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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja paroquial
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Descrição
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Planta longitudinal, composta por nave única, capela-mor e sacristia adossada do lado S., volumetricamente distintos, com coberturas diferenciadas em telhados de 2 e 3 águas, aos quais se une, a S., adossada à frontaria, torre sineira quadrangular com cobertura em coruchéu e a respectiva escada de acesso encostada à fachada lateral do corpo, e a N., junto do ângulo com a capela-mor, saliência do arco retabular com cobertura em telhado de 2 águas. Fachada principal flanqueada por pilastras com portal único de vão rectangular, verga com cornija ligeiramente saliente e remate em pedra riscada figurando almofada; janela do coro de vão rectangular e idêntico remate superior que, exibe a seguinte inscrição: ANNO DONI / MDCCCXXX; entablamento da fachada com cornija bem demarcada; pináculos de remate bulboso sobre os cunhais; remate da fachada alteado com pano liso delimitado por duas aletas de cantaria e encimado por frontão triangular com pináculos piramidais aos lados e cruz sobre pedestal no vértice. Torre sineira de dois registos com a mesma estruturação, pilastras nos ângulos sobrepostas de entablamento; no registo superior, um único vão em cada face, de verga curva; pináculos nos ângulos. Fachadas laterais do corpo principal com portas travessas, não fronteiras em arco quebrado simples, apresentando, a da direita, dois arcos concêntricos com tímpano liso, estando fechada a porta do lado esquerdo, apenas visíveis três aduelas de cada lado e a chave; em ambos as fachadas laterais, acima da linha média e da porta para a frontaria, estreita fresta; cornijas formadas por faixa chanfrada suportada por cachorros lisos; do lado esquerdo, conservam-se no cunhal posterior três pedras decoradas com faixa lisa que se sobrepõe a outra, mais larga, ornada com bilhetas em três séries alternadas. Na fachada do lado esquerdo, 6 pedras com cruzes relevadas indiciam Passos da Paixão, que se repetem na ilharga oposta, uma colocada na parede O. da sacristia, outra sobre a fresta da nave e uma terceira sobre a torre, onde rasgam nas outras duas faces visíveis cruzes. INTERIOR com coro-alto, bacia de pedra do púlpito sobre mísula, arco triunfal com cantarias almofadadas; retábulos de talha dourada e sanefas (sobre os arcos triunfais) e do flanco esquerdo. Tecto do corpo de madeira em curva seguida, dividido em quadrados pintados com vasos de flores ou com ramos simétricos lendo-se ao centro uma inscrição latina datada de 1842 relativa à santa padroeira. |
Acessos
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EN 224 (Arouca - Castelo de Paiva), EM para o lug. da Igreja Paroquial. UTM: M-561.7, P-4531.7; Fl. 145. |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado, implantado a meia encosta sobre uma espaçosa plataforma dominando o vale; diante da fachada principal, comprida alameda arborizada com casa de construção antiga e cemitério murado a S.. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Religiosa: igreja paroquial |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja paroquial |
Propriedade
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Privada: Igreja Católica (Diocese do Porto) |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 15 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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PINTOR: Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal (1842). |
Cronologia
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Séc. 15 - reforma da igreja de cuja obra resultou o actual corpo da nave; 1830 - data inscrita sobre a janela do coro indicando cronologia da construção da nova frontaria com torre sineira e parte adjacente da nave; 1842 - pintura do tecto do corpo por Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal (*1); séc. 20 - ampliação da capela-mor pelo Pe. Manuel Malheiros. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Granito (cantarias), cobertura em telha de aba e canudo, madeira (tecto). |
Bibliografia
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GONÇALVES, A. N., Inventário Artístico de Portugal - XI, Distrito de Aveiro, Zona de Nordeste, Lisboa, 1991, pp. 95 - 98. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - O tecto do corpo foi pintado em 1842 por Augusto Soares de Azevedo Barbosa de Pinho Leal, o autor do dicionário geográfico Portugal Antigo e Moderno o qual, andando a pintar este tecto, encontrou, entre os livros do pároco, o Dialogo de Varia Historia, de Mariz, que lhe sugestionou a publicação dum dicionário geográfico (GONÇALVES 1991). |
Autor e Data
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Paulo Dordio 1997 |
Actualização
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