Casa da Quinta de São João do Rio / Instituto Espanhol

IPA.00006618
Portugal, Lisboa, Oeiras, União das freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada-Dafundo
 
Arquitectura residencial, rococó. Casa de quinta de veraneio. O edifício é cercado por um muro cujo portão é ladeado de bustos de mármore em estilo grego.
Número IPA Antigo: PT031110080017
 
Registo visualizado 103 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial senhorial  Casa nobre  Casa nobre  Tipo planta em L

Descrição

De planta em L, o edifício apresenta volumetria composta pela articulação em ângulo recto de 2 paralelepípedos rectângulos, sendo a cobertura efectuada por telhados a 3 águas, perfurado por trapeira. Dependências de serviço definem com o edifício principal um pátio quadrado, ao qual se acede por portão cujas ombreiras surgem rematadas por bustos de dupla face. Desenvolvido em 2 andares, separados por friso de cantaria, - situando-se o andar nobre ao nível do piso térreo -, o edifício apresenta o alçado principal (N.), virado ao pátio, ostentando portal, ao centro, sobrepujado por pedra de armas. O alçado lateral (S.), desenvolvido ao longo da via, apresenta-se animado pela abertura a ritmo regular de 8 portas de verga recta destacada com folhas envidraçadas (ao nível do piso térreo) e igual número de janelas de peito de verga curva (no 1º andar) *1.

Acessos

Rua Sacadura Cabral (antiga Rua Direita), n.º 40, Cruz Quebrada, Dafundo. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,699914; long.: -9,238928

Protecção

Em estudo

Enquadramento

Urbano, destacado, isolado por pátio murado e jardins. A propriedade desenvolve-se numa elevação do terreno, pelo que se reconhecem terraços como elemento de articulação da massa construída, que acompanha a pendente.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa nobre

Utilização Actual

Cultural e recreativa: instituto cultural

Propriedade

Privada: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 18

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 18 - construção de uma casa de quinta de veraneio por D. Marco António de Azevedo Coutinho, fidalgo diplomata e secretário de Estado de D. João V; 1750 - alguns anos após a morte de D. Marco António de Azevedo Coutinho, ocorrida nesta data, a propriedade passa a integrar o vasto conjunto de bens do marquês de Pombal, Sebastião José de Carvalho e Melo; 1776 - a quinta, então designada Quinta da Maruja, é incluída no morgadio do segundo filho do marquês de Pombal, José Francisco Maria Adão Macário de Carvalho e Daun (1753 - 1831), conde da Redinha a partir deste ano e posteriormente 3º marquês de Pombal e conde de Oeiras; Séc. 18, último quartel - construção da casa de quinta que se observa na actualidade; 1794 - o viajante inglês William Beckford ter-se-á instalado na quinta; 1834 - a quinta vê-se acrescida em área pela anexação de terrenos até então pertença de conventos franciscanos arrábidos vizinhos, de São José de Santa Catarina de Ribamar (na sequência da aplicação do decreto liberal determinando a expulsão das ordens religiosas); 1847 - a quinta é vendida por Luís Monteiro a José Pereira Palha de Faria Guião, magistrado do Palácio e fidalgo da Casa Real; Séc. 19 - a família Palha, em cuja posse a propriedade permanecerá por cerca de um século, recebe ilustres visitantes no palácio (sobretudo no Verão), designadamente o rei D. Fernando II e a sua esposa morganática a condessa d'Edla; Séc. 20, década de 40 - a quinta é adquirida por John de Stoop, o qual mantém a tradição social da propriedade, recebendo nomeadamente o Príncipe regente Carlos da Bélgica; Década de 60 - o palácio torna-se residência do embaixador da República Federal da Alemanha; 1976 - aquisição da propriedade pelo Estado espanhol, a fim de aí instalar o colégio espanhol de Lisboa.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes

Materiais

Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira, azulejos (séc. 18).

Bibliografia

BARBOSA, Inácio Vilhena, Fragmentos de um Roteiro de Lisboa (Inédito), in Archivo Pittoresco, Vol.. VI, Lisboa, 1863; LENCASTRE, D. José Coutinho, Passeio de Lisboa a Cascais, Lisboa, 1868; PROENÇA, Raul, (dir. de), Guia de Portugal, Vol. I, Lisboa, 1924; ARCHER, Maria, COLAÇO, Branca de Gonta, Memórias da Linha de Cascais, Lisboa, 1948; BOYD, Alexander, The Journal of William Beckford in Portugal and Spain 1787 - 1788, Londres, 1954; SIMÕES, José Miguel dos Santos, Azulejaria em Portugal no Século XVIII, Lisboa, 1979; STOOP, Anne De, Quintas e Palácios nos Arredores de Lisboa, Porto, 1986; ROCHA, Filomena Isabel L. C. Serrão, Oeiras. O Património - A História, Câmara Municipal de Oeiras, Oeiras 1996; MIRANDA, Jorge, O Morgado do Dafundo, in Jornal da Região, 24.06.1999; Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de Oeiras, DPGU, CMO, 1999.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

*1 - o interior, muito transformado, não apresenta compartimentos com interesse arquitectónico ou artístico.

Autor e Data

Teresa Vale e Maria Ferreira 1999

Actualização

 
 
 
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