Antas da Serra do Alvão

IPA.00006020
Portugal, Vila Real, Vila Pouca de Aguiar, Alvão
 
Necrópole construída na época megalítica que, no final do séc. 19, integrava mais de 70 monumentos, construídos na serra do Alvão, mas que hoje se restringe ao denominado núcleo da Chã das Arcas. Este núcleo, composto inicialmente por onze monumentos, e onde se inclui a Mamoa do Alto do Cotorino (v. IPA.00006008), conserva apenas sete, seis dos quais foram recentemente alvo de intervenção arqueológica. Os monumentos possuem mamoa com tumulus em terra e pedra miúda, muito destruídos, e cinco conservam estruturas da câmara funerária, preservando in situ um ou vários esteios. A escavação das áreas fronteiras aos monumentos permitiu verificar que duas antas tinham a câmara simples (monumentos 2 e 3), fazendo-se o acesso ao interior inicialmente por simples depressão aberta na mamoa à saída da câmara funerária (entradas em "poço" e/ou "embudo"), e três antas têm corredor (monumentos 1, 4 e 5), duas dessas tendo ainda vestíbulo (https://www.arqueohoje.com/?page=portfolio&areas=arqueologia_antropologia&id=45).
Número IPA Antigo: PT011713100001
 
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Registo

 
Conjunto arquitetónico  Estrutura  Funerário  Anta / Mamoa    

Descrição

Acessos

Carrazedo do Alvão, Chã das Arcas, estradão ao km 114 da EN 206

Protecção

Categoria: MN - Monumento Nacional, Decreto de 16-06-1910, DG, n.º 136 de 23 junho 1910

Enquadramento

Rural, isolado, submerso. Implantam-se no Parque Natural do Alvão, em zona de chã, junto ao Rio Torno, a norte e a sul da estrada municipal que, partindo da estrada nacional, acedia à povoação de Gouvães da Serra, encontrando-se parcialmente submersos pela albufeira da barragem de Gouvães.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Funerária: anta / mamoa

Utilização Actual

Cultural e recreativa: marco histórico-cultural

Propriedade

Privada: pessoa singular

Afectação

Época Construção

Época megalítica

Arquitecto / Construtor / Autor

Não aplicável

Cronologia

2000 a.C. - provável construção das antas; 1894, dezembro - os padres Rafael Rodrigues, de Telões, e José Isidro Brenha, da Póvoa de Varzim, iniciam a escavação dos dólmens da serra do Alvão; 1895, dezembro - os sacerdotes anunciam já ter escavado na serra do Alvão 56 dólmens; posteriormente, muitos populares escavaram os dólmens em busca de tesouros escondidos, contribuindo para a sua destruição; 1940, década - a Junta de Colonização Interna promove o aproveitamento agrícola de vastas áreas da região, acelerando a destruição dos monumentos; 1961 - Fernando Bandeira Ferreira, como vogal da Junta Nacional da Educação, informa a Junta de Colonização Interna da quase completa destruição dos dólmens existentes na serra do Alvão; 1981 - Domingos Jesus da Cruz realiza prospeções com vista ao levantamento cartográfico dos monumentos megalíticos e avaliação do seu estado de conservação; 2011, cerca - intervenção arqueológica em seis dos monumentos do núcleo da Chã das Arcas; posteriormente, dá-se a submersão de parte das antas da Chã das Arcas, devido à construção da barragem de Gouvães, integrada no sistema electroprodutor do Tâmega.

Dados Técnicos

Materiais

Esteios em monólitos graníticos; tumulus em terra e pedra miúda.

Bibliografia

BRENHA, José - «Dolmens ou antas de Villa Pouca d'Aguiar.». In Portugalia. Porto: 1903, 1 (1 - 4), pp. 694-701; CRUZ, Domingos - «A Necrópole Megalítica da Serra do Alvão». In Trabalhos de Antropologia e Etnologia. 25 (2 - 4), Porto: 1985, pp. 399-402; JORGE, Vítor Oliveira - Megalitismo do Norte de Portugal: o distrito do Porto - os monumentos e a sua problemática no contexto europeu. Dissertação de doutoramento apresentado à Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Porto: texto policopiado, 1982, p. 456; RODRIGUES, Rafael - Archeologia Transmontana, A Vida Moderna. 23 - 26, 28, 30, 35. Porto: 1895; RODRIGUES, Rafael - «Dolmens ou antas de Villa Pouca de Aguiar». In O Archeologo Português. Lisboa: 1895, 1 (12), pp. 346-352; O Núcleo Megalítico da Chã de Arcas. 2011 (https://www.arqueohoje.com/?page=portfolio&areas=arqueologia_antropologia&id=45), [consultado em 21 setembro 2021].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

DGPC: DGEMN:DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Autor e Data

Paula Noé 2022

Actualização

 
 
 
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