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Edifício e estrutura Estrutura Religioso Cruzeiro Cruzeiro Tipo coluna e cruz
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Descrição
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Sobre estreito tambor e anel liso assenta base prismática oitavada de faces côncavas com decoração em relevo, seguindo-se anel com pequenas flores estilizadas envolvidas por nastros cruzados, a partir do qual o bloco facetado em côncavo se estreita, sobressaíndo no cimo um toro saliente esculpido em forma de cordão encimado por anel liso facetado de onde se eleva o fuste curto, helicoidal, decorado com rosetas, tendo numa das faces imagem em alto revelo sobre pequena mísula representando São Vicente com os atributos: na mão esquerda a barca e na direita uma palma; encima o fuste capitel baixo, vegetalista, de 2 faces: a anterior semi-circular com 1º andar de folhas estilizadas recortadas e o 2º em toro recamado de folhas e bagas unidas por fino cordão; a posterior em ressalto com enrolamentos de folhas de acanto a ladear máscara, servindo de base a cruz latina florenciada com braços facetados decorados com botões, da qual sobressai na frente um Cristo Crucificado cujos pés pousam numa caveira e atrás uma Pietá, esculpidos em alto relevo. |
Acessos
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Rua de Arroios; Rua Carlos José Barreirios; Rua Alves Torgo. WGS84 (graus decimais): lat. 38,732491; long. -9,136195 |
Protecção
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Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, 1.ª série, n.º 136 de 23 junho 1910 |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado numa plataforma junto à frontaria da Igreja de São Jorge de Arroios (v. PT031106440720), do lado dir. das escadas, protegido por gradeamento metálico, destoante. A igreja é flanqueda por arruamentos tendo defronte um pequeno jardim triangular. |
Descrição Complementar
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Os braços da cruz são de secção oitavada, com faces decoradas alternadamente com botões, e rematados em pinhas envolvidas por pequenos cogulhos de acanto e cingidas por cordão. |
Utilização Inicial
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Religiosa: cruzeiro |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica |
Afectação
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Época Construção
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Séc. 16 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido *1 |
Cronologia
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Séc. 16 - época provável da construção, indiciada pelo estilo do monumento; 1758 - segundo as Memórias Paroquiais elaboradas após o terramoto, à esquerda da estrada que então ligava o Campo Pequeno a Arroios havia uma quinta, na época pertença dos religiosos da Congregação do Oratório, murada em redor, onde se localizava um padrão (coluna) com inscrição alusiva à Rainha Santa Isabel, em memória da pacificação que com sua intrevenção aí alcançou entre D. Dinis e o Infante D. Afonso em 1323, sendo este padrão erigido a mando do Senado da Câmara de Lisboa e por vários autores confundido com o Cruzeiro de Arroios; séc. 18 / 19 - junto à Igreja de São Jorge de Arroios, no então denominado Lg. do Cruzeiro ou do Cruzeiro de Arroios, estava este mesmo colocado sobre um pedestal dentro de uma capelinha vazada e gradeada, de cobertura piramidal suportada por pilares de cantaria, conforme gravuras da época; 1837 - apeado e colocado dentro da Igreja, na sSacristia, por iniciativa da CML para desobstruir o largo; 1897 - passou para o corpo da igreja, junto ao guarda-vento; 1944 - a CML, a pedido do grupo "Amigos de Lisboa" sugere à DGEMN que o Cruzeiro seja colocado num Museu ou no seu primitivo lugar, uma vez que onde estava impedia a passagem dos fiéis e não tinha condições para ser devidamente admirado; 1946 / 1950 - a DGEMN emite parecer favorável à mudança do Cruzeiro para o primitivo local ou próximo, devendo ser estudado um alpendre de protecção inspirado em gravuras antigas; 1957 - obras realizadas no interior da Igreja sem conhecimento da DGEMN levaram à deslocação do Cruzeiro, que estava no enfiamento da entrada, para a dir. com a face "de maior interesse artístico" encostada à parede, devendo os trabalhos ser suspensos e o Cruzeiro reposto ou colocado no lg. fronteiro à Igreja, ficando a aguardar estudo da CML; 1958 - a Comissão de Freguesia de Arroios é contra a colocação do Cruzeiro no largo; 1962 - a Direcção-Geral do Ensino Superior e Belas-Artes aprovou as cérceas projectadas para o Largo de Arroios com alteração de altura e o arranjo da placa central para colocação do Cruzeiro; 1963 / 1964 - executada planta com localização prevista, devendo a CML construir uma base de assentamento para o Cruzeiro na placa central do largo fronteiro, e não como figurava no ante-projecto da nova igreja de São Jorge de Arroios, sob um alpendre à entrada da mesma; 1965 - solicita-se que a CML proceda ao arranjo da placa ajardinada do largo para assentamento do Cruzeiro, devendo o mesmo ser defendido da acção do tempo por estrutura idêntica à que originalmente tivera; 1966 / 1967 - nos estudos e projecto de remodelação total da Igreja deve ser prevista a colocação do Cruzeiro em terreno exterior, futuro adro do novo templo; 1969 / 1970 - demolição da Igreja e colocação provisória do Cruzeiro na Capela do Hospital de Arroios; 1970 / 1974 - construção da nova igreja paroquial, tendo o Cruzeiro sido colocado à entrada da mesma, onde ainda hoje se encontra. |
Dados Técnicos
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Estrutura autoportante |
Materiais
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Calcário lioz |
Bibliografia
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ARAÚJO, Norberto de, Peregrinações em Lisboa, Lisboa, s.d.; OLIVEIRA, Eduardo Freire de, Elementos para a História do Município de Lisboa, vol. 16, Lisboa, 1910; CHAVES, Luís, Os Pelourinhos e os Cruzeiros, in Arte Portuguesa, Vol. 7, As Artes Decorativas I, Lisboa, s.d.; Idem, Cruzeiros de Portugal, sep. da Brotéria, Vol. 14, Lisboa, 1932; CASTILHO, Lisboa Antiga - Bairros Orientais, Vol. 8, Lisboa, 1935-1938; Guia de Portugal, Lisboa e Arredores, Lisboa, 1985; Guia Laranja: Lisboa e Costa de Lisboa, Lisboa, 1985; ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1982. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRMLisboa |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DSARH |
Intervenção Realizada
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Observações
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*1- segundo alguns autores as imagens foram executadas por um escultor portuense. |
Autor e Data
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João Silva 1992 / Lina Oliveira 2003 |
Actualização
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