Forte de São Luiz Gonzaga
| IPA.00006199 |
Portugal, Viana do Castelo, Valença, São Pedro da Torre |
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Arquitectura militar, seiscentista. Forte abaluartado em torrão de planta poligonal, com fosso exterior e caminho coberto. Constitui um dos fortes em "arquitectura da terra" ainda subsistentes em Portugal, sendo totalmente construído em torrão (mistura de terra, barro, seixos e pedra avulsa), sem qualquer vestígio de alvenaria. Apresentava amplas dimensões, com barracas para quartéis, cavalariças e armazéns, podendo albergar 2000 infantes e 500 cavalos. |
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Número IPA Antigo: PT011608120023 |
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Registo visualizado 92 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Estrutura Militar Forte
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Descrição
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Forte abaluartado, em mota terraplanada, formando um recinto de planta poligonal *1. Conserva ténues vestígios dos parapeitos das cortinas, apresentando baluartes nos ângulos. As cortinas tem um talude com c. de 4m de altura máxima, formando uma escarpa íngreme. A defesa está reforçada por um profundo fosso com c. de 2,5m de altura máxima. Este recinto central tem a defesa reforçada, nos flancos E., SO. e SE., por talude exterior, formando um caminho coberto, precedendo as esplanadas. As restantes estruturas que completam a defesa exterior encontram-se recobertas por densa vegetação dificultando a sua identificação. |
Acessos
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Lugar de Baixo, estradão a partir do cemitério paroquial. VWGS84 (graus decimais) lat.: 41,992656; long.: -8,672796 |
Protecção
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Inexistente |
Enquadramento
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Rural, isolado, na periferia da povoação junto ao cemitério paroquial, implantado em terraço aluvial, num pequeno outeiro do vale do Rio Minho, coberto por pinhal, sobranceiro ao Rio Minho e ao Ribº das Ínsuas. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: forte |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Privada: pessoa singular |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 17 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1657 - aquartelamento dos espanhóis em São Pedro da Torre, que por ordem do Governador da Galiza, D. Vicente Gonzaga, manda construir um forte, tendo custado cerca de 500.000 ducados; foi designado de São Luiz Gonzaga; 1658, Agosto - era Mestre de Campo o General Altazar Roxas Pantoja; 1661 - ataque e destruição de algumas defesas do forte pelo Conde do Prado; 1668 - abandono do forte pelas tropas castelhanas após a assinatura do tratado de paz entre Portugal e Castela; 1668 - abandono do forte pelas tropas castelhanas após a assinatura do tratado de paz entre Portugal e Castela; 1669, 8 Outubro - devido aos moradores serem lentos na destruição do forte, o rei determinou que Michel Lescol "acudir a estes danos e castigar como merece semelhante desordem"; manda ainda que ele ordene a um dos sargentos mores que estivesse mais próximo ir, sem demora, ao forte para o governar e tratar da reedificação dele como melhor parecesse a Lescole; 1671 - o rei, ao contrário do parecer de Michel Lescole, decide conservar o forte de São Luiz "por ser a melhor praça fortificada que ha nessa provª e que a guarde e cobre a maior parte della"; segundo a pinião de Michel Lescole, a despesa para a sua manutenção seria de onze mil cruzados. |
Dados Técnicos
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Estrutura mista. |
Materiais
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Muralhas construídas em torrão, fossos escavados no afloramento. |
Bibliografia
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ALMEIDA, José Avelino d', Diccionario abreviado de chorographia, topographia e archeologia das cidades, villas e aldêas de Portugal, 3, Valença, 1866, p. 112 - 113; NEVES, Manuel Augusto A. Pinto, Valença na História e na Lenda, Valença, 1990, p. 295 - 296; CASTRO, Alberto Pereira de, Valença na Guerra da Restauração, Valença, 1995, p. 19 - 25, 47 - 48, 50 - 53 e 55 - 56. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1 - Integrava-se na linha defensiva do Rio Minho e da Costa Atlântica, estabelecida durante o séc. 17, devido à ameaça espanhola. *2 - Durante a Guerra da Restauração, esteve sempre sob o domínio das tropas castelhanas. |
Autor e Data
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Paulo Amaral 1999 |
Actualização
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