva destacada. É sobrepujado por remate em frontão triangular animado nos acrotérios por cruz e fogaréus. Alçado lateral (a E.) com paramento exposto de alvenaria mista, reconhecendo-se a abertura de 4 vãos correspondentes a antigas janelas iluminantes do templo, com capialço acentuado para o lado exterior. No INTERIOR arco triunfal de volta perfeita em cantaria. |
Acessos
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Rua José Joaquim Rodrigues, Rua Heróis do Ultramar |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, destacado, adossado ao arruinado palácio da antiga Quinta do Olival da Vitória (também conhecido como Palacete Brancamp) |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja |
Utilização Actual
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Devoluto |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Época Construção
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Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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Período Visigótico - fundação do templo com o orago de Nossa Senhora dos Prazeres; séc. 08 - sob a ocupação árabe da Península os muçulmanos permitem a continuação do culto cristão na ermida mediante o pagamento de um imposto; Séc. 12 - refundação da ermida, no reinado de D. Afonso Henriques, já sob a invocação de Nossa Senhora da Vitória; 1690 - o edifício encontrava-se muito arruinado, pelo que D. Pedro II manda reparar o mesmo, sendo a reedificação da capela-mor efectuada a expensas do desembargador José Galvão de Lacerca e de esmolas populares; Séc. 18 - significativa campanha de obras; 1755 - a igreja paroquial de Santa Maria de Sacavém muito danificada na sequência do terramoto passando a sede da paróquia para a capela de Nossa Senhora da Vitória, que, apesar dos danos causados pelo sismo, pode continuar a funcionar como local de celebração; 1758 - o relatório do pároco refere a existência, nesta data, de 3 altares: o mor (no qual se venerava a imagem de Nossa Senhora da Vitória, ladeada pelas de Nossa Senhora da Purificação e Nossa senhora da Conceição) e 2 colaterais (dedicados designadamente ao Senhor Crucificado e a Nossa Senhora do Rosário); 1863 - a sede da paróquia de Sacavém é transferida para a antiga igreja conventual então convertida em matriz; 1876 - na capela é recebida a imagem de São Francisco oriunda da capela com o mesmo orago (até então existente no Largo da Saúde em Sacavém), fundada em 1766 e demolida nesse ano por se encontrar em ruínas; Séc. 19 - o palacete contíguo à igreja (antiga casa da quinta do Olival da Vitória) era pertença da família Braancamp, da qual era figura destacada Anselmo José Braancamp (m. 1885), conselheiro, ministro e presidente do conselho de ministros de D. Luís I; séc. 19 - a quinta passa para a posse da Casa de Bragança; séc. 20 - a capela serviu de instalações da Corporação de Bombeiros de Sacavém; 1980 - a capela estava já muito arruinada; 1985, 08 novembro - proposta de classificação particular; 2008, 12 agosto - proposta de encerramento do processo de classificação pela DRCLVTejo; 12 setembro - Despacho de encerramento do processo de classificação pelo diretor do IGESPAR. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira |
Bibliografia
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COSTA, Pe. António Carvalho da, Corografia do Reino de Portugal, Lisboa, 1712; CASTRO, João Bautista de, Mappa de Portugal Antigo e Moderno, Tomo III, Parte V, Lisboa, 1763; LEAL, A. de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Vol. VIII, Lisboa, 1878; PEREIRA, Esteves, RODRIGUES, Guilherme, Portugal. Diccionário Histórico, Chorographico, Biographico, Bibliographico, Heráldico, Numismático e Artístico, Vol. VI, Lisboa, 1912; COSTA, Américo, Dicionário Corográfico de Portugal, Vol. 10, Vila do Conde, 1948; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Vol. 26, Lisboa - Rio de Janeiro, 1935 - 1985; MARQUES, Manuel Gustavo Fernandes e OUTROS, Loures Tradição e Mudança: I Centenário da Formação do Concelho 1886-1986, Loures, 1986; Património Cultural Construído, Loures, 1988; AFONSO, A. Monteiro, Sacavém. O Espaço, as Gentes, a História. Estudo Sociológico, Sacavém, s.d. (texto policopiado) |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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DGA/TT: Memórias Paroquiais, Loures, 1758; IPPAR: pº nº 85/3(117) |
Intervenção Realizada
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CMLoures: 2003 - consolidação das fachadas, reboco e caiação |
Observações
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*1 - o edifício encontra-se em estado de ruína. |
Autor e Data
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Teresa Vale e Maria Ferreira 1999 |
Actualização
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Helena Rodrigues 2005 |
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