Casa do Covêlo
| IPA.00005895 |
| Portugal, Vila Real, Peso da Régua, União das freguesias de Poiares e Canelas |
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| Arquitectura residencial, seiscentista e barroca. Solar de planta em L invertido, integrando capela ao centro da fachada principal, demarcada por espaldar recortado com brasão de família, e apresentando dois pisos rasgados por vãos rectilíneos, correspondendo no piso térreo a portais e no andar nobre a janelas de sacada sobre mísulas. No interior, mantém a organização social típica do Douro, reservando o piso térreo para a adega e lagar, colocando o vestíbulo descentrado a partir do qual escada conduz ao andar nobre, onde as salas têm tectos entalhados. A capela, com coro-alto, possui tecto pintado e retábulo-mor em talha. Inicialmente a capela era mais pequena, mas porque se queria proibir as celebrações devido às suas exíguas dimensões, o proprietário resolveu ampliá-la, explicando-se assim que o tecto junto ao altar-mor não esteja pintado. |
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| Número IPA Antigo: PT011708120011 |
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| Registo visualizado 502 vezes desde 27 Julho de 2011 |
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Edifício e estrutura Edifício Residencial senhorial Casa nobre Casa nobre Tipo planta em L
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Descrição
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| Planta em L invertido, pouco pronunciado, de volume articulados e coberturas em telhados de quatro águas, rematados em beirada dupla. Fachada principal integrando ao centro capela, virada a E., rebocada e pintada de branco, com faixa a cinza, de dois pisos e rasgada por vãos rectilíneos de molduras simples; termina em cornija, interrompida na zona da capela por espaldar recortado, delimitado por cornija, contendo brasão de família inserido em moldura rectangular, encimado por cruz latina de cantaria, de braços trevados e ornados por elementos volutados, assente em plinto paralelepipédico com florão; ladeia o espaldar dois pináculos escalonados. No piso térreo rasgam-se seis portais, num ritmo sensivelmente irregular, e um pequeno vão de capialço, e no andar nobre seis janelas de sacada, sobre três mísulas, com guarda em ferro, excepto a que se abre na capela, que se interliga ao portal da mesma e já não possui guarda; no topo direito, abre-se uma janela de varandim, com a data de 1603 inscrita na verga; todos os vãos são encimados por cornija recta, sob o remate. Fachada lateral direita rasgada por janelas de peitoril com caixilharia de guilhotina, possuindo três pisos no ângulo posterior. Fachada posterior igualmente mais simples, rasgada por janelas de peitoril, de molduras simples e com caixilharia de guilhotina. INTERIOR: acedido por vestíbulo descentrado, empedrado, a partir do qual se desenvolve escada para o andar nobre, marcado por tectos de caixotões em masseira pintados. A capela, com faixa de pinturas murais, apresenta no tecto abobadado com pinturas alusivas ao Pentecostes, coro-alto de madeira com guarda do mesmo material tipo "gelosia", com tecto do sub-coro pintado, e retábulo-mor em talha dourada. |
Acessos
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| Canelas; Largo de Canelas |
Protecção
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| Em vias de classificação (Homologado como IIP - Imóvel de Interesse Público, Despacho de 03 fevereiro 2005 da Ministra da Cultura) |
Enquadramento
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| Urbano, isolado, sobre uma plataforma sobrelevada à estrada e que constitui o largo principal de Canelas. Neste largo inserem-se tílias de grande porte e um parque infantil. A propriedade é vedada por alto muro. |
Descrição Complementar
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| O brasão ao centro da fachada principal apresenta escudo esquartelado, tendo no I e III quartéis as armas dos Pereiras, de vermelho, com uma cruz de prata florenciada e vazia, e e no II e IV as dos Lacerdas, semeado de flores-de-lis de ouro. |
Utilização Inicial
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| Residencial: casa nobre |
Utilização Actual
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| Residencial: casa |
Propriedade
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| Privada: pessoa singular |
Afectação
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| Sem afectação |
Época Construção
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| Séc. 17 / 18 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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| Desconhecido. |
Cronologia
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| Séc. 16 - D. Brites Teixeira da Casa do Covêlo casa com Francisco Pinto; 1603 - data inscrita na verga de uma janela do andar nobre, assinalando a construção da casa; séc. 18 - a Casa do Covêlo pertencia ao General António de Lacerda Pinto da Silveira Teixeira Guedes da Fonseca, Capitão-Mor de Canelas e Governador de Armas da Beira Baixa.; 1756 - desde esta altura que o vinho do porto produzido pela Casa do Covêlo é conhecido desde por "Vinho da Feitoria"; séc. 19 - época provável da feitura do tecto da sala do piso nobre com florão em talha dourada. |
Dados Técnicos
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| Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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| Estrutura de alvenaria de granito ou alvenaria seca de xisto, rebocada e pintada; cornijas, molduras dos vãos, pináculos, cruz e brasão em cantaria de granito; portas e caixilharia de madeira; vidros simples; guardas em ferro; pavimentos em soalho de madeira e / ou em lajes de granito; tectos em madeira pintados; cobertura em estrutura de madeira revestida a telha de barro. |
Bibliografia
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| AZEVEDO, Correia de, Brasões e Casas Brasonadas do Douro, Lamego, 1979; BETTENCOURT, J. Moniz de, O Morgado de Vilar de Perdizes, Lisboa, 1986; GAYO, Felgueiras, Nobiliário de Famílias de Portugal, Braga, 1992; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/156241 [consultado em 11 janeiro 2017]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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| IHRU: SIPA |
Documentação Administrativa
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Intervenção Realizada
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| Séc. 20 - Obras de conservação da cobertura; 1992 - obras de conservação da cobertura. |
Observações
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| A Capela tem invocação a Nossa Senhora da Boa Morte (missas diárias para a povoação). O Esta Casa pertenceu à Comenda de S. Miguel de Poiares, da Ordem de Malta. |
Autor e Data
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| Isabel Sereno 1996 |
Actualização
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