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Edifício e estrutura Edifício Residencial unifamiliar Casa Casa abastada
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Descrição
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Planta rectangular, composta formando T invertido, com volumes articulados e disposição horizontalista das massas e fachadas de dois e quatro pisos. Coberturas diferenciadas em telhados de sete águas. Fachadas rebocadas e pintadas de branco, circunscritas por pilastras e embasamento em granito. Fachada principal voltada a SE., com dois pisos definidos por friso em granito e três panos limitados por pilastras, tendo todos os vãos molduras graníticas. No primeiro piso, oito janelas de guilhotina gradeadas com lintéis rectos, excepto dois, em arco abatido e uma porta de duas folhas com lintel em arco abatido com pedra de fecho trabalhada. Segundo piso com seis janelas de guilhotina, de perfis rectilíneos e três janelas de sacada de duas folhas, com bandeira e em arco apontado; sacada em granito com guarda em ferro forjado, janelas de sacada com lintéis em arco apontado sendo as restantes com lintéis rectos. Fachada SO. com dois e três pisos, adaptando-se ao declive do terreno, definidos, num dos panos, por friso em granito, e dois panos descontínuos rebocados e pintados a branco, limitados por pilastras. No primeiro piso, três janelas de guilhotina gradeadas, em arco abatido e uma outra rectilínea. No segundo piso, janela de sacada de duas folhas com bandeira, em arco apontado, sacada em granito e guarda em ferro forjado; quatro janelas de guilhotina rectilíneas e, no terceiro piso, dois janelos de guilhotina com lintel recto. Fachada NE. com três e quatro pisos definidos por friso de granito, dois panos desfasados, limitados por pilastras. Primeiro piso com uma porta de duas folhas com lintel recto e uma janela de guilhotina gradeada. No segundo piso, três janelas de guilhotina gradeadas, no seguinte quatro e, no superior, dois janelos de guilhotina. Fachada NO. com três e quatro pisos, divididos em três panos desfasados, tendo, no primeiro piso, quatro janelas e um janelo fixos, gradeadas. No segundo piso, seis janelas de guilhotina e, no superior, dois janelos de guilhotina. Remate em cornija de granito, sendo a articulação entre o interior e o exterior de nível. INTERIOR com espaços diferenciados, iluminação assegurada pelos vãos praticados nas fachadas, tectos planos rebocados ou em gesso e pisos em granito ou madeira. Átrio resguardado por guarda-vento de madeira faz a ligação aos corpos laterais e aos andares superiores. No arco de acesso às escadas, a data de "1880", as quais desembocam num patamar com dois lanços de escadas laterais, de acesso ao piso superior, em cujo patamar se destaca uma clarabóia. No piso intermédio, salão nobre rectangular, tendo, na parede fundeira, uma tapeçaria alusiva à descoberta do Brasil. Todos os vãos são rectilíneos com portas e aros respectivos de madeira e as paredes ostentam silhares de azulejo padrão azul e branco. |
Acessos
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Rua Pedro Alvares Cabral, n.º 155. WGS84 (graus decimais) lat.: 40,358615, long.: -7,351252 |
Protecção
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Em vias de classificação (Homologado como IM - Interesse Municipal, Despacho de 28 agosto 1997 do Ministro da Cultura) |
Enquadramento
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Urbano, isolado, a meia encosta, junto ao principal eixo viário que atravessa a povoação, pavimentado a paralelepípedos, separado por estreito passeio, em calçada. Próximo, localizam-se a Casa dos Condes (v. PT020501010008) e a Tulha dos Cabrais (v. PT020501010010). |
Descrição Complementar
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No átrio, protegida por uma vitrine acrílica, surge uma pia baptismal, recolhida numa casa particular, que estaria na desaparecida Capela de São Francisco, antiga Misericórdia de Belmonte; aparece, ainda, a data "1880". |
Utilização Inicial
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Residencial: casa |
Utilização Actual
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Política e administrativa: câmara municipal |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Sem afectação |
Época Construção
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Séc. 19 / 20 |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Desconhecido. |
Cronologia
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1880 - data da sua edificação, a mando dos descendentes da família de João Mendes Fajardo, nomeado Capitão da Vila em 23 de Março de 1801; 1914, 22 Abril - o vereador João Palmeirão propõe a construção de uma nova Câmara; 1948 - adquirida uma parte pela Câmara Municipal; 1969 - adquirida a parte restante pelo município; 1969 - remodelado para albergar a Câmara Municipal; séc. 20, década de 80 - aumentado com corpo na fachada NO.; 1986, 22 Julho - parecer da Comissão Heráldica da Associação dos Arquitectos Portugueses sobre o brasão municipal; 1998 / 1999 - a Câmara adquire aos proprietários da Quinta da Amoreira, José Amaral Júnior e esposa, a pia baptismal e um arco provenientes da antiga Igreja da Misericórdia de Belmonte, pela quantia de 500.000$00. |
Dados Técnicos
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Paredes autoportantes e estrutura mista. |
Materiais
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Pedra granítica, reboco, madeira, ferro forjado, telha lusa, lajes de granito. |
Bibliografia
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MARQUES, António Augusto da Cunha, Belmonte - estudo analítico, Belmonte, 1996; MARQUES, Manuel, Belmonte - terras de Cabral, Belmonte, 2001; MARQUES, Manuel, Concelho de Belmonte - Memória e História, Belmonte, 2001. |
Documentação Gráfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMB; IGESPAR: IPPAR |
Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID; CMB; IGESPAR: IPPAR |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSID; IGESPAR: IPPAR; CMB |
Intervenção Realizada
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CMB: séc. 20, década de 60 - adaptação para instalação da Câmara Municipal; séc. 20, década de 80 - ampliação com novo corpo na fachada NO.. |
Observações
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Autor e Data
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Luís Castro 1998 |
Actualização
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Paula Figueiredo 2002 |
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