Forte Novo / Bateria Nova do Governador

IPA.00006057
Portugal, Lisboa, Cascais, União das freguesias de Cascais e Estoril
 
Arquitectura militar. Forte para defesa da barra do Tejo. Foi o mais moderno das antigas fortificações da Praça de Cascais e tinha uma planta muito idêntica às das Baterias da Praia do Guincho, Galé, Alta e Cresmina, após o acréscimo dos muros de gola por volta de 1832.
Número IPA Antigo: PT031105030011
 
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Registo

 
Edifício e estrutura  Edifício  Militar  Forte    

Descrição

Sobre o maciço rochoso onde se implanta, surge um amontoado de pedras, de descrição quase impossível.

Acessos

Avenida Humberto II de Itália. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,689902; long.: -9,426475

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 129/77, DR, 1.ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977 / Incluído na Área Protegida de Sintra - Cascais (v. PT031111050264)

Enquadramento

Marítimo. Implanta-se num maciço rochoso à borda d'água, em frente à Pedra da Nau, entre Santa Marta e a Boca do Inferno, e junto à estrada, do outro lado da qual se erguem várias casas de habitação.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Militar: forte

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Pública: estatal

Afectação

Ministério da Defesa Nacional - Marinha

Época Construção

Séc. 19

Arquitecto / Construtor / Autor

Desconhecido.

Cronologia

1832, 1 Agosto - Mapa de Artilharia e Guarnição dos fortes implantados entre o Guincho e Albufeira não incluindo o forte novo; 1832, finais / 1833, inícios - construção do Forte Novo ou Bateria Nova do Governador; 1833 - surge incluído pela primeira vez na "Planta da Costa, compreendida entre o Cabo da Roca e Cascais", traçada pelo Major de Engenharia J. A. Mourão; Outubro - após a retirada das tropas Miguelistas da região de Lisboa, foi abandonado; 1844 - não é mencionado no Mapa de Guarnição das fortificações dependentes da Praça de Cascais; 1854 - não é mencionado igualmente no Relatório de Inspecção dos Pontos fortificados da 1ª divisão militar ao norte do Tejo, denotando a ausência de importância militar; 1868 - incluído em memória histórica sobre as fortificações e defesa da Barra do Tejo, que informa estar em adiantado estado de ruína e de ter sido fundado durante a "usurpação" ou seja, sob o governo de D. Miguel; referia-se que defendia "a costa de desembarque de alguma força que queira tornear a Praça de Cascais para o que tem uma única bateria"; 1895 - data de uma planta do Forte Novo; 1872 - Visconde de Gandarinha compra a João de Freitas Reis o terreno onde assentava o forte (a confirmar); 1874 - Pedro Lourenço de Seixas Barruncho, o administrador do concelho, requereu autorização para construir um prédio no local, mas o Visconde protestou (a confirmar); 1874 / 1932, entre - vários pedidos de arrendamento do Forte; 1939 - Auto de concessão do Forte ao Ministério das Finanças; 1890 - Jorge O'Neill requereu a compra das ruías; 1940, 29 Abril - foi cedido à Junta Autónoma das Estradas por se implantar numa zona incluída nos planos de construção da estrada marginal até ao Guincho; poucos anos depois, só restavam os vestígios informes dos muros; 1977 - do forte, restava apenas uma clareira que denunciava a sua antiga implantação.

Dados Técnicos

Materiais

Cantaria de calcário

Bibliografia

CALLIXTO; Carlos Pereira, Fortificações da Praça de Cascais a Ocidente da Vila, Lisboa, 1980; MOREIRA, Rafael, Do Rigor Teórico À Urgência Prática: A Arquitectura Militar in História da Arte em Portugal, vol. 8, Lisboa, 1986, p. 66 - 85; BARROS, Maria de Fátima Rombouts, BOIÇA, Joaquim Manuel Ferreira, RAMALHO, Maria Margarida Magalhães, As fortificações marítimas da costa de Cascais. Lisboa, Quetzal, 2001.

Documentação Gráfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Segundo a planta de 1895 e a documentação do seu processo de alienação, é possível descrever o forte Novo; estendia-se por uma área de 630 m2 e era composto por uma bateria virada ao mar, delimitada por um parapeito de cinco faces, pouco pronunciadas e de reduzida extensão, onde se rasgavam sete canhoneiras, protegidas por merlões, e por dois edifícios destinados a alojamentos, implantados na sua retaguarda, de planta rectangular. Os alojamentos tinham duas divisões cada um, estando situados em posição lateral relativamente à porta de entrada, pela qual se acedia a um pequeno pátio que dava serventia aos quartéis e outras instalações e à plataforma lajeada da bateria. Carlos Pereira Callixto descreve-o em 1940 com "uma bateria para o mar com um parapeito de 3 lanços e com 6 canhoeiras abertas. À retaguarda, e de ambos os lados da porta constituindo o muro da gola encontravam-se os alojamentos, com dois compartimentos".

Autor e Data

Paula Noé 1991

Actualização

Curso Inventariação KIT01 (2.ª ed.) 2009
 
 
 
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