Igreja da Santa Casa da Misericórdia de Valença

IPA.00006231
Portugal, Viana do Castelo, Valença, União das freguesias de Valença, Cristelo Covo e Arão
 
Igreja de misericórdia, construída no séc. 18, em estilo barroco, reformulada no séc. 19, em estilo neoclássico. Integra-se na tipologia de igrejas de misericórdia com planta retangular e eixo interior longitudinal, composta por nave única e capela-mor. A primitiva fachada principal desenvolve-se na face comprida da nave, rasgada por portal datado de 1749, de verga reta entre pilastras toscanas, encimado por nicho com imagem de Nossa Senhora da Misericórdia, alteando a empena. No entanto, provavelmente no final do séc. 19,procedeu-se à reforma das fachadas, rematando-as com cornija sobre mísulas, em linguagem revivalista e reformou-se a fachada axial, que se rematou em empena e abriu portal em arco e óculo, criando como que dupla fachada principal. No interior, o coro-alto é ladeado por dois balcões, confrontantes, de base pétrea, assente em consolas lavradas e balaustrada de madeira, possivelmente, para colocação do cadeiral dos mesários. O teto do sub-coro conserva os caixotões entalhados barrocos. O retábulo-mor é tardo-barroco, de corpo reto e um eixo, tendo sido ampliado com apainelados laterais em data posterior, e os retábulos laterais são em barroco tardio, de corpo reto e um eixo.
Número IPA Antigo: PT011608150027
 
Registo visualizado 474 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Religioso  Templo  Igreja de Confraria / Irmandade  Misericórdia

Descrição

Planta retangular de eixo interior longitudinal, composta por nave única e capela-mor retangulares, com torre quadrangular e sacristia retangular adossadas à esquerda. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas em telhados de duas águas na igreja e três águas na sacristia, rematadas em beirada simples. Fachadas rebocadas e caiadas, percorridas por soco avançado e remates em cornija assente, na nave e torre sineira, sobre cachorrada, lisa. Fachada principal virada a poente, com pilastras toscanas nos cunhais, rematada em empena, coroada por cruz sobre acrotério e rasgada por portal em arco de volta perfeita e, superiormente, óculo circular. Torre sineira com dois registos separados por friso e alto soco de cantaria, rasgada por pequena janela em arco de volta perfeita, no primeiro, e, em cada face do segundo registo, por ventana também em arco de volta perfeita; tem cobertura em coruchéu piramidal, de cantaria. Na fachada sul da nave abre-se portal de verga reta, entre pilastras toscanas que suportam entablamento, com a data 1749 inscrita numa cartela na arquitrave, encimada por nicho em arco de volta perfeita, sobre pilastras toscanas, interiormente concheado e albergando a imagem de Nossa Senhora da Misericórdia. O conjunto é enquadrado por pilastras, assentes no entablamento do portal, coroadas por pináculos piramidais, que suportam empena curva alteada, sobreposta por cruz sobre acrotério, interrompendo a cornija do remate. A nave é ainda rasgada por janela de capialço e possui corpo saliente correspondente ao retábulo lateral. Na capela-mor, abre-se janela de capialço. Fachada norte sacristia de dois pisos, rasgada por porta e janelas retangulares gradeadas. INTERIOR com as paredes rebocadas e caiadas. Nave com pavimento em soalhe e coxia em cantaria e cobertura em falsa abóbada de berço abatido, de estuque. Coro-alto de planta em U, assente em trave de madeira e com guarda em balaustrada também de madeira, tendo acesso por escada de caracol, em ferro, do lado da Epístola; no lado do Evangelho possui porta de verga reta de acesso à torre sineira. O coro é ladeado por dois balcões retangulares, com os quais comunica, com base pétrea assente em consolas ricamente lavradas com motivos vegetalistas, e balaustrada de madeira, apresentando o da esquerda um órgão. Sub-coro com teto em caixotões entalhados, e andores com as imagens do Senhor dos Passos, Senhor da Cana Verde e de Nossa Senhora das Dores. No lado do Evangelho existe vão de antigo confessionário embutido, de verga reta, moldurado a cantaria, e púlpito de bacia retangular sobre mísula, com guarda plena em talha pintada a marmoreados fingidos e dourado, acedido por porta de verga reta, encimada por sanefa. No lado da Epístola, a porta travessa é ladeada por pia de água benta, concheada, e a janela retangular é encimada por sanefa. No topo da nave abrem-se duas capelas laterais, confrontantes, com arco de volta perfeita, sobre pilastras toscanas, contendo retábulos em talha policroma. Arco triunfal, de volta perfeita, sobre pilastras toscanas. A capela-mor possui pavimento lajeado e soalhado, sob a mesa do altar, cobertura em falsa abóbada de berço abatido, de estuque, e as paredes revestidas a azulejos estampilhados azuis e brancos, com faixa inferior representando acantos e, superiormente, de padrão com motivos eucarísticos, integrando janelas retangulares confrontantes, com sanefas de talha, e porta de verga reta, no lado do Evangelho, de acesso à sacristia. Retábulo-mor em talha pintada a marmoreados fingidos, a bege, azul, verde e dourado, de corpo reto e um eixo, definido por duas colunas, de fuste canelado, assentes em plintos, decorados com motivos vegetalistas, sobrepostas por urnas. Ao centro abre-se tribuna, em arco, interiormente albergando trono de quadro degraus facetados, ornados com motivos fitomórficos, encimado por amplo resplendor relevado, no fundo da tribuna. A estrutura remata em espaldar contracurvo, sobreposto pelas armas reais, com coroa, rematado por cornija sobreposta por acantos vazados. Sotobando com apainelado ornado de motivos vegetalistas. A estrutura é ladeada por apainelados de talha, adaptados ao perfil da cobertura e definidos exteriormente por duas pilastras almofadadas, sobre plintos com motivos vegetalistas. Apresenta as portas de acesso á tribuna, com apainelados vegetalistas, encimadas por nicho em arco, encimado por pequeno espaldar com motivos volutados, interiormente albergando imaginária.

Acessos

Valença, Largo de Santa Maria dos Anjos

Protecção

Incluído na Zona Especial de Proteção das Fortificações da Praça de Valença do Minho (v. IPA.00003527)

Enquadramento

Urbano, destacado, apenas com uma construção adossada às fachadas posteriores da capela-mor e da sacristia, com integração harmónica dentro da Fortaleza de Valença, num largo lajeado sobranceiro a arruamento que o define frontalmente, estando limitado na frontaria por passeio com varandim. Imediatamente a sul localiza-se, a Igreja Paroquial ou de Santa Maria dos Anjos (v. IPA.00006437), a norte, num plano mais afastado e baixo, a Pousada de São Teotónio (v. IPA.00006217), e a nascente a Casa do Poço (v. IPA.00016739).

Descrição Complementar

As capelas laterais albergam retábulo, de estrutura semelhante, em talha pintada de bege e a marmoreados fingidos a verde e rosa, e dourado, de corpo reto e um eixo, definido por duas colunas, de terço inferior marcado, e de capitéis coríntios, assentes em altos plintos, dispostas à frente de pilastras. A estrutura remata em espaldar, decorado com apainelados relevados, com ampla chave saliente sobreposta por motivos vegetalistas vazados. Ao centro, abre-se nicho, de perfil contracurvo, albergando imaginária. Sotobanco com apainelados contendo motivos vegetalistas e integrando ao centro sacrário, encimado por remate alteado. Altar tipo urna.

Utilização Inicial

Religiosa: igreja de confraria / irmandade

Utilização Actual

Religiosa: igreja de confraria / irmandade / Cultural e recreativa: museu

Propriedade

Privada: Misericórdia de Valença

Afectação

Sem afetação

Época Construção

Séc. 18 / 19

Arquitecto / Construtor / Autor

ENTALHADOR: João Facundes (1738). ESCULTOR: Teixeira Lopes (séc. 19/20). MESTRE: Gonçalves (1590). PINTOR: Francisco Álvares (1749).

Cronologia

1498 - Fundação da Irmandade de Nossa Senhora da Misericórdia; 1513, 20 dezembro - escritura de emprazamento de Francisco Fernandes Bacelar do Prazo do Monte do Pombal extramuros da vila; 1568, 19 junho - Provedor e Irmãos fazem petição ao Vigário Geral da Comarca de Valença para a benção de "hua capela q formaram e puserão altar e retabolo e se pode dizer as missas da confraria decentemente", ordenada com a ajuda de "nosso s.r. e algumas esmolas (...) dentro da dª casa (em que se recolhem e fazem seu cabido)"; até então as missas de obrigação são ditas na Igreja de Santa Maria dos Anjos em local anexo, onde havia apenas um oratório; 02 julho - benção da capela, no dia de Santa Isabel; 1590, 17 janeiro - escritura com o mestre Gonçalves, que se obriga a edificar as casas e a igreja da Misericórdia no local onde hoje se encontra; 22 julho - bênção da capela pelo cónego Vasco Fernandes Bacelar, Ouvidor das Causas Eclesiásticas; 1598 - as propriedades e pensões da Gafaria de São Gião, extramuros da vila, do lado sul próximo da atual esplanada são anexadas à Confraria da Misericórdia; 1619 - edição do Compromisso, que foi cedido pela Misericórdia de Lisboa; 1664, 20 agosto - acórdão determina vender as casas da Misericórdia existentes frente à Igreja de Santa Maria dos Anjos, dado o perigo de ruína; 1679 - levantamento da torre do sino, mandando o cónego Tomaz Pereira de Castro, Provedor, ainda que ausente em Lisboa, pôr o azulejo à sua custa; 1687 - 1688 - tombo descrevendo os bens da Misericórdia: casa do consistório, capela e propriedades; 1708 - Misericórdia diz já não ter hospital nem meios com que o possa fazer; 1722, 09 julho - Mesa estipula como preço da esmola para acompanhamento do morto com a tumba e bandeira nova 4$000, dentro da vila, e arbitrária fora da vila; 1735 - todo o edifício, então muito degradado, é restaurado com madeiramento novo, forragem da sacristia, composição do camarim do retábulo e madeiramento das casas das tumbas, obras custeadas com a importância das sisas cedidas pelo rei à Misericórdia e pelas esmolas arrecadadas pelos Irmãos nas freguesias do termo, acordando-se que, "não o fazendo deveria cada um pagar em dobro a da esmola em forma da recebida em anos preteridos"; séc. 18 - visto que na Quaresma se faz um Passo para os sermões das tardes e com eles se ocupa o altar da capela, impedindo a realização das missas de obrigação, e como estas se diziam num altar portátil em frente do mesmo passo, a Mesa decide levantar um altar na sacristia "com toda a decência" e solicita licença para se dizer missa; pouco depois é concedida a licença, incumbindo-se do ato o cónego Gaspar Palha Teixeira, Mestre Escola da Colegiada e Pároco de Santa Maria dos Anjos; 1730, 25 fevereiro - benção do altar; 1738 - colocação da tribuna e reforma do altar principal, benzido pelo cónego Gaspar Palha Teixeira, mestre escola da Colegiada de Santo Estêvão e abade da igreja de Santa Maria dos Anjos e Vigário Geral das Vacantes na Comarca; o governador da praça, Bento Pereira de Castro e Azevedo, dá doze moedas de ouro de esmola, decidindo a Mesa aplicá-las na aquisição de um novo retábulo, para substituir o anterior, então em péssimo estado; colocam-se editais e decide-se arrematar com o último lance a quem "com melhor perfeição o fizesse"; a obra é adjudicada a João Fagundes, de Braga, mas com tais imperfeições que teria de ser retocado por um pintor de Tuy; 1742 - decide-se fazer em Braga uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, com roupas bem avultadas e estofada; 1745 - feitura do forro na casa da Mesa, colocação de bancos, guarnição das paredes e colocação de escadas na sacristia; 1746, 27 fevereiro - acórdão da Mesa a propósito do diferendo de um Irmão da Misericórdia que o procurador dos Irmãos António Carlos de Araújo a Azevedo apresentou uma petição para se observar o Compromisso da mesma Casa e "que juntamente se registasse no mesmo livro (em que se registara a Provisão Régia), ao pé da mesma Provisão e decreto que o S.or Dom Manuel q. Deos havia em q. opuzitivamente mandou o Compromisso p. se governar esta Santa Casa cujo decreto se ache no dito Compromisso a folhas treze; e outro si se requeria que o secretario da Mesa revisse os livros e arquivo desta e examinasse se achava algum decreto especial de El Rey em que mandasse derrogar a grassa q. o S.or Dom M.el q. a Sta Gloria havia concedeu a esta Sta Casa"; 1749 - conclusão das obras, conforme data no portal, custando no total 327$178; acerta-se com o pintor Francisco Álvares o conserto da imagem do Senhor Crucificado e o Santo Sudário; 1758, 23 abril - referida nas Memórias Paroquiais pelo Pe. António Lourenço Lajes como tendo então cerca de 400$000 de renda, que despendia quase na totalidade em 16 capelas; a igreja tem três altares, o maior com um grande retábulo e tribuna, onde estava colocada uma grande imagem do Redentor da Agonia e Nossa Senhora da Conceição; outro edificado de novo onde estava o Senhor da Cruz às costas e o terceiro com uma capela ou sacristia; tem casa do consistório, casa da fábrica e outra para despejos; 1768 - as freiras do Convento do Bom Jesus, que então foram obrigadas pelo Governo a recolher à cidade de Braga, levam as imagens do Senhor dos Passos e o Senhor do Horto da Misericórdia; quando já encaixotadas, foram intercetadas pelo Provedor Francisco Pereira de Castro que, com ordem do juiz de fora, as reconduz àquela instituição; 1785, 02 julho - acórdão estipula as condições de admissão à Irmandade: tinha de se fazer petição à Mesa para ela se informar da sua vida e costumes e "generação ou limpeza de sangue"; quando aceite, tinha de apresentar balandrau, jurando em como é seu, e pagar 1$600; 1792 - construção do altar do Senhor Crucificado; 1801 - decide-se não aceitar como Irmão quem não fosse da vila, dos subúrbios e lugar da Urgeira, visto que se fossem de longe não poderiam prestar serviço pessoal; 1808 - são remetidas a Junot, em cumprimento do Decreto de 1 de Fevereiro, duas galhetas com prato de prata e um pé ou pequena peanha de uma cruz em que estava a relíquia do Santo Lenho; séc. 19 - grandes remodelações na igreja; 1838 - o Administrador Geral do Distrito de Viana do Castelo afirma que a maioria das Misericórdias estão muito mal administradas, o que origina a perda de muitas dívidas e foros, em resultado do desleixo e pouco zelo das Misericórdias; 1839 - o Administrador envia um comissário contabilista para reformar toda a sua escrituração e examinar os erros de liquidação e desleixo; 1863 - a Misericórdia e hospital tem 65 420$000 de fundo, sendo 912$000 em domínios diretos, 368$000 em prédios rústicos e urbanos, 19 400$000 em capitais mutuados, 44 240$000 em papéis de crédito e 500$000 em alfaias, joias e móveis; tem 2 361$200 em receitas ordinárias, sendo 56$930 em géneros, 7$070 em dinheiro, 970$000 em juros de capitais mutuados e 1 327$200 em juros de papéis de crédito; e tem ainda como despesas obrigatórias 2 520$000, sendo 167$600 em encargos pios e 2 352$400 em encargos profanos; 1869, 16 outubro - na relação dos livros da Misericórdia, existente no Arquivo da Misericórdia, constava um primitivo Compromisso; séc. 19 - 20 - feitura da imagem do Senhor Crucificado ou Senhor Morto, em cartão, e em tamanho natural, executada pelo mestre Teixeira Lopes; feitura da imagem de Nossa Senhora da Conceição, na cidade de Braga, com a esmola de 19$2000 que o Brigadeiro Francisco Avis de Vasconcelos deixa à Misericórdia, com a condição que tivesse "roupas bem avultadas e tudo bem estofado e altura bem proporcionada ao camarim", para onde se destinava; 1915, fevereiro - Misericórdia decide realizar a procissão dos Passos; 1918, julho - reforma dos Estatutos da Misericórdia; 2006 - Inventariação do património móvel da Misericórdia de Valença.

Dados Técnicos

Sistema estrutural de paredes portantes.

Materiais

Estrutura em cantaria, com paramentos rebocados e pintados; pilastras, soco, frisos, cornijas, mísulas, cruzes, pináculos, molduras dos vãos e outros elementos em cantaria de granito; silhar de azulejos; retábulos em talha; portas de madeira pintadas; janelas gradeadas e envidraçadas; pavimentos em lajes graníticas e soalho; coro-alto em madeira; teto de estuque; cobertura exterior em madeira telhada.

Bibliografia

ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de - Alto Minho. Lisboa: 1987, p. 165; ALMEIDA, José Avelino d' - Diccionario abreviado de chorographia, topographia e archeologia das cidades, villas e aldêas de Portugal. Valença: 1866, vol. 3, pp. 152- 53; CAPELA, José Viriato - Valença nas Memórias Paroquiais de 1758. Valença: 2003; CASTRO, Alberto Pereira de - «A Misericórdia de Valença e o seu Arquivo». In I Congresso das Misericórdias do Alto Minho. Viana do Castelo: 2001, pp. 294-303; DIONÍSIO, Santana (dir.) - Guia de Portugal. IV Entre Douro e Minho - II Minho. Lisboa: s/d, p. 1076; «Espólio foi inventariado. Tela vai ser recuperada». In Diário do Minho. 20 janeiro 2007; FONTE, Teodoro Afonso da - «As Misericórdias do Alto Minho - perspectiva Histórica e actualidade». In I Congresso das Misericórdias do Alto Minho. Viana do Castelo: 2001, pp. 96-117; «Igreja benzida em 1590 foi reformada no século XVIII». In Diário do Minho. 20 janeiro 2007; NEVES, Manuel Augusto A. Pinto - Valença na História e na Lenda. Valença: 1990, p. 91; NEVES, Manuel, Augusto Pinto - Valença. Das origens aos nossos dias. Valença: 1997; OLIVEIRA, Lopes de - Valença do Minho. Póvoa do Varzim: 1978, p. 168.

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID, SIPA

Documentação Administrativa

Arquivo da Santa Casa da Misericórdia de Valença

Intervenção Realizada

DGEMN: 1960 - Construção de acesso à Pousada de São Teotónio e organização do adro da igreja; Santa Casa da Misericórdia: 1998 - restauro da igreja.

Observações

*1 - Dado o posicionamento apertado do portal principal, a entrada efetua-se pelo portal da fachada sul. *2 - Sobre o fecho dos arcos conservam-se as estruturas metálicas de suspensão de lamparinas. *3 - Os Irmãos da Misericórdia provinham de vários estratos sociais: nobres, designados de "primeiro foro", lavradores e artífices, considerados de "segundo foro"; e clero, através dos Cónegos da Colegiada e párocos das freguesias do concelho. As Mesas eram compostas por doze Irmãos, seis do primeiro foro, e seis do segundo, sendo o Provedor também do primeiro foro. Este tinha de custear, entre outras, as despesas dos sermões dos domingos da Quaresma, Paixão e Passos, a armação das seis capelas, música da procissão e doces dos anjos, deixando, no final, avultada esmola que os tesoureiros mencionavam no encerramento das contas de cada ano.

Autor e Data

Paulo Amaral 1999 / Paula Noé 2002

Actualização

João Almeida (Contribuinte externo) 2018
 
 
 
Termos e Condições de Utilização dos Conteúdos SIPA
 
 
Registo| Login