Castro de Santiago do Monte / Crastas de Santiago

IPA.00005979
Portugal, Vila Real, Chaves, São Pedro de Agostém
 
Aglomerado proto-urbano. Povoado da Idade do Ferro. Povoado fortificado / castro e castelo medieval. Sobreposição das estruturas defensivas pelas sucessivas ocupações, pelo que a linha de muralha existente no morro N, que o separa da restante plataforma poderá tratar-se da linha de defesa mais recuada, na zona de mais fácil acesso, a S. e SO, ou uma modificação posterior, reduzindo a área habitacional do povoado, na zona em que se verifica a maior concentração de espólio medieval; sepultura escavada na rocha.
Número IPA Antigo: PT011703330015
 
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Registo

 
Conjunto urbano  Aglomerado urbano  Povoado  Povoado da Época do Ferro  Povoado fortificado  

Descrição

Povoado fortificado que ocupa uma grande plataforma de formato sensivelmente rectangular, com uma extensão máxima de c. de 230 metros (N. - S.) por 100 (E. - O.), formada por dois outeiros, cinturados por uma linha de muralha que na vertente O. se adossa aos penedos existentes. Registam-se três entradas, viradas a O., S. e E., apresentando esta última, aparentemente, os cantos arredondados. No seu interior existem habitações de planta circular. Na parte superior da plataforma central encontra-se uma sepultura escavada na rocha junto a um alicerce de uma construção, à beira da qual apareceu um ajimez.

Acessos

São Pedro de Agostém, Estradão desde Santiago do Monte na EM Peto de Lagarelhos - Nogueira da Montanha, a partir do km 8 da EN 314

Protecção

Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 29/90, DR, 1.ª série, n.º 163 de 17 julho 1990

Enquadramento

Rural, isolado, remate de esporão coberto com giestas e vegetação rasteira, sobranceiro à Veiga de Chaves.

Descrição Complementar

Utilização Inicial

Não aplicável

Utilização Actual

Não aplicável

Propriedade

Privada

Afectação

Época Construção

Idade do Ferro

Arquitecto / Construtor / Autor

Não aplicável

Cronologia

Séc 06 - 04 a.C. - primeira ocupação.

Dados Técnicos

Paredes autoportantes; muralhas construídas com blocos assentes em seco, em aparelho irregular, constituídas por dois paramentos paralelos preenchidos interiormente com pedra miúda; paredes das construções em dois paramentos.

Materiais

Muralha e construções em granito; cobertura de construções com tegula e imbrex, sepultura escavada no afloramento granítico.

Bibliografia

AZEVEDO, Pedro A. de, Extractos archeologicos das Memorias Parochiaes de 1758, O Archeologo Português, 6 (3), Lisboa, 1901, p. 67, nº 336; MONTALVÃO, António, Visitas a castros nos arredores de Chaves, ed. policopiada, Chaves, 1971, p. 91 - 93; SILVA, Armando Coelho Ferreira da, Novos dados sobre a organização social castreja, Portugalia, Nova Série, 2 - 3, Porto, 1981 - 1982, p. 88 e est. II; ALMEIDA, Carlos A. Ferreira de, Cultura Castreja. Problemática e evolução, Arqueologia, 8, Porto, 1983, p. 70; PONTE, Maria de la Salete da, Fíbulas de sítios a norte do rio Douro, Lucerna, s/n, Porto, 1984, p. 134; SILVA, Armando Coelho Ferreira da, A Cultura Castreja do Noroeste de Portugal, Paços de Ferreira, 1986, p. 91, nº 533, p. 211, p. 275 - 276 e est. VII; TEIXEIRA, Ricardo e AMARAL, Paulo, Levantamento Arquelógico do Concelho de Chaves, relatórios anuais de actividades, Chaves, 1985 - 1992; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/72728 [consultado em 4 janeiro 2017].

Documentação Gráfica

Documentação Fotográfica

IHRU: DGEMN/DSID

Documentação Administrativa

Intervenção Realizada

Observações

Armando C. F. Silva considera a linha de muralha que separa o morro N. da restante plataforma como a linha divisória de duas comunidades que coabitaram este povoado; o fosso encontra-se parcialmente destruído dado o seu reaproveitamento como caminho; possivelmente deste local é proveniente um bracelete em bronze com o aro em toro, assim como uma fíbula de bronze do tipo Aucissa, podendo este espólio, na opinião de Armando C. F. Silva, ser datada dos meados do séc. I d.C. O espólio desta estação é constituído por fragmentos de cerâmica comum da Idade do Ferro, tegula, imbrex, tijolo, cerâmica comum medieval, um elemento dormente de mó manuária rotativa. Carlos A. Ferreira de Almeida encontrou aqui vasos cerâmicos carenados e brunidos, datáveis do séc. 6 - 4 a.C. ( 1 ) Embora as muralhas sejam, no geral, discerníveis pelos taludes e amontoados de pedras

Autor e Data

Isabel Sereno e Paulo Amaral 1993

Actualização

 
 
 
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