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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Palacete
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Descrição
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Palácio conservando apenas frontispício (este já parcialmente desmoronado), de 2 pisos separados por friso e formando vários corpos, sendo o central uma igreja com acesso por escadaria. Esta é de planta longitudinal, capela-mor rectangular e coberta com telhado de 2 águas; precede-a galilé de 3 arcos, ladeada por pilastras avançadas que suportam balaustrada da varanda do 2º piso, onde se abrem 3 portas encimadas por frontão triangular. Coroamento por frontão redondo e obelisco piramidal no topo e tendo para trás torre sineira quadrangular com telhado cónico. Os corpos laterais do palácio são rasgados por janelas de verga recta, as do 2º piso encimadas por frontão triangular ou curvo sobrepostos por óculos e são rematados parcialmente por balaustrada interrompida por troféus sobre socos. Igreja de uma só nave, com tecto curvo de madeira, revestida de mármores polícromos, com portas e janelas encimadas por frontões triangulares ou curvos e frontão interrompido com grande óculo sobre porta central. Capela-mor com pintura escaiolada sobre estuques, galerias, e retábulo ladeado por colunas. |
Acessos
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Largo Pina Manique. WGS84 (graus decimais) lat.: 39,221633; long.: -8,893941 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 45/93, DR, 1.ª série-B, n.º 280 de 30 novembro 1993 |
Enquadramento
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Urbano. Ergue-se no largo central da povoação. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial / Assistencial: centro paroquial / Devoluto |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ARQUITECTO: José da Costa e Silva. |
Cronologia
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1791 - D. Maria I ordenou que Alcoentrinho, morgadio de Diogo Inácio de Pina Manique desde 1793, se passasse a denominar Manique do Intendente e que fosse senhorio de solar para ele e descendentes, que a povoação fosse elevada a vila, etc.; Pina Manique propôs-se então fundar uma verdadeira povoação com Igreja Paroquial, casas da Câmara, pelourinho, casas para juízes e vereadores e um palácio para si; 1805 - com a sua morte, o palácio não foi acabado e passa ao abandono; 1941 - ciclone fez ruir cobertura da arcada principal do claustro; a igreja foi restaurada sob esforços do páraco e população; 2007, 15 Fevereiro - queda de uma pedra da fachada; 2016, 28 dezembro - o edifício integra a lista de 30 imóveis a concessionar pelo Estado Português a privados, para instalação de unidades hoteleiras. |
Dados Técnicos
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Estrutura de cantaria e alvenaria rebocada |
Materiais
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Calcário, mármores e estuques no interior. Cobertura da igreja em telha. |
Bibliografia
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CALIXTO, Vasco, Manique do Intendente e o seu Palácio Arruinado, Diário de Notícias, 20-11-1961; s.a., Manique do Intendente, Notícias do Azambuja, 25-10-1963; AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa, 1963; SILVA, António Lambert Pereira, Nobres Casas de Portugal, vol. 3, Porto, s.d.; ANACLETO, Regina, A Arquitectura in História da Arte em Portugal, vol. 10, Lisboa, 1986, p. 9 - 41; Palácio Pina Manique em risco - Azambuja pede ajuda ao IPPAR, Diário de Notícias, 18 Fevereiro 2007. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMA |
Documentação Fotográfica
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CMA |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1979 - Reconstrução de coberturas; alteração dos trabalhos iniciais; 1982 - reconstrução da cobertura; obras de conservação e reparação; 1983 - obras de beneficiação: reconstrução do telhado do anexo do lado esquerdo; 1985 - obras de valorização no tecto da capela-mor; 1987 - reparação do quadro eléctrico e colunas; Paróquia *1: 1987 - início de obras para instalação de um Centro de Dia para a 3ª Idade; 1994 - substituição dos sinos da igreja; 1996 - construção de um alpendre sobre o tecto do corpo adjacente à nave da igreja |
Observações
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*1 - intervenções ocorridas sem conhecimento das entidades competentes. A construção ainda existente revela-nos um projecto ambicioso não só pela planimetria e volumetria adaptada, mas também pelo ambiente geográfico onde se inseriria, destacando-se assim no conjunto de edificações de finais do séc. 18, inícios do 19. O seu estilo neoclássico, sob certa influência italiana, levou António Lambert P. Silva a atribui-lo ao arquitecto José da Costa e Silva. |
Autor e Data
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Paula Noé 1991 |
Actualização
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