Forte de Santo Amaro / Forte do Areeiro / Forte Velho

IPA.00006077
Portugal, Lisboa, Oeiras, União das freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias
 
Arquitectura militar, maneirista. Forte costeiro
Número IPA Antigo: PT031110040012
 
Registo visualizado 1474 vezes desde 27 Julho de 2011
 
   
   

Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Forte    

Descrição

*1

Acessos

Oeiras. WGS84 (graus decimais) lat.: 38.681273, long.: -9.314903

Protecção

Inexistente

Enquadramento

Implantado na parte O. da praia de Santo Amaro.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: forte

Utilização Actual

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Ministério da Defesa Nacional

Época Construção

Séc. 17

Arquitecto / Construtor / Autor

Cronologia

1647 - data de fundação do forte, integrado na linha defensiva da barra do Tejo, que no seguimento da Restauração, era dirigida pelo 3º conde de Cantanhede e 1º marquês de Marialva, D. António Luís de Meneses (m. 1675) ; 1659 - conclusão das obras de edificação ou reedificação do forte (conforme atesta lápide colocada sobre a porta principal), sendo então artilhado com 7 bocas de fogo ; 1701, 30 Ago. - decreto régio nmeando governador do forte (então designado de Santo Amaro ou do Rio de Oeiras) D. Rodrigo da Costa ; 1723 - era governador do forte o cabo João Pedro Fernandes ; 1735 - é referido o mau estado de conservação do forte (sendo necessária designadamente a substituição da porta principal tendo em conta o estado de ruína em que se encontrava), o qual possuía então na bateria 7 peças de ferro ; 1751 - a degradação do forte acentuara-se, de modo a ser referenciado o seu estado de ruína (e estimando-se, opara a realização das obras necessárias, um orçamento de 900$000 reis), efectuando-se posteriormente obras de conservação e confiando-se a sua guarda a um oficial residente ; 1763 - durante a guerra com Espanha, era governador do forte o alferes do Regimento da Armada Carlos José da Cunha, e o mesmo encontrava-se artilhado com 8 bocas de fogo (uma das quais incapaz de funcionar) ; 1868 - o forte é desartilhado ; 1793 - a fortificação, que entretanto sofrera obras de conservação, é inspeccionada pelo coronel de engenharia Romão José do Rego ; 1798 - o forte dispunha de 6 peças de artilharia r de uma guranição constituída por 6 soldados artilheiros ; 1800, 17 Dez. - decreto régio nomeia governador do forte, o sargento-mor do Regimento de Artilharia da Corte, Manuel dos Reis ; 1805 - o governador tinha sob as suas ordens o capitão ajudante Bartolomeu Agostinho Pereira de Carvalho, 1 furriel, 2 cabos de esquadra e 20 soldados inválidos ou de pé do castelo ; 1813 - o forte, que se encontrava em bom estado de conservação, possuía 6 bocas de fogo ; 1820, 17 Nov. - nomeado governador do forte (por falecimento do anterior), o major Matias José de Almeida ; 1824 - o forte detinha 3 bocas de fogo ; 1831 - a fortificação continuava artilhada com 5 bocas de fogo montadas no contexto das lutas entre liberais e absolutistas ; 1833 - o governador Matias José de Almeida, abandona o forte, retirando para o Norte ; 1836 - é nomeado governador o major José Victorino de Amarante (até então em serviço na torre do Bugio) ; 1841 - é governador do forte Luís da Silva Seabra ; 1847 - o forte estava artilhado com 3 bocas de fogo, de calibre 24 ; 1855 - é governador José de Gouveia Lobo Soares ; 1859 - era governador do forte D. José Maria de mendonça ; 1868 - a fortificação já se encontrava desartilhada ; 1870 - era governador Joaquim José Esteves ; 1874 - era governador do forte Francisco maria Esteves Vaz ; 1896 - residia no forte apenas um soldado, com a sua família ; 1897 - era governador António Francisco ; 1909 - era governador do forte Francisco de Carvalho Moreira Júnior ; 1911, 21 Nov. - nomeação de Frederico Augusto Guerra Soares para governador do forte, cargo então meramente simbólico ; 1945 - habitavam no forte 5 famílias ; 1947 - residiam no forte 27 adultos e várias crianças; 1950 - residiam no forte cerca de 40 pessoas, iniciando-se pouco depois o processo conducente ao seu desalojamento ; 1953 - cedência do forte à Administração do porto de Lisboa, que nunca o utilizou ; 1954 - entrega do forte ao Secretariado-Geral da Defesa Nacional, promovendo-se grandes obras de conservação e beneficiação ; 1961 - 1962 - o forte funciona como residência de veraneio do Ministro do Exército ; 1974 - depois da Revolução de 25 de Abril, o forte tornou-se local de importantes reuniões políticas, o que, por razões de segurança de algumas personalidades, determinou que fosse rodeado de um alto um muro, cuja demolição se aguarda

Dados Técnicos

Estrutura autoportante

Materiais

Alvenaria mista, reboco pintado, cantaria de calcário, estuque, ferro forjado, madeira

Bibliografia

Relação das fortalezas e Fortes de Toda a Marinha da Província da Extremadura Declarando o Estado em que se Achão as Suas Fortificações, Artilharia, e Munições de Guerra, do que há Pronto e do que Falta, Lisboa, 1735 (BIBLIOTECA NACIONAL, Secção de Reservados, Fundo Geral, manuscrito) ; CHABY, Cláudio, Sinopse dos Decretos Remetidos ao Extincto Conselho de Guerra, Vol. III, Lisboa, 1872 ; Oeiras, Lisboa, 1940 ; CALLIXTO, Carlos Pereira, Fortificações Marítimas no Concelho de Oeiras, Lisboa, s. d. ; AZEVEDO, Carlos, FERRÃO, Julieta, GUSMÃO, Adriano, Monumentos e Edifícios Notáveis do Distrito de Lisboa, Vol. II, Lisboa, 1963 ; Memorial histórico ou Colecção de Memórias sobre Oeiras, Oeiras, 1982 ; CRISPIM, M. N., LOBO, P. V., (coord. de), Retratos de Oeiras, Oeiras, 1994 ; FERNANDES, José Manuel, Imagens de Oeiras, Oeiras, 1996 ; Plano de Salvaguarda do Património Construído e Ambiental do Concelho de Oeiras, Oeiras, 1999

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DRML; CMO: Departamento de Infraestruturas Municipais - Divisão de Estudos e Projecto

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

ARQUIVO HISTÓRICO MILITAR, Caixa 4, Nº 9 ; A.H.M., Caixa 5, Nº 6 ; A.H.M., 3ª Divisão, 9ª Secção (Relação Nominal das Praças que Compõem o Estado maior de São Julião da Barra e Fortes na sua Dependência, de Martinho de Sousa Albuquerque, 2 Setembro 1809 ; Mapa do Estado Maior e mais Pessoas Empregadas em a Torre de São Julião da Barra e mais Fortes de sua Dependência, assim como de toda a Artilharia, Munições, Palamenta, Petrechos, Trens, Ferramentas, e Géneros, Existentes em o 1º de Abril de 1813, por D. Rodrigo de Lencastre ; Relatório do coronel de Engenharia Pedro Folque, 11 Setembro 1815 ; Relação dos Governadores, Majores e Ajudantes da Fortaleza de São Julião da Barra e suas Dependências, do comandante coronel Ignácio Joaquim de Castro, 1 Janeiro 1820 ; Relação do Estado Actual da Artilharia, Munições de Guerra, Palamenta, e mais Géneros, Existentes na Torre de São Julião da Barra e mais Fortes da sua Dependência, 31 Dezembro 1824 ; Governadores dos Fortes Dependentes da Praça de São Julião da Barra, 19 Dezembro 1829 ; Mapa das Bocas de fogo que há Montadas e Municiadas na Torre de São Julião da Barra e Fortes da sua Dependência Abaixo Mencionadas com Declaração de sues Calibres, 29 Novembro 1831 ; Lista dos oficiais, e mais Praças, que Compõem o Estado Maior da Torre de São Julião da Barra e Fortes da sua Dependência, 20 Novembro 1833) ; DIRECÇÃO DO SERVIÇO DE FORTIFICAÇÕES E OBRAS DO EXÉRCITO, Pº do Prédio Militar nº 13 de Oeiras

Intervenção Realizada

Observações

* 1 - o exterior não é visível pela existência de muro elevado e aguarda-se autorização para efectuar visita ao interior, pelo que a descrição será então realizada

Autor e Data

Teresa Vale, Maria Ferreira e Sandra Costa 2001

Actualização

 
 
 
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