Palácio dos Marqueses de Angeja

IPA.00006251
Portugal, Lisboa, Alenquer, Vila Verde dos Francos
 
Arquitectura residencial, seiscentista / setecentista.
Número IPA Antigo: PT031101140023
 
Registo visualizado 616 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Residencial unifamiliar  Casa  Palacete  

Descrição

Palácio de planta irregular composta, constituído por vários corpos meio derrocados e sem cobertura. Alçado virado para a estrada, de 2 registos, ritmado por pilastras e com fenestração regular e singela, emoldurada a cantaria e encimada por cornija. Portal principal com verga recta sobrepujada por frontão interrompido, já sem a pedra de armas. Vários panos de muro derrocados e cobertos por vegetação. Pavimentos e divisões interiores inexistentes.

Acessos

Rua da Escola; Travessa do Palácio

Protecção

Em vias de classificação

Enquadramento

Urbano. Inserido na propriedade denominada de "A Cerca", ergue-se à entrada da vila, junto à estrada e na proximidade da ermida dedicada aos Anjos da Guarda.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Residencial: casa

Utilização Actual

Em ruína

Propriedade

Privada: pessoa singular / pessoa colectiva

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 16

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

Séc. 16 - Mandado construir por Gonçalo de Albuquerque, pai de Afonso Albuquerque, vice-rei da Índia, tornando-se moradia da família que antes habitava o castelo de Vila Verde dos Francos, do qual era alcaide; por parentesco passou à família Noronha; D. Francisco de Noronha, embaixador de Portugal em Paris, transferiu a família de São Martinho do Bispo, em Coimbra, para aqui; Luís de Camões, viveu algum tempo no palácio protegido por António de Noronha, irmão de Catarina de Ataíde, que o poeta cantou com o pseudónimo de Natércia; com o tempo passa para família Angeja; séc. 18, meados - Memórias Paroquiais descrevem-no com sua cerca, muros, alegretes, água e muitas árvores; mais tarde aqui se instalou os Paços do Concelho, que se mantêm até 1835; 1873 - Guilherme Henrique diz que está caindo em ruínas, tendo 1 quarto com tecto repartido em quadros, representando a conquista da Índia, rodeados com os nomes dos principais capitães; séc. 19 - incêndio; arrancado brasão às marteladas e vendido por 500$00 pelos proprietários de então tendo ido parar ao quintal do palácio do Mato; c. 1985 - vendido por 1500 contos a emigrante que ameaçou deitá-lo abaixo para no seu lugar erguer bomba de gasolina; 1986 - José Fonseca dos Santos doa parte da área ocupada pelo palácio à Associação Desportiva Recreativa e Cultural de Vila Verde dos Francos; 1988, 14 fevereiro - despacho de homolgação da classificação como Interesse Municipal da Secretaria de Estado da Cultura (processo perdido); 2007, 13 feveriro - foi solicitado à Câmara Municipal de Alenquer pronuncia sobre a continuidade do processo de classificação; 2008, 21 abril - parecer favorável da autarquia à continuidade do processo de classificação; 2010, 03 maio - o Ministério da Cultura envia cópia do processo à Câmara Municipal de Alenquer a fim desta ponderar a conclusão do procedimento; 2017, 04 abril - é solicitada informação à CM de Alenquer sobre a situação jurídica do procedimento de classificação (em vias, já classificado ou arquivado).

Dados Técnicos

Estrutura de paredes autoportantes

Materiais

Estrutura de alvenaria rebocada e cantaria calcária.

Bibliografia

HENRIQUE, Guilherme João Carlos, Alenquer e seu concelho, Lisboa, 1873; MENDANHA, Victor, Palácio de Vice-Rei vira bomba de gasolina in Correio da Manhã, 8 Abril 1985; MELO, António de Oliveira, GUAPO, António Rodrigues, MARTINS, José Eduardo, O Concelho de Alenquer. Subsídios para um roteiro de Arte e Etnografia, vol. 1, Alenquer, 1989.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

Documentação Administrativa

IHRU: DGEMN; Registo Predial de Alenquer (inscrito na propriedade rústica denominada de "A Cerca" e sob o nº 0037 / 270285).

Intervenção Realizada

Observações

Num dos ângulos da construção, conservam-se duas janelas singelas por onde, segundo reza a tradição local, Camões namorava D. Catarina de Ataíde.

Autor e Data

Paula Noé 1991

Actualização

 
 
 
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