Forte de São Jorge / Forte da Silva

IPA.00006197
Portugal, Viana do Castelo, Valença, União das freguesias de São Julião e Silva
 
Arquitectura militar, seiscentista. Forte abaluartado em torrão, de planta quadrangular, com fosso exterior e caminho coberto. Constitui um dos fortes em "arquitectura da terra" ainda subsistentes no nosso país, sendo totalmente construído em torrão ( mistura de terra, barro, seixos e pedra avulsa ), sem qualquer vestígio de alvenaria.
Número IPA Antigo: PT011608130024
 
Registo visualizado 79 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Estrutura  Militar  Forte    

Descrição

Forte abaluartado, em mota terraplanada, formando um recinto de planta quadrangular, conservando vestígios dos parapeitos das cortinas e apresentando baluartes nos ângulos. As cortinas tem um talude com c. de 4m da altura, formando uma escarpa íngreme. A defesa está reforçada por um profundo fosso com c. de 3m de altura. Este recinto central tem a defesa reforçada por talude exterior, formando um caminho coberto, de SO. a NE., precedendo uma esplanada virada ao flanco NO. As restantes estruturas que completam a defesa exterior encontram-se recobertas por densa vegetação dificultando a sua identificação.

Acessos

Lug. de Covas do Arraial, estradão a partir da EM para Silva; Gauss: M-155.9, P-555.6; Fl. 7

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Rural, isolado, implantado em terraço aluvial, num pequeno outeiro, coberto de vegetação rasteira, no vale do Rio Minho.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: forte

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Sem afectação

Época Construção

Séc. 17

Arquitecto / Construtor / Autor

ENGENHEIRO: Michl Lescole (conj.).

Cronologia

1645 - os procuradores de Valença Gabriel Pereira de Castro e Tristão de Araújo Azevedo solicitam nas Cortes a construção de mais quartéis para evitar os prejuízos causados aos moradores da Fortaleza de Valença, sugerindo o aproveitamento de casas arruinadas para o alojamento da Infantaria; 1657, Agosto - nova nomeação pela rainha do Conde de Castelo Melhor como Governador das Armas do Minho; perante a ameaça que constituía o forte de São Luiz de Gonzaga, ocupado pelos espanhóis, o Conde decidiu consolidar a posição portuguesa em Silva, construindo um quartel fortificado, possivelmente com projecto de Michel Lescole; foi designado por Forte de São Jorge ou de Silva; o Conde mandou ainda construir outros fortes em locais mais arriscados, como o Forte de Belém e quatro fortes-atalaias, em Formigosa, Passos, Cerdal, em Vila Meã e outro em Campos, Lugar da Carvalha, cada uma das atalaias com capacidade para uma companhia; 1658, Setembro - o Conde de Castelo Melhor abandonou o forte de São Jorge, deslocando-se para o Paço da Ponte de São Martinho, na serra de Coura, a 10 Km de Silva, mas mandou incendiá-lo para não ser tomado pelo inimigo; 1801 - reconstrução da trincheira com guarnição comandada pelo Capitão de Artilharia José Barreto.

Dados Técnicos

Estrutura mista.

Materiais

Muralhas construídas em torrão, fossos escavados no afloramento.

Bibliografia

ALMEIDA, José Avelino d', Diccionario abreviado de chorographia, topographia e archeologia das cidades, villas e aldêas de Portugal, 3, Valença, 1866, p. 74; NEVES, Manuel Augusto A. Pinto, Valença na História e na Lenda, Valença, 1990, p. 292 - 293; CASTRO, Alberto Pereira de, Valença na Guerra da Restauração, Valença, 1995, p. 25 - 27 e 56.

Documentação Gráfica

DGEMN: DSID

Documentação Fotográfica

DGEMN: DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Paulo Amaral 1999

Actualização

 
 
 
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