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Conjunto urbano Aglomerado urbano Povoado Povoado da Época do Ferro Povoado fortificado
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Descrição
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Apresenta três linhas de muralhas definindo a mais extensa delas um recinto de planta sensivelmente sub-triangular de vértices arredondados, coincidindo um deles com a zona mais elevada do cabeço. Nesta zona a muralha integra um torreão maciço, de estrutura aproximadamente tronco-cónica, suportada por três muros semi-circulares em patamares. Os flancos N. e O., de mais fácil acesso, estão ainda protegidos por um fosso externo. A espessura da muralha varia entre cerca de 3 a 4 m. No espaço interno a segunda muralha apresenta uma estrutura menos espessa, tendo sido identificados os vestígios de uma porta no troço voltado a E. Envolvendo apenas a zona mais elevada do cabeço, a primeira muralha apresenta três aberturas e vestígios de construções adossadas, de planta semi-circular. Por toda a encosta se encontram amontoados de pedra solta resultantes da ruína de habitações - algumas de planta circular e rectangular ainda identificável - e das próprias muralhas. |
Acessos
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Sabrosa, EN. 323, desvio a cerca de 2 Km. a N. de Sabrosa |
Protecção
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Categoria: IIP - Imóvel de Interesse Público, Decreto nº 251/70, DG, 1.ª série, n.º 129 de 03 junho 1970 |
Enquadramento
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Implanta-se na extremidade oriental da Serra do Criveiro, a 2 km da vila, a cerca de 665 m. de altitude, dominando vastos horizontes, uma paisagem rural natural. |
Descrição Complementar
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Utilização Inicial
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Não aplicável |
Utilização Actual
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Não aplicável |
Propriedade
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Pública: municipal |
Afectação
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Época Construção
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Idade do Ferro |
Arquitecto / Construtor / Autor
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Não aplicável |
Cronologia
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Idade do Ferro - época provável da construção e ocupação inicial do povoado; Época Medieval - término da ocupação do povoado; 1758, 14 Março - segundo o pároco António Botelho Ribeiro de Vasconcelos nas Memórias Paroquiais da freguesia, para a parte nascente da serra havia um castelo muito antigo e em bastante altura, murado em redondo com duas ordens de muros fortificados, mas já muito arruinados; para a parte do N. e O. de cada muralha tinha dois fossos grandes e, no cimo do castelo havia um buracão para a terra, onde se tinham metido cães de caça que não tornaram a sair e quando se lançavam pedras havia grande eco; dentro dos muros do castelo ainda havia vestígios de casas e do alto dele se avistavam oito castelos, o de Cheires, o de Sanfins, o de Favaios, o de Provezende, o de São Martinho, o de Lamego, o de Penedono, o de Numão, o rio Pinhão onde chamam o Salto, que antigamente teve uma ponte de pau mas que a esta data só restavam vestígios. |
Dados Técnicos
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Sistema estrutural de paredes portantes. |
Materiais
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Muralhas e construções em granito. |
Bibliografia
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ALARCÌO, Jorge de, Roman Portugal, Warminster, 1988, 1/439; ALVES, Francisco Manuel, Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança, vol. 9, Porto, 1934, p. 18 e 541; BOUZA-BREY, Fermin, Epígrafe romano do Castro de Sabrosa, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 22 (2), Porto, 1973, p. 161 - 164; CAPELA, José Viriato, BORRALHEIRO, Rogério, MATOS, Henrique, As Freguesias do Distrito de Vila Real nas Memórias Paroquiais de 1758. Memórias, História e Património, Braga, 2006; ERVEDOSA, Carlos, Sabrosa. Castro de Sabrosa - 1982 e 1983, Informação Arqueológica, 5, Lisboa, 1985, p. 141; ERVEDOSA, Carlos, Ara votiva a Júpiter encontrada em Sabrosa, Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 25 (1), Porto, 1985, p. 165 - 170; ERVEDOSA, Carlos, JÚNIOR, Joaquim Rodrigues dos Santos, Revista Trabalhos de Antropologia e Etnologia, 20 (3 - 4), 1967 - 1968, p. 355 - 367; 21, 1969, p. 384 - 389; 22 (4), 1975, p. 566 - 569; 24 (1), 1981, p. 147 - 151; 24 (2), 1982, p. 351 - 359; 24 (3), 1983, p. 519 - 525; 24 (4), 1984, p. 685 - 688; LEAL, Pinho, Portugal Antigo e Moderno, vol. VIII, Lisboa, 1878, p. 172; PARENTE, João, Tesouro de denários de Mosteiró (Vila Real), Revista de Guimarães, 93, Lisboa, 1983, p. 267; http://www.patrimoniocultural.pt/pt/patrimonio/patrimonio-imovel/pesquisa-do-patrimonio/classificado-ou-em-vias-de-classificacao/geral/view/73400 [consultado em 11 janeiro 2017]. |
Documentação Gráfica
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Documentação Fotográfica
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IHRU: DGEMN/DSID |
Documentação Administrativa
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IHRU: DGEMN/DSARH, MI |
Intervenção Realizada
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1967 / 1968 / 1970 / 1971 / 1980 / 1983 - Intervenções arqueológicas da responsabilidade de J. R. dos Santos Júnior e Carlos Ervedosa, que consistiram na limpeza da vegetação, descoberta dos alinhamentos das muralhas e reconstrução de muros de pedra seca com as pedras resultantes dos desmoronamentos. Foram ainda restaurados parcialmente alguns troços de muralhas e casas, tendo sido assinalada a reconstrução com uma fiada separadora em cimento; 2008 - projecto de obras de requalificação e beneficiação do castro, aprovado no Leader +, através da Associação do Douro Histórico, que inclui: trabalhos de limpeza, consolidação e colocação de sinalética, bem como a topografia e desenho da área e a intervenção arqueológica e de conservação, orçado em 77.803 euros, com a comparticipação do Leader + de 44.347,71 (57%). |
Observações
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À semelhança de outros povoados do mesmo tipo, o local tem sido utilizado ao longo dos séculos como fonte fácil de obtenção de pedra para novas construções, acelerando-se assim o processo de destruição. Não foi ainda publicado o espólio arqueológico detectado no decurso das intervenções arqueológicas, mas o aparecimento de cerâmica de construção (tegulae e imbrices), bem como de umas de Tibério (PARENTE 1983: 267) e de 2 inscrições funerárias latinas (BOUZA BREY 1973 e ERVEDOSA 1982: 352 - 355) deixam supor a persistência do povoado em época romana. |
Autor e Data
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Isabel Sereno e Ricardo Teixeira 1993 |
Actualização
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