Igreja Paroquial de Santa Maria do Olival / Igreja de Santa Maria dos Olivais

IPA.00006537
Portugal, Santarém, Tomar, União das freguesias de Tomar (São João Baptista) e Santa Maria dos Olivais
 
Igreja paroquial gótica, manuelina, maneirista. Exemplo característico do gótico mendicante: fachada, planimetria, organização dos volumes, etc. Concepção apurada do espaço o que poderá apontar para a data de construção mais avançada. Do séc. 16, destaca-se a janela manuelina da sacristia e os arcos maneiristas de entrada para as capelas do lado sul. Destaque para o púlpito quinhentista e para a escultura em pedra de Nossa Senhora do Leite também do séc. 16. De assinalar as portas maneiristas, de comunicação para as capelas no lado sul.
Número IPA Antigo: PT031418110003
 
Registo visualizado 9534 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal, composta por 3 naves, cabeceira tripartida escalonada, com absidíolos quadrangulares e ábside de 5 faces, no alinhamento das naves; sacristia quadrangular, parte adossada no absidíolo S., com pequeno torreão quadrangular adossado a O.. Volumes articulados das naves, a central mais alta; Coberturas diferenciadas em telhados de 2 águas na nave e transepto, de 3 na sacristia, 4 no pequeno torreão adossado à sacristia e de uma água nas naves laterais. Fachada principal orientada, de três corpos, divididos por contrafortes que correspondem às naves do interior; o corpo central, rasgado por pórtico de arquivoltas quebradas assentes em colunelos reentrantes, de fustes lisos e capitéis, munido de gablete ornado com pequeno óculo no tímpano, onde se inscreve uma roseta de pétalas sobreposta a um signo-saimão; o conjunto é sobrepujado por grande rosácea, com doze folhas triboladas rasgada na empena angular, coroada com cata-vento. Corpos laterais rasgados por janelas de mainel de arco tribolado. Fachada S. com galeria corrida ao nível das naves, enquadrada por colunas toscanas, é vazada no seu interior por 5 janelas de vão rectangular e uma porta falsa, ao nível do clerestório rasgam-se 4 frestas em arco de volta perfeita e, sob a galeria ao nível das capelas, 6 frestas de vão rectangular com capialço. Fachada N. rasgada por uma porta em arco pleno, com rudimentar ornamento, sensivelmente ao meio; ao nível das naves 5 frestas, e 4 ao nível do clerestório, todas de iguais características às da fachada S.. Na cabeceira, ábside facetada de 5 lumes em lanceta, reforçada por esbarros escalonados; absidíolos de um lume semelhantes às frestas da fachada S. INTERIOR: o pavimento da igreja encontra-se rebaixado relativamente ao nível exterior do portal, pelo que se acede por 8 degraus ao seu interior, constituído por 3 naves de 5 tramos cada; pilares cruciformes facetados desprovidos de capitéis, suportando as arcadas quebradas; arcos quebrados na entrada para as capelas da cabeceira; embutidas à frente da escadaria de acesso ao interior, na nave central, encontra-se à esquerda a sepultura armoreada de Fernão de Sampaio e à direita a do médico pessoal de D. Maria I, Dr. Ignácio Tamagnini e de sua sobrinha D. Ângela, à esquerda da escadaria e lateralmente, já na nave norte, a sepultura armoreada de Pedro Vaz da Veiga e sua mulher Isabel de Góis, todo o restante pavimento apresenta inúmeras lápides sepulcrais. Cobertura de madeira nas naves e absidíolos, em abóbada polinervada na ábside. Janelas rasgadas no eixo dos arcos internos e óculo sobre o arco triunfal. A nave central é iluminada pelas frestas do clerestório; ao último pilar do lado do Evangelho adossa-se o púlpito de pedra de balaústres, sobrepujando uma coluna coríntia canelada assente num motivo esférico decorado com lavores da renascença sobre pedestal simples, escada em caracol com guardas em pedra envolvendo o pilar. Parede O. centrada pela porta principal em arco quebrado encimado por rosácea e flanqueada por janelas. Parede N. com banco corrido, de pedra, interrompido por escada de acesso ao portal em arco abaulado, rasgada na parte superior por 5 frestas em arco de volta perfeita; em cada parede que ladeia o portal embebem-se 2 lápides sepulcrais, à direita e muito danificada uma alusiva a Gomes, mestre da ordem do templo, provavelmente a D. Gomes Ramires, e a da esquerda a D. Isabel Vieira, mulher de Afonso de Bívar contador do Rei D. Manuel. Parede S., 1 porta de vão rectangular moldurado com verga arquitravada, assente em duas mísulas, antecede 5 arcos de volta perfeita sobre pilastras com impostas enquadrados por pilastras com plintos e capiteis, com entablamento, encimado na parte central por janela de vão rectangular em capialço enquadrada por pilastras com capitéis jónicos rematados por pedestais com elementos decorativos esferóides; dão acesso às 5 capelas laterais, intercomunicantes, iluminadas por frestas e cobertas por abóbadas nervuradas cujos fechos possuem ornatos diferenciados, altares em alvenaria cujos frontais são revestidos a azulejos policromos, excepto a 3ª capela com altar em talha dourada. 5ª Capela, no início da nave lateral, revestida por azulejos brancos decorados com friso duplo em azul, no pavimento encontra-se embutida uma lápide sepulcral. 4ª Capela, sem revestimento azulejar, tendo na parede lateral direita 3 lápides embutidas, sendo 2 inscrições funerárias, uma referente a D. Gualdim Pais, 4º Mestre da Ordem do Templo e outra referente a D. Lourenço Martins (23º Mestre) e uma lápide comemorativa, a parede lateral esquerda é rasgada por um nicho onde está a imagem de Santa Maria Madalena. 3ª Capela com um nicho na parede lateral esquerda onde se encontra a imagem das "Santas Mães", embutidas no pavimento 2 sepulturas, uma de Bertholomeu de Vasconcellos e a outra de Sebastião Gomes de Figueiredo. A 2ª Capela possui na parede lateral esquerda um espaço envidraçado onde está uma caveira; na 1ª capela rasga-se na parede lateral esquerda uma porta de acesso à sacristia, na parede de fundo, ao lado do altar onde está a imagem de São Brás, abre-se uma porta para a escadaria de acesso à galeria corrida do piso superior. Parede E, com Capela-mor e capelas colaterais, rasgada superiormente, ao centro, por óculo decorado com o signo saimão; capelas colaterais que se acedem por arcos de volta quebrada em cantaria encimados por altas frestas rectangulares, e que comunicam com a capela-mor, são revestidas a azulejos de padrão, com altares em alvenaria com frontais revestidos a azulejos policromos de iguais características às das capelas laterais. Capela do lado do Epistola, a de "Simão Preto", com cobertura em abóbada nervurada azulejada e altar com a imagem de N. Sr.ª da Conceição, na parede lateral direita, contígua ao altar-mor, uma cartela com epitáfio, com o mesmo revestimento azulejar das paredes, na parede lateral esquerda, 1 porta de vão rectangular moldurado com verga arquitravada, assente em duas mísulas, no pavimento, 2 sepulturas, uma com inscrições. Capela colateral do lado do Evangelho com cobertura em abóbada de berço quebrada e azulejada, frontal de altar de iguais características ao da capela colateral do lado da Epístola, em frente ao altar, lápide sepulcral brasonada de D. Maria da Silva, filha dos primeiros Condes de Penela. Capela-mor a que se acede por arco triunfal, com cobertura em abóbada nervurada e iluminada por altas frestas em arco quebrado, possui 2 altares, um de madeira amovível e o altar-mor de calcário que ocupa uma posição central e recuada, com mesa do altar assente sobre quatro colunas octogonais com bases e capitéis, evidenciando-se na retaguarda um pedestal octogonal com base e capitel, onde se encontra a imagem quinhentista de N. Sra. do Leite; na parede do lado do Evangelho, destaca-se o túmulo de D. Diogo Pinheiro, 1º Bispo do Funchal. A arca tumular, ornada superiormente nos cantos por caveiras e com inscrições, encontra-se sob um magnífico arcossólio de volta perfeita, com intradorso em abóbada de caixotões com florão e decorado na arquivolta com querubins, possui uma pedra de fecho saliente em mísula sendo rematado lateralmente por balaústres assentes em pedestais ornados com anjos, medalhões nas enjuntas. O arco é coroado por um frontão triangular, em cujo tímpano se inscreve as armas em relevo dos Pinheiros encimadas por um chapéu arquiepiscopal, rematado por um anjo que assenta num pedestal rodeado de grifos e ladeado pelos remates dos balaústres em forma de patas de grifos; na parede interior do arco e por cima da arca tumular, rasga-se um nicho concheado, ladeado por pilastras e volutas com quimeras onde se inscreve a imagem de S. João Baptista. O sarcófago encontra-se apoiado ao nível dos pedestais dos balaústres, num primeiro embasamento com ornato zoomórfico e onde se encontra uma inscrição; por baixo, um segundo embasamento onde na parte central se encontra um escudo com as armas dos Pinheiros; embutida na parede adjacente, em baixo, encontra-se a lápide sepulcral do 1º Mestre da Ordem de Cristo D. Gil Martins.

Acessos

Rua Aquiles de Mota Lima

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 / ZEP / Zona "non aedificandi", Portaria, DG, 2.ª série, n.º 259 de 07 novembro 1946

Enquadramento

Urbano. Implantação harmónica, na margem esquerda do rio Nabão. Isolado num largo terreiro erguendo-se em frente da fachada principal a torre sineira, circunscrito a O. pela R. Aquiles de Mota Lima e a N, pela R. Carlos Campeão, paralela ao Cemitério de Tomar. Nas proximidades, o Fórum Romano de Tomar (v.PT0314181110034).

Descrição Complementar

INSCRIÇÕES: Na parede interior da igreja do lado N. e à esquerda, existe uma inscrição funerária gravada numa lápide, em campo epigráfico rebaixado, com moldura dupla; calcário; Tipo de letra: gótica minúscula de forma e algumas capitulares carolino-góticas; Inscrição: ESTA SEPULTURA HE DE ISABEL VIEIRA MOLHER DAFOªSO DE VIVAR CAVALº COªTADOR DA CASA DELREY NOSO S Qª DEPOIS DE SEV FALICIMto FOY COMEªDADOR DAS ALENCARCAS ELE SE FINOV A XBIIJº DIAS DE FEVEREIRO DE 1492; à direita próximo da capela colateral, uma outra inscrição funerária gravada numa lápide: linhas auxiliares bem demarcadas com caracteres mistos, quadrados e unciais, muito imperfeitos, encontrando-se bastante danificada com algumas linhas elegíveis; Inscrição: PRVDENS FAMOS CAST PROB ET GEªNOS TEMPLI MILICIE DOCTI ET EGREGIE GOMECI DILVCET HIC QI SIT BªNEDICT HIC PECIT REGES (A)D NOS BELLIGERARE CVª MAURIS........... (Iª)PLERVªT QI BELO FORTIS ..... VVNERA MORTI ..... Na parede O. da quarta capela, existe uma inscrição funerária gravada numa lápide; linhas auxiliares bem demarcadas; Tipo de Letra: capitular carolino-gótica; Transcrição: OBIIT FRATER GVALDINVS MAGISTER MILITUM TEMPLI PORTUGALIS Eª Mª CCª XXXª IIIª IIIº IDVS OCTOBRIS HIC CASTRVM TOMARIS CUM MULTIS ALIIS POPVLAUIT REQUIESCAT Iª PACE AMª. Na mesma parede O. , existe uma inscrição funerária gravada numa lápide, com moldura simples filetada: linhas auxiliares duplas bem demarcadas; mármore; sulcos das letras pintadas a preto; Tipo de letra: capitular carolino-gótica; Inscrição: AQUI IAZ DOª Lº MRªZ QUE FOI MAESTRE DO TEªPLE DO REINO DE PORTª E PASOU Iº DIA Dª MªIO DEª Mª CCCª XLª VªII (era de 1347= ano de Cristo de 1309; Ainda na mesma parede, placa comemorativa com a seguinte inscrição: O POVO DE THOMAR SOLENISANDO O DIA 13 DE OUTUBRO DE 1895 DIA DO 7º CENTENÁRIO DO PASSAMENTO DO GUALDIM PAES GLORIOSO FUNDADOR D´ESTA CIDADE VEIO EM PIEDOSA ROMAGEM A ESTE LOGAR ONDE REPOUSAM AS CINZAS DO GRANDE TEMPLARIO EM COMEMORAÇÃO D`ESTE FACTO SE MANDOU GRAVAR ESTA LAPIDE. Na parede N. da capela-mor, encontra-se o túmulo de D. Diogo Pinheiro, encimado com as suas armas, e com a seguinte divisa, ERCYLEA CONDAN DATA FUERE MANY, por baixo a seguinte inscrição: ANO DMªI 1525, mais abaixo, AQI IAZ DOª Dº PINHro Pº Mº BPO DO FYªCHAL e por fim, ERCYLEA CONDAN DATA FUERE MANY; na parede adjacente ao túmulo de D. Pinheiro, lápide de D. Gil Martins, com o seguinte epitáfio: AQI IAZ DOª GIL MªATIIZ O PªMEIRO Mz Qª FOI DA CAVALARIA DA ORDEª DE IHªU XPªO Qª FOI FrIRADO NA ORªDM DAUYS E Me DA CAVALARIA DESA ORDIª E FOY DO LINHAGEN Dº OUTEIRO QªPASOU Eª SESTA FEYRA XIII DIAS (DE) NOUEªBRO Eª Mª CCCª L IX ANOS (AQ)L ALMA DS LEUE PERA A GLORIA Dº PARAYSO AMEª E QEª MAIS QISER SABER CATE AS OU(TRAS) ERAS. AZULEJOS: A Igreja ostenta azulejos de padrão dos séculos 16 e 17, nas paredes e frontais de altar das diversas capelas colaterais e laterais. A capela colateral do lado da Epístola exibe um revestimento de azulejos nas paredes e abóbada do séc. 17 e uma cartela do mesmo séc.. As paredes laterais da capela, são revestidas por azulejos policromos de tapete, com datação de 1638, cujo o módulo 4x4/2 de esquema de lançarias (p-401) com cercadura e friso correspondente ao padrão (c-71) e (f-10). A parede de fundo revestida de azulejos de módulo 2x2 e padrão de maçaroca (p-112). Na parede contígua ao altar-mor existe uma cartela de azulejo com a seguinte legenda: "ESTA CAPELLA HE DE SIMÃO / PRETO, NATURAL DESTA VILLA QUE/FALECEO NAS PARTES DE QUE/ SÃO TESTAMENTEIROS O Rº VEDOR E IRMÃOS DA MESA/ DA MESMA COM MISSA COTIDIANA". A capela colateral do lado do Evangelho também é totalmente revestida por azulejos policromos de tapete, de módulo 2x2 e padrão de lançarias (p-41) com cercadura correspondente ao padrão (c-64). A parede de fundo tem um padrão semelhante ao da capela colateral do lado da Epístola, (p-112) mas com cercadura diferente (c-1). Este padrão e cercadura foram colocados durante as obras de restauro de 1940. As paredes da quinta capela lateral do lado da Epístola, são revestidas de azulejos brancos com um duplo friso de cor azul a contornar. Os referidos azulejos são datados da segunda metade do séc. 17. Os altares das capelas colaterais e laterais foram construídos aquando das obras de restauro efectuadas durante a década de quarenta, tendo sido aplicados azulejos policromos do séc. 17.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Afeto ao culto e à Diocese de Santarém, ao abrigo da Concordata entre a Santa Sé e a República Portuguesa, 1940, artigo 6.º

Época Construção

Séc. 13 / 14 / 16 / 17 /19

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido

Cronologia

1160 - data provável da reconstrução por D. Gualdim Pais, sobre ruínas do mosteiro beneditino, da primitiva igreja de Santa Maria, sendo possivelmente dessa época a porta românica de arco de volta perfeita na fachada N.; 1195 - o Mestre da Ordem do Templo, D. Gualdim Pais, é sepultado na igreja; séc. 13 - no reinado de D. Afonso III (1248-1279), desaparece a primitiva igreja dando lugar à actual; séc. 15 / 16 - Reinado de D. Manuel I (1495-1521), a igreja sofreu grandes reparações e alterações; séc. 16 - Reinado de D. João III (1521-1557), conclusão sob a direcção de Fr. António de Lisboa (Frei António de Moniz e Silva) das obras iniciadas no reinado de D. Manuel: construção em 1528 do túmulo de D. Diogo Pinheiro (1525- inscrição com a data do seu falecimento); destruição dos túmulos e epigrafias dos Mestres Templários e de Cristo, ficando apenas quatro; construção da abóbada e da janela de verga golpeada da sacristia (inscrição na verga de 1543) e ampliação, com a construção a sul, da galeria corrida e das capelas laterais; construção do púlpito, porta de acesso à sacristia e coro-alto séc. 17 - Revestimento azulejar das capelas do lado S.; séc. 19 - Realizam-se obras de restauro tendo sido destruídas três capelas; 31 dez - aprovada a proposta do Arq. José da Cruz Lima de elaboração do estudo de restauração completa da igreja a par da da Sé de Évora (v. IPA.00002725) e de São Bento Cástris (v.IPA.00006511).

Dados Técnicos

Estrutura autoportante (cabeceira) e mista (naves)

Materiais

Cantaria, madeira, telha, vidro, azulejos, alvenaria

Bibliografia

SOUSA, João Maria, Notícia Descriptiva e Histórica da Cidade de Thomar, Thomar, 1903; GUIMARÃES, Vieira, Thomar, Stª Iria, Lisboa, 1927; DIONÍSIO, Sant'Anna, Guia de Portugal (Estremadura, Alentejo e Algarve), Lisboa, 1927; TEIXEIRA, Francisco Augusto Garcez, A Arte em Portugal, Tomar, nº 6, Porto, 1929; A Igreja de Santa Maria dos Olivais, Boletim da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, nº 27, Lisboa, 1942; SEQUEIRA, Gustavo de Matos, Inventário Artístico de Portugal - Distrito de Santarém, Vol. III, Lisboa, 1949; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1952, Lisboa, 1953; TEIXEIRA, Garcez, Anais da União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo, Vol. I, Tomo I, Tomar, 1959; AMORIM, Rosa, Anais do Município de Tomar 1137 a 1453, vol. VII, Tomar 1972; CASTRO, Miguel de Melo, Pedras de Armas de Tomar, Lisboa, 1955; ROSA, Amorim, De Tomar, Tomar, 1960; TEIXEIRA, Garcez, Anais da União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo, Vol. I, Tomo II, Tomar, 1961; ALMEIDA, José António Ferreira, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; BORGES, Nelson Correia, João de Ruão escultor da Renascença, Coimbra, 1980; CHICÓ, Mário Tavares, Arquitectura em Portugal, Lisboa, 1981; DIAS, Pedro, História de Arte em Portugal - o Gótico, Vol. III, Lisboa, 1986; SILVA, Jorge Henrique Pais da, Páginas de História da Arte, Vol. I, Lisboa, 1986; COELHO, Maria de Conceição Pires, A Igreja de Conceição e o Claustro de D. João III do Convento de Cristo de Tomar, Santarém, 1987; SARAIVA, José Hermano, História de Portugal 1245-1640, vol. 2, Lisboa, 1987 CONDE, Manuel Sílvio Alves, Tomar Medieval, o Espaço e os Homens (séculos 14-15), Lisboa, 1988; DUARTE, Maria do Rosário Antunes, A Igreja de Santa Maria do Olival, in Boletim Cultural e Informativo da Câmara Municipal de Tomar nº 10, Tomar, 1988; ROSA, Amorim, História de Tomar, Vol. I, Tomar, 1988; VELOSO, Carlos, PONTE, Salete da, Imagens de Tomar, Roteiro Histórico, séc. 18, Tomar, 1990; COUTO, José Jorge, ROSA, João Alberto, Tomar Perspectivas, Tomar, 1991; AZEVEDO, José Correia de, Portugal Monumental, Inventário Ilustrado, Tomo VI, Ribatejo, Algés, 1993; SILVA, Jorge Henrique Pais da, Páginas de História da Arte, vol. I, Lisboa, 1993; FRANÇA, José-Augusto, Tomar, Lisboa, 1994; PEREIRA, Paulo História da Arte Portuguesa, vol. I, Lisboa, 1995; SIMÕES, J. M. Dos Santos, Azulejaria em Portugal no século 17, Lisboa, 1997; GRAÇA, Luís Maria Pedrosa dos Santos, Tomar Roteiro Sentimental, Lisboa, 1999; CARLOS, Alberto Ferreira de Almeida, BARROCA, Mário Jorge, História da Arte em Portugal, O Gótico, Lisboa 2002; VELOSO, Carlos, Igreja de Santa Maria do Olival; Tomar, 2003; CÂMARA Municipal de Tomar, Tomar Cidade Templária, Tomar, 2004; CHICÓ, Mário, A Arquitectura Gótica em Portugal, Lisboa, 2005

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML

Intervenção Realizada

1840 - obras de reboco das cantarias, elevação de pavimentos, entaipamento de frestas e portas e construção de pequenas construções laterais; 1889 - reconstrução de obras de cantaria rebocos e conserto de uma parte da igreja; 1919 - reparação da cobertura para a qual foi concedida a dotação de 1.700$00; 1925 - pequenas reparações; DGEMN: 1930 / 1940 - rebaixamento do adro e reconstituição do seu muro (em virtude do desnível existente do terreno) com a consequente exposição da frontaria e fachada N.; revestimento de todo o pavimento do adro com lajes de cantaria em fiada; demolição de edificações que ocultavam parte da fachada N. e de grandes contrafortes de alvenaria; desentaipamento da porta romântica da fachada norte e construção da escadaria de acesso ao interior da nave, no lado do evangelho; alterações na escadaria de acesso ao portal principal; rebaixamento do pavimento da capela-mor que tinha sido elevado cobrindo a base das pilastras, e das paredes laterais das naves até ao nível das antigas cornijas; desentaipamento e reparação de algumas frestas da fachada N. e capela-mor; reconstituição da cantaria do altar-mor, segundo os moldes primitivos, e reconstrução nas capelas laterais da igreja dos altares de alvenaria com frontal de azulejo; apeamento e reconstrução completa da armação e cobertura do telhado, nos mesmos moldes do estilo primitivo; reconstrução da grande rosácea da fachada principal; substituição da janela (moderna) existente a sobre o arco de cruzeiro por uma rosácea; colocação de vidraças coloridas com armação de chumbo e ferro nas rosáceas e frestas segundo os vestígios encontrados durante a realização dos trabalhos; restauro e consolidação da fachada S.; substituição de todos os rebocos interiores e exteriores; lavagem das cantarias e tomadas de junta tanto nos pilares internos como nos externos das paredes; construção de uma nova porta em madeira para a fachada Norte e reparação da grande porta do frontispício; restauro da torre sineira; 1952 - escavações arqueológicas nos terrenos a N. da igreja; 1953 - consolidação do pórtico principal; Anos 70 - arranjo de vitrais e obras de conservação; 1994 - reparação e limpeza das coberturas da igreja e anexos, substituição da instalação eléctrica e iluminação, pintura dos tectos e paredes interiores; 1995 - reparação de rebocos e pinturas exteriores, recuperação das coberturas; 2000 / 2001 - restauro da Imagem de S. Brás.

Observações

*DOF:... Igreja de Santa Maria do Olival e túmulos, designadamente o de D. Diogo Pinheiro, 1º Bispo do Funchal. Segundo Nelson Correia Borges, o túmulo de D. Diogo é atribuído a João de Ruão. A actual igreja deve remontar a meados do séc. 13, sendo edificada no local onde teria existido um convento beneditino, mandado edificar por São Frutuoso, Arcebispo de Braga, no séc. 7. Foi esta igreja com a invocação de Nossa Senhora da Assunção, cabeça da Ordem do Templo e de Cristo, que serviu de panteão à maior parte dos Mestres Templários e aos primeiros da Ordem de Cristo. No interior, encontravam-se vários túmulos góticos dos Mestres da Ordem do Templo, entre os quais os de D. Gualdim Pais (4º Mestre do Templo em Portugal), D. GOMES RAMIRES (7º Mestre) e de Lourenço Martins (23º Mestre), assim como o do 1º Mestre da Ordem de Cristo, D. Gil Martins. Na época dos Templários, a igreja passou por bula papal, a depender directamente do Papa e da Santa Sé "Nullius Dioecesis" não estando integrada em nenhuma diocese, foi convento e Bailia da Ordem. Por Bula do Papa Calisto III de 13 de Março de 1455 foi matriz de todas a igrejas dos territórios descobertos (Ásia, Africa e América), ficando Santa Maria a ter honras de Sé Catedral/Diocese. A edificação serviu de modelo às igrejas de três naves construídas até ao período manuelino

Autor e Data

Rosário Gordalina 1990 / Filipa Avellar 2004 / Salomé Baptista 2005

Actualização

 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login