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Edifício e estrutura Edifício Extração, produção e transformação Fábrica
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Descrição
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De planta longitudinal composta por 2 rectângulos, correspondendo a 2 corpos justapostos, o edifício apresenta volumetria composta por 2 paralelipípedos, com cobertura diferenciada efectuada por telhados a 5 e 4 águas. Reconhecem-se 2 corpos, desenvolvendo-se o menor a N. em 2 pisos e o mais extenso a S. em 3. Os alçados, lateralmente delimitados por cunhais de cantaria e tendo nas frentes E. e O. a sua maior extensão, são animados pelo rasgamento, a ritmo regular, de portas e janelas de peito de emolduramento calcário simples e verga curva. O espaço interior é caracterizado pela ausência de compartimentação, sendo apenas ritmado pela presença de uma linha de apoios intermédios, pilares de ferro fundido, suportando os sucessivos pavimentos. Merece ainda menção a escada principal, em madeira e com guarda de ferro fundido, desenvolvendo-se em 2 lanços rectos paralelos intercalados por patamar. |
Acessos
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Estrada do Camarnal, Rua Francisco José Lopes. WGS84 (graus decimais) lat.: 39.051353; long.: -9.001365 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 2/96, DR, 1.ª Série-B, n.º 56 de 06 março 1996 *1 |
Enquadramento
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Urbano, destacado, isolado em zona ribeirinha |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Extração, produção e transformação: fábrica |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: pavilhão de exposições |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENGENHEIRO: Philippe Linder |
Cronologia
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1868 - é vendida por José da Costa a Francisco José Lopes uma azenha denominada da Romeira - feita por Lourenço Martins, no âmbito do morgadio de Santa Catarina, por especial licença de D. Dinis (1303), mantendo-se nesse regime até 1758, data em que se liberta do vínculo; 1870 - início da construção de uma fábrica de lanifícios, que parece ter custado 60 contos de reis; 1872 - inauguração da fábrica, a que se segue fase de aquisição de terrenos e ampliação das instalações; 1892 - trabalhavam na fábrica de lanifícios 280 operários; 1899 - falecimento de Francisco José Lopes, passando a fábrica para a posse dos seus irmãos, Maria e Manuel José Lopes de Oliveira e, por morte destes, para seu sobrinho Júlio António de Amorim Lima; 1915 - na fábrica da Romeira trabalham c. 140 operários; séc. 20, década de 60 - cessa a produção; 1983 - Despacho que determina a classificação do imóvel; 1995 - início de actividade como pavilhão municipal de exposições. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes |
Materiais
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Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, madeira, ferro fundido e forjado, vidro |
Bibliografia
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HENRIQUES, Guilherme João Carlos, Alenquer e o seu Concelho, Lisboa, 1873; LEAL, Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho, Portugal Antigo e Moderno, Vol. I, Lisboa, 1873; A Indústria Alenquerense. Fábrica da Romeira, in Damião de Goes, 19.12.1915; PERDIZ, Edmundo, Um Mundo Pleno de Trabalho : A Fábrica Nova da Romeira, in Jornal da Verdade, Edição Especial, 1959; LUDOVICE, L. C., Actividades Industriais de Alenquer Através dos Tempos (1434 a 1965), in Vida Ribatejana, Maio 1965 ; MELO, António de Oliveira, GUAPO, António Rodrigues, MARTINS, José Eduardo, O Concelho de Alenquer. Subsídios para um Roteiro de Arte e Etnografia, Vol. 1, 2ª ed., Alenquer, 1989; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73239 [consultado em 8 agosto 2016]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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1992 / 1995 - obras de recuperação para adaptação a novos usos (tratamento de envolvência e acessos, reparação de coberturas, infraestruturas, restauro de elementos construtivos, reparação de caixilharias) *1 |
Observações
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*DOF:.. conjunto de edifícios e instalações da antiga fábrica, incluindo o edifício principal, casa dos maquinistas hidráulicos, oficinas, casa de máquina de vapor, armazéns, edifício da estamparia, palacete residencial, conjunto habitacional dos técnicos superiores, escadaria monumental, chaminé, tanque de água, mãe-de-água, casa do motor e anexos - casa do guarda; *1- observação directa. |
Autor e Data
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Paula Noé 1991 / Teresa Vale e Carlos Gomes 1996 |
Actualização
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