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Edifício e estrutura Estrutura Hidráulica de elevação, extração e distribuição Roda hidráulica
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Descrição
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Roda de madeira de grande diâmetro, com raios dispostos em torno de um eixo central também em madeira, fixos exteriormente numa roda de três aros, unidos por pás às quais se fixam pares de alcatruzes em barro, cada um deles com uma capacidade de c. de 5 litros. O eixo assenta num suporte ou "burra" de alvenaria, paralela ao curso do rio e rematada por volutas; o canal que conduz a água à roda é vedado, a montante, por grelha de madeira; o remate do suporte à entrada do canal, desse lado, apresenta um talhamar com a parte inferior arredondada. |
Acessos
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Tomar, Avenida Marquês de Tomar, implantado no Jardim da Várzea Pequena. WGS84 (graus decimais): lat.: 39,605300; long.: -8,413229 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Urbano, isolado, implantado no Mouchão, o atual Jardim da Várzea Pequena, implantado na margem esquerda de um dos braços do rio Nabão que rodeia o parque. Fronteiros, o Edifício dos Correios, Telégrafos e Telefones (CTT) de Tomar (v. IPA.00021208) e a Casa na Rua Gil Avô, n.º 8 (v. IPA.00036118). |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Hidráulica: roda hidráulica |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 21 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1906 - construção de uma roda para irrigação no Rio Nabão *1, junto ao Jardim Público da Várzea Pequena, pela Câmara, até a quantia de 50$000 (ROSA, IX, 122); 28 junho - aprovada a despesa de 26$000 com a roda para rega (ROSA, IX, 123); 1920, 04 maio - a Câmara contribuirá com 50$00 para a construção do açude da horta da fábrica de fiação, do qual se serve para mover a roda (ROSA, IX, 498); 1976 - construção da nova roda; 2011 - devido ao péssimo estado da roda, foi construída uma inteiramente nova, pelos carpinteiros da Câmara Municipal de Tomar. |
Dados Técnicos
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Estrutura autónoma. |
Materiais
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Estrutura em madeira e barro (roda) e alvenaria de pedra rebocada (suporte). |
Bibliografia
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DIAS, Jorge, GALHANO, Fernando - Aparelhos de elevar a água de rega: contribuição para o estudo do regadio em Portugal. 2.ª ed., Lisboa: D. Quixote, 1986; FERREIRA, Fernando - Coisas simples da terra tomarense. O rio, os açudes e as rodas. Santarém: Junta Distrital, 1976; FERREIRA, Fernando Araújo - «...Ao correr do Ro, os açudes e as rodas». In Tomar - Perspectivas. Tomar: Festa dos Tabuleiros, 1991, pp. 23-28; GRAÇA, Luís Maria Pedrosa dos Santos - Tomar roteiro sentimental. 2.ª ed. Lisboa: JMEdições, 2014; OLIVEIRA, Ernesto Veiga de, GALHANO, Fernando e PEREIRA, Benjamim - Tecnologia Tradicional Portuguesa Sistemas de moagem. Lisboa: Instituto Nacional de Investigação Científica, 1983; PONTE, Salette da - «O rio, as rodas e os açudes» in Boletim Cultural da Câmara Municipal de Tomar. Tomar: Câmara Municipal, março 1992, n.º 17; ROSA, Alberto de Sousa Amorim - Anais do Município de Tomar… Tomar: Câmara Municipal, 1974, vol. IX. |
Documentação Gráfica
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CMTomar |
Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID, SIPA; CMTomar |
Documentação Administrativa
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CMTomar |
Intervenção Realizada
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Nada a assinalar. |
Observações
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*1 - O Rio Nabão nasce nos contrafortes da Serra de Sicó, entre as Serras da Lousa e Aire; até à sua confluência com o rio Zêzere percorre 65km; o seu débito, medido na boca da Levada é de c. de 2.000 litros por segundo; ao longo do seu curso cruza várzeas, regadas desde tempos imemoriais por rodas hidráulicas, fechando-se em vales estreitos ou criando rápidos, também desde cedo aproveitados para fazerem mover rodas de azenhas; nestas rodas era utilizada madeira de pinho - pinheiro manso para o suporte (antes de ser feito em alvenaria), pinheiro bravo para a roda - carvalho para o eixo; os alcatruzes podiam ser feitos de barro ou folha. A regularização e aproveitamento das águas do Nabão remontam ao período romano; na zona de Tomar existem notícias históricas da utilização de rodas hidráulicas para alimentar sistemas de rega e de fabrico de farinha e azeite, desde a fundação da vila. *2 - existiam as rodas da Fonte Quente, do Cotrim, do Neves, da Horta da Fábrica,. Da Várzea Pequena, do Mouchão, de Torres Pinhjeor, do Marchante, do Chatinho, do Conde, dos Cedros, da D. Aurélia... (FERREIRA, 23). |
Autor e Data
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Isabel Mendonça 1997 |
Actualização
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Paula Figueiredo 2019 |
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