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Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Convento masculino Ordem de São Francisco - Franciscanos Capuchos (Província da Arrábida)
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Descrição
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Acessos
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Barro |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Descrição Complementar
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Do primitivo edifício quinhentista dos frades arrábidos, apenas resta a Capela, que possui um silhar de azulejos azuis e brancos com motivos florais e que ostenta, na capela-mor, outros dois painéis de azulejos, assinados por P.M.P., um figurando uma "Natividade" e outro uma "Visitação, este datado de 1714. Nas paredes da capela estão embutidas duas lápides sepulcrais, uma do lado da Epístola, de D. Isabel de Perestrelo, datada de 1642, a outra do lado do Evangelho, de João Teive, contador-mor do Reino e fidalgo dos reis D. João III e D. Sebastião. |
Utilização Inicial
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Religiosa: convento masculino |
Utilização Actual
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Saúde: hospital |
Propriedade
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Afectação
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Época Construção
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Séc. 16 / 17 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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CONSTRUTOR: Hermano da Silva Luzia (1958-1967); José Adolfo Forte (1963). PINTOR de AZULEJOS: PMP (séc. 18). |
Cronologia
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1570, 02 agosto - lançamento da primeira pedra do convento de Capuchos Arrábidos, fundado pela infanta D. Maria, filha de D. Manuel I e de D. Leonor; pediu ao rei que zelasse por ele e deu-lhe o padroado da casa; o convento foi inicialmente dedicado ao acolhimento de monges "fraquinhos do peito", como eram denominados aqueles que padeciam de doenças pulmonares; 1619 - data da primeira reedificação; séc. 18 - pintura dos azulejos por PMP; 1834 - data da extinção do convento, que é vendido em hasta pública a um particular; 1857 - é comprado pelo Marquês de Valada, que lhe faz algumas obras de restauro, pois encontrava-se em avançado estado de ruína; 1860, 02 agosto - abertura neste edifício, adquirido pelo padre João Carlos Rademaker (de Lisboa), ao Marquês de Valada, do Colégio dos Orfãos e alunos pensionistas (vindos de Campolide); 1860, 14 agosto - recomeça aqui o noviciado da Companhia de Jesus, após a sua expulsão do reino, por Decreto de 1759, com 8 elementos (4 escolásticos e 4 coadjutores); terá sido nesta altura que se construiu um anexo com três pisos, que foi demolido (e reconstruído) cerca de 1926-1927; 1910 - expulsão dos Jesuítas; o edifício é destinado à função de asilo, com o nome de Asilo Elias Garcia, afeto à Direção-Geral de Assistência; 1927-1932 - obras de modificação e reparação do refeitório; 1934 - construção de um reservatório para a água; 1938 - tinha 368 asiladas e destinava-se a acolher mulheres "inválidas"; 1942 - o edifício passa a designar-se Instituto do Bom Pastor Nossa Senhora dos Anjos e foi entregue às religiosas desta congregação, que se dedicavam à "regeneração de raparigas"; seriam necessárias obras de adaptação (que nunca se chegaram a realizar), porque a ordem impunha uma separação entre as religiosas e as asiladas, a instalação de serviços privativos para as religiosas e o restauro da capela; 1953-1954 - o edifício foi colocado sob a égide da Assistência Nacional aos Tuberculosos e fazem-se obras de adaptação do antigo convento a sanatório, pela Comissão de Construções Hospitalares; 1956 - o director do Sanatório é o Dr. José Maria Antunes Júnior, tisiologista que estivera a prestar funções na Estância Sanatorial do Caramulo, desde 1942; o gerente era Manuel Quezada Guanilho; o director pediu o apoio da Congregação da Divina Providência e Sagrada Família para pretar serviço no Sanatório; a Comissão para a Aquisição de Mobiliário procedeu ao fornecimento de mobiliário e equipamento para o Sanatório, segundo um plano da Comissão das Construções Hospitalares e da própria diretoria do Sanatório, sendo o mobiliário de madeira adjudicado à Casa das Mobílias Alentejanas e Modernas (Móveis Vitória), para além de outro equipamento diverso para fins clínicos que foi fornecido por diversas firmas da especialidade; 02 setembro - iniciam a sua atividade no Sanatório vinte e duas religiosas que asseguravam os serviços de cozinha, limpeza, copas, rouparia e enfermagem; 01 dezembro - internamento do primeiro doente; 1958-1962 - ampliação das instalações para a comunidade, para serviços de secretaria, Gabinete do Director, Farmácia, Arquivo de Radiografias e Arquivo de Impressos; 1961-1962 - nova empreitada de aquisição de mobiliário, ligada à ampliação dos serviços de secretaria do Sanatório, sendo adjudicada à firma Centro Fornecedor de Móveis (Lisboa) e à firma Emelli (candeeiros Kaiser); 1965 - ampliação do corpo B; 1962 - 1968 - construção do pavilhão de ergoterapia; foram equipados os Pavilhões B e de Ergoterapia, com candeeiros Kaiser - fornecidos pela Emelli -, mobiliário de madeira - de José Augusto da Silva Quintas (Espinho), da Fábrica da Granja, de Joaquim Gonçalves Moura (Lisboa) e da Central do Lumiar -, mobiliário metálico da Adico - fornecido pela Sano-Técnica -, um estirador e um banco da marca SMIDA, fornecidos pela Papelaria Fernandes; 1966 - plano das instalações para os funcionários, que deveriam seguir o padrão das casas económicas (de acordo com as indicações do Ministro E. Arantes e Oliveira); a construção começa por uma residência para o capelão (1967); 1974 - inauguração formal do pavilhão de terapia ocupacional, que continha uma escola primária, biblioteca, posto emissor de rádio, laboratório de fotografia, oficinas de encadernação, de sapataria, de alfaiataria, de rádio-electricidade, de serralharia e carpintaria; 1989 - cessação das funções das religiosas e inicício da laicização do pessoal hospitalar, plenamente concluída em 1992; 1982 - o edifício é constituído por cinco pavilhões, entre espaços para consultas, internamento (A,B e D), residências (C e F) e terapia ocupacional (E); 1991 - após o falecimento do diretor, o Sanatório passa a designar-se Sanatório Dr. José Maria Antunes Júnior; séc. 20, final - aquisição das portas do Cinema Monumentar pelo diretor do Sanatório, aplicadas no edifício do pessoal; 1993 - finaliza o Sanatório, que passou a ter o nome de Hospital Dr. José Maria Antunes Júnior; séc. 20, final - aquisição das portas do Cinema Monumentar pelo diretor; 2009, 23 outubro - caduca o processo de classificação conforme o Artigo n.º 78 do Decreto-Lei n.º 309/2009, DR, 1.ª série, n.º 206, alterado pelo Decreto-Lei n.º 265/2012, DR, 1.ª série, n.º 251 de 28 dezembro 2012, que faz caducar os procedimentos que não se encontrem em fase de consulta pública. |
Dados Técnicos
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Materiais
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Bibliografia
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ALMEIDA, Mónica da Anunciata Duarte de, O Programa Artísticos da Capela-mor da Igreja de Nossa Senhora da Luz de Carnide [dissertação de mestrado em História da Arte da Universidade de Lisboa], 2 vols., Lisboa, 1997; CORDEIRO, António da Costa - Jubileu do Collegio do Barro, 1860-1910; LOPES, Maria Fernanda, Memórias do Hospital “Dr. José Maria Antunes Júnior”, Torres Vedras, 1999; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1954, Lisboa, 1955; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos anos de 1957 e 1958, 1º Volume, Lisboa, 1959; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério nos Anos de 1959, 1º Volume, Lisboa, 1960; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no Ano de 1961, 1º Vol., Lisboa, 1962; Notícia historica de sua fundação e ministerios até o anno presente. Braga: Augusto Costa & Matos, 1910; MIRA, Graça Andrade, «Património, contributo para uma identificação», in Torres Vedras, passado e presente, vol. I, Câmara Municipal de Torres Vedras, 1996, p. 391; SERRÃO, Vítor, História da Arte em Portugal - o Barroco, Barcarena, Editorial Presença, 2003. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DREL, DGEMN/DREL/DRC, DGEMN/DREL/DIE, DGEMN/DSARH |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSARH |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/CAM, DGEMN/REE, DGEMN/DSARH, DGEMN/DSMN |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1956 - equipamento do sanatório, pelos Serviços de Construção e Conservação; 1958 / 1959 - obras de arranjo da capela do sanatório, pelos Serviços de Construção e Conservação; 1961 - obras de conservação da central térmica, pelos Serviços de Construção e Conservação. |
Observações
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EM ESTUDO |
Autor e Data
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Helena Rodrigues 2005 |
Actualização
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