|
Edifício e estrutura Edifício Religioso Convento / Mosteiro Mosteiro feminino
|
Descrição
|
Planta longitudinal composta, de uma só nave e capela-mor rectangulares. Volumes escalonados com coberturas diferenciadas a duas águas. Fachada principal em empena com cornija bosantada, portal de arco quebrado de três arquivoltas, encimadas por cruz de Cristo, sobre três colunelos com capitéis decorados com elementos vegetalistas, e um dos quais com uma máscara; encima-o óculo circular. No ângulo esquerdo, pano de muro avançado, com alhetas e sineira terminada em empena; o acesso a esta faz-se por escada de cantaria. Na fachada lateral S. são visíveis robustos contrafortes escalonados encimados por gárgulas, três frestas, pórtico de arco abatido interrompido por contracurvas e terminado em carena encimado por uma esfinge. Na mesma parede uma outra escultura interessante: uma mão segurando um compasso de pontas. Capela-mor percorrida por beiral de telha duplo. INTERIOR com abóbada de dois tramos assente sobre mísulas; junto ao pórtico lateral pia de água benta. Arco triunfal quebrado, de quatro arquivoltas, sobre colunelos. Capela-mor com abóbada de cruzaria de ogivas assente em mísulas. Pavimento de cantaria regional, onde são visíveis algumas lápides tumulares. |
Acessos
|
Funchal (Santa Luzia), Calçada da Encarnação |
Protecção
|
Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 37 077, DG, 1.ª série, n.º 228 de 29 setembro 1948 / ZEP, Portaria, DG, 1.ª série, n.º 292 de 14 dezembro 1956 |
Enquadramento
|
Isolado, entre prédios urbanos, junto ao antigo Seminário Diocesano do Funchal, presentemente Escola Básica Bartolomeu Perestrelo. |
Descrição Complementar
|
|
Utilização Inicial
|
Religiosa: mosteiro feminino |
Utilização Actual
|
Devoluto |
Propriedade
|
Privada: Igreja Católica |
Afectação
|
Sem afectação |
Época Construção
|
Séc. 16 |
Arquitecto / Construtor / Autor
|
Gil Enes (atr.). |
Cronologia
|
Séc. 16 - Construção inicial atribuída a António Malheiro que morreu em 1565; Isabel Maria Acciaiouli mandou edificar a capela-mor, onde existiu um rico tríptico flamengo quinhentista, que se encontra actualmente no Museu de Arte Sacra do Funchal; 1660 - fundação do Convento de Nossa Senhora da Encarnação, que incorporou a Capela da Encarnação; 1660 / 1666 - construção da torre sineira; 1718 - e por um período de 20 anos, a capela serviu de matriz à freguesia de Santa Luzia, pelo que esta freguesia se chamou da Encarnação; séc. 20, década de 20 - demolição do convento, poupando a capela da Encarnação; 1940, 26 setembro - publicação de Decreto nº 30 762, no DG, 1.ª série, n.º 225, determinando a classificação da Igreja da Encarnação como Imóvel de Interesse Público; 01 novembro - publicação do Decreto nº 30 838, DG, 1.ª série, n.º 254, suspendendo o decreto n.º 30 762, de 26 de setembro do mesmo ano, relativamente à classificação de imóveis de propriedade particular. |
Dados Técnicos
|
Estrutura mista. |
Materiais
|
Pedra, cantaria negra, rija da região, madeira. |
Bibliografia
|
DGEMN, A Igreja da Encarnação (Funchal), Boletim nº 48, Lisboa, 1956; Ministério das Obras Públicas, Relatório da Actividade do Ministério no ano de 1956, Lisboa, 1957; GOMES, Eduarda, O Convento da Encarnação do Funchal, Funchal, 1995. |
Documentação Gráfica
|
DRAC; IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Fotográfica
|
DRAC; Photografia Museu Vicentes; IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
|
DRAC; IHRU: DGEMN/DSID |
Intervenção Realizada
|
DGEMN: 1953 - conclusão das obras de restauro e recuperação da capela; consolidação das abóbadas, reconstituição dos remates em cornija; arranjo do adro; 1956 - instalação eléctrica; 1958 - instalação eléctrica; DRAC: posteriormente - obras de conservação; década de 80 - alteração parcial do adro. |
Observações
|
Apesar de, actualmente, esta Igreja se encontrar despida de objectos ornamentais, possuiu, outrora, um rico património do qual salientamos o tríptico de Nossa Senhora da Encarnação, hoje exposto no Museu de Arte Sacra do Funchal. A atribuição a Gil Enes é possível, se aceitarmos que a máscara idêntica à do púlpito da Sé corresponde à assinatura do "Mestre da Sé". A torre construída no terceiro quartel do séc. 17, hoje inexistente, ostentava as mesmas características da torre do convento de Santa Clara. |
Autor e Data
|
Dina Jardim e Eduarda Gomes 1998 |
Actualização
|
|
|
|