Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Valença
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Portugal, Viana do Castelo, Valença, União das freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão |
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Igreja de misericórdia, construída no séc. 18, em estilo barroco, reformulada no séc. 19, em estilo neoclássico. Integra-se na tipologia de igrejas de misericórdia com planta retangular e eixo interior longitudinal, composta por nave única e capela-mor. A primitiva fachada principal desenvolve-se na face comprida da nave, rasgada por portal datado de 1749, de verga reta entre pilastras toscanas, encimado por nicho com imagem de Nossa Senhora da Misericórdia, alteando a empena. No entanto, provavelmente no final do séc. 19,procedeu-se à reforma das fachadas, rematando-as com cornija sobre mísulas, em linguagem revivalista e reformou-se a fachada axial, que se rematou em empena e abriu portal em arco e óculo, criando como que dupla fachada principal. No interior, o coro-alto é ladeado por dois balcões, confrontantes, de base pétrea, assente em consolas lavradas e balaustrada de madeira, possivelmente, para colocação do cadeiral dos mesários. O teto do sub-coro conserva os caixotões entalhados barrocos. O retábulo-mor é tardo-barroco, de corpo reto e um eixo, tendo sido ampliado com apainelados laterais em data posterior, e os retábulos laterais são em barroco tardio, de corpo reto e um eixo. |
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Número IPA Antigo: PT011608150027 |
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Registo visualizado 474 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Religioso Templo Igreja de Confraria / Irmandade Misericórdia
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Descrição
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Planta retangular de eixo interior longitudinal, composta por nave única e capela-mor retangulares, com torre quadrangular e sacristia retangular adossadas à esquerda. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja e três águas na sacristia, rematadas em beirada simples. Fachadas rebocadas e caiadas, percorridas por soco avançado e remates em cornija assente, na nave e torre sineira, sobre cachorrada, lisa. Fachada principal virada a poente, com pilastras toscanas nos cunhais, rematada em empena, coroada por cruz sobre acrotério e rasgada por portal em arco de volta perfeita e, superiormente, óculo circular. Torre sineira com dois registos separados por friso e alto soco de cantaria, rasgada por pequena janela em arco de volta perfeita, no primeiro, e, em cada face do segundo registo, por ventana também em arco de volta perfeita; tem cobertura em coruchéu piramidal, de cantaria. Na fachada sul da nave abre-se portal de verga reta, entre pilastras toscanas que suportam entablamento, com a data 1749 inscrita numa cartela na arquitrave, encimada por nicho em arco de volta perfeita, sobre pilastras toscanas, interiormente concheado e albergando a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia. O conjunto é enquadrado por pilastras, assentes no entablamento do portal, coroadas por pináculos piramidais, que suportam empena curva alteada, sobreposta por cruz sobre acrotério, interrompendo a cornija do remate. A nave é ainda rasgada por janela de capialço e possui corpo saliente correspondente ao retábulo lateral. Na capela-mor, abre-se janela de capialço. Fachada norte sacristia de dois pisos, rasgada por porta e janelas retangulares gradeadas. INTERIOR com as paredes rebocadas e caiadas. Nave com pavimento em soalhe e coxia em cantaria e cobertura em falsa abóbada de berço abatido, de estuque. Coro-alto de planta em U, assente em trave de madeira e com guarda em balaustrada também de madeira, tendo acesso por escada de caracol, em ferro, do lado da Epístola; no lado do Evangelho possui porta de verga reta de acesso à torre sineira. O coro é ladeado por dois balcões retangulares, com os quais comunica, com base pétrea assente em consolas ricamente lavradas com motivos vegetalistas, e balaustrada de madeira, apresentando o da esquerda um órgão. Sub-coro com teto em caixotões entalhados, e andores com as imagens do Senhor dos Passos, Senhor da Cana Verde e de Nossa Senhora das Dores. No lado do Evangelho existe vão de antigo confessionário embutido, de verga reta, moldurado a cantaria, e púlpito de bacia retangular sobre mísula, com guarda plena em talha pintada a marmoreados fingidos e dourado, acedido por porta de verga reta, encimada por sanefa. No lado da Epístola, a porta travessa é ladeada por pia de água benta, concheada, e a janela retangular é encimada por sanefa. No topo da nave abrem-se duas capelas laterais, confrontantes, com arco de volta perfeita, sobre pilastras toscanas, contendo retábulos em talha policroma. Arco triunfal, de volta perfeita, sobre pilastras toscanas. A capela-mor possui pavimento lajeado e soalhado, sob a mesa do altar, cobertura em falsa abóbada de berço abatido, de estuque, e as paredes revestidas a azulejos estampilhados azuis e brancos, com faixa inferior representando acantos e, superiormente, de padrão com motivos eucarísticos, integrando janelas retangulares confrontantes, com sanefas de talha, e porta de verga reta, no lado do Evangelho, de acesso à sacristia. Retábulo-mor em talha pintada a marmoreados fingidos, a bege, azul, verde e dourado, de corpo reto e um eixo, definido por duas colunas, de fuste canelado, assentes em plintos, decorados com motivos vegetalistas, sobrepostas por urnas. Ao centro abre-se tribuna, em arco, interiormente albergando trono de quadro degraus facetados, ornados com motivos fitomórficos, encimado por amplo resplendor relevado, no fundo da tribuna. A estrutura remata em espaldar contracurvo, sobreposto pelas armas reais, com coroa, rematado por cornija sobreposta por acantos vazados. Sotobando com apainelado ornado de motivos vegetalistas. A estrutura é ladeada por apainelados de talha, adaptados ao perfil da cobertura e definidos exteriormente por duas pilastras almofadadas, sobre plintos com motivos vegetalistas. Apresenta as portas de acesso á tribuna, com apainelados vegetalistas, encimadas por nicho em arco, encimado por pequeno espaldar com motivos volutados, interiormente albergando imaginária. |
Acessos
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Valença, Largo de Santa Maria dos Anjos |
Protecção
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Incluído na Zona Especial de Proteção das Fortificações da Praça de Valença do Minho (v. IPA.00003527) |
Enquadramento
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Urbano, destacado, apenas com uma construção adossada às fachadas posteriores da capela-mor e da sacristia, com integração harmónica dentro da Fortaleza de Valença, num largo lajeado sobranceiro a arruamento que o define frontalmente, estando limitado na frontaria por passeio com varandim. Imediatamente a sul localiza-se, a Igreja Paroquial ou de Santa Maria dos Anjos (v. IPA.00006437), a norte, num plano mais afastado e baixo, a Pousada de São Teotónio (v. IPA.00006217), e a nascente a Casa do Poço (v. IPA.00016739). |
Descrição Complementar
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As capelas laterais albergam retábulo, de estrutura semelhante, em talha pintada de bege e a marmoreados fingidos a verde e rosa, e dourado, de corpo reto e um eixo, definido por duas colunas, de terço inferior marcado, e de capitéis coríntios, assentes em altos plintos, dispostas à frente de pilastras. A estrutura remata em espaldar, decorado com apainelados relevados, com ampla chave saliente sobreposta por motivos vegetalistas vazados. Ao centro, abre-se nicho, de perfil contracurvo, albergando imaginária. Sotobanco com apainelados contendo motivos vegetalistas e integrando ao centro sacrário, encimado por remate alteado. Altar tipo urna. |
Utilização Inicial
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade |
Utilização Actual
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Religiosa: igreja de confraria / irmandade / Cultural e recreativa: museu |
Propriedade
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Privada: Misericórdia de Valença |
Afectação
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Sem afetação |
Época Construção
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Séc. 18 / 19 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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ENTALHADOR: João Facundes (1738). ESCULTOR: Teixeira Lopes (séc. 19/20). MESTRE: Gonçalves (1590). PINTOR: Francisco Álvares (1749). |
Cronologia
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1498 - Fundação da Irmandade de Nossa Senhora da Misericórdia; 1513, 20 dezembro - escritura de emprazamento de Francisco Fernandes Bacelar do Prazo do Monte do Pombal extramuros da vila; 1568, 19 junho - Provedor e Irmãos fazem petição ao Vigário Geral da Comarca de Valença para a benção de "hua capela q formaram e puserão altar e retabolo e se pode dizer as missas da confraria decentemente", ordenada com a ajuda de "nosso s.r. e algumas esmolas (...) dentro da dª casa (em que se recolhem e fazem seu cabido)"; até então as missas de obrigação são ditas na Igreja de Santa Maria dos Anjos em local anexo, onde havia apenas um oratório; 02 julho - benção da capela, no dia de Santa Isabel; 1590, 17 janeiro - escritura com o mestre Gonçalves, que se obriga a edificar as casas e a igreja da Misericórdia no local onde hoje se encontra; 22 julho - bênção da capela pelo cónego Vasco Fernandes Bacelar, Ouvidor das Causas Eclesiásticas; 1598 - as propriedades e pensões da Gafaria de São Gião, extramuros da vila, do lado sul próximo da atual esplanada são anexadas à Confraria da Misericórdia; 1619 - edição do Compromisso, que foi cedido pela Misericórdia de Lisboa; 1664, 20 agosto - acórdão determina vender as casas da Misericórdia existentes frente à Igreja de Santa Maria dos Anjos, dado o perigo de ruína; 1679 - levantamento da torre do sino, mandando o cónego Tomaz Pereira de Castro, Provedor, ainda que ausente em Lisboa, pôr o azulejo à sua custa; 1687 - 1688 - tombo descrevendo os bens da Misericórdia: casa do consistório, capela e propriedades; 1708 - Misericórdia diz já não ter hospital nem meios com que o possa fazer; 1722, 09 julho - Mesa estipula como preço da esmola para acompanhamento do morto com a tumba e bandeira nova 4$000, dentro da vila, e arbitrária fora da vila; 1735 - todo o edifício, então muito degradado, é restaurado com madeiramento novo, forragem da sacristia, composição do camarim do retábulo e madeiramento das casas das tumbas, obras custeadas com a importância das sisas cedidas pelo rei à Misericórdia e pelas esmolas arrecadadas pelos Irmãos nas freguesias do termo, acordando-se que, "não o fazendo deveria cada um pagar em dobro a da esmola em forma da recebida em anos preteridos"; séc. 18 - visto que na Quaresma se faz um Passo para os sermões das tardes e com eles se ocupa o altar da capela, impedindo a realização das missas de obrigação, e como estas se diziam num altar portátil em frente do mesmo passo, a Mesa decide levantar um altar na sacristia "com toda a decência" e solicita licença para se dizer missa; pouco depois é concedida a licença, incumbindo-se do ato o cónego Gaspar Palha Teixeira, Mestre Escola da Colegiada e Pároco de Santa Maria dos Anjos; 1730, 25 fevereiro - benção do altar; 1738 - colocação da tribuna e reforma do altar principal, benzido pelo cónego Gaspar Palha Teixeira, mestre escola da Colegiada de Santo Estêvão e abade da igreja de Santa Maria dos Anjos e Vigário Geral das Vacantes na Comarca; o governador da praça, Bento Pereira de Castro e Azevedo, dá doze moedas de ouro de esmola, decidindo a Mesa aplicá-las na aquisição de um novo retábulo, para substituir o anterior, então em péssimo estado; colocam-se editais e decide-se arrematar com o último lance a quem "com melhor perfeição o fizesse"; a obra é adjudicada a João Fagundes, de Braga, mas com tais imperfeições que teria de ser retocado por um pintor de Tuy; 1742 - decide-se fazer em Braga uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, com roupas bem avultadas e estofada; 1745 - feitura do forro na casa da Mesa, colocação de bancos, guarnição das paredes e colocação de escadas na sacristia; 1746, 27 fevereiro - acórdão da Mesa a propósito do diferendo de um Irmão da Misericórdia que o procurador dos Irmãos António Carlos de Araújo a Azevedo apresentou uma petição para se observar o Compromisso da mesma Casa e "que juntamente se registasse no mesmo livro (em que se registara a Provisão Régia), ao pé da mesma Provisão e decreto que o S.or Dom Manuel q. Deos havia em q. opuzitivamente mandou o Compromisso p. se governar esta Santa Casa cujo decreto se ache no dito Compromisso a folhas treze; e outro si se requeria que o secretario da Mesa revisse os livros e arquivo desta e examinasse se achava algum decreto especial de El Rey em que mandasse derrogar a grassa q. o S.or Dom M.el q. a Sta Gloria havia concedeu a esta Sta Casa"; 1749 - conclusão das obras, conforme data no portal, custando no total 327$178; acerta-se com o pintor Francisco Álvares o conserto da imagem do Senhor Crucificado e o Santo Sudário; 1758, 23 abril - referida nas Memórias Paroquiais pelo Pe. António Lourenço Lajes como tendo então cerca de 400$000 de renda, que despendia quase na totalidade em 16 capelas; a igreja tem três altares, o maior com um grande retábulo e tribuna, onde estava colocada uma grande imagem do Redentor da Agonia e Nossa Senhora da Conceição; outro edificado de novo onde estava o Senhor da Cruz às costas e o terceiro com uma capela ou sacristia; tem casa do consistório, casa da fábrica e outra para despejos; 1768 - as freiras do Convento do Bom Jesus, que então foram obrigadas pelo Governo a recolher à cidade de Braga, levam as imagens do Senhor dos Passos e o Senhor do Horto da Misericórdia; quando já encaixotadas, foram intercetadas pelo Provedor Francisco Pereira de Castro que, com ordem do juiz de fora, as reconduz àquela instituição; 1785, 02 julho - acórdão estipula as condições de admissão à Irmandade: tinha de se fazer petição à Mesa para ela se informar da sua vida e costumes e "generação ou limpeza de sangue"; quando aceite, tinha de apresentar balandrau, jurando em como é seu, e pagar 1$600; 1792 - construção do altar do Senhor Crucificado; 1801 - decide-se não aceitar como Irmão quem não fosse da vila, dos subúrbios e lugar da Urgeira, visto que se fossem de longe não poderiam prestar serviço pessoal; 1808 - são remetidas a Junot, em cumprimento do Decreto de 1 de Fevereiro, duas galhetas com prato de prata e um pé ou pequena peanha de uma cruz em que estava a relíquia do Santo Lenho; séc. 19 - grandes remodelações na igreja; 1838 - o Administrador Geral do Distrito de Viana do Castelo afirma que a maioria das Misericórdias estão muito mal administradas, o que origina a perda de muitas dívidas e foros, em resultado do desleixo e pouco zelo das Misericórdias; 1839 - o Administrador envia um comissário contabilista para reformar toda a sua escrituração e examinar os erros de liquidação e desleixo; 1863 - a Misericórdia e hospital tem 65 420$000 de fundo, sendo 912$000 em domínios diretos, 368$000 em prédios rústicos e urbanos, 19 400$000 em capitais mutuados, 44 240$000 em papéis de crédito e 500$000 em alfaias, joias e móveis; tem 2 361$200 em receitas ordinárias, sendo 56$930 em géneros, 7$070 em dinheiro, 970$000 em juros de capitais mutuados e 1 327$200 em juros de papéis de crédito; e tem ainda como despesas obrigatórias 2 520$000, sendo 167$600 em encargos pios e 2 352$400 em encargos profanos; 1869, 16 outubro - na relação dos livros da Misericórdia, existente no Arquivo da Misericórdia, constava um primitivo Compromisso; séc. 19 - 20 - feitura da imagem do Senhor Crucificado ou Senhor Morto, em cartão, e em tamanho natural, executada pelo mestre Teixeira Lopes; feitura da imagem de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Braga, com a esmola de 19$2000 que o Brigadeiro Francisco Avis de Vasconcelos deixa à Misericórdia, com a condição que tivesse "roupas bem avultadas e tudo bem estofado e altura bem proporcionada ao camarim", para onde se destinava; 1915, fevereiro - Misericórdia decide realizar a procissão dos Passos; 1918, julho - reforma dos Estatutos da Misericórdia; 2006 - Inventariação do património móvel da Misericórdia de Valença. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Estrutura em cantaria, com paramentos rebocados e pintados; pilastras, soco, frisos, cornijas, mísulas, cruzes, pináculos, molduras dos vãos e outros elementos em cantaria de granito; silhar de azulejos; retábulos em talha; portas de madeira pintadas; janelas gradeadas e envidraçadas; pavimentos em lajes graníticas e soalho; coro-alto em madeira; teto de estuque; cobertura exterior em madeira telhada. |
Bibliografia
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ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - Alto Minho. Lisboa: 1987, p. 165; ALMEIDA, José Avelino d' - Diccionario abreviado de chorographia, topographia e archeologia das cidades, villas e aldêas de Portugal. Valença: 1866, vol. 3, pp. 152- 53; CAPELA, José Viriato - Valença nas Memórias Paroquiais de 1758. Valença: 2003; CASTRO, Alberto Pereira de - «A Misericórdia de Valença e o seu Arquivo». In I Congresso das Misericórdias do Alto Minho. Viana do Castelo: 2001, pp. 294-303; DIONÍSIO, Santana (dir.) - Guia de Portugal. IV Entre Douro e Minho - II Minho. Lisboa: s/d, p. 1076; «Espólio foi inventariado. Tela vai ser recuperada». In Diário do Minho. 20 janeiro 2007; FONTE, Teodoro Afonso da - «As Misericórdias do Alto Minho - perspectiva Histórica e actualidade». In I Congresso das Misericórdias do Alto Minho. Viana do Castelo: 2001, pp. 96-117; «Igreja benzida em 1590 foi reformada no século XVIII». In Diário do Minho. 20 janeiro 2007; NEVES, Manuel Augusto A. Pinto - Valença na História e na Lenda. Valença: 1990, p. 91; NEVES, Manuel, Augusto Pinto - Valença. Das origens aos nossos dias. Valença: 1997; OLIVEIRA, Lopes de - Valença do Minho. Póvoa do Varzim: 1978, p. 168. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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DGPC: DGEMN:DSID, SIPA |
Documentação Administrativa
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Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Valença |
Intervenção Realizada
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DGEMN: 1960 - Construção de acesso à Pousada de São Teotónio e organização do adro da igreja; Santa Casa da Misericórdia: 1998 - restauro da igreja. |
Observações
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*1 - Dado o posicionamento apertado do portal principal, a entrada efetua-se pelo portal da fachada sul. *2 - Sobre o fecho dos arcos conservam-se as estruturas metálicas de suspensão de lamparinas. *3 - Os Irmãos da Misericórdia provinham de vários estratos sociais: nobres, designados de "primeiro foro", lavradores e artífices, considerados de "segundo foro"; e clero, através dos Cónegos da Colegiada e párocos das freguesias do concelho. As Mesas eram compostas por doze Irmãos, seis do primeiro foro, e seis do segundo, sendo o Provedor também do primeiro foro. Este tinha de custear, entre outras, as despesas dos sermões dos domingos da Quaresma, Paixão e Passos, a armação das seis capelas, música da procissão e doces dos anjos, deixando, no final, avultada esmola que os tesoureiros mencionavam no encerramento das contas de cada ano. |
Autor e Data
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Paulo Amaral 1999 / Paula Noé 2002 |
Actualização
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João Almeida (Contribuinte externo) 2018 |
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