Igreja Paroquial de Arruda dos Vinhos / Igreja de Nossa Senhora da Salvação

IPA.00006272
Portugal, Lisboa, Arruda dos Vinhos, Arruda dos Vinhos
 
Arquitectura religiosa manuelina e barroca. Igreja paroquial de planta longitudinal de influência mendicante, sem transepto, com 3 naves de 5 tramos; alçado escalonado, sem clerestório; cabeceira composta por ábside e 2 absidíolos comunicantes, abobadados; cobertura das naves em madeira. Torre com sineiras polilobadas. Fortes analogias com a igreja de S. Quintino (v. PT031112010001). O tipo de suportes (colunas, meias-colunas e mísulas) decoradas com elementos torsos, encordoados, vegetalistas e grutescos, o perfil dos arcos formeiros (plenos, de molduras facetadas) e a iluminação exclusivamente proveniente dos muros mestres concretizam um espaço que tende à unificação, tipico do Manuelino. Portal manuelino que conjuga arco conopial e em cortina com decoração fitomórfica, ladeado por pilastras com imagens em alto-revelo, e decoração baseada em esquemas classicizantes (grutescos, bocéis e palmetas), repertórios ornamentais próprios da arquitectura manuelina, inspirados em gravuras, na arte popular e decorações efémeras. Coro-alto barroco de perfil ondulante. Azulejos de padrão e figurativos. Retábulo da capela-mor de talha dourada, barroca da 1ª fase do Estilo Nacional. Possuindo um alçado escalonado que corresponde a uma nave central mais elevada que as laterais, esta igreja é, contudo, desprovida de clerestório. No portal, as pilastras que o enquadram parecem ter sido anexadas ao mesmo, uma vez que é notória a falta de ligação e a existência de cortes e encaixes defeituosos entre aquelas e os pés-direitos do arco, sobretudo a nível das bases e capitéis e pelo facto da decoração de grutescos das faces laterais das pilastras ser visível apenas parcialmente, por ficarem encobertas pelos colunelos periféricos do portal e semi-embebidas na caixa-murária. Na fachada S, no pano correspondente ao corpo da ábside, existe um contraforte posicionado obliquamente, cuja função, hoje nula, seria o apoio da abóbada que originariamente cobria a capela-mor. A remodelação desta é igualmente patente no interior através do alteamento e modificação do arco triunfal, com 2 andares de capitéis, estilisticamente diferentes, e da descarga dos arcos formeiros do último tramo se fazer em mísulas num plano desnivelado, ficando aquele mais curto. Os absidíolos possuem um sistema de cobertura em abóbada polinervada de centro planificado e rebaixado, utilizando a tecnologia da abóbada-à-vela, com os blocos pétreos dispostos concentricamente em relação ao fecho. Na parede da nave lateral N há 3 vãos entaipados em arco polilobado, correspondentes a antigas portas laterais.
Número IPA Antigo: PT031102020001
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja paroquial  

Descrição

Planta longitudinal, composta por corpo da igreja rectangular de 3 naves e cabeceira com ábside rectangular e 2 absidíolos quadrangulares, comunicantes. A E e N adossam-se dependências de planta rectangular e torre sineira quadrangular a N. Massa de volumes articulados horizontalistas e torre verticalista. Coberturas diferenciadas de telhados a 1 e 2 águas na igreja e anexos e coruchéu piramidal na torre. Frontispício orientado escalonado, marcando a divisão espacial interna e a diferença de altura das naves; remate em empena triangular. No 1º registo portal de arco conopial encimado por cortina, com decoração vegetalista, flanqueado por pilastras com imagens em nichos. No 2º registo 3 janelas gradeadas molduradas em arco rebaixado, sendo a central maior, sobre mísulas geométricas, encimada por óculo sob enxalço. Torre com frestas trilobadas no 1º registo encimado por cornija com meias esferas onde assentam 4 sineiras em arco festonado; remate em cornija provida de gárgulas coroada por merlões trevados e pináculos cantonais. Fachada S com estreito embasamento e rematada por cornija; corpo da igreja com 2 registos, no 1º portal de moldura rectangular facetada, de ângulos arredondados, sobre degraus, e no 2º uma janela rectangular com varandim de ferro (à esq.) e 2 frestões em arco pleno; corpo do absidíolo mais baixo com pequena janela rectangular; corpo da ábside e dependência anexa antecedido por muro baixo com portão de ferro, formando pequeno pátio; na parede 2 janelas rectangulares, tendo ao meio contraforte diagonal. Fachada E sem vãos no anexo e 1 janela rectangular na Sacristia. Fachada N: 6 corpos volumétricos salientes e reentrantes, de alturas diferenciadas: Sacristia, capela do Santíssimo e anexos, rasgados por vãos rectangulares e rematados por cornijas; no 2º registo 2 frestões. INTERIOR: espaço diferenciado; 3 naves de altimetria diferente com 5 tramos marcados por colunas providas de anéis e capitéis torsos e vegetalistas, que suportam arcos formeiros de volta perfeita. A O coro-alto de estrutura ondulante com balaustrada e pinturas ornamentais, suportado pelo 1º par de colunas e meias-colunas com capitéis rectangulares boleados. A N pia baptismal, acesso à torre sineira e coro-alto, 3 vãos polilobados, entaipados, e Capela do Santíssimo em arco de volta perfeita revestido de talha dourada e polícroma, contendo altar do mesmo com 2 nichos laterais sobre portas e sacrário com pequenas pinturas e imagem de Cristo Crucificado, nas paredes silhar de azulejos figurativos, polícromos, alusivos a S. Francisco. Adossado à última coluna púlpito octogonal sobre colunelo. Caixa murária completamente revestida de painéis de azulejos azuis e amarelos do tipo tapete com motivos de ponta de diamante e vegetalistas, separados por cercaduras e frisos; inferiormente banco corrido com azulejos azuis de padrão floral. Coberturas em tecto de madeira, sendo o central em berço. No último tramo, mais curto, os arcos formeiros apoiam-se em mísulas ladeando o arco triunfal a pleno centro, tendo no fecho pedra de armas entre anjos-tenentes, suportado por pares de colunelos com capitéis vegetalistas encimados por outros de coxim facetado. Capela-mor com janela a S, existindo a N outra entaipada com painel de azulejos em trompe l'oeil. Paredes revestidas por painéis de azulejos azuis, figurativos, com cenas bíblicas no 1º registo, e de tipo arquitectónico no 2º, com cartelas, volutas e frisos enquadrando telas com molduras de talha. Retábulo de talha dourada com colunas pseudo-salomónicas decoradas com parras e arquivoltas unidas por raios, a enquadrar camarim e trono com imagem de Nossa Senhora da Salvação. Atrás do altar porta para anexo e acesso ao trono. Cobertura em abóbada de berço com pintura central. Os absidíolos abrem para as naves em arcos plenos, facetados, e para a capela-mor em arcos rectos, contêm pequenos altares com imagens e telas pintadas, sendo cobertos por abóbadas polinervadas, estreladas, com nervuras salientes providas de bocetes vegetalistas, heráldicos e grutescos, apoiadas em mísulas cantonais. A N Sacristia abobadada com nervuras facetadas cruzadas no fecho com bocete floral. No corredor silhar de azulejos pombalinos com motivos florais.

Acessos

Largo do Adro. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,984158; long.: -9,076428

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 33 587, DG, 1.ª série, n.º 63 de 27 março 1944 *1

Enquadramento

Urbano, isolado, implantação harmónica. Ergue-se no centro da povoação, na zona antiga, em amplo adro calcetado, arborizado e murado, circundado por ruas estreitas e edifícios de 2 pisos.

Descrição Complementar

Portal manuelino em arco conopial de arquivolta única delimitada por colunelos que, superiormente, se afastam e elevam em arco de cortina, assentando em bases facetadas de secção estrelar com anéis e escócias côncavas e com capitéis de folhagem encimados por moldura estrelar e anel torso enastrado. Pés-direitos e arco têm decoração contínua e simétrica de 2 caules ondulantes, sustendo folhas e flores da aboboreira que se elevam da boca de um dragão alado (esq.) e de um cão (dir.) sentados sobre pequenos tambores com bocéis, unindo-se no fecho sob pedra de armas com as 5 chagas de Cristo. O extradorso é decorado com cogulhos de acanto e os vértices rematados por florões, prolongando-se o central em pequeno pináculo revestido de folhas no topo. Ladeiam o arco 2 pilastras de secção rectangular sobre plintos prismáticos cingidos por molduras geométricas salientes e decorados com rosetas circulares, encimados por escócia revestida de palmetas. Os fustes possuem inferiormente, na face frontal, decoração vegetalista estilizada, formando ramalhetes, emoldurados por pequeno arco trilobado contracurvado onde assenta mísula vegetalista que sustenta figura humana despida em alto elevo, aparentando ser um jovem (esq.) e um velho, talvez barbado (dir.), sob baldaquinos em concha orlados por tarjas; as faces laterais são esculpidas com grutescos (taças, golfinhos, cornucópias, tarjas, volutas, vegetação estilizada); superiormente são decoradas com pequenos arcos e rematadas por pináculos piramidais com série de pequenas folhas nos vértices, enroladas em colchete. INTERIOR: as colunas apresentam um esquema formal semelhante, diferindo na decoração: bases quadrangulares recortadas, com esferas nos vértices superiores, encimadas por escócias oitavadas côncavas; fustes lisos divididos a meio por anéis de folhas e flores unidas por cordões, enastrados torsos, encordoados e recamados de folhagem; os capitéis são vegetalistas, predominando a folha de acanto, e com nastros torsos. Na parede N 3 vãos entaipados moldurados em arco polilobado. As mísulas em que se apoiam os arcos formeiros no último tramo são decoradas com grutescos (cabeças de "putti" e cornucópias). Os capitéis do arco-triunfal são esculpidos com folhas de acanto e interclados por "putti"; nas bases surgem 2 cabeças masculinas, barbadas e coroadas. Nas abóbadas polinervadas dos absidíolos o jogo das nervuras principais e secundárias (liernes e terceletes) forma uma estrela provida de bocetes vegetalistas (flores simples e cingidas por coroas de folhagem), grutescos (3 caras que seguram 2 dragões com as bocas) e heráldicos nos fechos (escudo com 5 chagas de Cristo e vaso florido), o apoio é feito nos 4 cantos em mísulas com grutescos ("putti", cornucópias, caveira, dragões alados) e com folhagem. Na Sacristia, as 2 nervuras da abóbada arrancam de mísulas com rostos de anjos e ornatos vegetalistas, tendo como único bocete um florão. AZULEJARIA: Revestimento azulejar com painéis do tipo tapete a azul e amarelo com elementos vegetalistas e ponta de diamante, organizados em andadres e com cercaduras de anjos e frisos de trança; na capela-mor painéis figurativos a azul com barras de volutas de acanto, anjinhos e aves, encimado por painéis de tipo arquitectónico a enquadrar janelas e telas com molduras de talha. ARTES DECORATIVAS: Retábulo da capela-mor de talha dourada, com 2 pares de colunas pseudo-salomónicas revestidas de parras, que se continuam em arcos concêntricos, unidos por raios de talha, a enquadrar a tribuna.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja paroquial

Utilização Actual

Religiosa: igreja paroquial

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

Séc. 12 - após a reconquista da vila por D. Afonso Henriques, a Ordem de Santiago edificou ou reconstruiu a igreja matriz, pertença do padroado real e doada ao prior do Convento de São Vicente de Fora, com a invoação de Santa Maria da Arruda; séc. 13 - D. Sancho I doou-a à Ordem de Santiago, integrada no bispado de Lisboa com as igrejas de Óbidos; tinha colegiada com beneficiados e Irmandade de Nossa Senhora da Salvação; séc. 16, início - D. Manuel teria promovido a reconstrução da igreja na sequência da sua estada em Arruda fugindo da peste, ou D. João III (entre 1525 e 1531); a invocação passou a ser de Nossa Senhora da Salvação. Supõe-se que a imagem de Santa Maria da Arruda foi renovada neste período, tendo-se-lhe aplicado novo rosto; séc. 17 / 18 - revestimentos azulejares e colocação do retábulo de talha; 1744 - data do coro-alto, conforme inscrição pintada no mesmo, obrigando a modificações na estrutura do 1º tramo: redução em altura das colunas e meias-colunas e substituição dos capitéis manuelinos por outros mais robustos, rectangulares; 1747 - existiam 6 altares laterais: Santíssimo (da Ordem 3ª de São Francisco), São Pedro e Nossa Senhora do Rosário, do lado da Epístola; Nossa Senhora da Piedade, Nossa Senhora dos Prazeres e Nossa Senhora da Graça, do lado do Evangelho; 1755, 1 Novembro - o terramoto destruíu parcialmente a capela-mor, a torre e a parte superior da fachada, efectuando-se obras que deram a esta uma feição barroca com uma empena de volutas; 1872 - data inscrita no arco de talha da capela do Santíssimo; 1946 - a Câmara Municipal deu conhecimento que parte do tecto de uma capela abateu, os azulejos ameçam cair e registam-se infiltrações de água da chuva; a direcção de Finanças Distrital informou que a igreja necessita de obras urgentes: reconstrução do telhado e da abóbada de estuque da capela lateral, restauro da fachada principal e dos painéis de azulejo, consolidação da torre, reconstrução dos tectos de madeira das naves; 1947 - a irmandade de Nossa Senhora da Salvação e do Santíssimo fizeram uma exposição sobre a urgência da reparação do telhado e de obras gerais de conservação; 1953 /1954 - o prior informou ser necessário reparar janelas, instalação eléctrica e os telhados da nave lateral esquerda, sacristia e capela-mor, dado as infiltrações destruirem os painéis de azulejos e os estuques do tecto, que derrocou na Capela do Santíssimo; no coro falta uma janela, conduzindo à deterioração dos quadros aí armazenados em más condições; 1963 - caíram algumas janelas e um vitral com a Padroeira, há infiltrações no coro onde os quadros continuam empilhados, a deteriorar-se, os azulejos estão a desagregar-se; o prior nomeou uma Comissão de Católicos Arrudenses para estudar o modo de actuar, fazendo uma exposição ao Ministro sobre os problemas que afectam a igreja; 1967 - necessário restaurar 10 tábuas quinhentistas, 4 do Mestre de Ferreirim, que estão desmanteladas; 1977 / 1978 - infiltrações de águas pluviais; a talha do altar-mor está danificada; 1979 - continua a chover dentro da igreja, alguns azulejos estão a deteriorar-se e há humidade nas paredes; 1984 - devido às infiltrações, a parte superior do retábulo ameaça ruir, pondo em perigo a imagem de Nossa Senhora.

Dados Técnicos

Estrutura mista.

Materiais

Alvenaria rebocada, cantarias de calcário, tijoleira, azulejos, talha, cobertura interior de madeira e exterior de telha.

Bibliografia

ALMEIDA, José António Ferreira de, Tesouros Artísticos de Portugal, Lisboa, 1976; AZEVEDO, Carlos de, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano de, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Lisboa, 1963; Boletim de Restauro da Igreja de Arruda dos Vinhos, DGEMN, Lisboa, 1952; CARDOSO, Luís (Padre), Dicionário Geográfico, tomo I e 5, Lisboa, 1747 e 1758; COSTA, Américo, Dicionário Corográfico de Portugal Continental e Insular, vol. 2, s.l., 1930; GIL, Júlio, As Mais Belas Igrejas de Portugal, vol. 2, Lisboa, 1989; Monumentos, n.º 9, Lisboa, DGEMN, 1998; RIBEIRO, Armando V., A Igreja Matriz de Arruda dos Vinhos, Arruda dos Vinhos, 1955.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN/DSID, DGEMN/DRML

Intervenção Realizada

DGEMN: 1950 - Obras de reparação: trabalhos de sondagem, apeamento e reconstrução de telhados e cintagem de paredes em betão armado; os quadros foram retirados e empilhados no coro; 1952 - Reconstrução de 4 tramos do telhado da nave lateral dir. com telha românica e portuguesa; estrutura de madeira de casquinha formando tecto; esticadores de ferro embebidos no vigamento; pintura a "carbonilo"; cintas de betão armado, armaduras de ferro e estribos; 1954 / 1955 - Demolição do madeiramento dos telhados com levantamento de telha, apeamento e limpeza; alvenaria hidráulica na regularização do coroamento da parede; betão armado em cintas; vigamento de casquinha; cobertura com telha românica e de canudo; reparação do telhado da nave lateral esq. e capela, com substituição de estrutura arruinada e carcomida; na capela-mor, absidíolos e Sacristia substituição do madeiramento do telhado por pinho nacional; regularização do coroamento das paredes e construção de cinta de distribuição de cargas; arranjo do adro, iniciado pelo prior; 1955 - Levantamento dos pavimentos de soalho e cantaria, assentamento de tijoleira e cantaria aproveitável; enchimento de vazios; azulejo artístico idêntico ao existente sobre os arcos dos absidíolos e capela-mor; picagem, reboco e caiação do corredor da Sacristia; limpeza e pintura de caixilharia; assentamento de vidraças; limpeza das paredes e abóbada do absidíolo N; 1956 - Substituição do pavimento da capela-mor, absidíolos e sub-coro; sondagens e levantamento parcial dos pisos, encontrando-se o lagedo original junto ao altar-mor; degraus de cantaria; 1957 - Conclusão do pavimento de lagedo; beneficiação das paredes com rebocos impermeabilizados; reparação de rebocos e caiação de paramentos de alvenaria; 1958 / 1960 - Obras urgentes, parcialmente executadas por falta de verba: levantamento e assentamento de azulejos; aumento da superfície parietal com elevação dos tectos, necessitando de mais azulejos; restauro do reboco da Sacristia e do coro; pavimentação da capela-mor; remontagem da instalação eléctrica; caiação do exterior que se encontra enegrecido; reconstrução de 3 janelas; 1961 / 1964 - Restauro de painéis de azulejo artístico; reparação e pintura do cadeiral e da balaustrada do coro; reparação do soalho do coro; arranjo do tecto e da pintura do sub-coro; rebocos e caiação em paredes interiores e exteriores; colocação de vidros e vitrais; reparação e pintura a óleo de portas, caixilhos e grades de ferro; instalação eléctrica; 1965 - 1ª fase de obras com comparticipação local: reparação geral do pavimento do coro com substituição de tábuas e vigas, e do sub-coro com rebocos e caiações; substituição de caixilhos por vitrais armados em chumbo; reparação de caixilhos e portas, com pintura; 1965 / 1967 - Instalação eléctrica; 1966 - 2ª fase dos trabalhos de conservação e beneficiação: reparação geral da cobertura com substituição de telhas partidas; substituição dos elementos de tijoleira das paredes exteriores da torre por lajes de pedra "que primitivamente existiam"; picar, rebocar e caiar todas as paredes exteriores que têm os rebocos aluidos; reparação de portas e caixilhos; pintura de grades; limpeza com água e escova macia de todas as cantarias; apeamento e reassentamento de painéis de azulejo, com substituição de alguns mal assentes por azulejos que estavam guardados; picagem de paredes; consolidação do coro; reparação do soalho do coro e sub-coro; 1967 - Apeamento de azulejos; picagem de rebocos e afagamento de paredes com argamassa de cal hidráulica; limpeza e reassentamento de peças de cantaria, painéis de azulejo e soalho; apeamento do cadeiral; assentamento de forro, caiação, soco com argamassa de cal hidráulica; 1968 - Consolidação e reposição de azulejos aluídos e em perigo de queda; modificação da balaustrada do coro; consolidação dos arcos; assentamento de abas duplas de madeira para remate dos painéis de azulejo e ligação com o tecto; execução de alvenaria de tijolo em bancos laterais revestidos com pedra lioz e azulejos; assentamento de vãos de porta de madeira de casquinha no coro e acesso à torre; demolição de alvenarias de pedra que entaipavam vãos de portas antigas; reparação da porta principal e execução de degraus de soleira; beneficiação do altar lateral esq.; remoção da pia baptismal; limpeza de cantarias interiores; douramento do retábulo da capela-mor e início do restauro do altar de Nossa Senhora de Fátima; 1970 - Restauro de 6 quadros pelo Museu de Arte Antiga, que estavam no coro-alto encostados à parede; 1971 / 1972 - Restauro e douramento da talha de parte do trono do altar-mor, 2 anjos e as molduras de 2 telas, sob orientação de técnicos do Instituto José de Figueiredo que aí se deslocaram; 1977 / 1978 - Limpeza geral; reparação total da cobertura exterior e algerozes; obras de conservação interior com levantamento de azulejos à fiada, remoção de argamassa e reassentamento; 1978 - Constatação de deficiencias no trabalho: as telhas foram coladas e emendadas com argamassa, sem limpeza ou substituição, procedendo-se à correcção; 1984 - Nivelamento do tecto da Sacristia, desmonte da cúpula do trono do altar-mor, colocação de 4 imagens; 1985 - Revisão e reparação das coberturas e algerozes, reparação do tecto do coro, rebocos e caiação; 1993 - Reparação geral das coberturas; 1997 - Construção de instalações sanitárias, arranjo da envolvência exterior; 1998 - Execução de novas coberturas; conservação e restauro dos estuques decorativos do tecto da capela-mor; 1999 - Conservação e restauro dos painéis de azulejo da capela-mor e da talha do trono, conclusão das obras de beneficiação de coberturas e caixilharias.

Observações

*1 - DOF: ...Inclui todo o recheio: escultura, azulejos e pintura. A igreja tinha inicialmente a invocação de Santa Maria da Arruda.

Autor e Data

Paula Noé 1991 / Lina Marques 2001

Actualização

 
 
 
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