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Edifício e estrutura Estrutura Militar Cortina
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Descrição
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Acessos
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Praia da Ribeira ou Praia do Peixe. WGS84 (graus decimais) lat.: 38,697052, long.: -9,419478 |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto n.º 129/77, DR, 1.ª série, n.º 226 de 29 setembro 1977 |
Enquadramento
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Urbano. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Militar: cortina |
Utilização Actual
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Cultural e recreativa: marco histórico-cultural |
Propriedade
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Pública: estatal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Arquitecto / Construtor / Autor
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Cronologia
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1642, 22 março - nomeação do francês Charles Lassart como engenheiro-mor do reino, ficando as obras da Cidadela sujeitas à sua superintendência; Simão Mateus é afastado e substituído por Philipe Guitau, o qual introduz algumas alterações ao plano de Mateus; pouco depois, é designado governador da praça de armas o conde de Cantanhede, D. António Luís de Meneses, substituindo Martins Afonso de Melo, recebendo instruções para inspecionar as fortalezas e praças de guerra e reformular a defesa do acesso marítimo à capital; D. António Luís de Meneses acha exageradas, dispendiosas e desnecessárias as obras preconizadas por Guitau; 13 maio - carta de D. António Luís de Meneses a D. João IV pondo em causa questões técnicas da obra de Philipe Guitau, informando que as espessuras das paredes viradas ao mar não poderiam ser superiores a 16 palmos e as viradas a terra a 12; o Conselho de Guerra determina que Jorge de Melo e dois religiosos do colégio de Santo Antão, onde funcionavam aulas de engenharia e fortificação, inspecionassem as obras; António Luís de Meneses apresenta projeto para fortificar toda a linha de costa entre Peniche e Xabregas; como prioridade máxima, estabelece o troço Belém - Guincho, seguindo-se Belém - Xabregas e, finalmente, o litoral entre o Cabo Raso e Peniche; neste âmbito é entregue a Simão Mateus a direção das obras de fortificação de Lisboa, São Julião da Barra, Cabeça Seca (Bugio) e Cascais; 1645 - conclusão da muralha da praia; construção de um armazém virado à baía, talvez no exterior da Praça, referido em 1873, como tendo armas régias desse período; 1646, junho - a praça é guarnecida com cinco companhias; 25 junho - previa-se a necessidade de um cirurgião e um hospitaleiro; 1647 - substituição de Guitau (enviado para o Brasil), pelo jesuíta João Paschasio Cosmander, para dar parecer sobre os aquartelamentos a fazer na fortificação; 1650 - é chamado a Lisboa o engenheiro francês Nicolau de Langres, para continuar as obras de fortificação da praça de Cascais e dos fortes dependentes; maio - junho - apresenta três projetos, que não são executados, talvez por serem megalómanos, por as obras que já decorriam por anos, ou serem taticamente inadequados *1; só é construído o revelim protegendo a entrada do Forte da Luz e as muralhas da praia, arrastando-se os trabalhos por anos; 1873 - mantinha uma lápide no arco grande, com a coroa real e a inscrição: "JHSM O MUI ALTO E PODEROSO REI D. JOÃO IV QUE DEUS GUARDE, MANDOU QUE D. ANTONIO LUIZ DE MENEZES, CONDE DE CANTANHEDE, SENDO GOVERANDOR D'ESTA PRAÇA FIZESSE ESTA FORTIFICAÇÃO NO ANNO DE 1645"; 1877, 03 maio - acordo entre a Câmara Municipal de Cascais e o Ministério da Guerra para a demolição do muro de suporte do terrapleno e corte do arco aí existente, para construção do acesso à Praia da Ribeira, prolongando a estrada feita pelo exército em 1876; 1889 / 1890 - a primeira fotografia conhecida de Cascais representa a vila ainda completamente envolvida pelas suas muralhas ribeirinhas, uma delas intata e outra em processo de demolição, já encimadas pelo casino da praia, o passeio Maria Pia com palmeiras de tenra idade e com iluminação a ser instalada; 1890 - fotografia mostra que a muralha do cavaleiro está a ser derrubada para construção da Praça D. Maria Amélia; já não existia a Ribeira; 1891, 05 fevereiro - decide-se pedir a demolição da muralha junto à cidadela para o alargamento do Passeio Maria Pia; 1895 - o Ministério da Guerra tem, no exterior, três armazéns, um depósito de material de guerra, o terreno do antigo armazém das picotas e um armazém na muralha do cavaleiro; uma planta mostra a Rua do Arco a iniciar-se nas muralhas viradas à praia, prolongando-se para o interior da vila, perpendicularmente à muralha; existem vestígios entre os Parque de estacionamento nas traseiras do Hotel Baía e o Posto de Turismo; 27 abril - a Câmara apresenta um requerimento pretendendo que lhe fosse cedida uma parte das muralhas para a construção de umas instalações sanitárias públicas, na entrada para a praia [tratar-se-ia da muralha ribeirinha, junto aos Correios]; 01 maio - escritura autorizando a Câmara a perfurar uma antiga muralha da praça da vila, para estabelecimento de um coletor geral para esgotos das águas pluviais, certamente na muralha ribeirinha, na foz da Ribeira das Vinhas; 1896 - a Ribeira tem dois arcos na muralha, um situado à direita e outro à esquerda das muralhas que fechavam a Praça Rainha D. Amélia; eram encerrados por portões de madeira e faziam parte da Praça; 1898 - o Casino da Praia (v. PT031105030293) tem dois pisos sobre o baluarte; 1899, 02 abril - venda do armazém, a cavaleiro, a José Joaquim de Freitas por 2:492$000; 1983, Novembro - destruídas, em grande parte pelas inundações. |
Dados Técnicos
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Estrutura de cantaria |
Materiais
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Calcário |
Bibliografia
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BARRUNCHO, Pedro Lourenço de Seixas Borges, Apontamentos para a história da Villa e Concelho de Cascais, Lisboa, Typographia Universal, 1879; COSTA, António José Pereira da, Cidadela de Cascais (pedras, homens e armas), Lisboa, Estado-Maior do Exército Direcção de documentação e História Militar, 2003. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
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Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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Observações
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*1- No primeiro projeto de Nicolau de Langres, a vila seria rodeada por muralhas e baluartes até à ribeira; daí partiria outra cintura de muralhas que envolveria o forte de Santa Catarina e cobriria a este, pelo lado de terra, os arrabaldes da vila; o segundo projeto, idêntico, manteria a cidadela anteriormente projetada; e o terceiro reforçaria o Forte da Luz com um revelim e a cidadela com um fosso e dupla muralha pelo lado de terra; preconizava, ainda, a construção de uma cortina que seguindo a linha da enseada fosse terminar no forte de Santa Catarina. |
Autor e Data
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Paula Noé 1991 |
Actualização
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